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LEI COMPLEMENTAR Nº 018/2006

“Institui o Código de Obras do


Município de Andradina e dá outras
providências”.
ERNESTO ANTONIO DA SILVA, Prefeito Municipal de Andradina, Estado de São
Paulo, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei, FAZ SABER que a
Câmara Municipal de Andradina aprovou e o Executivo Municipal sanciona e
promulga a seguinte lei:
CAPÍTULO I
DAS DEFINIÇÕES
ART. 1°: A municipalidade adota, para incorporar às suas posturas e Legislação
Estadual, na parte referente à construção, reforma, ampliação e regularização de
prédios urbanos, em especial o Decreto 12.342, de 27 de setembro de 1978, e
suas Normas Técnicas Especiais.
ART. 2°: Para efeito de interpretação do presente Código de Obras e de projetos
para edificações, são adotadas as seguintes definições:
ABAULAR – Dar forma curva, arqueada, a uma superfície, a fim de propiciar
melhor escoamento da água ou acabamento estético.
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, cujas normas fazem parte
integrante deste Código quando com elas relacionadas;
ABERTURA - Termo genérico que resume todo e qualquer rasgo na construção,
seja para dar lugar a portas e janelas, sejam para criar frestas ou vãos.
ABERTURA DE VALA – Ato de fazer valas. Ver Vala.
ABÓBADA – Todo teto côncavo pode ser chamado de abóbada. Cobertura
encurvada. Do ponto de vista geométrico, a abóbada tem origem num arco que se
desloca e gira sobre o próprio eixo, cobrindo toda a superfície do teto. As
abóbadas variam de acordo com a forma do arco de origem. Abóbada ogival.
Também chamada de gótica, cujo arco tem forma de ogiva, é uma marca da
arquitetura árabe. Abóbada aviajada tem origem em um arco cujas extremidades
estão em desnível. Há ainda a abóbada de lunetas. De menor altura, esse tipo
está presente nas casas de estilo colonial americano e facilita a iluminação
interior. Ver Luneta.
ABRAÇADEIRA- Peça metálica que, normalmente, segura as vigas ou tesouras
do madeiramento. Também fixa peças como tubos, em paredes.
ABRASÃO – Desgaste causado na superfície pelo movimento de pessoas ou
objetos.
ABRIGO – Lugar onde o homem pode se proteger das intempéries. No uso
corrente, indica local como garagem, também chamado de abrigo de carro.
ABRIGO ISOLADO – Cobertura independente da construção principal, em
balanço, com uma única parede lateral fechada, ou ainda, cobertura com quatro
apoios e todas as laterais abertas.
ACABAMENTO – Arremate final da estrutura e dos ambientes da casa, feito com
os diversos revestimentos de pisos, paredes e telhados.
ACETINADO- Todo material tratado para ter textura semelhante ao cetim.
ACESSO – Rampa, escada, corredor ou qualquer meio de entrar e sair de um
ambiente, uma casa ou um terreno.
ACLIVE- Ladeira. Quando o terreno se apresenta em subida em relação à rua.
ACRÉSCIMO OU AUMENTO – Ampliação de uma edificação feita durante a
construção ou após a conclusão da mesma.
AÇO CARBONO – Liga de aço e carbono que resulta num material leve e de
grande resistência.
ADEGA – Também conhecida como cava, A palavra, provavelmente, tem origem
no termo francês cave: lugar especial da casa em geral no subsolo, onde se
guardam vinhos e azeites. A adega precisa ter condições climáticas controladas,
para melhor conservar os vinhos.
ADOBE – Tijolo feito com uma mistura de barro cru, areia em pequena
quantidade, estrume e fibra vegetal. Deve ser revestido com massa de cal e areia.
O termo adobe vem do árabe attobi e designa também seixos rolados dos leitos
de rios.
AFAGAR – Nivelar, aplainar, desbastar saliências ou alisar madeiras.
AFASTAMENTO – Ver Recuo.
AFRESCO – Técnica de pintura usada na Renascença italiana. Trabalha o
revestimento ainda úmido de paredes e tetos, permitido a absorção de tinta.
AGLOMERADO – Placa prensada, composta de serragem compactada com cola e
fechada com duas lâminas de madeira.
AGREGADO – É o material mineral (areia, brita etc.) ou industrial que entra na
preparação do concreto.
AGRIMENSOR – Topógrafos. Profissional que estuda os níveis e as
características do terreno para ajudar o arquiteto no seu trabalho.
AGRIMENSURA – Medição da superfície do terreno. Ver Topografia.
ÁGUA DE TELHADO – Cada uma das superfícies inclinadas da cobertura, que
principia no espigão horizontal (cumeeira) e segue até a beirada. Ver Espigão.
ÁGUA-FURTADA – Vão entre as tesouras do telhado. Ângulo do telhado por
onde correm as águas pluviais. Espécie de sótão. Ver Mansarda.
ÁGUA-MESTRA – Nos telhados retangulares de quatro águas, é o nome que se
dá às duas águas de forma trapezoidal. As duas águas triangulares são chamadas
de tacaniças.
ALAMBRADO – É a cerca feita com fios de arame que delimita um terreno.
ALÇAPÃO – Portinhola no piso ou no forro que dá acesso a porões ou sótãos.
ALÇAR – Levantar a parede, construir.
ALCOVA – Quarto pequeno de dormir, sem aberturas para o exterior, que faz
comunicação com ante-salas. Do árabe al-qubbâ, que significa abóbada.
ALDRAVA – O mesmo que aldraba. Argola que fica do lado de fora da porta e
serve de instrumento para bater à porta. Ver Ferragem.
ALICERCE – Elemento de construção de apoio e/ou nivelamento da viga
baldrame. Ver Fundação.
ALINHAMENTO – Linha divisória entre o terreno de propriedade particular ou
dominical e o logradouro público.
ALMOFADA – Na marcenaria e carpintaria, peça com saliência superposta à
superfície.
ALPENDRE – Cobertura suspensa por si só ou apoiada em colunas sobre portas e
vãos. Geralmente fica localizada na entrada da casa. Aos alpendres maiores dá-se
o nome de varanda. Ver Varanda.
ALPINO – Tipo de construção com elementos comuns às casada das regiões dos
Alpes, especialmente da Suíça e do norte da Itália. Ver Chalé.
ALTO RELEVO – Saliência criada e definida numa superfície plana.
ALVARÁ – Documento que autoriza a execução de obras no perímetro urbano,
sujeitas á fiscalização municipal.
ALVENARIA – Conjuntos de pedras, de tijolos ou blocos – com argamassa ou
não – que forma paredes, muros e alicerces. Quando esse conjunto sustenta a
casa, ele é chamado de alvenaria estrutural. O próprio trabalho do pedreiro.
AMIANTO – Tem origem num mineral chamado asbesto e é composto de
filamentos delicados, flexíveis e incombustíveis. É usado na construção de
refratários, como churrasqueiras, e na composição do fibrocimento de algumas
caixas-d’água.
AMPLIAÇÃO – Área resultante do aumento da área construída.
ANDAIME – Plataforma usada para alcançar pavimentos superiores da
construção.
ANGELIM-VERMELHO – Madeira de construção de cor castanho-rosado.
Encontrado na Região Norte do país.
ANGICO – Madeira muito dura, castanha clara e avermelhada, típica do Estado
de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso. Usada em dormentes das antigas
entradas de ferro, atualmente é uma madeira em extinção.
ANODIZAÇÃO – Tratamento químico no alumínio que lhe confere aparência
fosca e cores variadas.
ANTEPROJETO – Primeiras linhas traçadas pelo engenheiro civil ou arquiteto em
busca de uma idéia ou concepção para desenvolver um projeto.
APARTAMENTO – Conjunto de dois cômodos contíguos em que um é quarto de
dormir e outro é banheiro ou unidade autônoma de moradia em edificação
habitacional múltipla disposta em andares.
APICOADO – Superfície submetida a desbastamento do qual resulta uma textura
rugosa, antiderrapante. Normalmente feito de pedras.
APLIQUE – Ornamento. Enfeite fixado em paredes ou muros.
APROVAÇÃO DO PROJETO – Ato administrativo que certifica a legalidade de
um projeto ao Código de Obras Municipal.
APRUMAR – Acertar a verticalidade de paredes e colunas por meio do prumo.
Ver Prumo.
AQUARIQUARA – Madeira dura e castanha escura que pode ser usada em
revestimentos ou em estruturas, como caibros e vigas.
AQUECIMENTO CENTRAL – Sistema provido de resistências elétricas ou de
serpentinas (se o aquecimento for feito a gás) que centraliza o aquecimento da
água de todas as torneiras de uma casa.
ARABESCO – Qualquer ornato de inspiração árabe. Em sua origem, os arabescos
eram ornamentos exclusivamente geométricos, já que o Alcorão (livro sagrado dos
muçulmanos) proibia a representação de animais ou figuras humanas.
ARANDELA – Todo e qualquer aparelho de iluminação apoiados em paredes.
ARCADA – Sucessão de arcos. Ver Arco.
ARCO – Semicircunferência que cobre um vão. Nome dado à construção que dá
origem às abóbadas.
ARDÓSIA – Pedra azulada ou esverdeada, macia e de corte fácil. Pode ser usada
em revestimento internos ao natural ou impermeabilizada com resina acrílica.
Risca com facilidade.
AREA CONSTRUIDA – Área determinada pelo perímetro externo da edificação
coberta e pelo perímetro interno da piscina.
ÁREA DE CONDOMÍNIO – Área comum de propriedade dos Condôminos de um
imóvel.
ÁREA LIVRE – Área não ocupada pela edificação coberta, no plano térreo, exceto
piscina.
ÁREA LIVRE FECHADA – Ver Poço de ventilação.
ÁREA OCUPADA – Área da projeção, em plano horizontal do volume edificado,
exceto beirais definidos por este Código.
ARENITO -- Rocha composta de pequenos grãos de quartzo ou feldspato, usada
em pisos externos. Nos pisos internos, o arenito normalmente recebe polimento e
rejunte de granilite. Ver Granilite.
ARGAMASSA – Mistura de materiais inertes (areia) com materiais aglomerantes
(cimento e/ou cal) e água, usada para unir ou revestir pedras, tijolos ou blocos,
que formam conjuntos de alvenaria. Ex.: argamassa de cal (cal+areia+água). A
argamassa magra ou mole é a mistura com menor quantidade de aglomerante
(cal e/ou cimento), responsável pela aglutinação. Já a argamassa gorda tem o
aglomerante em abundância.
ARMADOR – Ver Ferreiro.
AROEIRA – Madeira em extinção, proveniente do Nordeste do país. Sua cor varia
do castanho ao avermelhado escuro. Pode ser empregada na construção e na
marcenaria.
ARQUITRAVE – Viga de sustentação que, em suas extremidades, se apóia em
colunas. Ver Coluna.
ARREMATAR – Finalizar um serviço na fase de acabamento de obra.
ARRIMAR – Apoiar, encostar, escorar.
ART – Anotação de Responsabilidade Técnica, documento de contrato de serviço
técnico.
ASPERSOR – Aparelho usado na jardinagem que divide o jorro da água em
gotículas e molha suavemente o solo.
ASSENTAR – Colocar e ajustar os tijolos, blocos, esquadrias, pisos, patilhas e
outros acabamentos.
ASSOALHO – Piso de madeira de tábuas corridas. Ver Tábua corrida.
ASSOBRADADA – Construção com mais de um pavimento.
ATELIÊ -- Lugar de trabalho do artista.
ATERRAR – Colocar terra ou entulho para nivelar uma superfície irregular. Ligar
circuito ou aparelho elétrico à terra.
ÁTRIO – Pátio de entrada das casas romanas cercado por telhados pelos quatro
lados, porém descoberto. Hoje, o termo identifica o vestículo.
AUTOCAD – Software que facilita a confecção de plantas e croquis, oferecendo
ferramentas essenciais para realizar projetos em computador.
AUTOCLAVE – Máquina que opera em altos graus de temperatura e pressão. De
modo geral, é usada em processos de impregnação de fungicidas e preservativos
na madeira, de cozimento ou secagem de materiais.
AUTOPORTANTE – Elemento que tem rigidez mecânica suficiente para sustentar
a sí mesmo com apoio em uma só extremidade.
AZULEJO – Ladrilho. Placa de cerâmica polida e vidrada de diversas cores. A
origem de azulejo remonta aos povos babilônicos. Com árabes, os azulejos
ganharam maior difusão, marcando fortemente a arquitetura moura na Península
Ibérica. Originalmente, os azulejos apresentaram relevos, característica que
sobrevive até hoje.
BAIXO-RELEVO – Trabalho de escultura em que as figuras sobressaem muito
pouco em relação à superfície que lhes serve de fundo.
BALANÇO – Saliência ou corpo que se projeta para além da prumada de uma
construção, sem estrutura de sustentação aparente.
BALAÚSTRE – Pequena coluna ou pilar que, alinhada lado a lado , sustenta
corrimãos e guarda-corpos. Tem origem no latim balaustium, nome da flor de
romã, forma que inspirou os primeiros balaústres.
BALCÃO – Elemento em balanço, na altura de pisos elevados, disposto diante
de portas e janelas. É protegido com grades ou peitoril.
BALDRAME – Designação genérica dos alicerces de alvenaria. Conjunto de vigas
de concreto armado que corre sobre qualquer tipo de fundação. Peças de
madeira que se apóiam nos alicerces de alvenaria e que recebem o vigamento do
assoalho. Ver Fundação.
BALIZADOR – Pequena haste cilíndrica, com uma ou mais lâmpadas, usada em
iluminação de jardins.
BANDEIRA –Caixilho fixo ou móvel, situado na parte superior de portas e
janelas. Pode ser fixo ou móvel, favorecendo a iluminação e a ventilação dos
ambientes.
BANGALÔ – Do inglês bungalow, designa as casas dos campos construídas na
Índia, térreas e com grandes varandas cobertas. No Brasil, o bangalô se
destingue por ser uma pequena casa alpendrada, erguida no campo ou nos
arredores das cidades.
BARAÚNA – Madeira muito empregada na construção civil e na marcenaria.
BARRADO – Lambris, revestimento colocado nas partes inferiores das paredes.
BARROTE – Pequena peça de madeira, chumbada com massa na laje, que
permite fixar o piso de tábua. Tem de 3 a 5 centímetros de comprimento e 2,5 a
3,5 centímetros de altura.
BASALTO – Rocha muito dura, de grão fino e cor escura, usada na pavimentação
de estradas e na construção.
BASCULANTE – Sistema empregado em portas e janelas, onde giram em torno
de um eixo até atingir a posição perpendicular em relação ao batente ou à
esquadria, abrindo vãos para ventilação.
BATE-ESTACA – Equipamento usado para cravar estaca no solo. Ver Estaca.
BATENTE – Rebaixo onde a porta ou a janela se encaixam ao fechar. A folha que
fecha primeiro, na porta ou janela.
BAY WINDOW – Janela de três faces, no térreo , que avança além da parede
que sustenta. Vista do lado de fora da construção, forma uma saliência. Do lado
de dentro, uma reentrância.
BEIRAL – Prolongamento do telhado para além da parede externa, protegendo-a
da ação das chuvas. As telhas dos beirais podem ser sustentadas por mãos –
francesas. Ver Telhado .
BETONEIRA – Máquina que prepara o concreto ou mistura as argamassas. Ver
Concreto.
BICA CORRIDA – Pedra britada. Fragmento de pedra usados na concretagem.
BISOTÊ – Ângulo que adorna as extremidades do vidro ou espelho, deixando o
contorno da peça mais rebaixado do que o restante da superfície.
BLOCO – Designa edifícios que constituem uma só massa construída.
BLOCO CERÂMICO – Elemento de vedação com medida-padrão. Pode ter função
estrutural ou não.
BLOCO DE CONCRETO – Elemento de dimensões padronizadas . Tem função
estrutural ou decorativa.
BLOCO DE VIDRO – Elemento de vedação que ajuda a iluminar o ambiente.
BLOCO SÍLICO-CALCÁRIO – Mistura de areia silicosa e cal virgem. Tem função
estrutural.
BOLIER – Aquecedor. Compartimento em que a água de um sistema de
aquecimento central é represada e mantida em determinada temperatura.
BOISERIE – Palavra francesa para entalhe ou moldura de madeira, que enfeita
portas, paredes ou móveis.
BOLEADO – Acabamento abaulado no contorno da superfície de madeira, pedra,
plástico ou móveis.
BOW-WINDOW – Janela semicircular que se projeta para fora das paredes.
BRISE – Do francês brise-soleil. Quebra-sol composto de peças de madeiras,
concreto, plástico ou metal. Instalado vertical ou horizontalmente diante de
fachadas para impedir a ação do sol sem perder a ventilação.
BRITA – Pedra fragmentada. Ver Bica corrida.
BROCA – Estaca usada em fundação de casas simples, assentadas sobre terrenos
que suportam pouco peso. O solo é perfurado manualmente com a ajuda de um
instrumento chamado trado. A escavação atinge no máximo 4 metros de
profundidade que serão preenchidos com concreto. Sobre as estacas ficam os
blocos de apoio feitos de concretos. Também designa um tipo de larva que corrói
as madeiras. Ver Fundação.
CABANA – Casa rústica, pequena, geralmente coberta com palha.
CABOCHÃO – Peça em forma de losango que dá acabamento a pisos feitos com
pedras, cerâmicas ou azulejos.
CACHORRO – Peça de pedra, madeira ou concreto que sustenta beirais, sacadas
ou balcões.
CAIAR – Pintar com cal diluída em água. Ver Cal.
CAIBRO – Peça de madeira que sustenta as ripas e telhados ou de assoalhos. No
telhado, o caibro se assenta nas terças e nos barrotes. Ver Barrote e Cumeeira.
CAIXA-D’ÁGUA – Depósito de água confeccionado em materiais como concreto
armado, fibrocimento, aço ou plástico.
CAIXA DE ESCADA – Espaço, em sentido vertical, destinado à escada.
CAIXILHO – Parte da esquadria que sustenta e guarnece os vidros de portas e
janelas. Ver Esquadria.
CAL – Material indispensável ao preparo das argamassas. É obtida a partir do
aquecimento da pedra calcária a temperatura próximas a 1000oC, processo que
resulta no aparecimento do monóxido de cálcio (CaO) e ganha o nome de cal
virgem. Ver Argamassa.
CALAFETAR – Ver fendas e pequenos buracos surgidos durante a obra.
CALCULISTA – Engenheiro que faz o cálculos dos elementos da estruturas da
obra, tais como fundações, vigas, pilares, e lajes.
CÁLCULO ESTRUTURAL – Cálculo que estabelece a dimensão e a capacidade
de sustentação dos elementos básicos de uma estrutura.
CALEFAÇÃO – Aquecimento. Qualquer sistema criado para aquecer a casa.
CALHA – Canal. Duto de alumínio, ferro galvanizado, cobre, PVC ou latão que
recebe as águas das chuvas e as leva aos condutores verticais. Ver Telhado.
CANAFÍSTULA – Madeira dura, de cor amarelo claro com manchas mais escuras.
Também chamada de guarucaia.
CANAL DE IRRIGAÇÃO – Duto ou vala que conduz a água com a finalidade de
umedecer o solos.
CANTEIRO DE OBRA -- Local da construção onde se armazena os materiais
(cimento, ferro, madeira etc.) e se realizam os serviços auxiliares durante a obra
(preparação da argamassa, dobragem de ferro etc.).
CANTONEIRA – Peça em forma de L que arremata quinas ou ângulos de
paredes. Também serve de apoio a pequenas prateleiras
CAPA -- Demão de tinta. Camada de betume aplicada sobre a pedra que
impermeabiliza a superfície.
CAPITEL -- Parte superior, em geral esculpida, de uma coluna. Alguns capitéis
são simples, pouco ornamentados, a exemplos dos dóricos. Outros, como os
jônicos, são arrematados com volutas. Ver Volutas.
CARAMANCHÃO – Armação de madeira, como um pergolado, sustentada por
pontaletes e coberta por vegetação.
CARPETE – Forração de pisos. Os mais comuns são os têxteis.
CARPETE DE MADEIRA – Conjunto de pranchas de madeira ou de laminado, em
forma de tábuas, que são encaixadas e/ou colocadas ao contrapiso.
CARPINTEIRO – Profissional que trabalha o madeiramento de uma obra.
CASCALHO -- Lasca de pedra.
CASCATA – Queda-d’água. Às vezes artificiais, usadas em piscinas.
CAULIM – Argila branca, rica em carbonato de cálcio, base de extração da cal.
CAVILHA – Peça de fixação que serve para manter juntas as peças de madeiras,
as estruturas de alvenaria etc. Tem formato cilíndrico-cônico, com uma cabeça
numa das extremidades e uma abertura na outra, onde se encaixa a chaveta –
um tipo de trava – que completa a junção.
CEDRO – Madeira de largo uso na construção e na marcenaria.
CERÂMICA – Arte de fabricação de objetos de argila, tais como tijolos, telhas e
vasos. Também refere-se às lajotas usadas em pisos ou como revestimentos de
paredes.
CERVA VIVA – Sebe viva. Arbustos plantados para formar um muro.
CEREJEIRA – Madeira clara, amarelada e macia usada na marcenaria como
revestimento.
CHÁCARA – Casa de campo com área para jardim, horta e pomar.
CHAPÉU – Coroamento do muro ou da chaminé com uma ou duas águas.
CHALÉ – Do Francês, chalet. Casa de campo de madeira com telhados em águas,
bem inclinadas, que avançam sobre a fachada. Ver Alpino.
CHAMINÉ – Duto de metal ou de alvenaria que conduz a fumaça da lareira e do
fogão para o exterior da casa. Ver Lareira.
CHANFRAR – Cortar em diagonal os ângulos retos de uma peça.
CHAPISCAR – Lançar argamassa de cimento e areia grossa contra a superfície
para torná-la áspera e facilitar a aderência de emboço (massa grossa).
CHUMBAR – Fixar com cimento.
CHUVA-DE-PRATA – Pedra com superfície irregular que resiste às intempéries.
Por isso, é indicada para revestir áreas externas.
CIMALHA – Parte superior da cornija. Saliência ou arremate na parte mais alta
da parede, onde assentam os beirais do telhado.
CIMENTO – Aglomerante obtido a partir do cozimento de calcários naturais ou
