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INCLUSÃO DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NOS CURRÍCULOS

DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO: A EXPERIÊNCIA DA UFRJ


Profa. Ana Inês Sousa
Pró-Reitoria de Extensão
Universidade Federal do Rio de Janeiro
11 de junho de 2021
MARCOS LEGAIS DA EXTENSÃO
 Constituição Federal de 1988:

Art. 207 - “As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão


financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa
e extensão.”

 Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014 - PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (2014-2024)

Estratégia 12.7 da meta 12:


“assegurar, no mínimo, 10% (dez por cento)
do total de créditos curriculares exigidos
para a graduação em programas e
projetos de extensão universitária,
orientando sua ação, prioritariamente,
para áreas de grande pertinência social”

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MARCOS LEGAIS DA EXTENSÃO

 POLÍTICA NACIONAL DE
EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA (FORPROEX, 2012)

“Um dos passos fundamentais em direção à universalização da Extensão Universitária está


em sua inclusão nos currículos, flexibilizando-os e imprimindo neles um novo significado com
a adoção dos novos conceitos de ‘sala de aula’ e de ‘eixo pedagógico’. É importante ter claro
que não se trata apenas de aproveitamento de créditos oriundos de atividades extensionistas,
para efeitos de integralização curricular ou de criação de novas disciplinas relacionadas com a
Extensão Universitária, mas, sim, de sua inclusão criativa no projeto pedagógico dos
cursos universitários, assimilando-a como elemento fundamental no processo de
formação profissional e de produção do conhecimento“.
https://www.ufmg.br/proex/renex/images/documentos/2012-07-13-Politica-Nacional-de-Extensao.pdf

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MARCOS LEGAIS DA EXTENSÃO (cont.)
 Resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE)
Resolução N° 7, de 18 de dezembro de 2018 - Estabelece as Diretrizes para a Extensão na
Educação Superior Brasileira e regimenta o disposto na Meta 12.7 da Lei nº 13.005/2014,
que aprova o Plano Nacional de Educação – PNE 2014-2024 e dar outras providências.

Construção coletiva entre o CNE e os 3 fóruns de extensão (das IES públicas, das comunitárias
e das particulares)

 Audiência Pública CNE realizada em 17 de setembro de 2018

 Aprovada em outubro/2018 e publicada em dezembro/2018


Resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE)

Abrangência: Instituições de Educação Superior de todos os sistemas de ensino


do Brasil

Finalidade:
1. Estabelece as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira
2. Regimenta o disposto na Estratégia 12.7 da Meta 12 da Lei 13.005/2014,
que aprova o Plano Nacional de Educação 2014-2024 e dá outras providências.

Nível de ensino:
Cursos de graduação – obrigatoriamente Art. 2º
Cursos de pós-graduação - facultativo
Resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE)
Art. 4º - As atividades de extensão devem compor, no mínimo, 10% (dez por cento) do total da
carga horária curricular estudantil dos cursos de graduação, as quais deverão fazer parte da
matriz curricular dos cursos.

Prever a atuação dos estudantes em qualquer modalidade de ação de


extensão, diferentemente do Plano Nacional de Educação.

Implantação:
Art. 5º, 11 e 14 - No Projeto Político Pedagógico
Art. 19 - No prazo de até 3 (três) anos, a contar da data de sua homologação (Publicação em
18/12/2018) até dez/2021

 Homologação, em 24/12/2020, do Parecer CNE/CES nº 498/2020, da Câmara de Educação


Superior (CES), do Conselho Nacional de Educação, que adiciona 1 (um) ano ao prazo para
implantação (Publicado no DOU em: 28/12/2020 | Edição: 247 | Seção: 1 | Página: 168).
Os Documentos da Política Nacional de Extensão e
Resolução CNE N° 7, de 18/12/2018
NÃO utilizam o termo curricularização.

Creditação da Extensão nos currículos dos cursos de graduação

Integralização da Extensão Universitária..

Inclusão da Extensão Universitária...

Inserção da Extensão Universitária...


