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CAPITULO III
DA EDIFICAÇÃO
Seção I
Inicial
ART. 8º: A execução de qualquer edificação será precedida dos seguintes atos
administrativos:
I- Certidão do Uso e Ocupação do solo;
II- Aprovação do projeto;
III- Licenciamento da Construção ( Alvará de Construção).
§ 1º: A certidão do Uso e Ocupação do solo precederá elaboração do projeto.
§ 2º: A aprovação do projeto e licenciamento da construção de que tratam os
incisos II e III poderão ser requeridos de uma só vez, devendo neste caso, os
projetos estarem completos em todas as exigências constantes neste código.
Seção II
Do Licenciamento, da Construção e da Aprovação do Projeto
Seção IV
Da Modificação do Projeto Aprovado
ART. 27: As alterações do projeto a serem efetuadas após o Alvará de
Construção, devem ter sua aprovação requerida previamente.
I- No requerimento solicitando aprovação do projeto modificativo, deverá constar
a referência do projeto anteriormente aprovado e da respectiva licença de
construção;
II- Na aprovação do projeto modificativo, será substituído o Alvará de Construção
anteriormente aprovado, e será devolvido ao requerente o projeto anterior;
III- Estando a edificação em desacordo com o projeto, mas enquadrada na
Legislação pertinente, o profissional habilitado e responsável pela obra elaborará
novo projeto em substituição, seguindo-se o trâmite normal exigido para
aprovação.
Seção V
Da Implantação do Canteiro de Obras
ART. 28: O alinhamento do lote será fornecido pela Prefeitura Municipal, quando
requerido, obedecendo às diretrizes gerais, ditadas pela legislação em vigor.
ART. 29: Os recuos e as taxas de Ocupação e Uso de solo, serão determinados
pela Prefeitura Municipal, de acordo com a legislação em vigor.
ART. 30: Dentro do perímetro urbano, em frente à rua pavimentada, os terrenos
não edificados e baldios, onde a vegetação nativa cresce, deverão ter, no
alinhamento do passeio público, muros com altura mínima de 2,0m (dois metros)
para impedir a visão do interior do terreno e os passeios serão pavimentados e
contínuos (sem degrau) numa faixa não inferior a 1,50m (um metro e cinqüenta
centímetros) de largura em concordância com os passeios vizinhos.
§ 1º: O acesso à garagem ou abrigo de auto, nos terrenos em aclive ou declive
terão suas rampas definidas a partir da divisa com o passeio público. Fica proibida
a execução de rampas na sarjeta ou no passeio público, acima do nível do passeio
ou abaixo do nível da sarjeta.
§ 2º: É extremamente proibido a execução de argamassa ou concreto sobre a
pavimentação asfáltica, ficando este ato, de responsabilidade do proprietário.
ART. 31: Nenhuma construção, reconstrução, reforma, ampliação ou demolição,
poderá ser feita no alinhamento do passeio público sem que haja, em toda a
testada, um tapume provisório de, pelo menos dois metros de altura, construído
com material adequado à finalidade, ocupando no máximo 50% (cinqüenta por
cento) da largura do passeio e área livre para transeuntes que tenha no mínimo
1,00 (um) metro.
§ 1º: Sendo necessário o tapume, o mesmo poderá ocupar até a 2/3 (dois terços)
da largura do passeio, desde que o 1/3 (um terço) restante seja pavimentado e
mantido livre e limpo, para o uso dos transeuntes e garanta 1,00 (um) metro livre.
§ 2º: Na zona comercial central, a Prefeitura fixará o prazo para a utilização do
passeio público para tapumes, mediante apresentação de requerimento obrigando
a construção de dispositivo especial para proteção do público.
§ 3º: No caso de paralisação da obra por período superior a 30 (trinta) dias, após
notificação o tapume deverá ser recuado para os limites do alinhamento dos
prédios vizinhos existentes, de modo a deixar o passeio público totalmente livre,
desimpedido e limpo.
ART. 32: Durante a execução da estrutura do edifício de alvenaria ou demolição,
será obrigatória a colocação de andaimes de proteção, tipo bandejas salva-vidas,
com espaçamento de 03 (três) pavimentos, até o máximo de 10 (dez) metros.
§ 1º: Os andaimes de proteção constarão de um estrado horizontal de 1,20 (um
inteiro e dois décimos) metros de largura mínima, dotado de guarda corpo até a
altura de 1,00 (um) metro, com inclinação aproximada de 45 (quarenta e cinco)
graus.
§ 2º: As fachadas construídas no alinhamento de passeio público deverão ter
andaimes fechados, em toda a sua altura, mediante tapume de vedação, com
separação máxima vertical de 0,10 (um décimo) metros entre tábuas ou tela
apropriada.
ART. 33: Concluída a estrutura do prédio, poderão ser instalados andaimes
mecânicos.
§ 1º: Esses andaimes deverão ser dotados de guarda-corpo, em todos os lados,
livres, até a altura de 1,20 (um inteiro e dois décimos) metros.
§ 2º: Nas fachadas situadas no alinhamento do passeio público, a utilização de
andaimes mecânicos dependerá de colocação prévia de um andaime de proteção
numa altura de no máximo 2,50 (dois inteiros e cinco décimos) metros acima do
passeio público.