artificiais. Misturado à água, forma composta que endurece em contato com o
ar. É usado com o cal e areia na composição das argamassas. O cimento de uso
mais freqüente hoje é o Portland, cujas as características são resistência e
solidificação em tempo curto. Desenvolvido em 1824, por um fabricante inglês de
cal, ganhou esse nome porque sua coloração era semelhante à da terra de
Portland. Outros tipos surgem da mistura desse cimento com diversos compostos
ou elementos como o cimento, que dá uma cor esbranquiçada ao material.
CISTERNA – Poço de água potável.
CLAPBORD -- Palavra inglesa. Tipo de revestimento externo para paredes, feito
com tábuas de madeira sobrepostas, típico do colonial americano.
CLARABÓIA – Abertura no teto da construção, fechada por caixilho com vidro ou
outro material transparente, para iluminar o interior. Ver Domo.
CLIMATIZADO – Diz-se do ambiente cuja temperatura é controlada
artificialmente.
CLORAR – Tratar a água com cloro a fim de eliminar microorganismos.
CLOSET – Palavra inglesa. Pequeno cômodo usado como ambiente de vestir.
COBERTURA – Conjunto de madeiramentos e de telhas que protege à casa.
CODIGO DE OBRAS–Conjunto de leis municipais que controla o uso do solo
urbano.
COIFA – Cobertura feita de metal, que suga a fumaça dos fogões.
COLETOR DE ENERGIA SOLAR – Placa com células fotovoltaicas que capta a
energia solar e a transforma em eletricidade ou energia térmica.
COLUNA – Elemento estrutural de sustentação, quase sempre vertical. Ao longo
da história da arquitetura, assumiu as formas mais variadas e diversos
ornamentos. Pode ser de pedra, alvenaria, madeira ou metal e consta de três
partes: base, fuste e capitel. Esses elementos aparecem inicialmente nas colunas
dóricas e jônicas dos templos gregos.
COLUNATA – Conjunto de colunas enfileiradas de forma simétrica.
COMBOGÓ – Ver Elemento vazado.
COMPENSADO – Chapa de madeira sobreposta e colada sob pressão. Tem a
mesma característica da madeira em relação à elasticidade e ao peso. Apresenta,
porém maior resistência e homogeneidade, o que permite a fabricação de peças
de grandes dimensões. Ver Autoclave.
CONCRETO – Mistura de água, cimento, areia e pedra britada, em proporções
prefixadas, que forma uma massa compacta em endurece com tempo. Concreto
aparente é aquele que não recebe revestimentos. Concreto armado: em sua
massa se dispõem armaduras de metal para aumentar a resistência. Concreto
ciplópico tem pedras aparentes irregulares. Concreto celular é uma variavél que
substitui a pedra britada por microcélulas de ar, conferindo-lhes grande leveza.
CONDUÍTE – Tubo de metal galvanizado ou de plástico, flexível, que conduz
fiação elétrica.
CONSERVATORY – Palavra inglesa. Estufa, com estrutura de metal ou madeira,
fechada com vidro para proteger as plantas das intempéries. Ver Greenhouse.
CONTRAMARCO – Quadro que serve de gabarito para fixar o caixilho.
CONTRAPISO – Camada, com cerca de 3 centímetros de cimento e areia, que
nivela o piso antes da aplicação do revestimento.
CONTRAVENTAMENTO – Sistema de ligação entre os elementos principais de
uma estrutura com finalidade de aumentar a rigidez da construção .
CONTRAVERGA – Viga de concreto usada sob a janela para evitar a fissuração
da parede.
CORNIJA – Conjunto de molduras que serve de arremate superior as obras de
arquitetura. Ver Cimalha.
CORRIMÃO – Apoio para a mão colocado ao longo de escadas.
CORTIÇA – Material impermeável empregado tanto na pavimentação e
impermeabilização quanto no isolamento acústico. Tem origem nas cascas de
árvores acrescidas de matérias resinosas ou graxas.
COTA – Indicação ou registro numérico de dimensão.
COTA DE NÍVEL – Indicação ou registro numérico de altura de piso.
COTTAGE – Palavra inglesa. Casa de pequenas dimensões situadas nos arredores
das cidades do campo.
CRAQUELÊ – Rachaduras em esmaltes, vernizes ou pinturas a óleo que formam
um entrelaçamento irregular de fendas muito finas. Existe uma técnica de pintura
que reproduz esse efeito.
CREA – Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.
CROMADO – Metal que recebe uma camada de cromo. Elemento metálico, duro,
que dá brilho semelhante ao aço inoxidável.
CROQUI – Primeiro esboço de um projeto arquitetônico.
CRUZETA – Ornato em forma de cruz. Ferragem que reforça os encaixes de
madeira dos telhados em especial na transferência da carga do telhado para as
colunas.
CUBA – Vasilha. Recipiente das pias.
CUMARU – Madeira de cor castanho-clara, proveniente da região amazônica,
usada como acabamento. Também encontrada no tom amarelo-escuro.
CUMEEIRA – Parte mais alta do telhado, onde se encontram as superfícies
inclinadas(águas). A grande viga de madeira que une os vértices da tesoura e
onde se apóiam os caibros do madeiramento da cobertura. Também chamada de
espigão horizontal. Ver Caibros e Tesouras.
CUPIM – Inseto que se alimenta de madeira, já que tem a capacidade de digerir
celulose.
CÚPULA – Parte superior interna e externa de algumas construções. As cúpulas
têm pelo menos duas curiosidades. Uma é o aparecimento do óculo, abertura no
ponto mais alto da cúpula que permite a entrada de luz .Muitas vezes, o óculo
conta com uma pequena edícula chamada lanterna ou lanternim. A segunda
curiosidade é que, normalmente as cúpulas são duplas. Ou seja, é feita uma
cúpula interna, oca, e outra externa, encarregada da proteção da construção. Ver
Abóbada.
CURAR – Secar madeiras, cimentos etc.
DECK – Palavra inglesa que designa o convéns dos navios. Plataformas feitas com
tábuas para circundar piscinas ou espelhos d’água.
DECLIVE – Quando a inclinação do terreno se apresenta abaixo do nível da rua.
Plano que garante o rápido escoamento das águas das chuvas. Descida.
DEMÃO – Cada camada de tinta aplicada sobre uma superfície qualquer.
DEPENDÊNCIAS E INSTALAÇÕES DE USO PRIVATIVO – Conjunto de
cômodos e aparelhos ou peças de uma unidade autônoma, cuja utilização é
reservada aos respectivos titulares.
DEPENDÊNCIAS E INSTALAÇÕES DE USO COMUM – Conjunto de cômodos e
aparelhos ou peças da edificação que poderão ser utilizados em comum, por todos
ou por parte dos titulares. DESATERRO – Ato de retirar um volume de terra de
um local.
DESGASTE – Ver Abrasão.
DESEMPENADEIRA – Instrumento formado por uma alça de madeira e uma
base lisa, usado para eliminar ondulação e desníveis em rebocos de paredes ou
aplainar argamassas sobre as quais serão assentados os acabamentos de pisos e
paredes.
DESVÃO -- Espaço deixado entre as telhas e o forro.
DICRÓICA – Lâmpada halógena de foco dirigido cuja a intensidade de luz é
aumentada pelo grande índice de reflexão de sua campânula.
DILATAÇÃO – Aumento de dimensão. Aumento do volume dos corpos,
principalmente a partir da ação do calor. Os projetos de engenharia e arquitetura
trabalham com previsões de dilatação dos materiais e dos elementos envolvidos
numa estrutura de construção. Ver Junta de dilatação.
DISJUNTOR – Dispositivo destinado a desligar automaticamente um circuito
elétrico sempre que ocorrer sobrecarga da corrente.
DIVISÓRIA – Paredes que separam compartimentos de uma construção.
Tapumes, biombos.
DOLOMITA – Pedra formada por carbonato de cálcio e magnésio. Tem como
principal característica a semelhança com o mármore carrara.
DOMO – Peça de fibra de vidro ou acrílico, utilizada na cobertura da casa para
iluminar e ventilar o interior. Parte externa da cúpula.
DORMENTE – Peça de madeira usada na composição de escadas e peitoris.
Também é utilizado para assentar os trilhos das estradas de ferro.
DORMER WINDOW – Janela cujas bordas se projetam para fora, formando uma
mansarda. Ver Vitoriano.
DRENAGEM – Escoamento de águas por meio de tubos ou valas subterrâneas,
chamados de drenos.
DUCHA -- Chuveiro com jatos d’água de grande pressão. Algumas duchas têm
formatos especiais, como a ducha higiênica, que substitui o bidê.
DUTO – Tubo que conduz líquidos (canos), fios (conduítes) ou ar, no caso dos
sistemas de condicionamento de ar.
EBANIZAR – Tingir para dar cor semelhante ao ébano. Escurecer, enegrecer.
EDÍCULA – Pequena capela. Nicho reservado para abrigar as imagens dos santos.
Construção complementar, independente e erguida ao lado da casa principal,
como lavandeira e aposento de hóspedes ou de empregados.
EDIFICAÇÃO – Obra, construção.
EDIFICAÇÕES CONTÍGUAS E/OU GEMINADAS – Obras que apresentam uma
ou mais paredes que são de uso comum e que estejam dentro do mesmo lote ou
em lotes vizinhos.
EFLORESCÊNCIA – Marcas de bolor, decorrentes da infiltração de água. Deixa
na superfície das paredes um pó cuja composição é predominante de nitrato de
potássio, popularmente chamado de salitre.
ELEMENTO VAZADO -- Peça produzida em concreto, cerâmica ou vidro, dotada
de aberturas que possibilitam a passagem de ar e luz para interior da casa .
Comum em muros, paredes e fachadas.
ELÉTRICA – Ver Instalação elétrica.
ELETRICISTA – Profissional encarregado de fazer a instalação elétrica projetada
pelo engenheiro.
ELETRODUTO -- Conduíte que carrega a fiação. Ver Conduíte.
ELEVAÇÃO – Representação gráfica das fachadas em plano ortogonal, ou seja,
sem profundidade ou perspectiva.
EMBOÇAMENTO – Assentamento com argamassa das telhas da cumeeira.
Aplicação da primeira camada de argamassa nas paredes.
EMBOÇO – Primeira camada de argamassa. Ver Massa grossa.
EMPENA – Cada uma das paredes laterais onde se apóia a cumeeira nos telhados
de duas águas.
EMPREITADA – Um ou mais profissionais contratados para executar qualquer
tipo de obra ou serviço.
ENCANADOR – Profissional que executa o projeto hidráulico do engenheiro.
ENCUNHAMENTO – Colocação da última camada de tijolos de uma parede. Eles
ficam inclinados e comprimidos por argamassa até a estrutura, de forma que o
acabamento fique coeso.
ENGASTADO – Encaixado, embutido.
ENQUADRAR – Emoldurar, colocar o caixilho.
ENTABLAMENTO – Conjunto de molduras usadas para ornamentar a parte
superior das fachadas.
ENTRADA DE ENERGIA – Caixa de luz que contém relógio, chaves e fusíveis
para controlar a entrada de energia na casa.
ENXAIMEL – Conjunto de estacas e caibros que sustenta as divisões das
estruturas da casa, podendo ou não ficar na fachada.
EPÓXI – Tinta plástica e impermeável usada na pintura de peças metálicas,
como caixilhos, ou de ambientes expostos a grandes umidades.
ESCADA – Série de degraus por onde se sobe ou se desce.
ESCADA DE CARACOL – Tipo de escada cujo eixo é quase sempre vertical. Os
degraus se dispõem em espiral ao longo do eixo.
ESCADA SANTOS DUMONT – Batizada com nome de Santos Dumont, pioneiro
da aviação, esta escada é sempre muito vertical, quase em pé. Por isso, seus
degraus são mais largos de um lado e estreitos de outro, facilitando a mudança do
passo.
ESCORA – Peça metálica ou de madeira que sustenta ou serve de arrimo a um
elemento construtivo quando este não suporta a carga dele exigida.
ESCOVADO – Metal polido com escovas, ganhando aparência fosca .
ESMALTE – Substância vítrea aplicada sobre metais, cerâmica e porcelanas. Tinta
oleosa usada especialmente nos caixilhos de metal.
ESPATOLATO – Técnica de pintura que imita a textura da rocha. Também
chamado de estuque veneziano. Ver Estuque.
ESPÁTULA - Objeto feito de metal e de forma espalmada. Colher de pedreiro.
ESPELHADO – Superfície polida de modo a adquirir a aparência lisa e cristalina
do espelho.
ESPELHO – Face vertical do degrau de uma escada. Placa que veda e decora o
interruptor de luz de um ambiente.
ESPELHO D’ÁGUA -- Pequeno lago artificial, em geral usado como complemento
no paisagismo ou mesmo no interior da casa.
ESPERA -- Pequena peça de madeira, em forma de cunha, que evita o
deslocamento das vigas ou dos sarrafos. Também denomina os tijolos ou as
pedras deixados salientes nos cunhais para possibilitar a amarração de futuras
paredes.
ESPIGÃO – Ponto culminante de um telhado. Linha que divide as águas de uma
cobertura. Ver Cumeeira.
ESPONJADO – Técnica de pintura em que se usa uma esponja para espalhar a
tinta, resultando num efeito irregular e manchado.
ESQUADRIA – Qualquer tipo de caixilho usado numa obra, como portas, janelas,
venezianas etc.
ESTACA -- Peça longa, geralmente de concreto armado, que é cravada nos
terrenos. Transmite o peso da construção para as partes subterrâneas – e mais
resistentes.
ESTACA BROCA -- Quando a perfuração do solo é feita manualmente, com o
auxílio de um instrumento chamado trado. A estaca do tipo broca é cravada em
pequena profundidade.
ESTACA STAUSS – Quando a perfuração é feita com um aparelho chamado
strauss – daí o nome da estaca . Esse tipo de estaca deve ser cravado em uma
profundidade de até 8 metros.
ESTÊNCIL – Técnica de pintura que desenha a superfície a partir de moldes
vazados.
ESTILO – O modo de expressar-se de um grupo ou de um período histórico.
Elementos constantes ou semelhantes da produção artística de um povo num
determinado período. Peculiaridade que apresentam as obras de arte ou
arquitetônicos, produzidas de acordo com certos princípios, numa dada época, por
determinado povo, segundo técnicas específicas.
ESTRIADO -- Superfície trabalhada em que aparecem estrias. Semelhante ao
canelado. ESTRUTURA – Conjunto de elementos que forma o esqueleto de uma
obra e sustenta paredes, telhados ou forros.
ESTUDO PRELIMINAR – Quando se verifica a viabilidade de uma solução que
dá diretrizes ou orientações ao ante projeto.
ESTUFA – Galeria envidraçada onde são cultivadas plantas.
ESTUQUE -- Massa à base de cal, gesso, areia, cimento e água, usada no
revestimento de paredes e de forros. Toda argamassa de revestimento,
geralmente acrescida de gesso ou pó de mármore. Também usada para fazer
forros e ornatos.
ESTUQUE VENEZIANO -- Massa rústica que dá às paredes textura similar à das
rochas.
EUCALIPTO – Árvore de origem australiana, de rápido crescimento, que tem
mais de 400 espécies e se adapta a diversos tipos de solo e clima. Sua cor é o
castanho –amarelado.
FACHADA – Vista de cada uma das faces da construção.
FACHADA PRINCIPAL – Fachada de acesso principal da edificação, voltada para
o logradouro publico.
FERRAGEM – Conjunto de peças de ferro necessário a uma construção:
fechaduras, dobradiças, cremonas, puxadores etc. para janelas portas e portões.
FERRAGEM ESTRUTURAL – Conjunto de ferros que ficam dentro do concreto e
dão rigidez à obra.
FERREIRO – Profissional responsável pelo corte e pela armação dos ferros de
uma construção
FIADA -- Fileira horizontal de pedras ou de tijolos de mesma altura, que entram
na formação de uma parede.
FIBRA DE VIDRO – Material resistente, impermeável, empregado na fabricação
de banheiras, piscinas e calhas .Do inglês fiberglass, é obtido por meio de um
processo no qual o vidro ainda em fusão possibilita a separação dos filamentos
que compõem o material.
FIBROCIMENTO – Material que resulta da união do cimento comum com fibras
de qualquer natureza – a mais freqüente é a fibra do amianto. Essa mistura é a
base da maior parte das caixas-d’água fabricadas no Brasil.
FILETE – Moldura estreita, friso, régua do boxe.
FISSURA – Trinca superficial no concreto ou na alvenaria.
FLAMEADO – O mesmo que flamejado. Que sofre a ação de chamas para
alcançar a forma final. Ou, ainda, que tem sua forma semelhante à chama.
FLOREIRA – Recipiente para flores. Pode ser feito de alvenaria, de madeira ou de
metal e é muito usado em sacadas, patamares e alpendres.
FOLHA – Cada parte da porta e da janela que necessita de dobradiça para se
mover ou correr.
FONTE -- Sistema hidráulico que alimenta o chafariz. Em eletricidade, a fonte é
normalmente encaixada no plugue da parede e é a responsável pelo ajuste entre
as tensões da rede e aparelho.
FORJAR – Usar instrumento, como a bigorna para aquecer e moldar o ferro ou
outro metal qualquer.
FORMA – Elemento montado na obra para fundir o concreto, dando formas
definitivas a vigas, pilares, lajes, etc. de concreto armado, que irão compor a
estrutura da construção. Em geral são de madeira ou metal.
FORRAÇÃO – Espécie de carpete têxtil de pouca espessura. É muitas vezes
usada como base para carpetes de maior espessura. Plantas rasteiras, como hera,
musgo ou grama-preta, que fazem o acabamento de um jardim.
FORRO – Material que reveste o teto, promove o isolamento térmico entre o
telhado e o piso. Pode ser de madeira, gesso, estuque, placas fibrosas, tecidos
etc. Há ainda o forro gamela, típico do colonial mineiro, que é formado por cincos
superfícies, quatro delas inclinadas e trapezoidais. A quinta é retangular,
horizontal e fecha o forro.
FOSSA – Cavidade que recebe os líquidos residuais de uma construção.
FOSSA SÉPTICA – Cavidade subterrânea, feita de cimento ou de alvenaria, onde
os esgotos são acumulados e represados de forma a ser digeridos por bactérias.
Depois desse processo, os líquidos resultantes são encaminhados a uma nova
fossa ou a uma sumidouro.
FRECHAL – Componente de telhado. Viga que fica assentada sobre o topo da
parede, servindo de apoio à tesoura. Ver telhado.
FREIJÓ – Madeira paraense de média resistência e que, por isso mesmo, tem
sido usada em janelas, portas e móveis. Tem cor pardo-escura.
FRENTE DO LOTE – Divisa lindeira ao logradouro público que lhe dá acesso.
FRONTÃO – Arremate superior de portas e de janelas que normalmente tem
forma triangular. Nas obras clássicas, o frontão vedava o espaço criado pelo
encontro das duas águas da cobertura com as paredes. Também é o nome que se
dá ao arremate entre bancadas e certos acabamentos de parede.
FRONTEIRA – Conjunto de barrotes que serve de sustentação aos muros, em
cantos ou vãos.
FUNDAÇÃO – Alicerce. Conjunto de estacas e sapatas responsável pela
sustentação da obra. Há dois tipos de uma fundação rasa, ambas indicadas para
terrenos firmes: a sapata isolada que é composta por um elemento concreto de
forma piramidal, construídos nos pontos que recebem a carga dos pilares e
interligados por baldrames; e a sapata corrida, construído em pequenas
lajes armadas que se estendem sob a alvenaria e recebem o peso das paredes,
distribuindo por uma faixa maior do terreno. Para terrenos mais difíceis, existem
as fundações profundas, como as estacas tipo broca ou tipo strauss. Ver Estaca.
FUSTE – Parte intermediária de uma coluna, entre a base e o capitel. Ver
Coluna.
FUNGO – Microorganismo vegetal que se aloja como parasita nas madeiras,
provocando o apodrecimento das mesmas.
FUSÍVEL – Dispositivo que opera com limites de amperagem. Quando existe
sobrecarga no sistema elétrico, impede que o resto do circuito sofra os efeitos da
sobrecarga. Ver Disjuntor.
GABARITO – Marcação feita com fios nos limites da construção antes do início
das obras. O encontro de dois fios demarca o canto de uma dependência.
GALERIA – Área restrita a circulação de usuários de uma edificação. Corredor
largo que serve para exposição de obras de arte. Duto subterrâneo para
escoamento de águas pluviais.
GALPÃO – Depósito. Construção que tem uma das faces aberta.
GALVANIZAR – Dourar ou pratear. Recobrir uma superfície com metal para
preservá-lo da corrosão.
GAMBIARRA – Instalação provisória, de qualquer natureza, geralmente fora das
recomendações técnicas.
GAMELA – Ver forro.
GARAGEM – Dependência coberta para estacionamento de veículos.
GARAPA -- Madeira de lei amplamente usada em construções. Tem cor amarelo-
ouro e apresenta veios bastante carregados.
GÁRGULA – Orifício para a saída da água em fontes. Antigamente, esse nome
era dado ao cano situado na extremidade do beiral para recolher a água das
chuvas que acumulada nas calhas, protegendo as paredes externas.
GAZEBO – Pequeno quiosque colocado no jardim. Sua estrutura é formada de
madeira, ferro ou pedra e fechada com vidros ou treliças. Ver Sanca.
GOTEJADOR – Peça usada em sistemas de irrigação que transforma fluxo de
água em gotas.
GÓTICO – Surgiu na França, na Segunda metade do século XII, e marca as
construções com abóbadas ogivais e motivos tirados da natureza, como as
rosáceas. O gótico varia de país para país e culmina com estrutura com grandes
janelas com vidro.
GRADIL – Armação de ferro em forma de grades para proteção ou vedação de
uma abertura.
GREGA – Tema ornamental, feito em barrado de gesso ou madeira. Caracteriza-
se por linhas retas e entrelaçadas.
GRANA – Conjunto de rochas diversas, minúsculas, que entra na composição do
granilite. Ver Granilite.
