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Curso de Licenciatura em Ciências

Biológicas - CEDERJ

Disciplina: Legislação Ambiental

Coordenadora: Profa. Elvira Carvajal

Tutor: Leandro Laurindo


Aula 3

Instrumentos de proteção do meio


ambiente: zoneamento ambiental
urbano, rural e industrial
Objetivo

Apresentar e discutir o fundamento dos principais


instrumentos de política de proteção do meio
ambiente.
Avaliar se esses instrumentos possuem mecanismos
de acompanhamento do desenvolvimento técnico-
científico e da demanda social.
Declaração de Estocolmo - 1972

Marco internacional que trata da proteção do ambiente. Esse


documento contém a compromisso solene dos países
membros da Organização das Nações Unidas (ONU) de
proteção dos recursos naturais e em particular das zonas
constituídas por ecossistemas para as gerações do presente e
do futuro.
Meio ambiente é um bem
comum e difuso

O ambiente contém bens exauríveis e de


livre utilização; sua degradação afeta a vida
humana, ou seja a sadia qualidade de vida –
bem de interesse público (Art. 225, CF).

CDC – Lei federal nº 8.078/90 – bens difusos


tem como titulares pessoas indeterminadas,
ligadas por circunstâncias fáticas.
Bens Ambientais não
pertencem apenas à União
Os bens ambientais são bens da União e dos Estados
(Art. 20, III, IV, V e VII e Art. 26, I,, II, e III da CF).

A União deve atuar como gestor, e nos limites legais,


para preservar o ambiente ecologicamente equilibrado.

Lei nº 6.803/80 em seu Art. 7º - Os Municípios devem


ser ouvidos pelos Estados no uso e ocupação do solo.
Relação entre o meio ambiente e a
saúde dos humanos

Lei 6.938/81 – Política Nacional do Meio Ambiente


Art. 3º, I

Meio ambiente é o conjunto de condições legais, leis,


influências e interações de ordem física, química e
biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as
suas formas.
Espaços Ambientais
locais de preservação parcial ou total

Art. 9º, VI da Lei 6.938/81 – espaços ambientais são


instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente

Art. 225, §1º, III da CF – o Poder Público é competente e deve


definir os espaços territoriais e seus componentes a serem
especialmente protegidos e proibir a utilização de espaços
que comprometa a integridade das características do
ambiente protegido em áreas públicas ou privadas, em todos
os entes da Federação (Estados, DF, Municípios)
Zoneamento ambiental e espaços
especialmente protegidos
Zoneamento – ato de repartição e designação de uso do
solo – decorre do poder de Polícia do Estado.

Zoneamento ambiental (ZEE – econômico e ecológico)


tem por objetivo regulamentar a maneira de harmonizar
o desenvolvimento industrial, as zonas de conservação
da vida silvestre e urbana para que sejam preservadas as
condições de vida com qualidade das gerações atuais e
futuras. Forma de organização a ser obrigatoriamente
considerado na implantação de planos e obras urbanas
ou não.
Zoneamento ambiental e
industrial são limitações de
uso do solo particular, inclusive

Constituição Federal: arts. 5º, XXIII, 170 e 182, §§


1º e 2º.

O poder público tem o dever de buscar soluções


nos diversos setores da sociedade para os
problemas associados à urbanização.
Classificação do
zoneamento ambiental
1. Zona/estação ecológica
(10% voltada para a pesquisa)
2. Zona costeira
3. Zona industrial
4. Área de proteção ambiental - APAs
( preservação total ou parcial)
A quem (ente da Federação) compete a regulamentação?

 União – temas de interesse nacional


 Estados – temas de interesse regional
 Municípios – temas de interesse local
Floresta Amazônica no Brasil : Amazonas, Pará, Acre e
Rondônia e dos demais estados! Art. 24, V e VI Estados
e DF podem elaborar leis suplementares a leis gerais.
Espaços Ambientais – Lei
9.985/2000

Art. 2º, I – espaços territoriais e seus


recursos: atmosfera, as águas interiores
superficiais e subterrâneas, os estuários, o
mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos
da bioesfera, a fauna e a flora.
Unidades de proteção
ambiental

Dois grupos:
1. Unidades de proteção integral

2. Unidades de uso sustentável


Plano Diretor
Estatuto da Cidade
Lei 10.257/2001
Art. 180, §1º - previsão legal do plano diretor

Regulamentado: Estatuto da Cidade


estabelece diretrizes de ocupação das áreas
urbanas dos municípios
Art. 2º do Estatuto – determina a ordenação
e controle do uso do solo para evitar a
poluição e a degradação ambiental
Conselho Nacional do Meio
Ambiente - CONAMA

Órgão normativo e deliberativo – estabelece


padrões de qualidade. Regula a emissão de
poluentes, efluentes e ruídos.
Constituído pelo governo, sociedade civil,
empresários e pesquisadores tecno-científicos.
Zoneamento industrial
Lei 6.803/80 criou três espécies de zonas industriais:

Uso estritamente industrial – indústrias emissoras


de resíduos sólidos, líquidos e gasoso, ruídos,
emanações e radiações com perigo para a saúde.
Uso predominantemente industrial – indústrias
com controle e tratamento de seus efluentes, que não
causem dano aparente à saúde.
Uso diversificado – indústrias completar e
compatível com outras atividades que não impactem
negativamente a saúde, o bem-estar e a segurança.
Saturação das zonas
industriais

O grau de saturação independe do tipo de zona


industrial.

Utilizam-se padrões ambientais relativos ao índice de


poluição aceitável.

A Saturação implica em relocalização de uma ou mais


indústrias.
Espaços Urbanos
e seu parcelamento

Funções sociais da cidade: habitação, livre


circulação, lazer e oportunidades de trabalho.
Parcelamento: divisão do solo para a construção de
moradias, comércio, atividade industrial, áreas de lazer
e mobilidade.
Aprovação do projeto de parcelamento cabe à
Prefeitura ou ao Distrito Federal. Os lotes devem
destinar pelo menos 35% a áreas públicas,
principalmento para o transporte público e o acesso às
princiapais vias de circulação.
Dúvidas?

Entre em contato por e-mail utilizado a


plataforma ou pelo telefone 0800 com os
tutores da disciplina e/ou a
coordenadora da disciplina

Referências – ver o texto da respectiva aula

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