ART. 34: Em loteamentos aprovados antes do Decreto n.º 13.069, de 29 de
dezembro de 1.978, as edificações em lotes de esquina e nos alinhamentos
obedecerão a um corte chanfrado de 1,50 x 1,50 (um inteiro e cinco décimos por
um inteiro e cinco décimos) metro, com diagonal de 2,12 (dois inteiros e doze
centésimos) metros, isto em relação ao pavimento térreo, ou um arco de raio de
2,00 (dois) metros.
Parágrafo Único: Acima de 3,00 (três) metros os pavimentos superiores poderão
ser edificados sem os cortes chanfrados.
Seção VI
Da Demolição
ART. 35: Em se tratando de demolição total de um prédio, o proprietário deverá
solicitar autorização prévia da Prefeitura através de um requerimento protocolado,
expondo os motivos.
§ 1º: Se o motivo for uma nova edificação, o proprietário anexará ao
requerimento de demolição o projeto completo e demais exigências para
aprovação, conforme capítulo III deste código de obras.
§ 2º: Se o motivo alegado for perigo de desabamento, a Prefeitura Municipal no
prazo de 12 (doze) horas fará a vistoria do imóvel, autorizando a demolição total
ou parcial.
§ 3º: A Prefeitura Municipal poderá solicitar a demolição total ou parcial das
edificações nos seguintes casos:
I- A edificação está em desacordo com o projeto aprovado, e a situação que se
encontra edificada não se enquadra na legislação pertinente;
II- Oferecer perigo de desabamento;
III- Estiver em desacordo com a Lei do Zoneamento;
IV- Estiver em desacordo com o Código de Obras.
Seção VII
Das Escavações
ART. 36: Os serviços de escavações deverão ser executados sem afetar a
estabilidade dos edifícios vizinhos ou do leito do passeio público. Todo serviço de
escavação mecânica (corte) em zona urbana, deverá ter projeto aprovado com
respectivo profissional (responsável técnico), informando a cota do terreno natural
e final, tanto para o corte como para o aterro.
ART. 37: Nos aterros e cortes de divisa deverá ser executado arrimos
impermeáveis de tal modo que não comprometa ou invada o terreno vizinho.
Seção VIII
Das Fundações
ART. 38: No cálculo das fundações serão obrigatoriamente considerados os seus
efeitos para com as edificações vizinhas e os logradouros públicos ou instalações
de serviços públicos.
Parágrafo Único: As fundações, qualquer que seja o seu tipo, deverão ficar
situadas inteiramente dentro dos limites do lote, não podendo em nenhuma
hipótese avançar sob o passeio público ou sob os imóveis vizinhos.
Seção IX
Das Paredes
ART. 39: No projeto arquitetônico deverão ficar estabelecidos as dimensões,
alinhamento e espessuras. No memorial descritivo deverão constar os materiais a
ser utilizado e o tipo de revestimento.
Parágrafo Único: As espessuras das paredes serão estabelecidas observando as
boas condições de impermeabilidade e de isolamento térmico-acústico.
ART. 40: As paredes comuns a dois prédios, geminados constituindo divisa de
propriedade ou alinhamento do passeio público, deverão ter espessuras mínima de
0,20 (dois décimos) metros e elevar-se até a cobertura.
ART. 41: As paredes das edificações térreas residenciais unifamiliares a serem
edificadas junto às divisas de propriedades, deverão apresentar espessuras
mínimas de 0,15 (quinze centésimos) metros e elevar-se até a cobertura.
ART. 42: As paredes externas das edificações térreas, para fins comerciais ou
industriais, deverão ter espessuras mínima de 0,20 (dois décimos) metros e
elevar-se até a cobertura.
ART. 43: Nas edificações destinadas a prestação de serviços, poderão ser feitas
separações das dependências com divisórias dentro das normas da ABNT.
Parágrafo Único: Estas divisões se enquadrarão nas normas deste código
quanto à insolação e ventilação e as demais exigências, sendo apresentadas no
projeto para aprovação.
Seção X
Das Águas Pluviais
ART. 44: Fica proibida a ligação de águas pluviais ou resultantes de drenagem à
rede coletora de esgoto.
§ 1º: Não é permitida a ligação de águas residuais proveniente da cozinha e área
de serviços à rede coletora de águas pluviais, tampouco serem lançadas à sarjeta,
a céu aberto.
§ 2º: Toda água resultante de lavagem ou de chuva deve ser canalizada sob a
calçada e lançada a sarjeta.
ART. 45: Na omissão deste código, prevalecerão as normas fixadas pela
autoridade sanitárias e competente no assunto.
Seção XI
Do Revestimento
ART. 46: Nas edificações, as cozinhas, banheiros, sanitários, antecâmaras,
vestiários, copas, lavabos e área de serviço, os pisos serão revestidos de material
liso, resistente e impermeável.
Parágrafo Único: As rampas e escadas externas serão obrigatoriamente
revestidas com material antiderrapante.
ART. 47: Nas edificações, as cozinhas, despensas, banheiros, sanitários, ante
câmaras, vestiários, lavabos e área de serviço, as paredes internas serão
revestidas na altura mínima de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) a
contar do nível do piso, de material liso, resistente e impermeável. Quando
utilizado barra impermeável, deverá ter obrigatoriamente rodapé cerâmico de 5
cm (cinco centímetros), no mínimo.
ART. 48: Nas edificações comerciais, de prestação de serviços e indústrias, as
paredes internas serão revestidas com materiais resistentes, impermeáveis e
laváveis até a altura de 2,00m (dois metros), no mínimo, a contar do nível do piso.