GRANILITE – Mistura de cimento (geralmente branco), pó de mármore e grana
usada para revestir paredes e pisos. Executado no próprio local da aplicação,
exige o uso de juntas de dilatação. Ver Junta de dilatação.
GRANITO -- Rocha cristalina formada por feldspato, mica e quartzo. Muito usado
para revestir pisos. Existem diversas cores de granito e, muitas vezes, seu nome
deriva de sua cor ou do local onde fica a jazida.
GRECO-ROMANO – Diz respeito aos elementos típicos da arquitetura clássica.
Inspirada na Antiguidade.
GREENHOUSE – Espaço anexo à casa que reúne estufa e sala de estar. Surgiu
na era Vitoriana com a finalidade de proteger as plantas dos rigores do inverno,
sua estrutura era montada com ferro e fechada com vidro. Ver Conservatory.
GRELHA -- Grade de ferro que protege a entrada de bueiros e ralos. Também a
peça de suporte nas churrasqueiras.
GRETAGEM – Fissura ou trinca minúscula sobre superfícies esmaltadas.
GUAJARÁ – Madeira castanho-amarelada proveniente da região amazônica.
Pode ser usada tanto em estruturas internas quanto externas.
GUARDA-CORPO – Grade ou balaustrada de proteção usada em balcões,
janelas, sacadas ou varandas.
GUARNIÇÃO -- Régua ou sarrafo que cobre a junta formada pelo encontro da
parede com o marco da porta ou da janela. Ver Mata-junta.
GUIA – Peça de pedra ou de concreto que delimita a calçada da rua. Peça que
direciona o sentido de movimento das peças móveis, como as portas de correr.
HABITE-SE – Documento emitido pela Prefeitura Municipal com a aprovação final
de uma obra.
HALL DE ENTRADA -- Saguão. Vestíbulo de acesso ao interior da casa.
HIDRÁULICA – Ver Instalação hidráulica.
HIDRÓFUGO – Produto químico, acrescentado a argamassas, tintas e vernizes
com função de proteger a superfície da umidade.
HIDROMASSAGEM – Banheira equipada com sistema de sucção e impulsão que
gera movimentação da água.
HIDRORREPELENTE – Ver Hidrófugo.
HOME THEATRE – Conjunto de equipamentos de áudio e vídeo que reproduz na
casa as características sonoras e de projeção dos cinemas.
ILUMINAÇÃO – Arte de destruir luz artificial ou natural em um espaço.
ILUMINAÇÃO ZENITAL – Recurso para trazer luz natural ao interior da casa
por meio de clarabóias e de domo de vidro, de plástico ou acrílico.
IMBUIA – Madeira de lei castanho-escura usada para fabricar portas, janelas,
painéis e móveis.
IMPERMEABILIZAÇÃO – Conjunto de providências que impede a infiltração de
água na estrutura construída.
IMPLANTAÇÃO – Criação de traços no terreno para demarcar a localização
exata de cada parte da construção. O mesmo que locação da obra.
INCLINAÇÃO – Ângulo formado pelo plano com a linha horizontal, para compor
cobertas, escadas, rampas ou outro elemento inclinado.
INCRUSTAÇÃO – Adorno que destaca composições com elementos embutidos ou
incrustados.
INFILTRAÇÃO – Ação de líquidos no interior das estruturas construídas. Existem
dois tipos básicos: de fora para dentro. Quando se refere aos danos causados
pelas chuvas ou pelo lençol freático; e de dentro para fora, quando a construção
sofre os efeitos de vazamentos ou problemas no sistema hidráulico.
INOXIDÁVEL – Refere-se aos metais submetidos a processos que impedem a
oxidação ou a ferrugem.
INSOLAÇÃO – Quantidade de energia térmica proveniente dos raios solares
recebida por uma construção.
INSTALAÇÃO – Conjunto de providências necessárias para iniciar uma obra:
demarcação do canteiro de trabalho e construção do depósito de materiais e
ferramentas. Também conjunto das instalações hidráulicas, elétrica, de gás, de ar-
condicionado etc.
INSTALAÇÃO ELÉTRICA – Sistemas de distribuição de energia.
INSTALAÇÃO HIDRÁULICA – Sistema de abastecimento, distribuição e
escoamento da água.
IPÊ – Madeira de tom castanho-escuro. Resistente a intempéries, é usada na
caixilharia, na estrutura e no revestimento.
IRRADIAÇÃO – Propagação e difusão tanto de raios luminosos quanto de ondas
sonoras ou de calor.
IRRIGAÇÃO – Umidificação da terra por meio de sistemas industriais. Ver
Aspersor.
ISOLAMENTO – Recurso para resguardar um ambiente do calor, do som e da
umidade.
ITACOLOMI – Rocha antiderrapante usada em sua forma bruta. Encontrada em
Minas gerais.
JACARANDÁ – Madeira de lei, dura e escura, muito usada em marcenaria.
JANELA – Abertura destinada a iluminação e ventilar os ambientes internos, além
de facilitar a visão do exterior.
JANELA DE ÂNGULO -- Ver Bay window.
JANELA BASCULANTE – Quando é sub-dividida em placas que, por meio de
comandos especiais, giram em torno de eixos horizontais.
JANELA DE CORRER – Aquela em que os caixilhos correm horizontalmente em
rebaixos ou trilhos.
JANELA DO TIPO ESCOTILHA -- Aquela de dimensões pequenas e
arredondadas semelhantes à janela dos navios.
JANELA GUILHOTINA – Aquela em que seus caixilhos se movimentam
verticalmente.
JANELA MÁXIMO-AR -- Semelhante à basculante, feita em uma só peça. Ver
Máximo-ar.
JANELA PIVOTANTE – Aquela que se abre girando verticalmente num
movimento contrário ao basculante.
JARDIM – Local do terreno onde se cultivam plantas. Ver Paisagismo.
JARDIM DE INVERNO – Local, em geral envidraçado, reservado no interior das
construções para o cultivo de plantas.
JARDINEIRA – Ver Floreira.
JATEADO – Decoração feita a partir de jatos de areia que incidem em moldes
vazados, formando figuras em vidros ou pedras.
JATOBÁ -- Madeira cuja cor varia do castanho-claro ao avermelhado, presente
em todo o Brasil. Resistente, é ideal para estruturas externas e pisos.
JIRAU – Estrado ou laje em piso à meia altura que permite a circulação de
pessoas sobre ele e abaixo dele. Armação horizontal de galhos apoiada sobre
forquilhas e usada como amparo para carnes sobre o fogo.
JUNTA – Articulação. Linha ou fenda que separa dois elementos diferentes mas
justapostos.
JUNTA APRUMO – Tipo de colocação do tijolo, do azulejo ou da cerâmica, um ao
lado do outro, vertical ou horizontalmente. Dispensa a amarração.
JUNTA AMARRAÇÃO – Tipo de colocação de tijolos em que uma trava o
deslocamento do outro. Existem alguns tipos, como a junta amarração simples, a
junta amarração francesa etc.
JUNTA DE DILATAÇÃO – Recursos que impede rachaduras ou trincas. São
réguas muito finas de madeira, metal ou plástico que criam o espaço necessário
para que materiais como concreto, cimento, granilite etc. se expandam sem
danificar a superfície.
LÃ DE VIDRO – Material isolante composto de finos fios de vidro empregado no
conforto térmico.
LADRÃO – Cano de escoamento colocado na parte superior de cubas, banheiras
ou reservatórios, que evita o transbordando do excesso de água.
LADRILHO – Peça quadrada ou retangular, com pouca espessura, de cerâmica,
barro cozido, cimento, mármore, pedra, arenito ou metal.
LADRILHO HIDRÁULICO – Peça de cimento comprido decorado feita na prensa
hidráulica.
LAJE – Estrutura plana e horizontal de pedra ou concreto armado, apoiada em
vigas, e pilares, que divide os pavimentos da construção.
LAJOTA – Pequena laje de pedra. Termo mais usado para designar as placas de
pedra ou cerâmica, usadas nos pisos de jardins.
LAMBREQUIM – Recorte na madeira que arremata forros e beirais.
LAMBRIL – Revestimento de madeira ripada usado em forros e paredes, tem
encaixe do tipo macho-fêmea.
LAMBRIS – Revestimento de madeira pedra ou azulejo, aplicado em meia parede
interna da casa. As faixas inferiores das paredes (rodapés) também recebem o
nome de lambris.
LAMINADO – Vidro formado por lâmina de vidros e de películas plásticas.
Derivado do prensamento de material celulósico e resinas, cuja superfície é
protegida por resina melamínica, tornando-o resistente à abrasão e ao calor. Tem
vários acabamentos: fosco, brilhante, texturizado ou frost, uma variação
ondulada.
LÂMPADA FLUORESCENTE – Dispositivo eletroquímico no qual a luz é gerada a
partir de substâncias, como flúor, o cloro, o bromo e o iodo, colocadas no tubo.
Também chamada de lâmpada halógena.
LÂMPADA INCANDESCENTE – Tipo mais comum de lâmpada, em que um
filamento se torna incandescente pela passagem da corrente elétrica.
LANTERNIM – Pequeno telhado sobreposto às cumeeiras, propiciando
ventilação. Ver Cúpula.
LAREIRA – Construção de alvenaria ou pré-fabricada de metal e de concreto que
aquece o ambiente.
LAVABO – Pequeno banheiro sem espaço para banho.
LAVRAR – Gravar. Cunhar. Conferir ornatos às superfícies metálicas com auxílio
do cinzel.
LEI DE ZONEAMENTO – Legislação municipal que rege o uso de terrenos
urbanos.
LENÇOL FREÁTICO – Camada onde se acumulam as águas subterrâneas.
LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO – Refere-se à análise e discrição topográfica
de um terreno. Também chamado de levantamento planialtimétrico.
LEVIGADO – Tipo de acabamento semipolido. Pedra cuja superfície foi alisada ou
aplainada.
LICENCIAMENTO DE CONSTRUÇÃO – Alvará. Ato administrativo que concede
licença e prazo para início de serviços.
LISTELO – Filete. Pequena moldura usada para arrematar peças cerâmicas.
LIVING – Palavra inglesa que designa todos os espaços de convívio da casa.
LOCAÇÃO -- Implantação da obra a partir do gabarito. Ver Gabarito.
LOFT -- Palavra inglesa, que significa depósito. Hoje, são espaços amplos, sem
divisórias, usados como moradia.
LOGRADOURO – Terreno de propriedade pública, acessíveis ao povo em geral e
destinados à circulação, recreação e lazer, podendo prevalecer uma ou outra
dessas funções.
LONGARINA – Viga de sustentação em que se apoiam os degraus de uma
escada ou uma série de estacas.
LOTE – Porção de terra urbano, com localização e configuração definidas,
resultante da operação de parcelamento do solo, tendo pelo menos uma de suas
divisas com o logradouro público. Ver Terreno.
LOTEAMENTO – Subdivisão de Gleba em lotes destinados a edificação de
qualquer natureza, com abertura de novas vias de circulação ou prolongamento,
modificação ou ampliação das vias existentes.
LUMINÁRIA – Peça encarregada de iluminar o ambiente. Pedra que não
concentra calor, mas mancha facilmente. É impermeabilizada com resina.
LUNETA – Abertura de forma circular, envidraçada, colocada no topo de janelas e
portas. Também é um tipo de abóbada. Ver Adam e Abóbada.
MAÇARANDUBA – Madeira dura, usada em pilares e vigas. Sua cor vai do
castanho-avermelhado ao arroxeado.
MACHO-FÊMEA -- Tipo de encaixe em que uma saliência se adapta a uma
reentrância.
MADEIRA DE LEI – Madeira dura, resistente às intempéries e ao ataque de
fungos, brocas e cupins. Essa denominação remonta aos tempos do Brasil Colônia,
quando as árvores que produziam as madeiras nobres só podiam ser derrubadas
pelo governo.
MADEIRAMENTO -- Conjunto de madeiras usadas na construção.
MANILHA – Grande tubo de barro para instalação subterrânea que conduz às
águas servidas.
MANSARDA – Sótão com janelas que se abrem sobre as águas do telhado. Ver
Água-furtada.
MANTA ASFÁLTICA – Revestimento que impermeabiliza lajes e coberturas.
MANTA PLÁSTICA – Revestimento que impermeabiliza lajes, coberturas e
contrapisos. Pode ser aplicada diretamente sobre o solo para evitar erosão.
MÃO-FRANCESA – Série de tesouras. Escora. Elemento estrutural inclinado que
liga um componente em balanço à parede, diminuindo o vão livre no pavimento
inferior.
MAQUETE – Reprodução tridimensional, em miniatura, de um projeto
arquitetônico.
MARCAÇÃO – Primeira fiada de bloco ou tijolo para marcar o alinhamento das
paredes.
MARCENEIRO – Profissional que realiza o trabalho da madeira na obra ou na
confecção de móveis.
MARCHETARIA – Arte de incrustar ou embutir peças de madeira, pedras
preciosas ou madrepérola em obras de marcenaria, formando desenhos.
MARCO – Parte fixa das portas ou janelas que guarnece o vão e recebe as
dobradiças.
MÁRMORE – Rocha cristalina e compacta. Tem bom polimento e pouca
resistência ao calor. Reveste pisos e paredes e também guarnece pias de cozinha
e banheiro.
MARMORIZADO – Técnica de pintura que reproduz os veios e as tonalidades do
mármore.
MARQUISE – Estrutura em balanço, cobertura aberta lateralmente, que se
projeta para além da parede da construção, sem uso para a permanência
humana.
MASSA – Argamassa usada no assentamento ou revestimento de tijolos.
MASSA CORRIDA – Feita a partir de PVA ou acrílico, dá acabamento liso à
parede, deixando-a pronta para receber pintura. Massa acrílica.
MASSA FINA – Mistura de areia fina, água e cal empregada para rebocar
paredes.
MASSA GROSSA – Mistura de areia, cal, água e cimento usada para chapiscar
paredes. Ver Emboço.
MASSA RASPADA – Mistura de areia, cal , cimento e corante que substitui a
pintura. Não pode ser retocada e, depois de aplicada ,é penteada com uma
escova, justificando seu nome.
MATA-JUNTA – Ver Guarnição.
MÁXIMO-AR – Janela cuja abertura deixa os vidros numa posição perpendicular
ao caixilho, permitindo total ventilação e iluminação.
MEIA –ÁGUA – Telhado com um único plano inclinado.
MEIA-PAREDE – Parede que não fecha totalmente o ambiente, usada como
divisória.
MEIO-NÍVEL – Piso construído a meia altura que aproveita um pé-direito duplo
ou um declive no terreno. Meio piso.
MEIO-TIJOLO – Parede cuja espessura corresponde à largura de um tijolo.
MEMORIAL DESCRITIVO – Descrição de todas as características de um projeto
arquitetônico, especificando os materiais que serão necessários à fundação ao
acabamento.
MESTRE-DE-OBRAS – Profissional que dirige os operários em uma obra.
MEZANINO – Pavimento intermediário encaixado entre o piso inferior e o piso
superior ou teto de uma dependência, com acesso interno entre eles. Piso superior
que ocupa apenas uma parte da construção, abrindo-se para um ambiente no piso
inferior.
MIRANTE – Parte alta, acima do telhado da construção, de onde se descortina a
paisagem.
MIRACEMA – Pedra antiderrapante que mancha facilmente com óleos e produtos
químicos. Como suporta grandes pesos e intempéries, pode revestir pisos de
garagens e pátios.
MISTURADOR – Torneira que tem dois volantes, os quais controlam à entrada
de água quente e fria para uma mesma saída. O misturador monocomando faz o
mesmo controle com apenas um volante.
MÍSULA – Ver Cachorro.
MODULAR – Usar o módulo.
MÓDULO – Elemento com medida padrão. Pode referir-se a materiais, como o
tijolo, ou painéis produzidos em indústrias.
MONOQUEIMA – Processo de cozimento da argila na produção de cerâmica, em
que as peças passam apenas uma vez pelo forno.
MOLEDO – Parte superior de vários tipos de rocha. Resistente, é usado em seu
estado bruto.
MONTA-CARGAS – Pequeno elevador utilizado em algumas casas para
movimentar mercadorias, roupas para lavar etc.
MONTANTE – Moldura de portas, janelas etc. Peça vertical que no caixilho, divide
as folhas da janela.
MOSAICO -- Trabalho executado com caquinhos de vidros ou pequenos pedaços
de pedras e de cerâmicas engastados em base de argamassa, estuque ou cola.
MOURÃO – Esteio grosso de madeira ou de concreto muito usado em andaimes e
cercas.
MURO – Alvenaria de elevação, com finalidade única de isolar lotes ou divisas,
com altura de até 2,50 metros.
MURO DE ARRIMO – Muro usado na contenção de terras e de pedras de
encostas. Muro de contenção.
MUXARABIÊ – Balcão protegido, em toda altura da janela, por uma treliça de
madeira, a fim de assegurar ventilação e sombra e, também, de se poder olhar
para o exterior sem ser observado. Testemunha da influência árabe na arquitetura
ibérica, foi trazida pêlos portugueses e marca algumas casas coloniais brasileiras.
No Nordeste, aparece uma variação do muxarabiê, chamada urupema, que
substitui a madeira pela palha trançada.
NÁILON – Fibra têxtil sintética, elástica e resistente a agentes atmosféricos.
NERVURA – Arco que produz uma saliência no interior de uma abóbada. Viga
saliente na superfície inferior de qualquer laje.
NÍVEL – Instrumento que verifica a horizontalidade de uma superfície, a fim de
evitar ondulações em pisos e contrapisos.
NIVELAR – Regularizar um terreno por meio de aterro ou desterro.
NICHO – Reentrância feita na parede para abrigar armários, prateleiras ou
guardar eletrodomésticos.
NORMA TÉCNICA – Regra que orienta e normaliza a produção de materiais
construtivos.
OFURÔ – Banheira arredondada, típica do Japão, feita de cedro.
OGIVA – Forma característica das abóbadas góticas.
OITÃO – Parede lateral de uma construção situada na linha de divisa de um
terreno e outro.
ÓLEO DE LINHAÇA -- .Solvente e secante para determinadas tintas, obtido a
partir das sementes do linho.
OMBREIRA -- Cada uma das peças verticais de portas e janelas responsáveis
pela sustentação das vergas superiores. Ver Porta.
ORIEL-WINDOW – Janela de três faces que se projeta além do prumo da
construção. É instalada nos pisos superiores e ocupa a altura do pé-direito.
ORIENTAÇÃO – Posição da casa em relação aos pontos cardeais.
ORNATO – Adorno. Elemento com função decorativa.
OXIDAÇÃO – Ferrugem. Processo em que se perde o brilho pelo efeito do ar ou
por processos industriais.
PADRÃO – Modelo. Marco de pedra.
PAINEL – Grande superfície decorada, tanto no interior como no exterior da
construção. Nesse sentido, apresenta composições de mosaicos, pastilhas,
porcelanas ou cerâmicas.
PAISAGISMO – Estudo da preparação e da composição da paisagem como
complemento de arquitetura.
PALAFITA – Conjunto de estacas que sustenta a construção acima do solo nas
habitações lacustres.
PANO – Extensão de parede ou muro.
PANO DE VIDRO – Extensão plana, como uma parede de vidro.
PARAPEITO – Peitoril. Proteção que atinge a altura do peito, presente em
janelas, terraços, sacadas, patamares etc. Diferencia-se do guarda-corpo por se
tratar de um elemento inteiro, sem grades ou balaústres.
PAREDE – Elemento de vedação ou separação de ambientes geralmente
construído de alvenaria.
PAREDE SOLTEIRA – Aquela que não alcança o forro.
PARQUÊ – Ou parqueta. Piso feito da composição de tacos, que formam
desenhos a partir da mistura de tonalidades de várias madeiras.
PARTIDO – Opção arquitetônica ou atende a diversos fatores: topografia do
terreno, condições locais, necessidades de quem vai habitar, verba disponível para
a construção e a intenção plástica do arquiteto.
PASSARELA – Corredor estreito e elevado que interliga dois cômodos.
PASSADIÇO -- Corredor galeria ou ponte que liga dois setores ou alas de uma
construção.
PASSEIO PÚBLICO – Calçada. Logradouro público destinado ao trânsito de
pedestre.
PASTILHA – Pequena peça de revestimento, quadrada ou hexagonal, feita de
cerâmica, porcelana ou vidro.
PATAMAR – Piso que separa os lances de uma escada.
PÁTINA – Efeito oxidado, obtido artificialmente por meio de pintura ou pela ação
do tempo, que se dá aspecto antigo à superfícies.
PÁTIO – Espaço descoberto no interior das casas e cercado pelos elementos da
construção.
PAU-A-PIQUE – Tipo de taipa em que as paredes apresentam uma armação de
varas ou paus verticais, unidos entre si por pequenas varas eqüidistantes e
horizontais, situadas alternadamente do lado de fora e de dentro. Toda essa
trama é, posteriormente, preenchida com barro. Ver Taipa.
PAU-BRASIL – Madeira de cor avermelhada, com manchas escuras, de talhe
duro. Aceita muito bem o verniz.
PAU MARFIM – Madeira de cor clara e uniforme mais usada na marcenaria.
PAVIMENTO – Andar. Conjunto de dependências de um edifício situadas num
mesmo nível. Ver Piso.
PAVIMENTADO – Chão recoberto artificialmente.
PEANHA – Pequeno pedestal, que apoia vasos e esculturas, em balanço em
relação à parede.
PÉ-DIREITO – Altura entre o piso e o teto.
PEDRA – Corpo sólido extraído da terra ou partido de rochedo, que se emprega
na construção de edifícios, no revestimento de pisos e em peças de acabamento.
PEDRA GOIÁS – Parecida com a pedra mineira, é antiderrapante e brilhante.
PEDRA JARAGUÁ – Semelhante ao moledo, apenas mais plana. Usada em
estado bruto.
PEDRA-MADEIRA – De textura irregular, é aplicada em seu estado bruto ou
com as bordas serradas.
PEDRA MINEIRA – Pedra muito absorvente e antiderrapante que não propaga o
calor. Aceita polimento e resina impermeabilizante.
PEDRA-SABÃO – Pedra mole de fácil modelação que resiste bem ao sol e à
chuva. Aceita polimento.
PEDRA SANTA IZABEL – De superfície irregular e antiderrrapante, suporta os
choques mecânicos.
PEDRA VERDE-BAHIA – Resiste bem às intempéries, não retém o calor.
Também chamada de fuxita.
PEDREGULHÃO – Designação da pedra cujo formato é irregular. É retirado dos
