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Livro Operação buraco de minhoca

Em 2192, o planeta Terra está praticamente destruído, por decorrência de problemas


ambientais causada pela ganância do homem. A única esperança é o Projeto Arca de Noé,
idealizado por um milionário chinês, que pretende fundar uma nova humanidade num planeta
distante. Catorze jovens criados geneticamente em laboratório serão a semente dessa nova
era no planeta Épsilon Eridani H, eles terão de pilotar uma nave que pode chegar à velocidade
da luz, mas acontecimentos inesperados trazem algumas mudanças de planos. É aí que entra a
Operação Buraco de Minhoca, uma desesperada tentativa de salvar a vida no próprio planeta
Terra. Através de uma viagem ao passado utilizando a Ponte de Einstein-Rosen (vulgarmente
conhecida como “buraco de minhoca” e que vem a ser um túnel do tempo cuja possibilidade
teórica é amplamente aceita pelos cientistas), a protagonista Mira não aceita partir pra outro
planeta sem conhecer sua seus pais biológicos, e essa obsessão acaba levando Mira ate o
Brasil, onde além de descobrir que sua mãe é a própria médica da clinica de inseminação que
foi gerada, ela pode ver de perto a pobreza, poluição e a degradação ambiental que ameaça a
humanidade

Depois de se arriscar muito Mira á procura de sua mãe e descobrir a verdade, Mira impõe aos
trezes jovens a usar o “buraco de minhoca” para voltar ao tempo e tentar salvar a Terra. Então
se dá a operação Buraco de Minhoca e sem o casal de chinês saber eles conseguem voltar ao
tempo e tentar mudar o pensamento das pessoas sobre o meio ambiente e é aonde ela se
encontra com sua antepassada Laura Bergallo autora do livro, e conta sua história.
LIVRO PRIMAVERA SILENCIOSA

Uma das reportagens investigativas mais importantes do século XX. Assim a Escola
de Jornalismo de Nova York classificou, em 2000, 38 anos após seu lançamento, o
livro "Primavera Silenciosa". Já sua autora, Rachel Carson, foi alçada em dezembro de
2006, pelo jornal britânico "The Guardian", ao primeiro lugar da lista das cem pessoas
que mais contribuíram para a defesa do meio ambiente em todos os tempos.
Nascida em 27 de maio de 1907 numa fazenda na Pensilvânia, Rachel Louise Carson,
incentivada por sua mãe, publicou seus primeiros trabalhos aos dez anos na revista
literária infantil "Sr. Nicholas", a mesma revista que revelara Scott Fitzgerald e William
Faulkner.

Em 1962, o DDT (dicloro difenil tricloroetano) era conhecido como um produto de


efeitos benéficos inquestionáveis. Tinha uma verdade científica incontestada. O
veredicto de um produto de mil e uma utilidades surgiu quando, em 1940, Paul
Hermann Mueller, da companhia suíça GEIGY PHARMACEUTICAL, observou que
o DDT sintetizado por Zeidler em 1874, era um potente inseticida e que ainda
tinha como aliado a baixa solubilidade em água, alta persistência e que
propiciava resultados verdadeiramente notáveis fazendo com que seu uso
rapidamente se expandisse. Esse fato deu a Paul Mueller o Prêmio Nobel de
Fisiologia e Medicina, em 1948. Mais tarde, o DDT foi utilizado no controle de
pragas na agricultura, particularmente em colheitas com elevado rendimento
econômico.  

Neste contexto, Rachel Louise Carson, escritora, cientista e ecologista norte-


americana, publicou o livro a PRIMAVERA SILENCIOSA (Silent Spring)
mostrando, na contramão dos fatos, que o DDT penetrava na cadeia alimentar e
se acumulava nos tecidos gordurosos dos animais, inclusive do homem,
afirmando que já tinha sido detectado a sua presença até no leite humano, com a
possibilidade de causar câncer e dano genético. A escritora, com impacto,
mostrou que uma única aplicação de DDT em uma lavoura matava insetos
durante semanas e meses e, não só atingia as pragas, mais um número
incontável de outras espécies, permanecendo tóxico no ambiente mesmo com
sua diluição pela chuva. No ser humano causada cloro-acnes, na pele, e sintomas
inespecíficos, como dor de cabeça, tonturas, convulsões, insuficiência respiratória
e até morte, dependendo da dose e do tempo de exposição.