ART. 49: As piscinas deverão ter suas paredes internas revestidas de material
liso, resistente, impermeável e lavável.
Seção XII
Das Coberturas
ART. 50: Na cobertura das edificações, a estrutura poderá ser em madeira de lei
apropriada a este fim, metálicos ou de concreto ou de materiais que obedeçam a
normas da ABNT.
§ 1º: A cobertura terá material impermeável, imputrescível, incombustível e
resistente a intempéries.
§ 2º: A cobertura poderá ser ainda em laje exposta, desde que perfeitamente
impermeabilizada.
§ 3º: Projeções internas dentro do lote para todas as edificações em balanço da
cobertura ou beiral marquises até 1,00m (um metro) não serão consideradas
áreas construídas.
Seção XIII
Das Instalações Hidráulico-Sanitárias
ART. 51: As instalações hidráulica e sanitária deverão trazer no projeto, de forma
clara, a planta locando as tubulações; registros; acessórios; legendas; cavaletes;
reservatórios e isométrico das dependências atendidas, seguindo os critérios
estabelecidos pela ABNT e quadro informativo padrão.
ART. 52: Todo prédio deverá ser abastecidos de água potável em quantidade
suficiente ao fim que se destina, dotado de dispositivos e instalações adequadas,
destinadas a receber e a conduzir os dejetos.
§ 1º: Onde houver redes públicas de água e esgoto, em condições de
atendimento, as edificações novas ou já existentes serão, obrigatoriamente, a elas
ligadas e por elas abastecidas ou esgotadas, exceto quando apresentar poço semi-
artesiano.
§ 2º: É vedada a interligação de instalações internas entre prédios situados em
lotes distintos.
§ 3º: Em situação em que não exista rede de esgoto será permitida a existência
de fossa séptica e sumidouro, afastadas no mínimo 1,00 (um) metro do
alinhamento das vias públicas e de 2,00 (dois) metros das divisas de vizinhos;
Nestes casos deverá acompanhar o projeto da fossa séptica e sumidouros de
acordo com as normas da ABNT.
§ 4º: Em caso de não existência da rede de distribuição de água, está poderá ser
obtida por meio de poços, com tampa, perfurados na parte mais elevada em
relação à fossa e dela afastada no mínimo 20,00 (vinte) metros e de acordo com
as normas técnicas.
ART. 53: Os poços de suprimento de água e as fossas consideradas imprestáveis,
que não satisfaçam às exigências deste código e suas normas técnicas especiais,
deverão ser aterrados.
ART. 54: As tubulações, suas juntas e peças especiais, deverão obedecer às
especificações da ABNT.
ART. 55: É obrigatório a existência de reservatório domiciliar a fim de ser
assegurada absoluta continuidade no fornecimento de água, cozinha, banheiro e
lavanderia, com mínimo de 250 (duzentos e cinqüenta) litros por dependência. Os
reservatórios, suas capacidades, ramais de alimentação e servidão deverão
constar em projeto.
ART. 56: As instalações de água fria devem ser projetadas e construídas de modo
a garantir a potabilidade da água destinada ao consumo humano e com pressão
suficiente ao perfeito funcionamento dos aparelhos, de acordo com especificações
da ABNT.
ART. 57: Os reservatórios prediais deverão:
I- ser construídos e revestidos com materiais que não alterem a qualidade e
potabilidade da água;
II- ter a superfície lisa, resistente e impermeável;
III- permitir fácil acesso, para inspeção, limpeza e extravasor;
IV- possibilitar o esgotamento total;
V- ser suficientemente protegidos contra inundações, infiltrações e penetrações
de corpos estranhos;
VI- ter cobertura adequada;
VII- ser equipados com torneira bóia na tubulação de alimentação, à sua
entrada, sempre que se tratar de reservatório de recalque;
VIII- ser dotados de extravasor com diâmetro superior ao da canalização de
alimentação, havendo sempre uma canalização de aviso, desaguando em ponto
perfeitamente visível;
IX- ser providos de canalização de limpeza, funcionando por gravidade ou por
meio de elevação mecânica.
ART. 58: Não será permitida :
I- a instalação de dispositivos para sucção de água diretamente da rede pública
de distribuição;
II- a passagem de tubulação de água potável pelo interior de fossas, ramais de
esgoto, poços absorventes, poços de visitas e caixas de inspeção de esgoto, bem
como de tubulações de esgoto por reservatórios ou depósitos de água;
III- a interconexão de tubulações ligadas diretamente a sistemas públicos com
tubulações que contenham água provenientes de outras fontes de abastecimento;
IV- a introdução, direta ou indireta de esgotos em conduto de águas pluviais;
V- qualquer outra instalação, processo ou atividade que possa representar risco
de contaminação da água potável;
VI- a ligação de ralos de águas pluviais e de drenagem à rede de esgoto.
ART. 59: O diâmetro mínimo do ramal principal de esgoto é de 100 (cem)
milímetros, sendo obrigatória a existência de dispositivo de inspeção e passagem a
cada 15,00 (quinze) metros, no máximo.
ART. 60: Os tanques e aparelhos de lavagem de roupas serão obrigatoriamente
ligados à rede coletora de esgoto, através de fecho hidráulico e caixa de inspeção.
ART. 61: Todos os sifões, exceto os autoventilados, deverão ser protegidos
contra dessifonamento e contrapressão, por meio de ventilação apropriada.