rios e pode ser usado como peça ornamental .
PEDREIRO – Profissional encarregado de preparar a alvenaria.
PEITORIL – Base inferior das janelas que se projeta além da parede e funciona
como parapeito. Ver Parapeito.
PÉRGOLA – Proteção vazada, apoiada em colunas ou em balanço composta de
elementos paralelos feitos de madeira, alvenaria, concreto etc. Também chamada
de pergolado.
PEROBA ROSA ANTIGA – Madeira em extinção proveniente de Goiás, Santa
Catarina, Rondônia, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul .
Sua cor varia do róseo-amarelado ao amarelo-queimado.
PEROBINHA – Própria da região litorânea que vai do Espírito Santo até Santa
Catarina, tem cor bege-rosada.
PERSIANA – Caixilho formado por tábuas de madeira, tiras plásticas, metálicas
ou têxteis. Elas são estreitas, horizontais e móveis para ventilar e regular a
entrada de raios solares.
PERSPECTIVA -- Desenho tridimensional de fachadas e ambientes.
PH -- Escala que mede o grau de acidez de diversas substâncias. Em águas de
piscina, a coloração deve manter o PH próximo a 7.
PICHE – Substâncias negra, resinosa, pegajosa, obtida da destilação do alcatrão
ou da terebintina. Serve para impermeabilizar superfícies.
PILAR – Elemento estrutural vertical de concreto, madeira, pedra ou alvenaria.
Quando é circular, recebe o nome de coluna.
PILASTRA – Pilar com quatro faces. Um dos seus lados fica ligado à parede da
construção.
PINGADEIRA – Acabamento externo de proteção que desvia a água das chuvas,
impedindo que ela escorra ao longo das paredes da fachada.
PINHO-DE-RIGA – Madeira européia castanho-escura em processo de extinção.
PINTOR – Profissional encarregado de preparar e aplicar a tinta nas superfícies
que vão receber pintura.
PINUS – Madeira de reflorestamento. Tem cor amarelo-clara e é muito usada em
acabamento ou fôrmas.
PIQUIÁ – Madeira típica da região amazônica. Tem cor pardo-clara.
PISO -- Base de qualquer construção. Onde se apóia o contrapiso. Andar.
Pavimento.
PLACA FOTOVOLTAICA – Peça responsável pela captação dos raios do sol nos
sistemas de energia solar. É colocada nos telhados das casas.
PLAINA – Instrumento usado para desbastar, aplainar ou tirar irregularidades da
madeira. Ver Afagar.
PLANTA BAIXA – Representação gráfica de uma construção onde cada ambiente
é visto de cima, sem o telhado.
PLANTA ISOMÉTRICA – Tipo de perspectiva em que o desenho reproduz todos
os elementos do projeto, com pontos de fuga. Muito usada para mostrar
instalações hidráulicas.
PLATIBANDA – Moldura contínua, mais larga do que saliente, que contorna uma
construção acima dos frechais, formando uma proteção ou camuflagem do
telhado. Ver Frechal.
PLATÔ – Parte elevada e plana de um terreno. O mesmo que planalto.
PLAYGROUND – Palavra inglesa que significa espaço reservado numa construção
para o lazer.
PÓ XADREZ – Tipo de pigmento usado para dar cor a pisos feitos. Também serve
de corante para os outros revestimentos.
POÇO ARTESIANO – Perfuração feita no solo para encontrar o veio d’água
subterrâneo.
POÇO DE VENTILAÇÃO – Área livre fechada. Espaço descoberto, destinado a
iluminar e ventilar naturalmente os compartimentos.
POÇO ROMANO – Tanque ou piscina de dimensões reduzidas e circular.
POLICARBONATO – Material sintético, transparente, inquebrável, de alta
resistência, que substitui o vidro no fechamento de estruturas. Garante
luminosidade natural ao ambiente.
POLIR – Lustrar uma superfície. São comuns os polimentos das pedras usadas
nos revestimentos de paredes e pisos.
PONTALETE – Qualquer peça de madeira, colocada a prumo ou inclinada, que
trabalha a compressão. Apoio. Escora.
PORÃO – Espaço situado entre o solo e o primeiro pavimento de uma edificação.
PORCELANIZADO – Processo industrial que dá materiais a aparência ou a
textura da porcelana.
PORTA – Abertura feita nas paredes, nos muros ou em painéis envidraçados,
rasgada até o nível do pavimento, que serve de vedação ou acesso a um
ambiente.
PORTA-BALCÃO – Aquela de duas folhas que se abrem para sacadas, terraços
ou varandas.
PÓRTICO – Átrio. Portal de entrada de uma casa, cuja cobertura é apoiada em
colunas.
POSTIGO – Pequena abertura ou fresta. Pequeno vão feito a meia altura de uma
parede que permite a passagem de objetos de um cômodo a outro. Portinhola
aberta a folha de uma porta maior.
PRÉ-MOLDADO -- Peça modular, moldada na fábrica ou na própria obra, que se
junta a uma outra como parte de um quebra cabeça a ser montado no lugar da
construção.
PROGRAMA -- Reunião das necessidades sociais e funcionais de uma família ou
dos moradores de uma casa. Serve de base para o desenvolvimento do projeto.
PROJETO – Plano geral de uma construção, reunido plantas, cortes, elevações,
detalhamento de instalações hidráulicas e elétricas, previsão de paisagismo e
acabamentos.
PRUMADA – Posição vertical da linha do prumo. Também denomina a linha das
paredes de uma construção.
PRUMO -- Nome do aparelho que se resume a um fio provido de um peso em
uma das extremidades. Permite verificar por paralelismo a verticalidade de
paredes e colunas.
QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO – Caixa que distribui a eletricidade em uma
construção, composta de chaves, disjuntores e fusíveis.
QUARTELA – Peça que sustenta outra. Ver Cachorro e mísula.
QUARTZO ROSA – Pedra ornamental, semipreciosa e de difícil polimento.
QUIOSQUE – Pequeno coreto. A origem da palavra é turca e denomina as
pequenas construções, normalmente abertas, que realçam a decoração de jardins.
Ver Gazebo.
RÁDICA – Refere-se às deformações em forma de bolas enrugadas que
aparecem nas bases dos troncos de árvores, como a nogueira, a imbuía e pinho-
de-riga. Os nós e veios ressaltados, característicos da rádica, são usados no
revestimento de móveis.
RAGGING – Tipo de pintura manchada que serve de base para outros efeitos.
RANCHO – Habitação rústica no campo. Ver Cabana.
REATOR – Peça das lâmpadas halógenas, responsável pela passagem da corrente
elétrica da rede para o conjunto da luminária.
REBOCO – Revestimento de paredes feito com uma massa fina, podendo receber
pintura diretamente ou ser recoberto com massa corrida.
RECONSTRUÇÃO – Restabelecimento parcial ou total de uma edificação.
RECORTE – Abertura em paredes para encaixar balaustradas, guarda-corpos etc.
Acabamento feito no encontro de cores diferentes usadas para pintar a mesma
parede ou no encontro de duas superfícies, com pincel.
RECUO – Distância entre a projeção horizontal da área construída e a divisa do
lote. Ver Afastamento.
REFORMA – Modificação de uma edificação sem alteração da área construída.
REFRATÓRIO – Qualidade dos materiais que apresentam resistência a grandes
temperaturas. Em arquitetura, são comuns os tijolos refratários indicado para
construir fornos e lareiras.
RÉGUA – Prancha estreita e comprida de madeiras. Perfil quadrado de alumínio
que nivela pisos e paredes, enquanto a massa ainda está mole.
REJUNTE – Argamassa de cimento que preenche as frestas entre as peças de
revestimento, como cerâmicas.
REQUADRO – Armação em que os componentes formam ângulos retos.
RESPALDO – Última carreira de tijolos de alvenaria no encontro com o forro.
RESSALTO – Qualquer saliência na fachada da construção. Outro exemplo são
os ressaltos das pias de cozinha, coloquialmente chamados de bordas.
RETÁBULO – Nas igrejas, peça de madeira ou pedra trabalhada em motivos
religiosos na qual se encosta o altar.
REVESTIMENTO – Designação genérica dos materiais que são aplicados sobre
as superfícies toscas e que são responsáveis pelo acabamento.
RIPA - Peça de madeira em que se apoiam as telhas. Qualquer peça de madeira
fina, estreita e comprida.
ROCOCÓ – Vertente do Barroco que se caracteriza pelo excesso de detalhes e
adornos, a maioria folhada a ouro. O termo serve também para designar obras ou
objetos de mau gosto pelo excesso de detalhes.
RODAPÉ - Faixa de proteção ao longo das bases das paredes, junto ao piso. Os
rodapés podem ser de madeira, cerâmica, pedra, mármore etc.
ROSÁCEA – Caixilho de dimensões grandes e circulares. Ornato colocado no
centro dos tetos ou abóbadas que lembra uma rosa.
RÓTULA – Semelhante ao muxarabiê, é um caixilho de porta ou janela fechado
com uma grade de pequenas tiras de madeira cruzadas diagonalmente. Com as
rótulas, obtêm-se ambientes ensombreados, ventilação, e também pode-se olhar
para fora sem ser visto.
ROXINHO – Madeira encontrada em Pernambuco. O roxinho recebe o nome de
sua cor e serve para a construção de vigas, pilares e dormentes.
RUFO – Chapa metálica dobrada que, no encontro de detalhes, evita a
penetração das águas das chuvas nas construções.
RÚSTICO – Tosco. Simples. Construção feita de acordo com técnicas artesanais
que aproveita os materiais da região onde se ergue.
SACADA – Pequena varanda. Qualquer espaço construído que faz uma saliência
sobre o paramento da parede Balcão de janela rasgada até o chão com peitoril
saliente. Ver Balcão.
SAGUÃO – Vestíbulo. Pátio interno fechado por paredes altas.
SAIA-E-CAMISA – Tipo de ferro de madeira em que as tábuas se encaixam e
forma reentrâncias e saliências. A tábua reentrante é chamada de saia, e saliente,
de camisa. Também chamado de saia-e-blusa.
SAIBRO – Areia grossa, encontrada em jazidas próprias, de cor avermelhada ou
amarelo-escuro de argamassas.
SAPÉ – Tipo de gramínea que, quando seca, é usada para cobrir casas de praia
ou quiosque.
SANCA – Moldura de gesso ou de outro material instalada no encontro do teto
com as paredes. Pode ou não embutir iluminação. Ver Gesso
SANFONADO – Que imita a forma e o movimento do fole da sanfona. Muito
comum em portas divisórias retráteis.
SAPATA – Parte mais larga e inferior do alicerce. Há dois tipos básicos: a isolada
e a corrida. A primeira é um elemento de concreto de forma piramidal construído
nos pontos que recebem a carga dos pilares. Como ficam isoladas, essas sapatas
são interligadas pelo baldrame. Já a sapata corrida é uma pequena laje armada
colocada ao longo da alvenaria que recebe o peso das paredes, distribuindo por
uma faixa maior de terreno. Ambos os elementos são indicados para a composição
de fundações assentadas em terrenos firmes. Ver Baldrame e Fundação.
SARRAFO – Ripa de madeira, com largura entre 5 e 20 centímetros e espessura
entre 0,5 e 2,5 centímetros.
SEBE – Vedação. Tapume feito com ramos ou varas para fechar terrenos.
SELADORA – Base incolor que protege a madeira.
SELANTE – Óleo ou resina que dá liga às tintas e aos vernizes,
impermeabilizando superfícies.
SERPENTINITO - Pedra que concentra muito calor e resiste bem às
intempéries. Não suporta muito peso.
SERVENTE – Auxiliar dos profissionais que trabalham nas obras.
SETEIRA – Fresta. Janela estreita e comprida, inspirada nas aberturas das
muralhas dos antigos palácios.
SEIXO ROLADO – Pedra de formato arredondado e superfície lisa, características
dadas pelas águas dos rios, de onde é retirada. Existem também os seixos obtidos
artificialmente, rolados em máquinas.
SHINGLE – Tipo de telha de madeira plana, típica das casas norte-americanas do
século XIX. Hoje são produzidas com materiais industrializados como manta
asfáltica.
SIFÃO – Peça formada por um compartimento que retém água, encontrado na
saída das bacias sanitárias, no ralos sifonados e em caixas de inspeção nas redes
de esgoto.
SILICONE – Material usado na vedação, na adesão e no isolamento de qualquer
superfície (cimento, vidros, azulejo, bloco, cerâmica, madeira etc.) que exija
proteção contra infiltração de água.
SINTECO – Verniz transparente e durável usado no revestimento de assoalhos de
madeira.
SOBREIRA – Conjunto de telhas dispostas por baixo das telhas do beiral do
telhado com a finalidade de reforçá-las . Ver Beiral.
SOBRELOJA – Pavimento acima da loja.
SOBREPORTA – Bandeira da porta. Ver Bandeira e Porta.
SOLÁRIO – Varanda. Local descoberto destinado a banhos de sol.
SOLEIRA – A parte inferior do vão da porta no solo. Também designa arremate
na mudança de acabamento de pisos, mantendo o mesmo nível, e nas portas
externas formando um degrau na parte de fora.
SOQUETE – Receptáculo, com rosca interna, onde se encaixa a lâmpada.
SÓTÃO – Cômodo que surge dos desvãos do telhado no último pavimento de
uma construção. Ver Mansarda.
SPOT – Termo inglês que designa a luminária cujo foco de luz pode ser
direcionado.
SUBSOLO – Pavimento cujo piso está situado abaixo do nível do passeio público.
SUCUPIRA – Madeira muito rígida apropriada para caibros, pilares e vigas. Ou
para estruturas que sofrem a ação de intempéries, já que dificilmente apodrece.
SUÍTE – Conjunto de dois cômodos contíguos em que um é quarto de dormir e
outro é banheiro.
SUMIDOURO – Ralo. Lugar por onde a água de esgoto é escoada.
TABEIRA - Série de tábuas que contorna as paredes, formando a moldura que
guarnece os assoalhos ou forros.
TABIQUE – Parede delgada feita de tábuas, tijolos ou taipa que separa um
ambiente de outro.
TABLADO – Estrado. Ver Deck.
TACO – Cada uma das pequenas peças de madeira que formam o parquê. Pedaço
de madeira embutido na parede ou no concreto armado para receber pregos ou
parafusos nos marcos de portas, tábuas de rodapés, lambris de madeira etc. Ver
Parquê.
TAIPA – Sistema de construção que usa barro molhado para fechar paredes.
Chama-se taipa de pilão quando se comprime a terra em fôrmas de madeiras.
(taipal).
TALUDE – Rampa. Inclinação de um terreno em conseqüência de um desaterro.
TAPUME – Vedação provisória feita de tábuas que separa a obra do passeio
público.
TATAJUBA – Madeira de grande resistência, proveniente da região amazônica,
usada em caibros ou vigas. Seu tom é amarelo-queimado.
TELHAS – Cada uma das peças usadas para cobrir as construções. As telhas têm
formas variadas e podem ser de barro, cerâmica, cimento, chumbo, madeira,
pedra, cimento-amianto, alumínio, ferro, policarbonato, vidro, manta asfáltica etc.
Cada inclinação de telhado requer um tipo de telha.
TELHA CAPA-CANAL – Feita de barro, a peça tem curvatura que permite um
encaixe alternado: uma côncava serve para escoar a água da chuva. Já a convexa
protege a junção dos canais.
TELHA COLONIAL – Feita de barro, tem curvatura do tipo capa-canal. Ver
Telha capa-canal.
TELHA FRANCESA - Feita de barro, plana e retangular, com pequena saliência
que a fixa à ripa.
TELHA-VÃ – Telhado sem forro. As telhas da cobertura ficam aparentes e ajudam
a ventilar a casa.
TERÇA – Viga de madeira que sustenta os caibros do telhado. Peça paralela à
cumeeira e ao frechal. Ver Cumeeira e Frechal.
TERRAÇO –Cobertura plana acessível. Galeria descoberta. Espaço aberto no nível
do solo ou em balanço.
TERRACOTA– Argila modelada e cozida. Também designa nuances do marrom
que lembra a cor da terra.
TERRAPLENAGEM– Preparação do terreno para receber a construção.
TERRENO– Lote. Espaço de terra sobre a qual se vai assentar a construção.
TESOURA– Armação de madeira triangular, usada em telhados que cobrem
grandes vãos, sem o auxílio de paredes internas.
TESTEIRA– Parte dianteira. Superfície feita de madeira ou concreto colocada na
extremidade de qualquer beiral.
TEXTURA – Efeito plástico. Massa, tinta ou qualquer material empregado para
revestir uma superfície, deixando- a áspera, crespa.
TIJOLO – Peça de barro cozido usada na alvenaria. Tem forma de paralelepípedo
retangular com espessura igual à metade da largura, que, por sua vez, é igual à
metade do comprimento. Os tijolos laminados são produzidos industrialmente.
TIJOLO DE VIDRO – Ver Bloco de vidro.
TIJOLO REFRATÓRIO – Peça feita de argila especial, branca, que tem alto
poder de tolerância ao calor.
TIRANTE - Viga horizontal (tensor) que, nas tesouras, está sujeita aos esforços
de tração. Barra de ferro, cabo de aço ou qualquer outro elemento que se presta
aos esforços de tração.
TOLDO – Cobertura de lona ou de outro tecido similar colocada sobre portas e
janelas para impedir a incidência direta do sol. Também produzida em alumínio,
policarbonato etc.
TOPOGRAFIA - Análise e representação gráfica detalhada de um terreno que
direciona toda a implantação da construção. Ver Implantação.
TOPÓGRAFO - Ver Agrimensor.
TORRÃO - Gleba de terra. Terreno.
TORRE - Construção cuja base é bem menor do que a altura.
TOZZETA – Palavra italiana que significa pequenas peças de cerâmica. Elas se
encaixam em outras maiores, compondo piso e paredes.
TRAVA - Viga fina de madeira que prende o madeirame de uma estrutura.
TRELIÇA – Armação formada pelo cruzamento de ripas de madeira. Quando tem
função estrutural, chama- se viga treliça e pode ser feita de madeira, metal ou
alumínio.
TRINCHA – Tipo de pincel achatado.
TRITURADOR – Aparelho elétrico instalado sob a cuba de pia das cozinhas que
mói resíduos orgânicos.
TROMPE I’OEIL – Termo francês que significa enganar os olhos. Técnica de
pintura cuja perspectiva e sombreamento dão a impressão, à distância, de que
são imagens reais.
TUBOGOTEJADOR – Tubo de passagem de água, com pequenas aberturas que
permitem a formação de gotas para umidificar o solo.
TULHAS – Depósito de café e cereais.
TUTOR – Armação que serve para guiar o crescimento dos arbustos ou
trepadeiras usadas em paisagismo.
UMBRAL – Entrada. Parte superior das portas. Ver Porta.
URBANISMO – Técnica de organizar as cidades com o objetivo de criar
condições satisfatórias de vida nos centros urbanos.
USUCAPIÃO – Instrumento legal que possibilita o acesso à propriedade da terra
pela posse. A Constituição Brasileira estabelece que os terrenos rurais cuja posse
seja de vinte anos ou mais podem entrar num processo de usucapião que acabará
por dar a propriedade ao posseiro. Nas cidades, o tempo de posse para efeito de
usucapião é de cinco anos.
VALA – Escavação estreita e longa no solo para escoar águas residuais ou pluviais
e também para execução de badrames e de instalações hidráulicas ou elétricas.
VÃO – Abertura ou rasgo numa parede para a colocação de janelas ou portas.
VÃO LIVRE – Distância entre os apoios de uma cobertura.
VARA – Madeira roliça usada no telhado.
VARANDA – Alpendre grande e profundo. Ver Alpendre e Sacada.
VEDAÇÃO – Ato de vedar. Fechar.
VENEZIANA – Tipo de esquadria, de porta ou janela, que permite a ventilação
permanente dos ambientes, impedindo a visibilidade do exterior e a entrada de
água da chuva. É formada por palhetas inclinadas e paralelas. Algumas têm
palhetas móveis.
VERGA – Peça colocada, superior e horizontalmente, em vão de porta ou janela,
apoiando-se sobre as ombreiras em suas extremidades.
VERGALHÃO – Barra de ferro comprida que serve para estruturar vigas, lajes,
colunas e pilares de sustentação.
VERMICULITA – Espécie de mica presente na composição de materiais que
ajudam o isolamento termoacústico.
VERNIZ –Solução composta de resinas sintéticas ou naturais que trata e protege
a madeira e o concreto armado.
VIDRO ARAMADO – Aquele que tem uma trama de arama em seu interior para
torná-lo mais resistente.
VIDRO TEMPERADO – Aquele que passa por um tratamento especial de
aquecimento e rápido resfriamento para torná-lo resistente a impactos.
VIGA – Elemento estrutural de madeira, ferrou ou concreto armado responsável
pela sustentação de lajes. A viga transfere o peso das lajes e dos demais
elementos (paredes, portas etc.) para as colunas.
VIGOTA – Pequena viga.
VINÍLICO – Tipo de plástico apropriado para revestir pisos e paredes.
VISTORIA – Ato que constata a situação atual do imóvel.
VITRAL – Painel criado por um artista e executado com pedaços de vidro colorido
rejuntados com chumbo.
VITRIFICADO – Material que assume a aparência de vidro. Muitas vezes, resulta
da aplicação de uma camada de vidro sobre outro material.
VITRÔ – Pequena janela fechada por vidros que podem formar desenhos.
VOLANTE – Peça onde se pega para abrir a torneira.
VOLUMETRIA – Conjunto de dimensões que determinam o volume de uma
construção, dos agregados, da terra retirada ou colocada no terreno etc.
VOLUTA – Ornato em forma de espiral que aparece nos capitéis de colunas
clássicas, especialmente nas jônicas. Ver Capitel.
ZARCÃO – Subproduto do chumbo, de cor alaranjada. Evita a ferrugem.
ZENITAL – Iluminação vinda de domo ou clarabóia. Ver Iluminação zenital.
ZINCADO – Material que foi revestido de zinco. O revestimento de chapas de
ferro dá origem às telhas de zinco usadas em coberturas ou telhados quase
planos, com pouca inclinação.