Creditação da Extensão Universitária
nos currículos dos cursos de
graduação da UFRJ
EXTENSÃO NA UFRJ ....
CONCEITO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

• A Extensão Universitária, sob o princípio constitucional da indissociabilidade entre


ensino, pesquisa e extensão, é um processo interdisciplinar educativo, cultural, científico
e político que promove a interação transformadora entre universidade e outros setores da
sociedade. (Política Nacional de Extensão, FORPROEX, 2012).

• A Extensão na Educação Superior Brasileira é a atividade que se integra à matriz


curricular e à organização da pesquisa, constituindo-se em processo interdisciplinar,
político educacional, cultural, científico, tecnológico, que promove a interação
transformadora entre as instituições de ensino superior e os outros setores da sociedade,
por meio da produção e da aplicação do conhecimento, em articulação permanente com o
ensino e a pesquisa. (Resolução CNE/CES 7/2018. Diário Oficial da União, Brasília, 19 de dezembro
de 2018, Seção 1, pp. 49 e 50 - Art. 3º).
Conceito de Extensão 10

“...interação transformadora entre universidade e outros setores da


sociedade”

Primeiro Setor
Governo
Administração Direta, autarquias, fundações públicas, associações
públicas e empresas públicas

Segundo Setor
Iniciativa Privada
Pessoas naturais e jurídicas

Terceiro Setor
Associações e entidades sem fins lucrativos
Movimentos Sociais, Associações, ONGs (Organizações Não
Governamentais) e OSCIPs (Organizações da Sociedade Civil de
Interesse Público)
DIRETRIZES DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

Interação dialógica
(Art. 3°, Art. 5°, I e Art. 6°, II)

Impacto e
transformação social
(Art. 3°, Art. 5°, III e Art. 6°, V e VII)
Interdisciplinaridade e
Interprofissionalidade
(Art. 3° e Art. 5°, II)
Impacto na formação do estudante
(Art. 5°, II e Art. 6°, I

Indissociabilidade ensino –
extensão – pesquisa Política Nacional de Extensão
(Art. 3°, Art. 5°, IV e Art. 6°, IV) (FORPROEX, 2012).
Resolução CNE 07/2018.
Extensão na UFRJ .... 12

Modalidades de Ações de Extensão (FORPROEX, 2012)

Na UFRJ somente as modalidades de


programas, projetos, cursos e eventos podem
1 – Programa ser registradas como ação de extensão e,
2 – Projeto portanto, podem ser incluídas para fins de
creditação curricular e para progressão
3 – Curso docente.
4 – Evento

5. Prestação de serviços A prestação de serviços em extensão, apesar


de ser uma modalidade de ação de extensão,
ainda não está regulamentada na UFRJ.
Atualmente em debate no Conselho de
Extensão Universitária (CEU) com vistas a
sua regulamentação.
Extensão na UFRJ ....

ORGANIZAÇÃO EM ÁREAS TEMÁTICAS

1. COMUNICAÇÃO
2. CULTURA
3. DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA
4. EDUCAÇÃO
5. MEIO AMBIENTE
6. SAÚDE
7. TECNOLOGIA E PRODUÇÃO
8. TRABALHO
Extensão na UFRJ ....

OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Agenda 2030 da ONU


HISTÓRICO DA DISCUSSÃO NA UFRJ

 Passo inicial:

Levantamento do que já era desenvolvido


em outras universidades públicas
(UFBA, UFSCar, UFMG)

 2006 – Realização de um Seminário com as 3 pró-reitorias acadêmicas.

 2011-2012 - Pesquisa “(Re)conhecendo a extensão na UFRJ: Levantamento de atividades


de extensão passíveis de receber créditos nos Cursos de Graduação da UFRJ“.

 2012 - Elaboração de minuta de Resolução pela Plenária de Coordenadores de Extensão e


apresentação ao Conselho de Ensino de Graduação (CEG) em dezembro de 2012.
HISTÓRICO DA DISCUSSÃO NA UFRJ (cont.)