ART. 62: Os aparelhos sanitários, quaisquer que sejam os seus tipos, serão
desconectados dos ramais respectivos por intermédio de sifões individuais, com
fechos hidráulicos e nunca inferior a 50 (cinqüenta) milímetros, munidos de
opérculos de fácil aceso a limpeza ou terão seus despejos conduzidos a um sifão
único segundo as especificações da ABNT.
ART. 63: As instalações prediais de esgotos deverão ser suficientemente
ventiladas e dotadas de dispositivos adequados, para evitar o refluxo de qualquer
natureza, dotando-se as instalações de:
I- tubos de queda, quando necessários, prolongados acima da cobertura do
edifício;
II- canalização independente ascendente, constituindo o tubo ventilador, para
todos os ramais de esgoto primários.
Parágrafo Único: Os mictórios coletivos, tipo calha, deverão ser de material liso,
metálico antioxidante, impermeável, sem juntas para calafetar, de fácil
higienização, de acordo comas normas sanitárias vigentes.
ART. 66: Os despejos de pias da copa e cozinha de residências, hotéis,
restaurantes e estabelecimentos congêneres terão passagem obrigatória por uma
caixa de gordura, a qual será especificada no projeto.
ART. 67: Haverá sempre um ralo sifonado instalado no piso dos compartimentos
sanitários e lavanderias.
Seção XIV
Das Instalações Elétricas, Telefônicas, de Gás e Combate a Incêndio
ART. 68: As instalações elétricas deverão trazer no projeto a planta com os
circuitos, ramais, bitola dos condutores e dos conduítes, o Quadro Geral e de
Distribuição, legenda e diagrama unifilar projetados segundo as normas NBR e
demais normas ABNT. O quadro Geral e de Distribuição deverá ser detalhado em
projeto, apresentando a proteção da fiação.
§ 1º: O quadro geral com o medidor deve ser instalado em local de fácil acesso
de acordo com as exigências da companhia concessionária.
§ 2º: As entradas subterrâneas de edifícios deverão obedecer às normas exigidas
pela companhia concessionária.
§ 3º: Os diâmetros dos condutores de distribuição interna serão calculados de
conformidade com a carga máxima dos circuitos e a voltagem da rede.
§ 4º: As construções verticalizadas, serão protegidas por pára-raios, segundo as
normas da ABNT.
ART. 69: Os projetos das instalações de gás combustível deverão ser executados
por profissionais legalmente habilitados e obedecerão as resoluções de órgãos
oficiais, normas da ABNT e aprovadas por órgãos competentes.
Parágrafo Único: Os projetos a que se refere o presente artigo, conterão
representações gráficas indicando o ramal interno, os abrigos ou locais de
armazenamento dos botijões, os medidores e reguladores, a canalização interna,
os pontos de alimentação e os aparelhos de combustão.
ART. 70: Os imóveis sujeitos à prevenção e combate a incêndio, quando da
apresentação do requerimento solicitando alvará de construção e aprovação de
projeto estará obrigado a apresentar protocolo do Corpo de Bombeiros e a
assumirem compromisso em declaração conjunta (proprietário e responsável
técnico) de alterarem projeto arquitetônico de acordo com código de obras para
atender as exigências do Corpo de Bombeiros.
ART. 71: Nas edificações acima de 150 m2 (cento e cinqüenta metros quadrados)
destinadas a residências, comércio e indústria, no projeto de instalação elétrica,
será obrigatória a indicação para os serviços de telefone e campainha, observadas
as normas das concessionárias.
Seção XV
Das Saliências
ART. 72: Acima de 2,50 (dois inteiros e cinqüenta centésimos) metros, a contar
do nível da soleira, serão permitidas as construções de saliências, a partir do
alinhamento do passeio público.
§ 1º: As saliências do tipo marquise coberta e descoberta, em edificações
comerciais, não poderão exceder 50% (cinqüenta por cento) da largura do passeio
público e no máximo de 1,50 (um inteiro e cinqüenta centésimos) metros, e não
poderão ser apoiadas sobre o passeio público. Não será permitida em hipótese
alguma, a construção de ambientes de permanência prolongada ou temporária
cuja projeção esteja sobre o passeio público.
§ 2º: Quando a saliência for edificada em direção das redes de energia elétrica e
telefônicas e outras, os proprietários submeterão as mesmas normas destas
concessionárias.
§ 3º: Nas saliências em concreto, alvenaria ou similar com cobertura, as águas
pluviais serão obrigatoriamente canalizadas e conduzidas às sarjetas, passando
sob o passeio público.
§ 4º: As saliências do tipo marquise coberta ou descoberta em edifícios
residenciais não poderão ultrapassar o limite do terreno.
ART. 73: Além das normas do artigo anterior, as edificações estarão sujeitas a
leis específicas, que deverá preceder.
Seção XVI
Das Dimensões Mínimas dos Compartimentos
ART. 74: Os compartimentos deverão ter conformação e dimensões adequadas à
função ou atividade a que se destinam, atendidos os mínimos estabelecidos neste
Código e em suas Normas Técnicas Especiais.