A maior contribuição do livro foi à conscientização pública de que a natureza é


vulnerável à intervenção humana. Poucas pessoas até então se preocupavam
com problemas de conservação: e a maior parte pouco se importava se algumas
ou muitas espécies estavam sendo extintas. Mas o alerta de RACHEL CARSON
era assustador demais para ser ignorado porque isso envolvia a contaminação de
alimentos, os riscos de câncer, de alteração genética e a morte de espécies
inteiras. Pela primeira vez, a necessidade de regulamentar a produção industrial
de modo a proteger o meio ambiente se tornou aceita.
LIVRO ADMIRÁVEL MUNDO NOVO

Admirável Mundo Novo, escrito por Aldous Huxley e publicado em 1932, narra a
história de uma sociedade futurista, em que seus habitantes passam por um pré-
condicionamento biológico e psicológico para que vivam em harmonia com as leis
sociais e com um sistema de castas. O objetivo maior é manter a ordem, mesmo que
para isso todos passem por uma grande lavagem cerebral, eliminando qualquer senso
de individualidade ou de consciência crítica sobre a realidade.
Apesar de ter sido escrito há mais de 80 anos, admirável mundo novo mostra, em
muitos momentos, extremamente atual, levantando questionamentos sobre a vida
contemporânea e sobre os desafios para o futuro da humanidade. Com personagens
complexos, a narrativa envolve o leitor em um universo hipotético, mas passível de
diversas comparações com todas as mudanças pelas quais o mundo tem passado ao
longo das últimas décadas

Todos os núcleos da história mostram a grande oposição entre o primitivo e o


moderno. Com o grande avanço tecnocientífico, os personagens nascem em um
ambiente controlado e preparado desde a sua gestação, que ocorre no "Centro de
Incubação e Condicionamento de Londres Central". Na trama, toda a população é
gerada a partir de reprodução artificial e manipulada geneticamente para atender às
especificidades necessárias para cada grupo de pertencimento pré-determinado
(Alfa+, Alfa, Beta+, Beta, Gama, Delta ou Épsilon).

Dentre todos os personagens, o livro destaca a história de Bernard Marx, que apesar
de pertencer à elite genética, por um defeito durante a sua gestação acabou saindo
diferente dos demais. Diante disso, o homem acaba por se sentir excluído, rebelando-
se contra o sistema pelo qual se sente injustiçado.
Em uma viagem a uma reserva primitiva, Bernard se depara com Linda, uma mulher
que havia nascido na civilização, mas que fora banida para essa espécie de "tribo
indígena" por estar grávida (fato jamais aceito ou pensado pela sociedade
de Admirável Mundo Novo). Além de Linda, Bernard conhece seu filho, John, chamado
de "Selvagem", com quem se afeiçoou. Porém, não foi a empatia o que despertou o
interesse de Bernard, já que levar o "Selvagem" para a civilização lhe renderia
prestígio diante da sociedade científica.

Uma das coisas que mais chama a atenção é exatamente essa atitude de Bernard,
que antes, quando rejeitado pela sociedade, questionava-se em relação a ela, mas
depois na ânsia de ser reconhecido, toma atitudes para que ela o aceite. Apesar de
contraditório, quantas pessoas não agem da mesma maneira?
O contraste entre as civilizações, a “antiga” e a “nova”, é uma das partes mais
importantes do livro.
Admirável mundo novo é um livro incrivelmente atual, que fala de uma sociedade com
valores invertidos, onde famílias e laços não mais existem, onde prazer e as
sensações estão acima de tudo, onde as frustrações são abafadas por drogas e onde
a falsa ideia de felicidade camufla um dos piores inimigos do homem: a solidão.
LIVRO A DANÇA DA MORTE

Após um erro de computação no Departamento de Defesa, um vírus é liberado, e um


milhão de contatos casuais formam uma cadeia de morte: é assim que o mundo acaba. O
que surge em seu lugar é um ambiente árido, sem instituições e esvaziado de 99% da
população. É um lugar onde sobreviventes em pânico escolhem seus lados – ou são
escolhidos. Os bons se apoiam nos ombros frágeis de Mãe Abigail, com seus cento e
oito anos de idade, enquanto todo o mal é incorporado por um indivíduo de poderes
indizíveis: Randall Flagg, o homem escuro. Neste livro, King cria uma história épica
sobre o fim da civilização e a eterna batalha entre o bem e o mal. Com sua
complexidade moral, ritmo eletrizante e incrível variedade de personagens, A dança da
morte merece um lugar entre os clássicos da literatura contemporânea.