 2013 - Aprovação no Conselho de Graduação (CEG) em 05/06/2013


de resolução que regulamenta a creditação da extensão na UFRJ
(Resolução CEG Nº 02/2013).
 2014 - Inclusão de obrigatoriedade de atuação na extensão na
avaliação docente para fins de progressão na carreira (Resolução
CONSUNI 08/2014).
 2017 – Prazo para os cursos fazerem seus ajustes ou reformas
curriculares.
 2018 – Início da revisão dos currículos para simplificação dos
Requisitos Curriculares (RCSs) de Extensão.
RESOLUÇÕES UFRJ

 Resolução CEG Nº 02/2013 - Aprovada em 05/06/2013.


 Resolução CEG Nº 03/2014 – Cria disciplinas mistas
 Resolução CEG Nº 04/2014 – Altera prazo de implementação
 Resolução CEG Nº 06/2018 - Estabelece que um crédito de
extensão equivale a 15 horas.
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Organização curricular na UFRJ

De acordo com a Resolução CEG 02/2003 - Normas básicas para a


formulação do Projeto Pedagógico e organização curricular dos cursos de
graduação da UFRJ:

“Art.9º- Entende-se por DISCIPLINA um conjunto de atividades


acadêmicas, organizadas didático-pedagogicamente, versando sobre
matéria determinada, com carga horária definida, local e horário próprios
para a realização, de execução restrita a um período letivo e exigências de
avaliação definidas no currículo, cujo cumprimento se traduza por grau.
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Organização curricular na UFRJ

Art. 10 - Entende-se por REQUISITO CURRICULAR SUPLEMENTAR (RCS) um


conjunto de atividades acadêmicas, organizadas didático-pedagogicamente, com
carga horária determinada e exigências de avaliação definidas no currículo, cujas
características não correspondam às de uma disciplina e que sejam exigidas de um
aluno para que faça jus ao grau e ao diploma.

Parágrafo único. Os requisitos curriculares suplementares poderão ser


consubstanciados por atividades para cujo exercício haja ou não horário e local
previamente determinados, e cujo cumprimento se traduza por grau ou conceito de
suficiência.”
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RCS/EXT

2018
 Definição da utilização de um RCS denominado Atividade Curricular de
Extensão (ACE) para todos os cursos de graduação, que conterá a carga total
de horas de extensão necessária para perfazer os 10% mínimos obrigatórios.

 O RCS/EXT é de inscrição automática no primeiro período de cada curso e


fica aberto durante todo o período previsto para a duração do curso, facilitando
a inscrição dos estudantes nas ações de extensão que se abrem ao longo o
período acadêmico e o lançamento de horas pelos coordenadores no período
de conclusão da ação.
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Atividade Curricular de Extensão (ACE)


RCS/EXT

EMENTA:
Atuação em ações de extensão registradas na Pró-Reitoria de Extensão
da UFRJ, como programas, projetos, cursos de extensão e eventos,
coordenados por docentes do quadro permanente ou técnicos da carreira
de nível superior na UFRJ. Para eventos a atuação deverá ser na
organização ou na realização do evento. Para cursos a atuação deve ser
na organização ou desenvolvendo atividades de ensino.
SITUAÇÃO ATUAL
 Elaboração de uma minuta de resolução conjunta CEG-CEU (Conselho de Ensino de
Graduação e Conselho de Extensão Universitária) para atendimento a Resolução CNE N° 7, de
18 de dezembro de 2018.

 A maioria dos currículos já implementados em outros formatos estão migrando para um ou dois
RCS/EXT. Alguns poucos além do RCS/EXT tem também disciplinas mistas.

 A secretaria acadêmica de cada curso de graduação é responsável por abrir turmas e inscrever
cada estudante do RCS/Ext no momento de seu ingresso no currículo.

 Ao fim de cada semestre o Sistema Integrado de Gestão Acadêmica (SIGA/UFRJ) lança no


Boletim de Orientação Acadêmica (BOA) de cada estudante a carga horária referente às ações
de extensão que o estudante já tenha se inscrito, concluído e sido considerado apto.

 Quando o total de horas referente ao RCS/EXT for completado o mesmo é concluído e todas as
ações e cargas horárias referentes são devidamente incluídas no histórico do estudante.