ART. 75: Os compartimentos não poderão ter áreas e dimensões inferiores aos
valores estabelecidos nas normas específicas para as respectivas edificações de
que fazem parte, e, quando não previsto nas referidas normas especificadas, aos
valores abaixo:
I- salas, em habitações: 8,00m² (oito metros quadrados);
II- salas para escritórios, comércio ou serviços: 10,00m² (dez metros
quadrados);
III- dormitórios: 8,00m² (oito metros quadrados);
IV- dormitórios coletivos: 5,00m² (cinco metros quadrados) por leito;
V- quarto de vestir, quando conjugados a dormitórios: 4,00m² (quatro metros
quadrados);
VI- dormitório de empregada: 6,00m² (seis metros quadrados);
VII- sala dormitórios: 16,00m² (dezesseis metros quadrados);
VIII- cozinhas: 4,00m² (quatro metros quadrados);
IX- despensa na cozinha: 2,00m² (dois metros quadrados);
X- compartimentos sanitários:
a) contendo somente bacia sanitária: 1,20m² (um metro quadrado e vinte
centímetros quadrados) com dimensão mínima de 1,00m (um metro);
b) contendo bacia sanitária e lavatório: 1,50m² (um metro quadrado e cinqüenta
centímetros quadrados), com dimensão mínima de 1,00m (um metro);
c) contendo bacia sanitária, área para banho, com chuveiro: 2,00m² (dois metros
quadrados), com dimensão mínima de 1,00m (um metro);
d) contendo bacia sanitária, área para banho, com chuveiro e lavatório: 2,50m²
(dois metros quadrados e cinqüenta centímetros quadrados), com dimensão
mínima de 1,00m (um metro);
e) contendo somente chuveiro: 1,20m² (um metro quadrado e vinte centímetros
quadrados), com dimensão mínima de 1,00m (um metro);
f) antecâmaras, com ou sem lavatório: 0,90m² (noventa centímetros quadrados),
com dimensão mínima de 0,90m (noventa centímetros);
g) contendo outros tipos ou combinações de aparelhos, a área necessária,
segunda disposição conveniente a proporcionar a cada um deles, uso cômodo;
h) celas, em compartimento sanitários coletivos, para chuveiros ou bacias
sanitária: 1,20m² (um metro quadrado e vinte centímetros quadrados), com
dimensão mínima de 1,00m (um metro);
i) mictórios tipo calha, de uso coletivo: 0,60m (sessenta centímetros) em
equivalente a um mictório tipo cuba;
j) separação entre mictório tipo cuba: 0,60m (sessenta centímetros), de eixo a
eixo.
XI- Vestiários: 6,00m² (seis metros quadrados);
XII- Largura de corredores e passagens:
a) em habilitações unifamiliares e unidades autônomas de habilitações
multifamiliares, 0,90m (noventa centímetros);
b) em outros tipos de edificação:
quando de uso comum ou coletivo; 1,20m (um metro e vinte centímetros);
1- quando de uso restrito poderá ser admitida redução até 0,90m (noventa
centímetros).
XIII- compartimentos destinados a outros fins, valores sujeitos a justificação.
ART. 76: As escalas não poderão ter dimensões inferiores aos valores
estabelecidos nas normas específicas para as respectivas edificações de que fazem
parte e, quando não previstas nas referidas normas específicas, aos valores
abaixo:
I- degraus com piso (p) e espelho (e), atendendo à relação: (0,60m : < 2 e +p <
0,65m). Sendo, p maior ou igual a 27 cm, e menor ou igual a 19 cm;
II- Larguras:
a) quando de uso comum ou coletivo, 1,20m (um metro e vinte centímetros) com
corrimão em ambos os lados;
b) quando de uso restrito poderá ser admitida redução até 0,90m (noventa
centímetros);
c) quando no caso especial de acesso a jiraus, torres, adigas e situações
similares, 0,60m (sessenta centímetros);
d) A altura livre sobre a escada terá altura mínima de 2,00m (dois metros).
e) Escadas de uso comum, coletivo ou restrito terão um patamar intermediário
com o mínimo de 1,00m (um metro) de profundidade quando o desnível vencido
for maior que 3,00m (três metros) de altura.
Parágrafo Único: As escadas de segurança obedecerão às normas baixadas
pelos órgãos competentes.
ART. 77: Quando de uso comum ou coletivo, as escadas deverão obedecer as
seguintes exigências:
I- ter todos os lances retos não se permitindo as escadas em leque, exceto
àquelas que atenderem ao artigo 76;
II- ser de material incombustível, quando atender a mais de dois pavimentos;
III- nos edifícios com quatro ou mais pavimentos:
a) dispor de saguão ou patamar de circulação independente, distinto do “hall” de
distribuição;
b) dispor de iluminação natural ou de sistema de emergência para alimentação de
iluminação artificial;
IV- nos edifícios com seis ou mais pavimentos, dispor de porta corta fogo entre
a caixa de escada e seu saguão e o “hall” de distribuição;
V- nos edifícios com nove ou mais pavimentos:
a) dispor de uma antecâmara entre saguão da escada e o “hall” e distribuição,
isolada por duas portas corta fogo;
b) ser a antecâmara ventilada por um poço de ventilação natural aberto no
pavimento térreo e na cobertura, ou dispor de ventilação mecânica que estabeleça
sobre pressão sobre o ambiente;
c) ser a antecâmara iluminada por sistema compatível com o adotado para a
escada.
d) A existência de elevador em uma edificação não dispensa a construção de
escada.
ART. 78: Nas rampas, em substituição às escadas da edificação, aplicam-se as
exigências relativas ao dimensionamento constantes no item II do artigo 76.
Parágrafo Único: As rampas não poderão apresentar declividade superior a 12%
(doze por cento) ou valores de normas específicas. Se a declividade exceder a 6%
(seis por cento), o piso deverá ser revestido com material antiderrapante.
