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A sociedade anônima é sociedade de capital por excelência - aqui

entrada de estranhos ao quadro social independe de anuência


dos

demais sócios;

Assim, a participação societária chamada de ações é livremente

negociável podendo ser penhorada para a garantia de dívidas

pessoais de seus titulares;

Mas não é incomum no Brasil ter sociedades anônimas (como

companhias fechadas familiares) – assumirem feição personalista

por meio de regras estatutárias – como aquelas que impõem

limitação de circulação de ações nominativas (36 LSA) ou por


meio

de acordos de acionistas (118 LSA);

Aqui uma das principais características da S/A é a sua essência

empresarial – ao passo que o art. 982, § único, dispõe que as

sociedades por ações, cuja principal espécie é justamente a

sociedade anônima é considerada uma sociedade empresária

independentemente do seu objeto social.

Assim mesmo que uma S/A não explore atividade

econômica de forma organizada ela será empresária e se

submeterá as regras do regime jurídico empresarial


(assim decorre a sua essência empresarial)

Outro detalhe elas jamais poderão adotar firma social como


espécie

de nome empresarial sendo obrigatório o uso da denominação

social – até pq se trata de uma “sociedade anônima”, e na

modalidade firma é a espécie de nome empresarial que identifica


os

sócios da sociedade – assim melhor não identificar o nome dos

sócios;

Quanto a responsabilidade dos sócios – esta é limitada – ou

seja cada sócio responde apenas pela sua parte no capital social,
não

assumindo, a não ser em situações excepcionalíssimas como no


caso

de desconsideração da personalidade jurídica ou a imputação


direta

de responsabilidade pela prática de atos ilícitos – qualquer

responsabilidade pelas dívidas da sociedade.

Diz-se até que nas S/A a responsabilidade dos acionista são ainda

mais limitadas – tendo em vista que os acionistas responderão


tão

somente pela integralização de suas ações, não havendo, para


eles a
previsão de responsabilidade solidária quanto à integralização de

todo o capital social; Assim, o art. 1º da LSA: “a companhia ou


sociedade

anônima terá o capital dividido em ações e a

responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao

preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas”

Quanto a classificação das S/A conforme o art. 4º da LSA, elas

podem ser companhia aberta ou fechada, sendo aberta quando

tiver autorização para negociar seus valores mobiliários no

mercado de capitais e fechada quando não tiver autorização para

tanto.

Essa autorização para abertura do capital – tendo possibilidade de

negociação de valores mobiliários no mercado de capitais será


concedida

pela CVM ou COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS –

autarquia federal ligada ao Ministério da Fazenda que atua junto

ao Banco Central no controle e fiscalização de operações


realizadas no

mercado de capitais;

A sua importância é tanta que vem expressa na LSA, no art. 4º, §§


1º e

2º:
Art. 4º: Para os efeitos desta Lei, a companhia é aberta ou
fechada

conforme os valores mobiliários de sua emissão estejam ou não

admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários.


(Redação

dada pela Lei nº 10.303, de 2001)

§ 1º: Somente os valores mobiliários de emissão de companhia

registrada na Comissão de Valores Mobiliários podem ser


negociados

no mercado de valores mobiliários. (Redação dada pela Lei nº


10.303,

de 2001)

§ 2º: Nenhuma distribuição pública de valores mobiliários será

efetivada no mercado sem prévio registro na comissão de Valores


Mobiliários

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