 O registro das ações de extensão passaram a ser registradas no SIGA/UFRJ (desde julho de
2019), bem como o relatório das ações (desde maio de 2020).
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MÓDULO EXTENSÃO NO SIGA/UFRJ


(SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO ACADÊMICA)

cesso para o estudante pelo Portal do Aluno


https://portalaluno.ufrj.br/Portal/acesso?cid=54435

COMO SE INSCREVER NUMA AÇÃO DE EXTENSÃO ?


https://www.youtube.com/watch?v=pucam0lCHzI

LINK PARA ACESSO AS AÇÕES DE EXTENSÃO:


https://portal.ufrj.br/Inscricao/extensao/acaoExtensao/filtro
EXEMPLOS DE MATRIZ CURRICULAR

Integral – Farmácia
Integral – Comunicação social
Integral - Enfermagem
Integral – Licenciatura em História
Noturno – Pedagogia
EAD – Licenciatura em Ciências Biológicas
EXEMPLO DE BOLETIM DE ORIENTAÇÃO ACADÊMICA (BOA)
COM AS HORAS DE EXTENSÃO NO RESUMO
EXEMPLO DE HISTÓRICO ESCOLAR - UFRJ
CURSO - Licenciatura em Pedagogia (Noturno)
ASPECTOS INTERSETORIAS

1. Creditação e Avaliação da Extensão Universitária


Com a inclusão da extensão nos currículos dos cursos de graduação, conforme previsto no
Plano Nacional de Educação, duas ferramentas de gestão são fundamentais:
• Sistema de informação
• Sistema de avaliação (avaliação de relatórios, avaliação no local da ação e outras)

2. Questões administrativas
• Inclusão no sistema acadêmico utilizado pela graduação
• Inclusão no Histórico Escolar do estudante
• Revisão de regulamentações internas (Regulamento da Extensão, Progressão
Funcional, dentre outras).

3. Articulação graduação e extensão em todos os níveis


• Nas Pró-Reitorias, nos conselhos acadêmicos, nas unidades acadêmicas, nos
cursos de graduação, etc
Desafios iniciais
 Realizar o processo de ajuste ou reforma curricular em todos os cursos de graduação
para inclusão dos 10% de extensão sem aumentar a carga horária total do curso.
 Incluir a extensão universitária no projeto pedagógico dos cursos (PPC) de forma
articulada com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e o projeto pedagógico
institucional (PPI).
 Sensibilizar e mobilizar toda a comunidade acadêmica da universidade envolvida com o
projeto pedagógico do curso (docentes, estudantes e técnicos).
 Divulgar e disponibilizar todas as ações de extensão em desenvolvimento pela
universidade.
 Ampliar as ações de extensão da universidade de modo que todos os estudantes
possam participar das mesmas.
 Articular graduação e extensão em todos os níveis.
Desafios (cont.)
Alocar recursos para apoio as ações de extensão
O que é/foi realizado na UFRJ:

 Da própria Instituição - Extensão integra o conteúdo do currículo de cada


curso de graduação

 Junção dos editais de fomento à extensão existentes em um único - Edital


do Programa Institucional de Fomento Único de Ações de Extensão
(PROFAEx)

 Divulgação de editais externos visando a captação de recursos para as


ações de extensão.
DESAFIOS ATUAIS
EXTENSÃO NO CONTEXTO DA COVID 19

https://xn--extenso-
https://xn--extenso- 2wa.ufrj.br/images/Covid_19/Catal
2wa.ufrj.br/images/Atendimento_ ogo_de_A%C3%A7oes_durante_a_
EXTENS%C3%83O.pdf https://xn--extenso- Pandemia-_atualizado_em_08-
2wa.ufrj.br/images/Nota_Ofici 06.pdf
al_-_23-03-
2020_versao_final.pdf
EXTENSÃO NO CONTEXTO DA COVID 19

Desafio: Como fazer extensão em ambientes virtuais no contexto da COVID 19 ?