ART. 98: Deverão atender às normas constantes no Titulo III, do Livro III,
Capítulos I a XXIV, artigos 59 a 322 (Saneamento das Edificações) do Decreto nº
12.342, de 27 de setembro de 1.978 (Código Sanitário), e suas normas técnicas
especiais aprovadas posteriormente.
CAPITULO V
CONSTRUÇÕES EXISTENTES
ART. 99: As alterações das construções já existentes, legalizadas ou as em
desacordo com a legislação, são reguladas pelas disposições deste capítulo.
Seção I
Dos Reparos
ART. 100: Consideram-se reparos, sem responsável técnico, os serviços que não
implicam em ampliação nem em modificações na estrutura da construção e que se
enquadrem nos seguintes casos:
I- limpeza e pintura interna ou externa, que não dependam de tapumes ou
andaimes no alinhamento dos logradouros;
II- reparo em pisos, bem como substituição dos revestimentos das paredes e dos
forros;
III- substituição e consertos em esquadrias, sem modificar o vão;
IV- substituição de telhas ou de elementos de suporte de cobertura, sem
modificação da sua estrutura;
V- reparos nas instalações hidro-sanitárias;
VI- substituição de muros e grades.
Parágrafo Único: Os reparos relacionados neste artigo poderão ser efetuados
nas construções já existentes.
Seção II
Das Reformas
ART. 101: Consideram-se reformas, com responsável técnico, os serviços que
visam modificar elementos internos da área construída e a atender as normas
deste Código de Obras, que caracterizam:
a) modificações ou demolições das paredes ou estruturas internas, sem alteração
do perímetro externo da construção;
b) modificações na estrutura da cobertura e nas instalações elétricas;
c) As modificações não poderão agravar a desconformidade existente, nem criar
novas infrações à legislação;
d) As partes objeto das modificações não poderão estar em desacordo com a
legislação;
e) As modificações deverão abranger até 50% (cinqüenta por cento), no máximo,
da área total da construção existente;
f) Se forem ultrapassados as condições e limites do item anterior, a reforma será
considerada como obra nova, ficando tanto as partes objeto das modificações
como as existentes, sujeitas ao integral atendimento da legislação;
g) As reformas que incluam mudanças parcial ou total do destino da atividade da
construção ficam sujeitas às normas, sem prejuízo das disposições próprias das
legislações específicas.
Seção II
Das Reconstruções
ART. 102: Considera-se reconstrução, com responsável técnico, executar de novo
a construção no todo ou em parte, com as mesmas condições, dimensões e
posições.
1- A reconstrução será admitida se a área não ultrapassar a 50% (cinqüenta por
cento) da área total da construção primitivamente existente.
2- Se ocorrerem alterações nas disposições ou posições, a obra será considerada
como reforma.
3- Se a reconstrução abranger mais de 50% (cinqüenta por cento) da área total
da construção primitivamente existente, será considerada como obra nova,
ficando tanto as partes objeto de reconstrução como as existentes sujeitas ao
integral atendimento da legislação.
ART. 103: Nas construções já existentes que, possuindo auto de conclusão
(habite-se) ou de conservação, estejam em desacordo com a legislação, serão
admitidas somente as reconstruções parciais referidas no nº 1 do artigo anterior,
e assim mesmo, quando devidas a incêndios ou outros sinistros, a critério da
Prefeitura.
Seção III
Das Construções em Desacordo Não Legalizadas
ART. 104: Considera-se obra em desacordo, aquela existente que não possui
Certidão de Construção e Habite-se e que não atende às disposições deste Código
de Obras.
§ 1º: Deverão ser adaptadas às normas deste Código de Obras para que sejam
aprovadas.
§ 2º: As regularizações serão feitas para obras existentes de acordo com as
normas deste código, respeitado o direito adquirido.
§ 3º: As legalizações de construções em desacordo com as normas poderão
receber anistia do poder legislativo e executivo para sua aprovação, com vigência
não superior 365 (trezentos e sessenta e cinco dias) a cada dez anos.
§ 4º: As obras existentes, anteriores a 31 de dezembro de 2000, em desacordo
com a legislação pertinente, poderão doravante ser legalizadas no estado em que
se encontram.
§ 5º: As obras existentes, no período de 1º de janeiro de 2001 a 31 de dezembro
de 2006, em desacordo com a legislação pertinente, poderão ser legalizadas no
estado em que se encontram, no período de 01 de janeiro de 2007 a 31 de
dezembro de 2008.
Seção IV
Da Segurança de Uso das Edificações
ART. 105: As edificações existentes, bem como aquelas que vierem a ser
reformadas ou reconstruídas, qualquer que seja a finalidade de seu uso, deverão
apresentar os requisitos e dispor das instalações e equipamentos considerados
necessários para garantir a segurança da sua utilização.
§ 1º: As edificações existentes, cuja continuidade de uso, nas condições
verificadas, implique em perigo para os usuários ou para o público, deverão ser
adaptadas às exigências de segurança previstas na legislação, para que possam
ser utilizadas.
§ 2º: As exigências de segurança previstas na legislação poderão ser substituídas,
tendo em vista a melhor possibilidade de adaptação às situações existentes, por
outras soluções técnicas desde que baseadas em normas ou critérios de
comprovada eficácia.
