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RESUMO
O presente artigo tem como intuito abordar questões relacionadas aos tempos de
pandemia e isolamento social nesta atualidade, retratando seus efeitos referentes aos
processos de ensino e aprendizagem, discorrendo sobre as condições de trabalho que são
mais viáveis ao momento, dada as circunstâncias, origina-se um pensamento analítico voltado
para repensar os métodos de trabalho que são mais pertinentes dentro desse contexto de caos
vivido pela sociedade.
INTRODUÇÃO
Na realidade social em que vivemos nos dias atuais, grande parte da população ao
redor do mundo está sendo afetada pelos riscos disseminados pelo vírus COVID-19, a vida
das pessoas em um parâmetro geral, vem sendo afetada pelas circunstâncias da quarentena,
que foi estabelecida como medida protetiva contra essa doença, isso é, mesmo aqueles que
não contraíram esse mal, ainda se encontram a mercê desses sistemas de restrição. O
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Mikael Mendonça da Costa. Graduando do curso de Licenciatura em Educação Física. UEG – Unidade
ESEFFEGO. Goiânia/2020
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DESENVOLVIMENTO
Analisando a bagagem histórica dos recursos tecnológicos sob uma ótica pedagógica,
podemos perceber que eles sempre foram retratados nas salas de aula, como ferramentas
didáticas, para expandir as possibilidades de ensino, na finalidade de criar laços mais
próximos com o público a que se destina, premissa que se desenvolveu na medida em que
foram ganhando espaço de trabalho dentro das instituições. Todavia, agindo como uma “ de
dois gumes” é notável que o trabalho integral com a tecnologia pode se apresentar como um
obstáculo para pessoas que acabaram sendo pegas de surpresa por esse ocorrido pandêmico,
devido aos problemas com a obtenção e manutenção dessa estrutura digitalizada.
Faria e Alves (2020, p. 5), ainda mencionam que “O aluno, na mesma situação de
isolamento social também encontrou dificuldades com o acesso à internet, equipamento de
qualidade para acessar, espaço para estudos, adaptação a aulas online, quantidades exacerbada
de atividades a realizar”.
No âmbito das formações acadêmicas de ensino superior, surge uma preocupação
entre os formandos presenciais, a respeito da conclusão de seus devidos cursos, a transição
para o EAD (ensino a distância) impactou de uma forma que levou muitos a trancarem seus
estudos e os remanescentes ainda mantém um pé atrás, pensando no comprometimento de sua
formação. Porém é necessário entender que nessa situação os gestores e docentes podem usar
esse sistema de ensino para agregar essa tecnologia de forma que ela seja pertinente em seus
ambientes de trabalho, haja vista que, o mercado se tornou mais globalizado e as exigências
de uma era digitalizada cobram uma inovação nas áreas desses futuros profissionais.
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Com a finalidade de evitar que essas tais desistências aconteçam, é correto alegar que
se faz necessário uma flexibilização nos meios de ensino para abarcar as necessidades e os
problemas enfrentados pelos alunos, sem é claro, negligenciar a qualidade do aprendizado,
pois não estamos considerando nenhuma banalização, mas sim o encaixe do planejamento
presencial numa transição para o remoto, de maneira que eles sejam assimilados e se
apresentem como algo viável a todos.
De acordo com Menezes e Santiago (2014, p. 59):
Nessa quarentena que deixou todos reclusos a seus domicílios, é possível inovar,
encontrando brechas que deverão possibilitar o emprego de uma transmissão de
conhecimentos pautada em torno de métodos proficientes, logo, a aproximação entre as partes
-professor e aluno- deve ser priorizada ao máximo, para que não ocorro um empobrecimento
na conexão necessária para o desenvolvimento de competências no aluno, se tratando de um
elemento determinante em resultados futuros. A inovação se dá através de novas conjecturas
afloradas em base do diálogo, ao passo a maneira que as melhoras vão se encaminhando,
novos sistemas são adotados no intuito de realizar uma progressão gradativa culminando no
definitivo retorno as aulas.
Essa citada progressão gradual, pode abrir portas em direção aos caminhos mais
adequados para atravessarmos a situação atípica que impacta no dia-a-dia da população, (em
especial a comunidade estudantil) a partir dessa premissa, as redes de ensino podem seguir
montando o cenário mais ideal para receber os alunos na pós-pandemia, realizando
reprogramações referente ao período de férias e remontando as grandes horárias para que elas
possam se encaixar da melhor forma nesse sistema de reposição, além é claro, de aproveitar
aulas ao sábados dentro deste modelo.