 Discussão no CEU – posicionamento da extensão diante da crise sanitária


Como fazer extensão em ambiente remoto sem perder os princípios e diretrizes da extensão
universitária?
 Aprovação de duas resoluções
 Realização de diversas campanhas de comunicação para orientar os diretores
adjuntos/coordenadores de extensão e as equipes das ações de extensão
 Diversas ações foram criadas no sentido de priorizar o enfrentamento da COVID 19
https://xn--extenso-
2wa.ufrj.br/images/Covid_19/Catalogo_de_A%C3%A7oes_durante_a_Pandemia-
_atualizado_em_08-06.pdf
EXTENSÃO NO CONTEXTO DA COVID 19

RESOLUÇÃO CEU 04/2020, de 24/08/2020


RESOLUÇÃO CEU 03/2020, de 08/07/2020 https://xn--extenso-
https://xn--extenso- 2wa.ufrj.br/images/CEU/RESOLUCOES/resolucaoCEU_
2wa.ufrj.br/images/CEU/RESOLUCOES/CEU_resolucao_03_ 04_2020_aprovada_em_24ago2020.pdf
aprovada_em_08jul2020.pdf

Dispõe sobre normas e procedimentos Resolução Complementar a Resolução


para a continuidade das ações de CEU N° 03/2020.
extensão universitária na UFRJ durante a
pandemia da COVID-19.

FORMULÁRIO PARA VALIDAÇÃO DE AÇÕES DE EXTENSÃO


ATIVAS DURANTE A PANDEMIA DE COVID-1
EXTENSÃO NO CONTEXTO DA COVID 19
Como se inscrever na Extensão no PLE ?

https://xn--extenso-
2wa.ufrj.br/images/Nota_conjunta_PR1-
PR5_30Jul2020_extensaoPLE.pdf
Plano de Ação para Enfrentamento da COVID19 nas
Favelas do Rio de Janeiro

O Plano é resultado de um esforço interinstitucional


envolvendo UFRJ, UERJ, PUC-Rio, SBPC, ABRASCO, Fiocruz,
sindicatos de profissionais das áreas de saúde e
assistência social, bem como organizações baseadas em Dia Estadual de Enfrentamento à Coid-19 nas Favelas
favelas. https://youtu.be/ucJ_Kb0bV9U
Os recursos (20 milhões) são provenientes da Lei Nº
8.972/20, do Fundo Especial da ALERJ à Fiocruz.
SITUAÇÃO ATUAL - ....é possível fazer extensão de
forma remota .....
 A partir de 16/03/2020 (início do trabalho remoto)
aprovamos/institucionalizamos 662 novas ações de extensão

Destas, 451 foram aprovadas após a Resolução do CEU

DEMANDAS
 Necessidade de discutir o retorno as atividades presenciais
 Solicitação por parte de alguns coordenadores de extensão para
retorno as atividades presenciais
INTERFACES
IMPACTOS
RESULTADOS
Interface com a pós-graduação

A pós-graduação deve articular-se com as três dimensões constitutivas da


universidade, ou seja, com o ensino, a extensão e a pesquisa.

Convergências Pós-Graduação e Extensão:


 Inserção social
Quesito incorporado na Avaliação Trienal 2007 dos cursos de pós-graduação stricto sensu.

 Internacionalização
 Inovação
Ao inserir esse quesito na avaliação a Capes reconhece oficialmente que a pós-graduação tem
uma responsabilidade social e deve assim, não apenas melhorar a ciência, mas também melhorar
o país.
RIBEIRO, Renato Janine. Disponível em: https://www.capes.gov.br/images/stories/download/artigos/Artigo_23_08_07.pdf

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Creditação da Extensão: Resultados para os estudantes

A extensão constitui um diferencial na formação do estudante.

Em avaliação preliminar realizada com estudantes do curso de Psicologia


constatou-se maior envolvimento com o curso e seu percurso pedagógico,
maior interesse pela profissão e pelas perspectivas de ação na sociedade,
resultando em impacto nos seguintes indicadores:
 Diminuição da taxa de evasão
 Diminuição da taxa de retenção
 Aumento do rendimento acadêmico

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Creditação da Extensão: resultados para docentes e técnicos

 Reconhecimento e valorização do docente e técnico que atua na extensão


universitária.