ART. 3°: No texto deste Código de Obras, os verbos empregados incluem no


tempo presente também o futuro e vice-versa; as palavras do gênero masculino
incluem o feminino e reciprocamente; o singular inclui o plural; pessoa jurídica ou
física, indistintamente.
CAPÍTULO II
REGISTRO PROFISSIONAL
ART. 4°: São considerados habilitados ao exercício da profissão aqueles que
satisfazerem as disposições da legislação profissional vigente.
Parágrafo Único: São profissionais legalmente habilitados a projetar, calcular,
construir e orientar as edificações, aqueles que satisfaçam as exigências de
legalização para o exercício da profissão e que estejam devidamente registrados
no CREA-SP.
ART. 5°: Somente profissionais habilitados poderão assinar, como responsáveis
técnicos, qualquer documento, projeto ou especificação a ser submetida a
Prefeitura.
§ 1º: A responsabilidade civil pelos serviços de projeto, cálculos e especificações
cabe aos seus autores e responsáveis técnicos e, pela execução de obras, aos
profissionais que as atribuem.
§ 2º: A municipalidade não assumirá qualquer responsabilidade em razão da
aprovação do projeto da construção ou da licença de construção de obra mal
executada.
ART. 6º: O profissional que substituir outro, deverá comparecer ao departamento
competente para assinar o projeto, ali arquivado, munido de cópia aprovada que
também será assinada submetendo ao visto do responsável pela seção
competente. Esta substituição de profissional deverá ser precedida do respectivo
pedido por escrito, feito pelo proprietário e assinado também pelo novo
responsável técnico.
Parágrafo Único: O profissional que requerer baixa de responsabilidade técnica,
deverá comunicar a Prefeitura Municipal mediante requerimento, apresentação da
ART de baixa e cópia da carta endereçada ao proprietário comunicando a sua
baixa de responsabilidade para que o departamento técnico notifique o
proprietário a proceder sua substituição.
ART. 7º: Sempre que cessar a sua responsabilidade técnica por término da obra,
o profissional deverá solicitar à Prefeitura Municipal a expedição da Certidão de
Construção e a respectiva baixa de responsabilidade, que somente será concedida
estando a obra concluída de acordo com o projeto aprovado.

CAPITULO III
DA EDIFICAÇÃO

Seção I
Inicial
ART. 8º: A execução de qualquer edificação será precedida dos seguintes atos
administrativos:
I- Certidão do Uso e Ocupação do solo;
II- Aprovação do projeto;
III- Licenciamento da Construção ( Alvará de Construção).
§ 1º: A certidão do Uso e Ocupação do solo precederá elaboração do projeto.
§ 2º: A aprovação do projeto e licenciamento da construção de que tratam os
incisos II e III poderão ser requeridos de uma só vez, devendo neste caso, os
projetos estarem completos em todas as exigências constantes neste código.
Seção II
Do Licenciamento, da Construção e da Aprovação do Projeto

ART. 9º: Para a aprovação de projetos de construção, ampliação, reforma,


reconstrução e regularização, o proprietário do imóvel deverá apresentar junto à
Prefeitura Municipal os seguintes elementos:
I- Requerimento dirigido ao Sr. Prefeito Municipal, em nome do proprietário,
solicitando o alvará de construção e aprovação de projeto em duas vias;
II- Cópia xerográfica da escritura pública ou do compromisso de compra e venda
do imóvel;
III- Uma cópia autenticada da anotação de responsabilidade técnica – ART, de
cada profissional responsável pela obra, devidamente chancelada pela Inspetoria
do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura – CREA-SP, com o recolhimento
da respectiva taxa;
IV- Memorial descritivo, detalhando todas as etapas construtivas, quer seja para
construção, ampliação, reforma ou regularização, em 03 (três) vias datilografadas
ou impressas e assinadas pelo proprietário e responsáveis técnicos;
V- Projeto arquitetônico completo, em 03 (três) vias, uma cópia do quadro
informativo, devidamente assinadas pelo Responsável Técnico e Proprietário e
com a chancela da Inspetoria do CREA-SP;
VI- Todos os projetos complementares de hidráulica, elétrica, estrutural, em duas
vias, quando se tratar de construção nova para residências novas e acima de
150m² e para as comerciais até 150m², exceto para barracões em estrutura
metálica ou pré moldada, com telhas galvanizadas ou zinco, de até 300m², com
pé direito de no mínimo 4,50 metros;
VII- Para reformas com ampliação, estarão isentas dos projetos
complementares todas aquelas que tiverem área de ampliação inferior a 70m²
(setenta metros quadrados);
VIII- Estarão isentas da apresentação dos projetos complementares todas as
reformas com ampliação cuja soma das áreas construída e a ser ampliada, não
ultrapasse 150,00 (cento e cinqüenta) metros quadrados;
IX- Matricula junto ao Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS, para
construção com área total superior a 70,99 m² (setenta metros quadrados e
noventa e nove centímetros quadrados);
X- Recibo do pagamento das taxas correspondentes a Prefeitura;
XI- Protocolo do Corpo de Bombeiros para as edificações destinadas ao comércio,
indústrias e/ou outras quando necessárias.
§ 1º: No requerimento ao Sr. Prefeito Municipal solicitando o alvará de
construção, constará obrigatoriamente: o nome do proprietário; sua qualificação
profissional; nacionalidade; estado civil; número de cédula de identidade; número
do cadastro da pessoa física ou jurídica junto a Receita Federal; endereço
completo; local aonde pretendo edificar de acordo com a escritura pública ou
compromisso de compra e venda; tipo de construção; área total do terreno, área
total da construção, área livre, número da ART, nome do responsável técnico e a
assinatura do proprietário ou procurador legal, anexando neste caso, a cópia da
procuração.
§ 2º: No projeto arquitetônico completo, a ser apresentado, deverá constar
obrigatoriamente:
A) Planta Baixa de cada pavimento, com as respectivas dependências
especificadas, as suas dimensões, espessura da alvenaria, localização das peças
fixas, suas cotas de nível de piso e indicação de projeção da cobertura, na escala
1:100 ou 1:50;
B) Cortes longitudinais e transversais, passando por escadas, cozinha, banheiro,
dutos, clarabóias e mezaninos, na escala 1:100 ou 1:50;
C) Fachada principal ou no caso de esquina fachadas frontal e lateral, todas coma
indicação da cota de nível de piso do passeio público, nos extremos da fachada,
na escala 1:100 ou 1:50;
D) Planta de situação com perímetro do terreno, implantado as linhas limítrofes da
construção, diferenciadas conforme o número de pavimentos cotado de vértice a
vértice em todos os lados em escala 1:200 ou 1:250, amarrando o terreno à
esquina mais próxima da quadra, informando os nomes das ruas para
identificação da quadra, de acordo com o título do imóvel;
E) Assinalar o norte magnético, o qual deverá ser indicado próximo à planta de
situação e implantação do terreno.
F) Planta de cobertura indicando as caídas de água; calhas; rufos; declividade do
telhado e o tipo das telhas, na escala 1:100 ou 1:200;
G) Localização do padrão (ligação de energia); localização de cavalete (ligação da
água e esgoto); localização e dimensões da fossa e sumidouro (quando houver)
de acordo com as normas técnicas; e localização da caixa do correio, suas
dimensões e altura;
H) Quadro de esquadrias, contendo: simbologia; medidas; peitoril; quantidade;
tipo; especificação do material;
I) Quadro de iluminação/ventilação, contendo: dependência, área, área exigida
para iluminação e ventilação e área projetada para iluminação e ventilação;
J) A indicação das escalas não dispensa o emprego de cotas para indicar as
dimensões dos compartimentos; pé direito; posições de linhas limítrofes; abertura
para ventilação e iluminação e as demais cotas que se fizerem necessárias para o
perfeito entendimento do projeto.
K) Quadro com informações complementares do projeto arquitetônico, contendo:
a) Natureza da obra;
b) Local da obra;
c) Nome do proprietário, CPF e assinatura;
d) Autor do projeto; profissão; CREA e assinatura;
e) Responsável técnico pela execução da obra; profissão; CREA e assinatura;
f) Títulos dos desenhos;
g) Número da prancha;
h) Número das anotações de responsabilidade técnica;
i) Áreas: do terreno, da construção e livre;
j) Declaração de que a aprovação do projeto não implica no reconhecimento, por
parte da Prefeitura, do direito de propriedade do terreno;
k) Escalas usadas;
l) Data do desenho;
m) Espaços para carimbos;
n) Taxa de ocupação e coeficiente de aproveitamento;
o) Identificação da aprovação da construção existente.
§ 3º Nos projetos de reforma, ampliação e demolição de edificações, serão
usadas as seguintes legendas:
a) Cor preta ou azul para construção existente;
b) Cor vermelha para a alvenaria a construir,
c) Cor amarela para a alvenaria a demolir.
§ 4º N Para as edificações destinadas a estabelecimento comercial, de prestação
de serviços ou industrial, sujeito à aprovação prévia da Secretária da Saúde, da
CETESB, do DPRN, do Graprohab e outros órgãos, é obrigatória a apresentação de
todos os documentos aprovados pelos órgãos Estaduais e Federais.
ART. 10: O alvará de construção referente à obra não iniciada no prazo de 02
(dois) anos a contar da data de sua expedição, será considerado prescrito.
Parágrafo Único: Se o proprietário ainda desejar construir após a prescrição,
deverá requerer novo alvará.
ART. 11: O prazo máximo para a aprovação dos projetos residenciais é de dez
dias, comerciais e industriais até 250 m² (duzentos e cinqüenta metros
quadrados) é de 15 (quinze) dias e acima disso 25 (vinte e cinco) dias, contados
da data do protocolo da Prefeitura Municipal e do pagamento das respectivas
taxas. Findo este prazo, se o interessado não tiver obtido deferimento ou
comunique-se para seu requerimento, poderá dar “inicio as obras” mediante
prévia comunicação escrita ao Departamento de Obras Públicas sujeitando-se a
demolir sem ônus para a Prefeitura Municipal o que tiver sido feito em desacordo
com o este Código de Obras.
ART. 12: Através de seu quadro técnico ou em convênio com as associações, a
Prefeitura poderá, desde que obedecidas às normas do CREA-CONFEA, projetar e
orientar projetos de moradias econômicas a pessoas que requeiram conforme Lei
Municipal. Observar o artigo 1º do Código Sanitário, Lei 12.342, de 27/09/78.
ART. 13: Para as edificações destinadas ao comércio, indústria e residências, no
que tange ao aspecto de proteção e combate a incêndios, deverão ser seguidas às
normas do Corpo de Bombeiro, e o presente Código de Obras. Quando da
solicitação do alvará de construção, na documentação apresentada deverá constar
o protocolo do Corpo de Bombeiros.
ART. 14: Independem de licença os serviços de reparos, substituição de muros
(exceto quando muros de arrimo), impermeabilização de terrenos, substituição de
calhas e condutores em geral, construção de calçadas no interior dos terrenos
edificados e muros de divisa.
ART. 15: A aprovação dos projetos dependerá do cumprimento de todos os
requisitos deste Código.
Parágrafo Único: No alvará de construção constará, além do nome do
interessado, o tipo de obra, sua destinação, localização e eventuais servidões
legais.
ART. 16: Após a conclusão da obra, deverá ser requerido à Prefeitura Municipal o
Auto de Conclusão e a Certidão de Construção e ou Alvará de funcionamento
Comercial ou Industrial (no qual constará obrigatoriamente o número da licença
do Corpo de Bombeiros).
ART. 17: Nenhuma edificação poderá ser ocupada sem que seja procedida a
vistoria pela Prefeitura Municipal e expedida a respectiva Certidão de Construção
ou Habite-se para residência e alvará de funcionamento para Comércio e Indústria
(no qual constará obrigatoriamente o número da licença do Corpo de Bombeiros).
Parágrafo Único: O requerimento de vistoria será sempre assinado pelo
proprietário e pelo responsável técnico da obra, de deverá citar o número do
Alvará de Construção e data de aprovação do projeto.
ART. 18: Por ocasião da vistoria, se for constatado que a edificação não foi
construída, aumentada, reconstruída ou reformada de acordo com o projeto
aprovado e com a legislação em vigor, o responsável técnico será notificado, de
acordo com as disposições desta Lei, e obrigado a regularizar o projeto, caso as
alterações possam ser aprovadas, ou fazer a demolição ou as modificações
necessárias para regularizar a situação da obra.
ART. 19: Após a vistoria, obedecendo a obra ao projeto aprovado, a Prefeitura
Municipal fornecerá ao proprietário o Auto de Conclusão e a Certidão de
Construção e ou Alvará de funcionamento.
ART. 20: O Auto de Conclusão e a Certidão de Construção poderão ser expedidos
em caráter parcial, desde que:
I- Trate-se de moradia em que haja condições mínimas de habitabilidade,
estando completamente concluídos um dormitório, cozinha e banheiro;
II- Não haja perigo para terceiros e para os ocupantes da parte já concluída da
obra;
ART. 21: O “Habite-se” da Construção será precedido de vistoria da edificação e
com entrega dos seguintes documentos:
a) Auto de Conclusão e Certidão de Construção;
b) C.N.D. do INSS;
c) Comprovante de pagamento das taxas devidas a Prefeitura Municipal.
d) No caso da edificação estar sujeito ao Alvará ou Licença do Corpo de
Bombeiros, o mesmo deverá ser anexado ao requerimento de solicitação do
Habite-se.
e) Efetuada a vistoria e estando cumpridas as exigências, a Prefeitura Municipal
terá o prazo máximo de 5 (cinco) dias a contar da data de protocolo de entrada
do requerimento, para a competente expedição do “habite-se”.
ART. 22: Fica a critério da Prefeitura Municipal proceder vistoria no imóvel em
números de vezes que julgar necessário.
Seção III
Da Validade, Revalidação
ART. 23: A aprovação de um projeto e o alinhamento concedidos terão validade
se retirados dentro do prazo máximo de 90 (noventa) dias do despacho
deferitório.
ART. 24: Havendo mudança na Legislação, após sua promulgação, todo projeto
aprovado não retirado do D.O.P. sofrerá nova análise para emissão do Alvará de
Construção.
ART. 25: Será passível de revalidação, obedecendo aos preceitos legais da época
da aprovação, o projeto aprovado cujo pedido de licenciamento ficou na
dependência de ação judicial, para retomada do imóvel onde deve ser realizada a
construção, nas seguintes condições:
I- Ter a ação judicial início comprovado dentro do período de validade do projeto
aprovado;
II- Ter a parte interessada requerido a revalidação dentro do prazo de 01 (um)
mês da data da sentença da retomada do imóvel.
ART. 26: Após a prescrição do Alvará, se a parte interessada quiser iniciar as
obras, deverá requerer e pagar novo licenciamento, desde que tenha decorrido
menos de cinco anos da aprovação do projeto.

