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DIREITO DE VIZINHANÇA
ITEM 8 ONDE ESTAMOS
A partir do art. 1277 do CC
Finalidade: Convivência harmônica entre vizinhos
O artigo acima traz o balizamento para analisar se está sendo feito o uso
normal ou anormal do prédio (prédio, nesse caso, é na acepção de terreno).
Uso normal – ok
Uso normal – dano anormal – cessar essas interferências
Uso anormal – dano anormal - paralisação das atividades
Art. 1278. O direito a que se refere o artigo antecedente não prevalece quando as
interferências forem justificadas por interesse público, caso em que o proprietário ou o
possuidor, causador delas, pagará ao vizinho indenização cabal.
16/07/2021
Art. 1282. A árvore, cujo tronco estiver na linha divisória, presume-se pertencer em
comum aos donos dos prédios confinantes.
Esse limite significa dizer que eu tenho uma presunção de condomínio. É
relacionada ao condomínio comum, que surge quando se tem duas ou mais
pessoas exercitando posse, tem-se a figura da composse (1199 do CC), por
outro lado, quando se tem duas ou mais pessoas proprietárias da mesma coisa,
configura-se condomínio.
Frutos naturais:
- Pendentes: unidos ao principal;
- Percebidos (colhidos): separados do principal;
- percipiendos: aqueles que deveriam ser
colhidos e, então, deterioraram;
- Estantes: colhidos separados do principal e
separados para a venda.
- Consumidos: consumidos, e portanto, não
existem mais,
Art. 1284. Os frutos caídos de árvore do terreno vizinho pertencem ao dono do solo
onde caíram, se este for de propriedade particular.
O fruto tem que cair de forma natural e não provocado por intervenção do ser
humano (princípio da gravitação jurídica – art. 92).
No caso dos frutos caírem em local público, por exemplo calçada, continua
pertencer ao dono da árvore.
Da passagem forçada
Art. 1285. O dono do prédio que não tiver acesso a via pública, nascente ou porto,
pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar
passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário.
§ 1 o Sofrerá o constrangimento o vizinho cujo imóvel mais natural e facilmente se
prestar à passagem.
§ 2 o Se ocorrer alienação parcial do prédio, de modo que uma das partes perca o
acesso a via pública, nascente ou porto, o proprietário da outra deve tolerar a
passagem.
§ 3 o Aplica-se o disposto no parágrafo antecedente ainda quando, antes da
alienação, existia passagem através de imóvel vizinho, não estando o proprietário
deste constrangido, depois, a dar uma outra.