 As ações de extensão são pontuadas como um dos critérios de distribuição de vagas


docentes pela Comissão Temporária de Alocação de Vagas Docentes (COTAV) da UFRJ.

 A atuação em extensão é componente obrigatório das normas e critérios para a


desenvolvimento na carreira docente (Resolução CONSUNI N° 08/2014).
Art. 19. - § 4º Para lograr aprovação, o docente não poderá obter pontuação
igual a zero nas atividades de cada um dos Grupos I, II e III.

 Necessidade de discutir com a Pró-Reitoria de Pessoal o reconhecimento da extensão


na progressão da carreira do técnico-administrativo.

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Creditação da Extensão: resultados para a comunidade externa

 Muito mais alunos para fazer extensão.

 Ampliação das possibilidades de atendimento as demandas dos


diversos setores da sociedade tendo em vista um maior quantitativo de
ações de extensão.

 Ampliação das possibilidades de diálogo e articulação com os


saberes não acadêmicos, populares e tradicionais, em diferentes
áreas.

Etc.

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DÚVIDAS FREQUENTES... 48

1. A inclusão dos 10% de créditos curriculares (horas) exigidos para a graduação destinados a atuação
em ações de extensão implica em aumento da carga horária total do curso ?
R: Não necessariamente. É necessário fazer uma análise do currículo atual e verificar as possibilidades para
cada curso.

2. Os 10% de créditos (ou horas) de extensão devem ser calculados com base na carga horária total das
disciplinas específicas ou na carga horária total do curso?
R: Os 10% devem ser calculados com base na carga horária total do curso e deve fazer parte da matriz
curricular do curso. Por exemplo, se um curso tem uma carga horária total de 4.000 mil horas, o aluno
deverá cumprir 400h atuando em ações de extensão.

3. Pode haver dupla creditação de carga horária?


R: Não.

4. Como incluir a creditação das horas de extensão nas licenciaturas sem aumentar a carga horária?
R: Do mesmo modo que ocorre no bacharelado.
DÚVIDAS FREQUENTES... 49

5. Para fins de creditação curricular um estudante só pode participar de ações de extensão na Unidade ao
qual está matriculado?
R: Não. O estudante pode participar de quaisquer ações de extensão de outras Unidades e Centros da UFRJ,
desde que estas estejam registradas na Pró-Reitoria de Extensão e atendem ao exigido pela Resolução CEG
Nº 02/2013.
Essa possibilidade deverá ser estimulada e apoiada pela instituição de modo geral, pois favorecerá a prática
de ações inter e multidisciplinares. Em face disso, é adequado que as unidades, dentro de seu processo de
adaptação à resolução CEG nº 02/2013, definam como se dará o informe às outras unidades acerca da
participação desses alunos.

6. O curso ou a unidade acadêmica terá que dar conta da oferta de ações de extensão para todos os seus
alunos?
R: Não, pelos motivos expostos na questão 5.

7. Como é computada a carga horária docente?


R: O docente que coordena a ação de extensão na qual o estudante está atuando conta para ele como horas
de extensão.
DÚVIDAS FREQUENTES... 50

8. Qual a diferença entre ações de extensão e atividades curriculares complementares (ACC)?


R: Anteriormente a obrigatoriedade de inclusão da extensão nos currículos, esta estava inserida como uma
atividade complementar.
Para que seja reconhecida como horas de extensão, os estudantes tem um papel protagonista e integram a
equipe executora da ação de extensão registrada na Pró-Reitoria de Extensão. Por exemplo, em eventos a
atuação deverá ser na organização ou na realização do evento e, em cursos a atuação deve ser na
organização ou desenvolvendo atividades de ensino.
Já nas atividades complementares, o estudante participa na condição de ouvinte e em ações que não
envolvam a comunidade externa. Por exemplo, quando o estudante participa como ouvinte num evento ou
como cursista em um curso.
Na Política Nacional de Extensão e nos artigos 5 e 6 da Resolução CNE 07/2018 estão explicitadas a
concepção da extensão e as suas diretrizes que ajudarão a diferenciar uma ação de extensão de uma
atividade complementar.
DÚVIDAS FREQUENTES... 51