CAPÍTULO VI
LOTEAMENTOS
ART. 106: Os planos de loteamentos deverão ser apresentados em 4 (quatro)
vias, contendo os seguintes elementos:
I- planta geral, escala de 1:500 ou 1:1.000 com curvas de nível de metro em
metro, com indicação de todos os logradouros públicos e da divisão das áreas e
lotes;
II- perfis longitudinais e transversais de todas as vias e logradouros públicos em
escalas horizontais de 1:1.000 ou 1:2000 e verticais de 1:100 ou 1:200;
III- indicação do sistema de escoamento das águas pluviais e das águas
servidas com projetos das respectivas redes;
IV- memorial descritivo dos lotes.
Parágrafo Único: Serão aceitas outras escalas quando justificadas tecnicamente.
ART.107: As ruas não poderão ter largura inferior à 16m (dezesseis metros),
nem leito carroçável inferior a 10m (dez metros). Toda rua que terminar nas
divisas, podendo sofrer prolongamento, terá obrigatoriamente 16m (dezesseis
metros) de largura, no mínimo.
Parágrafo Único: Em casos especiais, quando se tratar de rua de tráfego
interno, com comprimento máximo de 150m (cento e cinqüenta metros) e
destinada a servir apenas a um núcleo residencial, a sua largura poderá ser
reduzida a 11m (onze metros), com leito carroçável de 7m (sete metros) sendo
obrigatórias as praças de retorno.
ART.108: A margem das faixas das estradas de ferro e de rodagem é obrigatória
à existência de ruas com largura mínima de 16m (dezesseis metros).
ART.109: Nos cruzamentos das vias públicas os dois alinhamentos deverão ser
concordados por um arco de círculo de raio mínimo igual a 9m (nove metros).
Parágrafo Único: Nos cruzamentos irregulares, as disposições deste artigo
poderão sofrer alterações.
ART.110: A declividade máxima admitida nas vias é de 10% (dez por cento).
ART.111: Ao longo dos cursos de águas correntes, intermitentes ou dormentes,
será destinada área para sistema de lazer com 9m (nove metros) de largura, no
mínimo, em cada margem, acompanhando a curva de nível, satisfeitas as demais
exigências destas Normas.
ART.112: Nos chamados vales secos será destinada, nas mesmas condições do
artigo anterior, faixa com 9m (nove metros) de cada lado do eixo, podendo ser
reduzida ao mínimo de 15m (quinze metros) entre curvas de mesmo nível, e em
função da área da bacia tributária, sempre obedecendo às demais exigências
destas Normas.
ART.113: A área mínima reservada às vias públicas 20% (vinte por cento), área
mínima reservada às áreas verdes 10% (dez por cento), área mínima reservada às
áreas institucionais 5% (cinco por cento), ficando reservada no mínimo 35%
(trinta e cinco por cento) da área total a ser loteada, salvo nos parcelamentos de
área inferior a 10.000m² (dez mil metros quadrados), confinando com terceiros.
Parágrafo Único: É vedada a abertura ou oficialização de via púbica em área
urbana ou urbanizável sem prévia autorização.
ART.114: A frente mínima dos lotes residenciais será de 10,00m (dez metros)
nas zonas residenciais e 8,00 (oito metros) nas zonas comerciais.
Parágrafo Único: A área mínima do lote será de 200m².
ART.115: A disposição das vias de qualquer plano deverá assegurar a
continuidade do traçado das vias vizinhas existentes. A área institucional deverá
estar central ao loteamento, e as áreas verdes deverão ter uma dimensão mínima
de 10% (dez por cento) da área total do loteamento.
ART.116: Não poderão ser loteados os terrenos baixos, alagadiços e sujeitos a
inundações, antes de realizadas obras de drenagem e escoamento de águas.
ART.117: É obrigatório para implantação de um loteamento, que o mesmo esteja
atendido por rede de água potável, rede de esgoto, rede elétrica, iluminação
pública, guias e sarjetas.
Parágrafo Único: O prazo máximo para implantação das obras de infra-estrutura
é de dois anos a partir da aprovação do projeto de loteamento pela Prefeitura
local.
CAPÍTULO VII
DAS PENALIDADES
Seção I
Das Multas
ART.118: As multas independentemente de outras penalidades previstas pela
legislação em geral e pelo presente código, serão aplicadas quando:
I- as obras forem executadas em desacordo com as indicações apresentadas
para a sua aprovação;
II- as obras forem iniciadas sem licença da Prefeitura Municipal e sem o
correspondente alvará;
III- a edificação for ocupada sem que a Prefeitura Municipal tenha feito sua vistoria
e emitido o respectivo auto de conclusão;
IV- execução de terraplenagem, sem autorização da Prefeitura Municipal e que
venha causar prejuízos a terceiros;
V- quando não for obedecido o embargo imposto pela autoridade competente.
ART.119: A multa será imposta pela Prefeitura Municipal à vista do auto de
infração, lavrado por fiscal credenciado.
ART.120: O auto de infração deverá conter:
I- a designação do dia e lugar em que se deu a infração em que ela foi
constatada pelo autuante;
II- fato ou ato que constitui a infração;
III- nome e assinatura do infrator, ou denominação que o identifique;
IV- nome e assinatura do atuante;
V- nome e assinatura de testemunha se for o caso.
ART.121: Na infração de qualquer artigo desta seção será imposta a multa
variável de 50 a 500 UFIRs, impondo-se o dobro da multa na reincidência
específica.