Seção IV
Da Modificação do Projeto Aprovado
ART. 27: As alterações do projeto a serem efetuadas após o Alvará de
Construção, devem ter sua aprovação requerida previamente.
I- No requerimento solicitando aprovação do projeto modificativo, deverá constar
a referência do projeto anteriormente aprovado e da respectiva licença de
construção;
II- Na aprovação do projeto modificativo, será substituído o Alvará de Construção
anteriormente aprovado, e será devolvido ao requerente o projeto anterior;
III- Estando a edificação em desacordo com o projeto, mas enquadrada na
Legislação pertinente, o profissional habilitado e responsável pela obra elaborará
novo projeto em substituição, seguindo-se o trâmite normal exigido para
aprovação.
Seção V
Da Implantação do Canteiro de Obras
ART. 28: O alinhamento do lote será fornecido pela Prefeitura Municipal, quando
requerido, obedecendo às diretrizes gerais, ditadas pela legislação em vigor.
ART. 29: Os recuos e as taxas de Ocupação e Uso de solo, serão determinados
pela Prefeitura Municipal, de acordo com a legislação em vigor.
ART. 30: Dentro do perímetro urbano, em frente à rua pavimentada, os terrenos
não edificados e baldios, onde a vegetação nativa cresce, deverão ter, no
alinhamento do passeio público, muros com altura mínima de 2,0m (dois metros)
para impedir a visão do interior do terreno e os passeios serão pavimentados e
contínuos (sem degrau) numa faixa não inferior a 1,50m (um metro e cinqüenta
centímetros) de largura em concordância com os passeios vizinhos.
§ 1º: O acesso à garagem ou abrigo de auto, nos terrenos em aclive ou declive
terão suas rampas definidas a partir da divisa com o passeio público. Fica proibida
a execução de rampas na sarjeta ou no passeio público, acima do nível do passeio
ou abaixo do nível da sarjeta.
§ 2º: É extremamente proibido a execução de argamassa ou concreto sobre a
pavimentação asfáltica, ficando este ato, de responsabilidade do proprietário.
ART. 31: Nenhuma construção, reconstrução, reforma, ampliação ou demolição,
poderá ser feita no alinhamento do passeio público sem que haja, em toda a
testada, um tapume provisório de, pelo menos dois metros de altura, construído
com material adequado à finalidade, ocupando no máximo 50% (cinqüenta por
cento) da largura do passeio e área livre para transeuntes que tenha no mínimo
1,00 (um) metro.
§ 1º: Sendo necessário o tapume, o mesmo poderá ocupar até a 2/3 (dois terços)
da largura do passeio, desde que o 1/3 (um terço) restante seja pavimentado e
mantido livre e limpo, para o uso dos transeuntes e garanta 1,00 (um) metro livre.
§ 2º: Na zona comercial central, a Prefeitura fixará o prazo para a utilização do
passeio público para tapumes, mediante apresentação de requerimento obrigando
a construção de dispositivo especial para proteção do público.
§ 3º: No caso de paralisação da obra por período superior a 30 (trinta) dias, após
notificação o tapume deverá ser recuado para os limites do alinhamento dos
prédios vizinhos existentes, de modo a deixar o passeio público totalmente livre,
desimpedido e limpo.
ART. 32: Durante a execução da estrutura do edifício de alvenaria ou demolição,
será obrigatória a colocação de andaimes de proteção, tipo bandejas salva-vidas,
com espaçamento de 03 (três) pavimentos, até o máximo de 10 (dez) metros.
§ 1º: Os andaimes de proteção constarão de um estrado horizontal de 1,20 (um
inteiro e dois décimos) metros de largura mínima, dotado de guarda corpo até a
altura de 1,00 (um) metro, com inclinação aproximada de 45 (quarenta e cinco)
graus.
§ 2º: As fachadas construídas no alinhamento de passeio público deverão ter
andaimes fechados, em toda a sua altura, mediante tapume de vedação, com
separação máxima vertical de 0,10 (um décimo) metros entre tábuas ou tela
apropriada.
ART. 33: Concluída a estrutura do prédio, poderão ser instalados andaimes
mecânicos.
§ 1º: Esses andaimes deverão ser dotados de guarda-corpo, em todos os lados,
livres, até a altura de 1,20 (um inteiro e dois décimos) metros.
§ 2º: Nas fachadas situadas no alinhamento do passeio público, a utilização de
andaimes mecânicos dependerá de colocação prévia de um andaime de proteção
numa altura de no máximo 2,50 (dois inteiros e cinco décimos) metros acima do
passeio público.
ART. 34: Em loteamentos aprovados antes do Decreto n.º 13.069, de 29 de
dezembro de 1.978, as edificações em lotes de esquina e nos alinhamentos
obedecerão a um corte chanfrado de 1,50 x 1,50 (um inteiro e cinco décimos por
um inteiro e cinco décimos) metro, com diagonal de 2,12 (dois inteiros e doze
centésimos) metros, isto em relação ao pavimento térreo, ou um arco de raio de
2,00 (dois) metros.
Parágrafo Único: Acima de 3,00 (três) metros os pavimentos superiores poderão
ser edificados sem os cortes chanfrados.
Seção VI
Da Demolição
ART. 35: Em se tratando de demolição total de um prédio, o proprietário deverá
solicitar autorização prévia da Prefeitura através de um requerimento protocolado,
expondo os motivos.
§ 1º: Se o motivo for uma nova edificação, o proprietário anexará ao
requerimento de demolição o projeto completo e demais exigências para
aprovação, conforme capítulo III deste código de obras.
§ 2º: Se o motivo alegado for perigo de desabamento, a Prefeitura Municipal no
prazo de 12 (doze) horas fará a vistoria do imóvel, autorizando a demolição total
ou parcial.
§ 3º: A Prefeitura Municipal poderá solicitar a demolição total ou parcial das
edificações nos seguintes casos:
I- A edificação está em desacordo com o projeto aprovado, e a situação que se
encontra edificada não se enquadra na legislação pertinente;
II- Oferecer perigo de desabamento;
III- Estiver em desacordo com a Lei do Zoneamento;
IV- Estiver em desacordo com o Código de Obras.

Seção VII
Das Escavações
ART. 36: Os serviços de escavações deverão ser executados sem afetar a
estabilidade dos edifícios vizinhos ou do leito do passeio público. Todo serviço de
escavação mecânica (corte) em zona urbana, deverá ter projeto aprovado com
respectivo profissional (responsável técnico), informando a cota do terreno natural
e final, tanto para o corte como para o aterro.
ART. 37: Nos aterros e cortes de divisa deverá ser executado arrimos
impermeáveis de tal modo que não comprometa ou invada o terreno vizinho.
Seção VIII
Das Fundações
ART. 38: No cálculo das fundações serão obrigatoriamente considerados os seus
efeitos para com as edificações vizinhas e os logradouros públicos ou instalações
de serviços públicos.
Parágrafo Único: As fundações, qualquer que seja o seu tipo, deverão ficar
situadas inteiramente dentro dos limites do lote, não podendo em nenhuma
hipótese avançar sob o passeio público ou sob os imóveis vizinhos.
Seção IX
Das Paredes
ART. 39: No projeto arquitetônico deverão ficar estabelecidos as dimensões,
alinhamento e espessuras. No memorial descritivo deverão constar os materiais a
ser utilizado e o tipo de revestimento.
Parágrafo Único: As espessuras das paredes serão estabelecidas observando as
boas condições de impermeabilidade e de isolamento térmico-acústico.
ART. 40: As paredes comuns a dois prédios, geminados constituindo divisa de
propriedade ou alinhamento do passeio público, deverão ter espessuras mínima de
0,20 (dois décimos) metros e elevar-se até a cobertura.
ART. 41: As paredes das edificações térreas residenciais unifamiliares a serem
edificadas junto às divisas de propriedades, deverão apresentar espessuras
mínimas de 0,15 (quinze centésimos) metros e elevar-se até a cobertura.
ART. 42: As paredes externas das edificações térreas, para fins comerciais ou
industriais, deverão ter espessuras mínima de 0,20 (dois décimos) metros e
elevar-se até a cobertura.
ART. 43: Nas edificações destinadas a prestação de serviços, poderão ser feitas
separações das dependências com divisórias dentro das normas da ABNT.
Parágrafo Único: Estas divisões se enquadrarão nas normas deste código
quanto à insolação e ventilação e as demais exigências, sendo apresentadas no
projeto para aprovação.

Seção X
Das Águas Pluviais
ART. 44: Fica proibida a ligação de águas pluviais ou resultantes de drenagem à
rede coletora de esgoto.
§ 1º: Não é permitida a ligação de águas residuais proveniente da cozinha e área
de serviços à rede coletora de águas pluviais, tampouco serem lançadas à sarjeta,
a céu aberto.
§ 2º: Toda água resultante de lavagem ou de chuva deve ser canalizada sob a
calçada e lançada a sarjeta.
ART. 45: Na omissão deste código, prevalecerão as normas fixadas pela
autoridade sanitárias e competente no assunto.
Seção XI
Do Revestimento
ART. 46: Nas edificações, as cozinhas, banheiros, sanitários, antecâmaras,
vestiários, copas, lavabos e área de serviço, os pisos serão revestidos de material
liso, resistente e impermeável.
Parágrafo Único: As rampas e escadas externas serão obrigatoriamente
revestidas com material antiderrapante.
ART. 47: Nas edificações, as cozinhas, despensas, banheiros, sanitários, ante
câmaras, vestiários, lavabos e área de serviço, as paredes internas serão
revestidas na altura mínima de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) a
contar do nível do piso, de material liso, resistente e impermeável. Quando
utilizado barra impermeável, deverá ter obrigatoriamente rodapé cerâmico de 5
cm (cinco centímetros), no mínimo.
ART. 48: Nas edificações comerciais, de prestação de serviços e indústrias, as
paredes internas serão revestidas com materiais resistentes, impermeáveis e
laváveis até a altura de 2,00m (dois metros), no mínimo, a contar do nível do piso.
ART. 49: As piscinas deverão ter suas paredes internas revestidas de material
liso, resistente, impermeável e lavável.
Seção XII
Das Coberturas
ART. 50: Na cobertura das edificações, a estrutura poderá ser em madeira de lei
apropriada a este fim, metálicos ou de concreto ou de materiais que obedeçam a
normas da ABNT.
§ 1º: A cobertura terá material impermeável, imputrescível, incombustível e
resistente a intempéries.
§ 2º: A cobertura poderá ser ainda em laje exposta, desde que perfeitamente
impermeabilizada.
§ 3º: Projeções internas dentro do lote para todas as edificações em balanço da
cobertura ou beiral marquises até 1,00m (um metro) não serão consideradas
áreas construídas.

Seção XIII
Das Instalações Hidráulico-Sanitárias
ART. 51: As instalações hidráulica e sanitária deverão trazer no projeto, de forma
clara, a planta locando as tubulações; registros; acessórios; legendas; cavaletes;
reservatórios e isométrico das dependências atendidas, seguindo os critérios
estabelecidos pela ABNT e quadro informativo padrão.
ART. 52: Todo prédio deverá ser abastecidos de água potável em quantidade
suficiente ao fim que se destina, dotado de dispositivos e instalações adequadas,
destinadas a receber e a conduzir os dejetos.
§ 1º: Onde houver redes públicas de água e esgoto, em condições de
atendimento, as edificações novas ou já existentes serão, obrigatoriamente, a elas
ligadas e por elas abastecidas ou esgotadas, exceto quando apresentar poço semi-
artesiano.
§ 2º: É vedada a interligação de instalações internas entre prédios situados em
lotes distintos.
§ 3º: Em situação em que não exista rede de esgoto será permitida a existência
de fossa séptica e sumidouro, afastadas no mínimo 1,00 (um) metro do
alinhamento das vias públicas e de 2,00 (dois) metros das divisas de vizinhos;
Nestes casos deverá acompanhar o projeto da fossa séptica e sumidouros de
acordo com as normas da ABNT.
§ 4º: Em caso de não existência da rede de distribuição de água, está poderá ser
obtida por meio de poços, com tampa, perfurados na parte mais elevada em
relação à fossa e dela afastada no mínimo 20,00 (vinte) metros e de acordo com
as normas técnicas.
ART. 53: Os poços de suprimento de água e as fossas consideradas imprestáveis,
que não satisfaçam às exigências deste código e suas normas técnicas especiais,
deverão ser aterrados.
ART. 54: As tubulações, suas juntas e peças especiais, deverão obedecer às
especificações da ABNT.
ART. 55: É obrigatório a existência de reservatório domiciliar a fim de ser
assegurada absoluta continuidade no fornecimento de água, cozinha, banheiro e
lavanderia, com mínimo de 250 (duzentos e cinqüenta) litros por dependência. Os
reservatórios, suas capacidades, ramais de alimentação e servidão deverão
constar em projeto.
ART. 56: As instalações de água fria devem ser projetadas e construídas de modo
a garantir a potabilidade da água destinada ao consumo humano e com pressão
suficiente ao perfeito funcionamento dos aparelhos, de acordo com especificações
da ABNT.
ART. 57: Os reservatórios prediais deverão:
I- ser construídos e revestidos com materiais que não alterem a qualidade e
potabilidade da água;
II- ter a superfície lisa, resistente e impermeável;
III- permitir fácil acesso, para inspeção, limpeza e extravasor;
IV- possibilitar o esgotamento total;
V- ser suficientemente protegidos contra inundações, infiltrações e penetrações
de corpos estranhos;
VI- ter cobertura adequada;
VII- ser equipados com torneira bóia na tubulação de alimentação, à sua
entrada, sempre que se tratar de reservatório de recalque;
VIII- ser dotados de extravasor com diâmetro superior ao da canalização de
alimentação, havendo sempre uma canalização de aviso, desaguando em ponto
perfeitamente visível;
IX- ser providos de canalização de limpeza, funcionando por gravidade ou por
meio de elevação mecânica.
ART. 58: Não será permitida :
I- a instalação de dispositivos para sucção de água diretamente da rede pública
de distribuição;
II- a passagem de tubulação de água potável pelo interior de fossas, ramais de
esgoto, poços absorventes, poços de visitas e caixas de inspeção de esgoto, bem
como de tubulações de esgoto por reservatórios ou depósitos de água;
III- a interconexão de tubulações ligadas diretamente a sistemas públicos com
tubulações que contenham água provenientes de outras fontes de abastecimento;
IV- a introdução, direta ou indireta de esgotos em conduto de águas pluviais;
V- qualquer outra instalação, processo ou atividade que possa representar risco
de contaminação da água potável;
VI- a ligação de ralos de águas pluviais e de drenagem à rede de esgoto.
ART. 59: O diâmetro mínimo do ramal principal de esgoto é de 100 (cem)
milímetros, sendo obrigatória a existência de dispositivo de inspeção e passagem a
cada 15,00 (quinze) metros, no máximo.
ART. 60: Os tanques e aparelhos de lavagem de roupas serão obrigatoriamente
ligados à rede coletora de esgoto, através de fecho hidráulico e caixa de inspeção.
ART. 61: Todos os sifões, exceto os autoventilados, deverão ser protegidos
contra dessifonamento e contrapressão, por meio de ventilação apropriada.
ART. 62: Os aparelhos sanitários, quaisquer que sejam os seus tipos, serão
desconectados dos ramais respectivos por intermédio de sifões individuais, com
fechos hidráulicos e nunca inferior a 50 (cinqüenta) milímetros, munidos de
opérculos de fácil aceso a limpeza ou terão seus despejos conduzidos a um sifão
único segundo as especificações da ABNT.
ART. 63: As instalações prediais de esgotos deverão ser suficientemente
ventiladas e dotadas de dispositivos adequados, para evitar o refluxo de qualquer
natureza, dotando-se as instalações de:
I- tubos de queda, quando necessários, prolongados acima da cobertura do
edifício;
II- canalização independente ascendente, constituindo o tubo ventilador, para
todos os ramais de esgoto primários.