DÚVIDAS SOBRE OUTRAS ATIVIDADES

9. Estágio pode ser considerado como ação de extensão universitária?


R: Não. De acordo com a Lei n. 11.788, de 25 de setembro de 2008, estágio é ato educativo escolar
supervisionado, desenvolvido em ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de
educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação
profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na
modalidade profissional da educação de jovens e adultos.
Nas diretrizes curriculares de cada curso há a previsão se o estágio é obrigatório ou não. Nos casos em que o
estágio é obrigatório, a carga horária não pode ser contabilizada duas vezes. É fundamental salientar que
estágio obrigatório não é extensão.
O estágio não obrigatório, desde que explicitado no projeto pedagógico do curso, é considerado como
atividade complementar, conforme previsto na Resolução CEG Nº 13/2008.

10. A iniciação científica pode ser considerada como ação de extensão?


R: Não. As atividades de pesquisa são contabilizadas no currículo como atividades complementares.
Diferentemente as ações de extensão passam a ser consideradas obrigatórias no currículo.
DÚVIDAS FREQUENTES... 52

DÚVIDAS SOBRE OUTRAS ATIVIDADES

11. As ligas acadêmicas podem ser registradas como ações de extensão?


R: As ligas acadêmicas são grupos de estudantes (mais frequente entre os estudantes de medicina) que se
reúnem para fazer estudos conjuntos, desenvolverem projetos de pesquisa e algumas também realizam ações
de extensão (muito comum nas modalidades evento e curso), constituindo-se num espaço de vivência
extracurricular para o estudante de medicina. Nesses casos, o que deve ser registrado não é a Liga e sim a
atividade que a mesma realiza, ou seja, o evento ou o curso. No entanto, estas deverão seguir os princípios da
extensão universitária, com participação discente, docente e atendendo a demandas da sociedade.

12. E os Grupos PET e Projetos PIBID ?


R: Ambos desenvolvem atividades de ensino, pesquisa e extensão. Neste caso, o que deve ser registrado são
as ações de extensão que esses grupos desenvolvem.

13. E as Empresas Jr ?
R: Da mesma forma que as Ligas, os Grupos PET e os Projetos PIBID, o que deve ser registrado são as ações de
extensão que esses a empresa jr desenvolve.
DÚVIDAS FREQUENTES... 53

DÚVIDAS SOBRE OUTRAS ATIVIDADES

14. As atividades da Pró-Reitoria de Pessoal voltadas para a capacitação, treinamento e formação dos
servidores da Universidade (como por exemplo, os cursos) podem ser consideradas como ação de extensão?
R: Não. Esses cursos têm como público os servidores da UFRJ e são denominados de educação continuada ou
formação continuada ou educação permanente.

15. Visitas técnicas, científicas ou culturais podem ser consideradas como ação de extensão?
R: As visitas técnicas não são consideradas ações de extensão. Estas se constituem em estratégias de ensino
em diversos Projetos Pedagógicos dos cursos de graduação da UFRJ e, geralmente são contabilizadas nas horas
de atividades complementares.

CREDITAÇÃO PARA ESTUDANTES DE PÓS-GRADUAÇÃO


16. A creditação das ações de extensão também será estendida para os cursos de pós-graduação?
R: No momento a meta é implementar a creditação da extensão em todos os cursos de graduação, como
previsto no Plano Nacional de Educação e na Resolução CNE 07/2018. No entanto, essa é uma possibilidade
encarada de modo positivo já que temos diversos alunos de pós-graduação que participam das ações de
extensão.
BIBLIOGRAFIA 54