Seção II
Dos embargos
ART.122: Obras em andamento, sejam elas construção, reconstrução ampliação
ou reformas, serão embargadas, sem prejuízo da multas, quando:
I- estiverem sendo executadas sem o respectivo alvará, emitido pela Prefeitura
Municipal;
II- estiverem sendo executadas sem a responsabilidade Técnica de profissional
habilitado.
III- o profissional responsável sofrer suspensão ou cassação de carteira pelo
Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA;
IV- estiver em risco a sua estabilidade, com perigo ou para o pessoal que a
execute;
V- estiver causando transtornos ou prejuízos aos vizinhos;
VI- não sendo no mesmo dia obedecido ao embargo, será aplicada multa diária,
cuja incidência só cessará na data em que for comunicada e verificada pela
repartição fiscalizadora a regularização da obra.
Parágrafo Único: Só cessará o embargo pela regularização da obra e pagamento
das multas impostas.
ART.123: Na hipótese de ocorrência dos casos citados no artigo anterior, a
fiscalização da Prefeitura Municipal dará notificação ao infrator e lavrará um termo
de embargo das obras, encaminhando-o ao seu responsável e ao proprietário.
ART.124: O embargo só será levantando após o cumprimento das exigências
consignadas no respectivo termo.
Seção III
Da Interdição de Edificação ou Dependência
ART.125: Uma edificação ou qualquer de suas dependências poderão ser
interditadas em qualquer tempo, com o impedimento de sua ocupação, quando
oferecer perigo de caráter público.
ART.126: A interdição será imposta pela Prefeitura Municipal, por escrito, após
vistoria técnica efetuada por elemento especificamente designado.
Parágrafo Único: A Prefeitura Municipal tomará as providências cabíveis se não
for atendida a interdição ou não for interposto recurso contra ela.
Seção IV
Da Demolição
ART.127: A demolição total ou parcial de edificação ou dependência será imposta
nos seguintes casos:
I- Quando a obra for clandestina, entendendo-se por tal aquela que for
executada sem alvará de construção;
II- Quando julgada com risco iminente de caráter público ou privado, e o
proprietário não tomar as providências que a Prefeitura Municipal determinar para
sua segurança.
Parágrafo Único: A demolição não será imposta se o proprietário, submetendo à
construção a vistoria técnica da Prefeitura Municipal, demonstrar que:
I- a obra preenche as exigências mínima de segurança, garantidas por Laudo de
Profissional Habilitado, estabelecidas por lei;
II- possua Responsável Técnico que irá adequá-la ao presente código.
III- que seja sanada num prazo de 90 (noventa) dias toda e qualquer
irregularidade ou ilegalidade constatada.
ART.128: Sem prejuízo da incidência das multas, o processo, devidamente
instruído, será encaminhado para as cabíveis providências policiais ou judiciais.
ART.129: Ficam estabelecidos os seguintes prazos máximo para regularização de
obras:
a) de 15 (quinze) dias corridos, para promover a demolição da parte em
desacordo com o projeto aprovado;
b) de 10 (dez) dias, para comprovação de ter sido requerida a aprovação e Alvará
de Construção, quando se tratar de obra sem licença.
ART.130: O Executivo estabelecerá medidas visando o controle das construções
no Município, como o fornecimento dos serviços de utilidade pública apenas às
obras regulares.
CAPÍTULO VIII
DAS PROVIDÊNCIAS DIVERSAS
Seção I
Das Disposições Diversas
ART.131: O Executivo fixará quais as normas técnicas oficiais ou emanadas das
autoridades competentes a serem observadas nos projetos ou nas construções,
conforme expressamente previsto nas disposições deste Código ou sempre que a
sua aplicação seja conveniente.
ART.132: Os projetos para áreas sob intervenção urbanística promovida pelo
poder público, bem como os programas habitacionais e interesse social
desenvolvidos por entidades sob controle acionário do poder público ou por
entidades privadas que operam com recursos vinculados ao S.F.H.– Sistema
Financeiro de Habitação, poderão ser objeto de normas técnicas especiais, a
serem fixadas, por ato do Executivo, apropriadas à finalidade do empreendimento,
dentro das condicionantes sócio-econômicas.
ART.133: O Executivo, à vista da evolução da técnica das construções, da
arquitetura, dos materiais, bem como dos costumes, promoverá a implantação de
mecanismos necessários à constante atualização das prescrições técnicas deste
Código, fixando, para isso, os seguintes objetivos:
a) evolução da legislação de edificações, no sentido de adotar normas funcionais
que estabeleçam com rigor técnico novas características qualitativas das
edificações;
b) promoção de, pelo menos, uma avaliação anual dessa legislação, reunindo os
resultados dos trabalhos técnicos que serão desenvolvidos no sentido de sua
modernização e atualização;
c) promoção dos remanejamentos e adequações administrativas necessárias ao
processo de modernização e atualização deste Código, inclusive no que se refere à
estrutura operacional de fiscalização;
d) estabelecimento de novos procedimentos que permitam a reunião do maior
número de experiências e informação de entidades e órgãos técnicos externos à
Prefeitura;
e) estabelecimento de rotinas e sistemáticas de consulta a entidades
representativas da comunidade.
ART.134: Enquanto não forem regulamentadas as normas cuja aplicação
dependa da fixação de disposições específicas, ou de detalhamento, serão
observadas as disposições correspondestes contidas nas legislações anteriores.
Seção II
Das Disposições Finais
ART.135: Esta lei complementar entra em vigor na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário.
Prefeitura Municipal de Andradina
26 de dezembro de 2006