ART. 64: As bacias sanitárias, os mictórios e demais aparelhos destinados a


receber despejos, devem ser de louça, de ferro fundido ou de outro material de
idêntica ou melhor característica, obedecidas as normas da ABNT.
ART. 65: Os mictórios serão providos de dispositivos de lavagem constituídos por
válvula flexível ou registro individual.

Parágrafo Único: Os mictórios coletivos, tipo calha, deverão ser de material liso,
metálico antioxidante, impermeável, sem juntas para calafetar, de fácil
higienização, de acordo comas normas sanitárias vigentes.
ART. 66: Os despejos de pias da copa e cozinha de residências, hotéis,
restaurantes e estabelecimentos congêneres terão passagem obrigatória por uma
caixa de gordura, a qual será especificada no projeto.
ART. 67: Haverá sempre um ralo sifonado instalado no piso dos compartimentos
sanitários e lavanderias.
Seção XIV
Das Instalações Elétricas, Telefônicas, de Gás e Combate a Incêndio
ART. 68: As instalações elétricas deverão trazer no projeto a planta com os
circuitos, ramais, bitola dos condutores e dos conduítes, o Quadro Geral e de
Distribuição, legenda e diagrama unifilar projetados segundo as normas NBR e
demais normas ABNT. O quadro Geral e de Distribuição deverá ser detalhado em
projeto, apresentando a proteção da fiação.
§ 1º: O quadro geral com o medidor deve ser instalado em local de fácil acesso
de acordo com as exigências da companhia concessionária.
§ 2º: As entradas subterrâneas de edifícios deverão obedecer às normas exigidas
pela companhia concessionária.
§ 3º: Os diâmetros dos condutores de distribuição interna serão calculados de
conformidade com a carga máxima dos circuitos e a voltagem da rede.
§ 4º: As construções verticalizadas, serão protegidas por pára-raios, segundo as
normas da ABNT.
ART. 69: Os projetos das instalações de gás combustível deverão ser executados
por profissionais legalmente habilitados e obedecerão as resoluções de órgãos
oficiais, normas da ABNT e aprovadas por órgãos competentes.
Parágrafo Único: Os projetos a que se refere o presente artigo, conterão
representações gráficas indicando o ramal interno, os abrigos ou locais de
armazenamento dos botijões, os medidores e reguladores, a canalização interna,
os pontos de alimentação e os aparelhos de combustão.
ART. 70: Os imóveis sujeitos à prevenção e combate a incêndio, quando da
apresentação do requerimento solicitando alvará de construção e aprovação de
projeto estará obrigado a apresentar protocolo do Corpo de Bombeiros e a
assumirem compromisso em declaração conjunta (proprietário e responsável
técnico) de alterarem projeto arquitetônico de acordo com código de obras para
atender as exigências do Corpo de Bombeiros.
ART. 71: Nas edificações acima de 150 m2 (cento e cinqüenta metros quadrados)
destinadas a residências, comércio e indústria, no projeto de instalação elétrica,
será obrigatória a indicação para os serviços de telefone e campainha, observadas
as normas das concessionárias.

Seção XV
Das Saliências
ART. 72: Acima de 2,50 (dois inteiros e cinqüenta centésimos) metros, a contar
do nível da soleira, serão permitidas as construções de saliências, a partir do
alinhamento do passeio público.
§ 1º: As saliências do tipo marquise coberta e descoberta, em edificações
comerciais, não poderão exceder 50% (cinqüenta por cento) da largura do passeio
público e no máximo de 1,50 (um inteiro e cinqüenta centésimos) metros, e não
poderão ser apoiadas sobre o passeio público. Não será permitida em hipótese
alguma, a construção de ambientes de permanência prolongada ou temporária
cuja projeção esteja sobre o passeio público.
§ 2º: Quando a saliência for edificada em direção das redes de energia elétrica e
telefônicas e outras, os proprietários submeterão as mesmas normas destas
concessionárias.
§ 3º: Nas saliências em concreto, alvenaria ou similar com cobertura, as águas
pluviais serão obrigatoriamente canalizadas e conduzidas às sarjetas, passando
sob o passeio público.
§ 4º: As saliências do tipo marquise coberta ou descoberta em edifícios
residenciais não poderão ultrapassar o limite do terreno.
ART. 73: Além das normas do artigo anterior, as edificações estarão sujeitas a
leis específicas, que deverá preceder.
Seção XVI
Das Dimensões Mínimas dos Compartimentos
ART. 74: Os compartimentos deverão ter conformação e dimensões adequadas à
função ou atividade a que se destinam, atendidos os mínimos estabelecidos neste
Código e em suas Normas Técnicas Especiais.
ART. 75: Os compartimentos não poderão ter áreas e dimensões inferiores aos
valores estabelecidos nas normas específicas para as respectivas edificações de
que fazem parte, e, quando não previsto nas referidas normas especificadas, aos
valores abaixo:
I- salas, em habitações: 8,00m² (oito metros quadrados);
II- salas para escritórios, comércio ou serviços: 10,00m² (dez metros
quadrados);
III- dormitórios: 8,00m² (oito metros quadrados);
IV- dormitórios coletivos: 5,00m² (cinco metros quadrados) por leito;
V- quarto de vestir, quando conjugados a dormitórios: 4,00m² (quatro metros
quadrados);
VI- dormitório de empregada: 6,00m² (seis metros quadrados);
VII- sala dormitórios: 16,00m² (dezesseis metros quadrados);
VIII- cozinhas: 4,00m² (quatro metros quadrados);
IX- despensa na cozinha: 2,00m² (dois metros quadrados);
X- compartimentos sanitários:
a) contendo somente bacia sanitária: 1,20m² (um metro quadrado e vinte
centímetros quadrados) com dimensão mínima de 1,00m (um metro);
b) contendo bacia sanitária e lavatório: 1,50m² (um metro quadrado e cinqüenta
centímetros quadrados), com dimensão mínima de 1,00m (um metro);
c) contendo bacia sanitária, área para banho, com chuveiro: 2,00m² (dois metros
quadrados), com dimensão mínima de 1,00m (um metro);
d) contendo bacia sanitária, área para banho, com chuveiro e lavatório: 2,50m²
(dois metros quadrados e cinqüenta centímetros quadrados), com dimensão
mínima de 1,00m (um metro);
e) contendo somente chuveiro: 1,20m² (um metro quadrado e vinte centímetros
quadrados), com dimensão mínima de 1,00m (um metro);
f) antecâmaras, com ou sem lavatório: 0,90m² (noventa centímetros quadrados),
com dimensão mínima de 0,90m (noventa centímetros);
g) contendo outros tipos ou combinações de aparelhos, a área necessária,
segunda disposição conveniente a proporcionar a cada um deles, uso cômodo;
h) celas, em compartimento sanitários coletivos, para chuveiros ou bacias
sanitária: 1,20m² (um metro quadrado e vinte centímetros quadrados), com
dimensão mínima de 1,00m (um metro);
i) mictórios tipo calha, de uso coletivo: 0,60m (sessenta centímetros) em
equivalente a um mictório tipo cuba;
j) separação entre mictório tipo cuba: 0,60m (sessenta centímetros), de eixo a
eixo.
XI- Vestiários: 6,00m² (seis metros quadrados);
XII- Largura de corredores e passagens:
a) em habilitações unifamiliares e unidades autônomas de habilitações
multifamiliares, 0,90m (noventa centímetros);
b) em outros tipos de edificação:
quando de uso comum ou coletivo; 1,20m (um metro e vinte centímetros);
1- quando de uso restrito poderá ser admitida redução até 0,90m (noventa
centímetros).
XIII- compartimentos destinados a outros fins, valores sujeitos a justificação.
ART. 76: As escalas não poderão ter dimensões inferiores aos valores
estabelecidos nas normas específicas para as respectivas edificações de que fazem
parte e, quando não previstas nas referidas normas específicas, aos valores
abaixo:
I- degraus com piso (p) e espelho (e), atendendo à relação: (0,60m : < 2 e +p <
0,65m). Sendo, p maior ou igual a 27 cm, e menor ou igual a 19 cm;
II- Larguras:
a) quando de uso comum ou coletivo, 1,20m (um metro e vinte centímetros) com
corrimão em ambos os lados;
b) quando de uso restrito poderá ser admitida redução até 0,90m (noventa
centímetros);
c) quando no caso especial de acesso a jiraus, torres, adigas e situações
similares, 0,60m (sessenta centímetros);
d) A altura livre sobre a escada terá altura mínima de 2,00m (dois metros).
e) Escadas de uso comum, coletivo ou restrito terão um patamar intermediário
com o mínimo de 1,00m (um metro) de profundidade quando o desnível vencido
for maior que 3,00m (três metros) de altura.
Parágrafo Único: As escadas de segurança obedecerão às normas baixadas
pelos órgãos competentes.
ART. 77: Quando de uso comum ou coletivo, as escadas deverão obedecer as
seguintes exigências:
I- ter todos os lances retos não se permitindo as escadas em leque, exceto
àquelas que atenderem ao artigo 76;
II- ser de material incombustível, quando atender a mais de dois pavimentos;
III- nos edifícios com quatro ou mais pavimentos:
a) dispor de saguão ou patamar de circulação independente, distinto do “hall” de
distribuição;
b) dispor de iluminação natural ou de sistema de emergência para alimentação de
iluminação artificial;
IV- nos edifícios com seis ou mais pavimentos, dispor de porta corta fogo entre
a caixa de escada e seu saguão e o “hall” de distribuição;
V- nos edifícios com nove ou mais pavimentos:
a) dispor de uma antecâmara entre saguão da escada e o “hall” e distribuição,
isolada por duas portas corta fogo;
b) ser a antecâmara ventilada por um poço de ventilação natural aberto no
pavimento térreo e na cobertura, ou dispor de ventilação mecânica que estabeleça
sobre pressão sobre o ambiente;
c) ser a antecâmara iluminada por sistema compatível com o adotado para a
escada.
d) A existência de elevador em uma edificação não dispensa a construção de
escada.
ART. 78: Nas rampas, em substituição às escadas da edificação, aplicam-se as
exigências relativas ao dimensionamento constantes no item II do artigo 76.
Parágrafo Único: As rampas não poderão apresentar declividade superior a 12%
(doze por cento) ou valores de normas específicas. Se a declividade exceder a 6%
(seis por cento), o piso deverá ser revestido com material antiderrapante.

ART. 79: Será obrigatória a instalação de, no mínimo, um elevador nas


edificações de mais de três pavimentos que apresentarem, entre o piso de
qualquer pavimento e o nível de acesso ao edifício, uma distância vertical superior
a 11,00m (onze metros) e de, no mínimo, dois (2) elevadores, no caso dessa
distância se superior a 24,00m (vinte e quatro metros).
§ 1º: Para efeito de cálculo das distâncias verticais, de que trata este artigo será
considerada a espessura das lajes com 0,15 (quinze centímetros), no mínimo.
§ 2º: No cálculo das distâncias verticais, não será computado o último pavimento,
quando de uso exclusivo do penúltimo ou destinado a dependência de uso
comum, privativas do prédio, não habitacionais.
ART. 80: Os espaços de acesso ou circulação fronteiros às portas dos elevadores
deverão ter dimensão não inferior a 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros),
medida perpendicularmente às portas dos elevadores.
Parágrafo Único: Quando a edificação necessariamente tiver mais de um
elevador, nos termos do artigo 59 deste código, as áreas de acesso de cada par
de elevadores devem estar interligados em todos os pisos.
ART. 81: O sistema mecânico de circulação vertical (número de elevadores,
cálculo de tráfego e demais características técnicas) deverá ser executado em
obediência às normas técnicas da ABNT sempre que for instalado, e ser
devidamente comprovado por documento de Responsável Técnico legalmente
habilitado.
ART. 82: Os mezaninos serão admitidos somente quando:
I- os dois pés-direitos resultantes tenham no mínimo 2,50m (dois metros e
cinqüenta centímetros);
II- a área do piso intermediário não ultrapassar a 1/3 (um terço) da área do piso
principal;
III- a profundidade não poderá ultrapassar a cinco vezes qualquer um dos pés-
direitos resultantes;
IV- O limite do piso intermediário deverá apresentar apenas guarda corpo.
§ 1º: Para todos os efeitos legais, o piso intermediário é considerado um
pavimento e computado como área construída.
§ 2º: A profundidade do mezanino será sempre medida perpendicularmente ao
guarda corpo.
ART. 83: Os muros divisórios entre propriedades não poderão ter altura superior
a 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros), acima do qual deverá ter
profissional habilitado com a respectiva ART.
ART. 84: Não serão permitidas quaisquer saliência das edificações sobre
alinhamento dos logradouros, exceto aquelas especificadamente admitidas neste
Código, na legislação urbanística, de parcelamento, uso e ocupação do solo.
ART. 85: Os pés-direitos não poderão ser inferiores aos estabelecidos nas normas
específicas para respectiva edificação e, quando não previstas, aos valores a
seguir:
I- Nas habitações:
a) salas e dormitórios: 2,70m;
b) garagens: 2,30m;
c) nos demais compartimentos: 2,50m
II- Nas edificações destinadas a comércio e serviços:
a) em pavimentos térreos: 3,00m;
b) em pavimentos superiores: 2,70m;
c) garagens: 2,30m
d) mezaninos: 2,50m.
III- Nas escolas:
a) nas salas de aulas e anfiteatros, valor médio 3,00m admitindo-se o mínimo em
qualquer ponto 2,50m;
b) instalações sanitárias 2,50m;
IV- Em locais de trabalho:
a) indústrias, fábricas e grandes oficinas 4,00m, podendo ser permitidas reduções
até 3,00m, segundo a natureza dos trabalhos;
b) outros locais de trabalho, 3,00m podendo ser permitidas reduções até 2,70
metros, segunda a atividade desenvolvida;
V- Em salas de espetáculos, auditórios e outros locais de união, 6,00m, podendo
ser permitidas reduções até 4,00m, em locais de área inferior a 250m², nas frisas,
camarotes e galerias, 2,50m;
VI- Em garagens, 2,30m;
VII- Em porões ou subsolos, ou previstos para os fins a que se destinarem;
VIII- Em corredores e passagens, 2,50 m;
IX- Em armazéns, salões e depósitos, executados os domiciliares, 3,00m;
X- Em outros compartimentos, os fixados pela autoridade sanitária competente,
segundo o critério de similaridade ou analogia.
Seção XVII
Da Insolação, Ventilação e Iluminação
ART. 86: Para fins de iluminação e ventilação naturais, todo compartimento
deverá dispor de abertura comunicando-se diretamente com exterior.
§ 1º: Excetuam-se os corredores de uso privativos, os uso coletivo até 10,00
metros de comprimento poços e saguões de elevadores, devendo as escadas de
uso comum ter iluminação direta ou indireta.
§ 2º: Para efeito de insolação e iluminação as dimensões dos espaços livres, em
planta, serão contados entre as projeções das saliências, exceto nas fachadas
voltadas para o quadrante norte.
ART. 87: Consideram-se suficientes para insolação, iluminação e ventilação, de
quaisquer compartimentos, em prédios de um pavimento e de até 4,00 metros de
altura:
I- Espaços livres abertos nas duas extremidades ou em uma delas – corredores
de largura não inferior a 1,50 metros, em toda a sua extensão, quer quando junto
às dividas, quer quando entre corpos edificados, no mesmo lote, de altura não
superior a 4,00 metros;
II- Espaços livres fechados, com área não inferior a 6,00 metros quadrados e
dimensão mínima de 2,00 metros;
III- Espaço coberto livre em uma ou ambas as extremidades, por garagem ou
varanda, com área não inferior a 8,00 m² e dimensão mínima de 1,50 metros;
Parágrafo Único: A altura referida neste artigo será a altura média no plano da
parede voltada para a divisa, ou para outro corpo edificado.
ART. 88: Consideram-se suficientes para insolação, iluminação e ventilação de
dormitórios, salas, salões e locais de trabalho, em prédio de mais de um
pavimento ou altura superior a 4,00m:
I- os espaços livres fechados, que contenham em plano horizontal, área
equivalente a H/4 (H ao quadrado, dividido por quatro), onde H representa a
diferença de nível entre o teto do pavimento mais alto e o piso do pavimento mais
baixo a ser insolado, iluminado ou ventilado, permitindo-se o escalonamento;
II- os espaços livres abertos nas duas extremidades ou em uma delas
(corredores), junto às divisas do lote ou entre corpos edificados, de largura maior
ou igual a H/6, com mínimo de 2,00m.