Benetti, P. C.; SOUSA, A. I.; SOUZA, M.H.N. Guia de Creditação da Extensão na UFRJ. Universidade
Federal do Rio de Janeiro, Pró-Reitoria de Extensão. Rio de Janeiro, 2015. Disponível em:
http://extensao.ufrj.br/images/stories/documentos/guia_credita%C3%A7%C3%A3o_web_2015.pdf
______. Creditação da extensão universitária nos cursos de graduação: relato de experiência. Revista
Brasileira de Extensão Universitária. v. 6, n. 1, p. 25-32 jan – jun. 2015. e-ISSN 2358-0399. Disponível
em: https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/RBEU/issue/view/14

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Texto consolidado até a
Emenda Constitucional nº 70 de 29 de março de 2012. Senado Federal. Disponível em:
http://www.senado.gov.br/legislacao/const/con1988/CON1988_29.03.2012/CON1988.pdf

______. Presidência da República. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de
Educação - PNE e dá outras providências. Disponível em:
http://extensao.ufrj.br/images/stories/Anexos/PNE_2014.pdf
55

BIBLIOGRAFIA (cont.)
BRASIL. Aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) e dá outras providências. Diário Oficial da União, de 10 de janeiro de
2001, p. 128. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.h
http://extensao.ufrj.br/images/stories/Anexos/PNE_2014.pdf
______. Congresso Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional. Diário Oficial da União, de 23 de dezembro de 1996, p. 27.833. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/tvescola/leis/lein9394.pdf

______. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CES Nº 7/2018, publicada no Diário
Oficial da União, Brasília, 19 de dezembro de 2018, Seção 1, pp. 49 e 50. Estabelece as Diretrizes para a Extensão na
Educação Superior Brasileira e regimenta o disposto na Estratégia 12.7 da Meta 12 da Lei nº 13.005/2014. Disponível em:
https://xn--extenso-2wa.ufrj.br/images/LEGISLACAO/CNE---Resoluo-n-7-de-18-de-dezembro-de-2018.pdf

FORPROEX - FÓRUM DE PRÓ-REITORES DE EXTENSÃO DAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO SUPERIOR


BRASILEIRAS. Avaliação da Extensão Universitária: práticas e discussões da Comissão Permanente de Avaliação
da Extensão. Organização: Maria das Dores Pimentel Nogueira. Belo Horizonte: FORPROEX/CPAE; PROEX/UFMG, 2013
(Coleção Extensão Universitária; v.8). Disponível em:
https://www.ufmg.br/proex/renex/images/avalia%C3%A7%C3%A3o_da_extens%C3%A3o-_livro_8.pdf
56

BIBLIOGRAFIA (cont.)
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(Coleção Extensão Universitária; v. 7. Disponível em:
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_________. Indissociabilidade Ensino–Pesquisa–Extensão e a Flexibilização Curricular: uma visão
da extensão. Porto Alegre: UFRGS; Brasília: MEC/SESU, 2006. (Coleção Extensão Universitária; v.4).
Disponível em: https://www.ufmg.br/proex/renex/images/documentos/Indissociabilidade-e-
Flexibilizacao.pdf
________. Plano Nacional de Extensão Universitária. Ilhéus: Editus, 2001. (Coleção Extensão
Universitária; v.1). Disponível em: https://www.ufmg.br/proex/renex/images/documentos/Plano-nacional-
de-extensao-universitaria-editado.pdf
FORUM NACIONAL DE PRÓ-REITORES DE GRADUAÇÃO DAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS.
XXVIII Encontro Nacional Carta de Brasília, 2015.
CONTATO

Profa. Ana Inês Sousa


• Professora Titular do Departamento de Enfermagem de Saúde Pública
Coordenadora Adjunta de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Escola de Enfermagem Anna Nery / UFRJ
anaineschico@gmail.com

• Assessora Especial e Substituta eventual da Pró-Reitora de Extensão


Tel. (21) 3938-0482 / 99968-2913
anaines@pr5.ufrj.br

Creditação da Extensão na UFRJ:


https://xn--extenso-2wa.ufrj.br/index.php/creditacao/regulamentacao

Newsletter da Extensão da UFRJ: 57

https://xn--extenso-2wa.ufrj.br/index.php/80-comunica-extensao/399-comunica-ufrj

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