A história é simples, e talvez esse seja um dos méritos do autor: um dia, em um centro de
estudo de doenças acontece um acidente em que um poderoso vírus toma conta do
laboratório. O procedimento-padrão era que o laboratório entrasse em quarentena, trancando
todos os infectados dentro para que depois pudesse ser feita a esterilização do local. Mas, um
dos funcionários, Campion, consegue escapar do laboratório. Pega sua família e foge para um
posto no meio do nada. Lá se depara com um dos principais personagens da história, Stu
Redman que bebia uma cerveja no posto do Hap. A partir daí, a doença se espalha
rapidamente pelos Estados Unidos, matando a maioria da população em pouco tempo. A
maneira como King descreve o avanço da doença no primeiro livro é assustadora. Assustadora
porque é algo que poderia acontecer nos dias de hoje facilmente. Em um momento em que
discutimos sobre o ebola e tantas outras doenças fatais das quais não temos cura, é um tema
totalmente pertinente. Cada situação ocorrida ao longo deste primeiro livro é totalmente
verossímil. Sou capaz de imaginar uma situação destas. Não é como em um livro de fantasia
em que os personagens invocam bolas de fogo ou em contos de terror onde são realizados
rituais exóticos. Já havia dito isso sobre Carrie: o que amedronta em Stephen King é sua
imensa capacidade de mostrar o real. De construir personagens que podemos encontrar no
supermercado ou na padaria. Não são personagens fantásticos com habilidades excepcionais,
mas homens comuns diante de uma situação extrema.

King brinca um pouco com o tema da força da natureza. Como o homem brincou de ser
Deus, usando a ciência para manipular forças além de sua compreensão. Veremos muito
esse tema nos próximos dois livros, mas aqui King dá uma pitada daquilo que ele
pretende a seguir. Vemos a queda da civilização que, diante de uma força incontrolável,
nada pode fazer. Alguns tentam passar os últimos momentos com seus entes queridos,
outros se voltam para a selvageria enquanto alguns se escondem para morrer em sua
privacidade. Aqueles que sobrevivem observam atônitos a tudo o que acontece e se
encontram nas raias da loucura. King descreve algumas situações de forma assustadora
como o pai de família que vê sua mulher e suas quatro filhas morrerem uma a uma ou a
jovem grávida que se sente aliviada quando o marido morre e seu bebê (o qual ela nunca
quis ter) também padece diante da doença, mas esta morre trancada em um frigorífico
porque esqueceu a chave em casa. Certas situações demonstram a natureza do homem.
Claro que não podemos generalizar tudo, mas muito assusta quando situações tão
verossímeis acontecem. Nesse cenário de queda da civilização, aparecem nossos
personagens: Stu Redman, Larry Underwood, Frances Goldsmith, Lloyd Henreid e o
Homem da Lata de Lixo. Cada um deles reage de forma diferente à difusão da doença.
Stu é o típico cara durão do interior tentando saber o que aconteceu com seus amigos
após serem levados pelo governo a uma instalação secreta; Larry é um cantor famoso
que cai nas drogas e no álcool e se vê devendo a um fornecedor de drogas e agora tenta
se redimir buscando ajuda com sua mãe; Frances é uma forte mulher que dá a notícia de
sua gravidez a um namorado tolo que não sabe o que fazer diante da nova situação;
Lloyd e seu parceiro Poke são dois bandidos tocando o terror nas cidades de Utah até
que Poke perde a cabeça e começa a pokerizar as pessoas, levando-os à prisão; e o
Homem da Lata de Lixo é um piromaníaco lunático que não conseguiu seu lugar na
sociedade. Todos estes personagens se encontra em uma rota de colisão com o extremo:
como sobreviver em uma sociedade que caminha para sua destruição? O que virá
depois? Por que sobrevivi?

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