§ 1º: A dimensão mínima do espaço livre fechado, referido no inciso I, será


sempre igual ou superior a H/4 não podendo ser inferior a 2,00m e sua área não
inferior a 10,00m², podendo ter qualquer forma, desde que nele possa ser
inscrito, no plano horizontal um circulo de diâmetro igual a H/4.
§ 2º: Quando H/6 for superior a 3,00m, a largura excedente deste valor poderá
ser contada sobre o espaço aberto do imóvel vizinho, desde que constitua recuo
legal obrigatório, comprovado por certidão da Prefeitura ou apresentação da
legislação municipal.
ART. 89: Para iluminação e ventilação de cozinhas, copas e despensas serão
suficientes:
I- os espaços livres fechados com:
a) 6,00m² em prédios de até 3 pavimentos e altura não superior a 10,00m;
b) 6,00m² de área mais 2,00m² por pavimento excedente de três; com dimensão
mínima de 2,00m e relação entre seus lados de 1 para 1,5 em prédios de mais 3
pavimentos ou altura superior a 10,00m;
II- espaços livres abertos de largura não inferior a:
a) 1,50m em prédios de 3 pavimentos ou 10,00m de altura;
b) 1,50m mais 0,15m por pavimento excedente de três, em prédios de mais de 3
pavimentos;
ART. 90: Para ventilação de compartimento sanitário, caixas de escadas e
corredores com mais de 10,00m de comprimento será suficiente o espaço livre
fechado com área mínima de 4,00m² em prédios de até 4 pavimentos. Para cada
pavimento excedente haverá um acréscimo de 1,00m² por pavimento. A dimensão
mínima não será inferior a 1,50m e relação entre os seus lados de 1 para 1,5;
Parágrafo Único: Em qualquer tipo edificação será admitida a ventilação indireta
ou ventilação forçada de compartimentos sanitários mediante:
I- ventilação indireta através de compartimento contíguo, por meio de duto de
seção não inferior a 0,40m² com dimensão vertical mínima de 0,40m e extensão
não superior a 0,40m. Os dutos deverão se abrir para o exterior e ter as aberturas
teladas;
II- ventilação natural por meio de chaminé de tiragem atendendo aos seguintes
requisitos mínimos:
a) seção transversal dimensionada de forma a que correspondam no mínimo,
6cm2 (seis centímetros quadrados) seção, para cada metro de altura da chaminé,
devendo em qualquer caso, ser capaz de conter um circulo de 0,60m de diâmetro;
b) ter prolongamento de, pelo menos, um metro acima da cobertura;
c) ser provida de abertura inferior; que permita limpeza, e de dispositivo superior
de proteção contra a penetração de água de chuva.
ART. 91: A área iluminante dos compartimentos deverá corresponder, no mínimo,
a:
I- nos locais de trabalho e nos destinados a ensino, leitura e atividades similares :
1/5 (um quinto) da área do piso;
II- nos compartimentos destinados a dormir, estar, cozinhar, comer e em
compartimentos sanitários: 1/8 (um oitavo) de área do piso, com o mínimo de
0,60m²;
III- nos demais tipos de compartimentos: 1/10 (um décimo) de área do piso,
com o mínimo de 0,60m².
ART. 92: A área de ventilação natural deverá ser em qualquer caso de, no
mínimo, a metade da superfície de iluminação natural.
ART. 93: Não serão considerados insolados ou iluminados os compartimentos em
galpões fechados, cuja profundidade a partir da abertura iluminante for maior que
três vezes seu pé direito, incluído na profundidade a projeção das saliências,
alpendres ou outras coberturas.
ART. 94: Não serão considerados insolados ou iluminados os compartimentos
cuja profundidade a partir da projeção dos beirais ou saliências até a última
parede a ser iluminada, for maior que três vezes a altura do vão de iluminação
(entrada de luz natural e ventilação).
ART. 95: Em casos especiais poderão ser aceitas ventilação e iluminação
artificiais, em substituição às naturais, desde que comprovada sua necessidade e
atendidas as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas.
§ 1º: Para os subsolos, a autoridade sanitária competente poderá exigir a
ventilação artificial ou demonstração técnica de suficiência da ventilação natural.
§ 2º: No compartimento destinado a vestir (closet) com área inferior a 6,00m² e
conjugado ao dormitório, será permitido a iluminação artificial.
ART. 96: Poderá ser aceita, para qualquer tipo de edificação, como alternativa ao
atendimento das exigências dos artigos anteriores, referentes à insolação e
ventilação natural, demonstração técnica de sua suficiência, na forma que for
estabelecida em Norma Técnica Especial.
Seção XVIII
Dos Recuos
ART. 97: O recuo mínimo obrigatório para todas as paredes frontais, em todas as
edificações novas, será de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) a partir da
divisa com o logradouro público escolhido como frontal, exceto as comerciais e
industriais localizadas nos seus respectivos setores, conforme discriminado no
anexo I que faz parte integrante desta lei, bem como aquelas previstas na Lei de
Uso e Ocupação de Solo.
§ 1º: Para edificações residenciais situadas em esquina, o logradouro confinante
não escolhido como frontal será considerado tão-somente divisa.
§ 2º: O recuo será medido da projeção horizontal da construção, exceto beiral e
marquise até 1,00m (um metro) de largura, o excedente deste será acrescido para
efeito de recuo e cálculo da área construída.
§ 3º: Os abrigos isolados não estão sujeitos ao artigo, podendo localizar-se junto
à divisa, porém, com calha na divisa com o passeio público.
§ 4º: O recuo frontal mínimo obrigatório de 1,50m (um metro e cinqüenta
centímetros) para as edificações residenciais novas não impede a edificação de
cobertura na forma da área aberta, desde que suas águas não sejam lançadas no
passeio público.
CAPITULO IV
NORMAS ESPECÍFICAS DAS EDIFICAÇÕES

ART. 98: Deverão atender às normas constantes no Titulo III, do Livro III,
Capítulos I a XXIV, artigos 59 a 322 (Saneamento das Edificações) do Decreto nº
12.342, de 27 de setembro de 1.978 (Código Sanitário), e suas normas técnicas
especiais aprovadas posteriormente.
CAPITULO V
CONSTRUÇÕES EXISTENTES
ART. 99: As alterações das construções já existentes, legalizadas ou as em
desacordo com a legislação, são reguladas pelas disposições deste capítulo.

Seção I
Dos Reparos
ART. 100: Consideram-se reparos, sem responsável técnico, os serviços que não
implicam em ampliação nem em modificações na estrutura da construção e que se
enquadrem nos seguintes casos:
I- limpeza e pintura interna ou externa, que não dependam de tapumes ou
andaimes no alinhamento dos logradouros;
II- reparo em pisos, bem como substituição dos revestimentos das paredes e dos
forros;
III- substituição e consertos em esquadrias, sem modificar o vão;
IV- substituição de telhas ou de elementos de suporte de cobertura, sem
modificação da sua estrutura;
V- reparos nas instalações hidro-sanitárias;
VI- substituição de muros e grades.
Parágrafo Único: Os reparos relacionados neste artigo poderão ser efetuados
nas construções já existentes.

Seção II
Das Reformas
ART. 101: Consideram-se reformas, com responsável técnico, os serviços que
visam modificar elementos internos da área construída e a atender as normas
deste Código de Obras, que caracterizam:
a) modificações ou demolições das paredes ou estruturas internas, sem alteração
do perímetro externo da construção;
b) modificações na estrutura da cobertura e nas instalações elétricas;
c) As modificações não poderão agravar a desconformidade existente, nem criar
novas infrações à legislação;
d) As partes objeto das modificações não poderão estar em desacordo com a
legislação;
e) As modificações deverão abranger até 50% (cinqüenta por cento), no máximo,
da área total da construção existente;
f) Se forem ultrapassados as condições e limites do item anterior, a reforma será
considerada como obra nova, ficando tanto as partes objeto das modificações
como as existentes, sujeitas ao integral atendimento da legislação;
g) As reformas que incluam mudanças parcial ou total do destino da atividade da
construção ficam sujeitas às normas, sem prejuízo das disposições próprias das
legislações específicas.

Seção II
Das Reconstruções
ART. 102: Considera-se reconstrução, com responsável técnico, executar de novo
a construção no todo ou em parte, com as mesmas condições, dimensões e
posições.
1- A reconstrução será admitida se a área não ultrapassar a 50% (cinqüenta por
cento) da área total da construção primitivamente existente.
2- Se ocorrerem alterações nas disposições ou posições, a obra será considerada
como reforma.
3- Se a reconstrução abranger mais de 50% (cinqüenta por cento) da área total
da construção primitivamente existente, será considerada como obra nova,
ficando tanto as partes objeto de reconstrução como as existentes sujeitas ao
integral atendimento da legislação.
ART. 103: Nas construções já existentes que, possuindo auto de conclusão
(habite-se) ou de conservação, estejam em desacordo com a legislação, serão
admitidas somente as reconstruções parciais referidas no nº 1 do artigo anterior,
e assim mesmo, quando devidas a incêndios ou outros sinistros, a critério da
Prefeitura.

Seção III
Das Construções em Desacordo Não Legalizadas
ART. 104: Considera-se obra em desacordo, aquela existente que não possui
Certidão de Construção e Habite-se e que não atende às disposições deste Código
de Obras.
§ 1º: Deverão ser adaptadas às normas deste Código de Obras para que sejam
aprovadas.
§ 2º: As regularizações serão feitas para obras existentes de acordo com as
normas deste código, respeitado o direito adquirido.
§ 3º: As legalizações de construções em desacordo com as normas poderão
receber anistia do poder legislativo e executivo para sua aprovação, com vigência
não superior 365 (trezentos e sessenta e cinco dias) a cada dez anos.
§ 4º: As obras existentes, anteriores a 31 de dezembro de 2000, em desacordo
com a legislação pertinente, poderão doravante ser legalizadas no estado em que
se encontram.
§ 5º: As obras existentes, no período de 1º de janeiro de 2001 a 31 de dezembro
de 2006, em desacordo com a legislação pertinente, poderão ser legalizadas no
estado em que se encontram, no período de 01 de janeiro de 2007 a 31 de
dezembro de 2008.

Seção IV
Da Segurança de Uso das Edificações
ART. 105: As edificações existentes, bem como aquelas que vierem a ser
reformadas ou reconstruídas, qualquer que seja a finalidade de seu uso, deverão
apresentar os requisitos e dispor das instalações e equipamentos considerados
necessários para garantir a segurança da sua utilização.
§ 1º: As edificações existentes, cuja continuidade de uso, nas condições
verificadas, implique em perigo para os usuários ou para o público, deverão ser
adaptadas às exigências de segurança previstas na legislação, para que possam
ser utilizadas.
§ 2º: As exigências de segurança previstas na legislação poderão ser substituídas,
tendo em vista a melhor possibilidade de adaptação às situações existentes, por
outras soluções técnicas desde que baseadas em normas ou critérios de
comprovada eficácia.

CAPÍTULO VI
LOTEAMENTOS
ART. 106: Os planos de loteamentos deverão ser apresentados em 4 (quatro)
vias, contendo os seguintes elementos:
I- planta geral, escala de 1:500 ou 1:1.000 com curvas de nível de metro em
metro, com indicação de todos os logradouros públicos e da divisão das áreas e
lotes;
II- perfis longitudinais e transversais de todas as vias e logradouros públicos em
escalas horizontais de 1:1.000 ou 1:2000 e verticais de 1:100 ou 1:200;
III- indicação do sistema de escoamento das águas pluviais e das águas
servidas com projetos das respectivas redes;
IV- memorial descritivo dos lotes.
Parágrafo Único: Serão aceitas outras escalas quando justificadas tecnicamente.
ART.107: As ruas não poderão ter largura inferior à 16m (dezesseis metros),
nem leito carroçável inferior a 10m (dez metros). Toda rua que terminar nas
divisas, podendo sofrer prolongamento, terá obrigatoriamente 16m (dezesseis
metros) de largura, no mínimo.
Parágrafo Único: Em casos especiais, quando se tratar de rua de tráfego
interno, com comprimento máximo de 150m (cento e cinqüenta metros) e
destinada a servir apenas a um núcleo residencial, a sua largura poderá ser
reduzida a 11m (onze metros), com leito carroçável de 7m (sete metros) sendo
obrigatórias as praças de retorno.
ART.108: A margem das faixas das estradas de ferro e de rodagem é obrigatória
à existência de ruas com largura mínima de 16m (dezesseis metros).
ART.109: Nos cruzamentos das vias públicas os dois alinhamentos deverão ser
concordados por um arco de círculo de raio mínimo igual a 9m (nove metros).
Parágrafo Único: Nos cruzamentos irregulares, as disposições deste artigo
poderão sofrer alterações.
ART.110: A declividade máxima admitida nas vias é de 10% (dez por cento).
ART.111: Ao longo dos cursos de águas correntes, intermitentes ou dormentes,
será destinada área para sistema de lazer com 9m (nove metros) de largura, no
mínimo, em cada margem, acompanhando a curva de nível, satisfeitas as demais
exigências destas Normas.
ART.112: Nos chamados vales secos será destinada, nas mesmas condições do
artigo anterior, faixa com 9m (nove metros) de cada lado do eixo, podendo ser
reduzida ao mínimo de 15m (quinze metros) entre curvas de mesmo nível, e em
função da área da bacia tributária, sempre obedecendo às demais exigências
destas Normas.
ART.113: A área mínima reservada às vias públicas 20% (vinte por cento), área
mínima reservada às áreas verdes 10% (dez por cento), área mínima reservada às
áreas institucionais 5% (cinco por cento), ficando reservada no mínimo 35%
(trinta e cinco por cento) da área total a ser loteada, salvo nos parcelamentos de
área inferior a 10.000m² (dez mil metros quadrados), confinando com terceiros.
Parágrafo Único: É vedada a abertura ou oficialização de via púbica em área
urbana ou urbanizável sem prévia autorização.
ART.114: A frente mínima dos lotes residenciais será de 10,00m (dez metros)
nas zonas residenciais e 8,00 (oito metros) nas zonas comerciais.
Parágrafo Único: A área mínima do lote será de 200m².
ART.115: A disposição das vias de qualquer plano deverá assegurar a
continuidade do traçado das vias vizinhas existentes. A área institucional deverá
estar central ao loteamento, e as áreas verdes deverão ter uma dimensão mínima
de 10% (dez por cento) da área total do loteamento.
ART.116: Não poderão ser loteados os terrenos baixos, alagadiços e sujeitos a
inundações, antes de realizadas obras de drenagem e escoamento de águas.
ART.117: É obrigatório para implantação de um loteamento, que o mesmo esteja
atendido por rede de água potável, rede de esgoto, rede elétrica, iluminação
pública, guias e sarjetas.
Parágrafo Único: O prazo máximo para implantação das obras de infra-estrutura
é de dois anos a partir da aprovação do projeto de loteamento pela Prefeitura
local.

CAPÍTULO VII
DAS PENALIDADES
Seção I
Das Multas
ART.118: As multas independentemente de outras penalidades previstas pela
legislação em geral e pelo presente código, serão aplicadas quando:
I- as obras forem executadas em desacordo com as indicações apresentadas
para a sua aprovação;
II- as obras forem iniciadas sem licença da Prefeitura Municipal e sem o
correspondente alvará;
III- a edificação for ocupada sem que a Prefeitura Municipal tenha feito sua vistoria
e emitido o respectivo auto de conclusão;
IV- execução de terraplenagem, sem autorização da Prefeitura Municipal e que
venha causar prejuízos a terceiros;
V- quando não for obedecido o embargo imposto pela autoridade competente.
ART.119: A multa será imposta pela Prefeitura Municipal à vista do auto de
infração, lavrado por fiscal credenciado.
ART.120: O auto de infração deverá conter:
I- a designação do dia e lugar em que se deu a infração em que ela foi
constatada pelo autuante;
II- fato ou ato que constitui a infração;
III- nome e assinatura do infrator, ou denominação que o identifique;
IV- nome e assinatura do atuante;
V- nome e assinatura de testemunha se for o caso.
ART.121: Na infração de qualquer artigo desta seção será imposta a multa
variável de 50 a 500 UFIRs, impondo-se o dobro da multa na reincidência
específica.

Seção II
Dos embargos
ART.122: Obras em andamento, sejam elas construção, reconstrução ampliação
ou reformas, serão embargadas, sem prejuízo da multas, quando:
I- estiverem sendo executadas sem o respectivo alvará, emitido pela Prefeitura
Municipal;
II- estiverem sendo executadas sem a responsabilidade Técnica de profissional
habilitado.
III- o profissional responsável sofrer suspensão ou cassação de carteira pelo
Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA;
IV- estiver em risco a sua estabilidade, com perigo ou para o pessoal que a
execute;
V- estiver causando transtornos ou prejuízos aos vizinhos;
VI- não sendo no mesmo dia obedecido ao embargo, será aplicada multa diária,
cuja incidência só cessará na data em que for comunicada e verificada pela
repartição fiscalizadora a regularização da obra.
Parágrafo Único: Só cessará o embargo pela regularização da obra e pagamento
das multas impostas.
ART.123: Na hipótese de ocorrência dos casos citados no artigo anterior, a
fiscalização da Prefeitura Municipal dará notificação ao infrator e lavrará um termo
de embargo das obras, encaminhando-o ao seu responsável e ao proprietário.
ART.124: O embargo só será levantando após o cumprimento das exigências
consignadas no respectivo termo.

Seção III
Da Interdição de Edificação ou Dependência
ART.125: Uma edificação ou qualquer de suas dependências poderão ser
interditadas em qualquer tempo, com o impedimento de sua ocupação, quando
oferecer perigo de caráter público.
ART.126: A interdição será imposta pela Prefeitura Municipal, por escrito, após
vistoria técnica efetuada por elemento especificamente designado.
Parágrafo Único: A Prefeitura Municipal tomará as providências cabíveis se não
for atendida a interdição ou não for interposto recurso contra ela.

Seção IV
Da Demolição
ART.127: A demolição total ou parcial de edificação ou dependência será imposta
nos seguintes casos:
I- Quando a obra for clandestina, entendendo-se por tal aquela que for
executada sem alvará de construção;
II- Quando julgada com risco iminente de caráter público ou privado, e o
proprietário não tomar as providências que a Prefeitura Municipal determinar para
sua segurança.
Parágrafo Único: A demolição não será imposta se o proprietário, submetendo à
construção a vistoria técnica da Prefeitura Municipal, demonstrar que:
I- a obra preenche as exigências mínima de segurança, garantidas por Laudo de
Profissional Habilitado, estabelecidas por lei;
II- possua Responsável Técnico que irá adequá-la ao presente código.
III- que seja sanada num prazo de 90 (noventa) dias toda e qualquer
irregularidade ou ilegalidade constatada.
ART.128: Sem prejuízo da incidência das multas, o processo, devidamente
instruído, será encaminhado para as cabíveis providências policiais ou judiciais.
ART.129: Ficam estabelecidos os seguintes prazos máximo para regularização de
obras:
a) de 15 (quinze) dias corridos, para promover a demolição da parte em
desacordo com o projeto aprovado;
b) de 10 (dez) dias, para comprovação de ter sido requerida a aprovação e Alvará
de Construção, quando se tratar de obra sem licença.
ART.130: O Executivo estabelecerá medidas visando o controle das construções
no Município, como o fornecimento dos serviços de utilidade pública apenas às
obras regulares.

CAPÍTULO VIII
DAS PROVIDÊNCIAS DIVERSAS
Seção I
Das Disposições Diversas
ART.131: O Executivo fixará quais as normas técnicas oficiais ou emanadas das
autoridades competentes a serem observadas nos projetos ou nas construções,
conforme expressamente previsto nas disposições deste Código ou sempre que a
sua aplicação seja conveniente.
ART.132: Os projetos para áreas sob intervenção urbanística promovida pelo
poder público, bem como os programas habitacionais e interesse social
desenvolvidos por entidades sob controle acionário do poder público ou por
entidades privadas que operam com recursos vinculados ao S.F.H.– Sistema
Financeiro de Habitação, poderão ser objeto de normas técnicas especiais, a
serem fixadas, por ato do Executivo, apropriadas à finalidade do empreendimento,
dentro das condicionantes sócio-econômicas.
ART.133: O Executivo, à vista da evolução da técnica das construções, da
arquitetura, dos materiais, bem como dos costumes, promoverá a implantação de
mecanismos necessários à constante atualização das prescrições técnicas deste
Código, fixando, para isso, os seguintes objetivos:
a) evolução da legislação de edificações, no sentido de adotar normas funcionais
que estabeleçam com rigor técnico novas características qualitativas das
edificações;
b) promoção de, pelo menos, uma avaliação anual dessa legislação, reunindo os
resultados dos trabalhos técnicos que serão desenvolvidos no sentido de sua
modernização e atualização;
c) promoção dos remanejamentos e adequações administrativas necessárias ao
processo de modernização e atualização deste Código, inclusive no que se refere à
estrutura operacional de fiscalização;
d) estabelecimento de novos procedimentos que permitam a reunião do maior
número de experiências e informação de entidades e órgãos técnicos externos à
Prefeitura;
e) estabelecimento de rotinas e sistemáticas de consulta a entidades
representativas da comunidade.
ART.134: Enquanto não forem regulamentadas as normas cuja aplicação
dependa da fixação de disposições específicas, ou de detalhamento, serão
observadas as disposições correspondestes contidas nas legislações anteriores.

Seção II
Das Disposições Finais
ART.135: Esta lei complementar entra em vigor na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário.
Prefeitura Municipal de Andradina
26 de dezembro de 2006

ERNESTO ANTONIO DA SILVA


Prefeito Municipal
Publicada na Secretaria Geral da Prefeitura, na data supra, mediante afixação no lugar público de
costume.

MÁRCIA GUSMÃO GARDIN


Secretária Geral

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