A curto prazo, podemos citar uma futura volta reduzida do ensino presencial na
medida em que os passos para normalidade forem dados, condição que pode se encaminhada
através de um ensino híbrido revezando as turmas em agrupamentos limitados para
comparecerem nas instituições de ensino, preservando sempre os cuidados relativos as
condições de saúde. Com a chegada da vacina desenvolvida e colocada em circulação, já seria
justificável afirmar que os planejamentos próximos já devem ser realizados baseados nas
margens de previsão para a vacinação dos docentes e terceiros que cooperam no
funcionamento da instituição.
Diversos são os cursos de ensino superior vigentes na presente educação brasileira,
disponíveis para formação em muitos âmbitos de trabalho diferentes, consequentemente ao
avanço da era digitalizada, foi surgindo um solo fértil para a chegada de uma imensa
variedade de cursos ofertados em EAD, os adeptos dessa modalidade não foram tão afetados
pelas transformações dos hábitos educacionais. Apesar de haver muitos estereótipos sobre a
qualidade na formação dos alunos dentro dessa proposta, o ensino à distância continuou
ganhando mais força com o passar do tempo, apesar de não bater a proporção presencial, o
avanço foi notável, crescendo mais ainda a demanda por instituições de ensino superior que
viabilizem graduações por esses meios. Acompanhe o gráfico a seguir sobre a evolução desse
modelo:
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O que vivenciamos agora mostra que somos dependentes dos meios digitais
para sermos eficientes em ações de assistência social, em saúde e educação
massivas, só para citar os exemplos mais gritantes. É óbvio que a realidade
factual se sobrepõe ao mundo virtual e que as pessoas e a vida cotidiana são o
centro de todos os processos, mas se maioria da população brasileira tivesse
melhores níveis de proficiência no uso de artefatos digitais básicos, se antes
lhes fosse favorecido ter em sua posse um computador básico ou um Tablet, e
se o acesso à internet já fosse garantido e gratuito, a distribuição de recursos
financeiros emergenciais, o acompanhamento da contaminação, a
organização logística dos atendimentos médicos, de assistência social e a
continuidade de atividades letivas em escolas públicas, por exemplo, estariam
em melhores condições de execução. A consequência seria que a população
mais necessitada e carente sofreria menos.
Nas especificidades da Educação Física que requerem a prática, o EAD ainda pode
fornercer uma saída mais imediatista, para formalizar pontes de ligação com o ensino a ser
transmitido, exemplificando essa afirmação, a proposta que a qualifica seria a de apresentar
vídeos gravados de exercícios e atividades para serem executadas, se valendo de mais
detalhamentos, em vista da distância que impossibilita correções presentes ao momento do
exercício em curso, assim anexamos uma característica de maior minuciosidade nas tarefas, o
professor também saber aproveitar a disponibilidade de tempo dos alunos para explorar
melhor o seu conteúdo, enriquecendo a sua abordagem.
Ademais, esse aproveitamento também tem o seu sustento no próprio espaço que
compreende cada indivíduo, mesmo que este seja limitado, mas anteriormente a essa
aplicação, ainda é gerada a necessidade de qualificações para que o corpo docente esteja apto
para reconfigurar um trabalho pedagógico de recursos mútuos, isso é, saber trabalhar com a
estrutura do próprio aluno, usando ela para desenvolver sua consciência de saberes, o que
consequentemente, abrirá um leque de possibilidades que fornecem condições tangíveis e
abertas para todos.
CONSIDERAÇÕES DO AUTOR
na história da humanidade, essas que requisitaram as mesmas protetivas que aderimos nos
dias atuais, o planejamento educacional próprio para essa eventualidade deverá ser formulado
com base nesses embaraços históricos, uma vez que o olhar para o passado nos permite
potencilizar os métodos mais eficazes para estruturar o ensino em meio a essa turbulência, de
forma condizente ao momento.
É importante asseverar que a recuperação de um ensino comprometido, se apresenta
no desenvolver de sistemas e padrões em características de mutabilidade, modificando-se de
acordo com as circunstâncias, já que todos foram puxados involuntariamente para dentro
desse cenário. Se valendo desse viés, seguimos objetivando contemplar uma diversidade
maior de caminhos concebíveis para os alunos, preservando a equidade de guiar a todos para
o mesmo destino.
Voltando olhares de planejamento para o contexto da pós-pandemia, podemos dizer
que esta natureza de trabalho também pode auxiliar futuramente numa progressão gradual
direcionada ao retorno das aulas presenciais, isso é, a evolução do ensino e aprendizado
agindo em paralelo com a evolução de saída rumo ao fim da pandemia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS