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Relatorio Historia - Jeronimo Final
Relatorio Historia - Jeronimo Final
Tema
Discente Supervisor
Jerónimo Cesaltina Jotte dra. Olga Majamanda
Relatório apresentado ao
ISET em cumprimento de
Módulo de História
Eu, Jerónimo Cesaltina Jotte, Declaro por minha honra que o presente trabalho, foi feito por
mim, não foi extraído de nenhum diploma mas sim do meu esforço de pesquisa por mim feita,
usando fontes de consulta pela internet e livros. As referências nele contido foram devidamente
referenciadas.
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AGRADECIMENTO
Dirijo meu profundo agradecimento a minha tutora, dra. Olga Majamanda, pela tutoria do
trabalho, a todo o corpo docente de OWU ensino a distância por ter debatido e acompanhado
passo a passo os meus estudos, ADPP Moçambique por ter me dado a oportunidade de continuar
com os meus estudos, a toda a Família que de várias formas contribuíram para o sucesso deste
trabalho.
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LISTA DE ABREVEATURAS
iii
ÍNDICE
I. INTRODUÇÃO ...............................................................................................................1
1.1. Tema .............................................................................................................................2
1.2. Problematização ........................................................................................................2
1.3. Justificativa ...............................................................................................................3
1.4. Pergunta de pesquisa .................................................................................................3
1.5. Objectivos da pesquisa ..............................................................................................3
1.5.1. Geral ......................................................................................................................3
1.5.2. Específicos.............................................................................................................4
1.6. Hipóteses ...................................................................................................................4
II. REVISÃO DA LITERATURA.........................................................................................5
2.1. Principais conceitos ...................................................................................................5
2.2. Independência ...........................................................................................................5
2.3. Neoliberalismo ..........................................................................................................5
2.4. Subdesenvolvimento ..................................................................................................6
2.5. Enquadramento Teórico .............................................................................................7
2.5.1. Principais características do Neoliberalismo ...........................................................7
2.5.2. Suas teorias económicas .........................................................................................8
2.5.3. Consequências do neoliberalismo ...........................................................................9
2.5.3.1. Direito a educação inexistente ............................................................................9
3.1. Método de pesquisa ................................................................................................. 13
3.2. Tipos de pesquisa .................................................................................................... 13
IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 14
4.1. Referencias Bibliográficas ....................................................................................... 15
iv
I. INTRODUÇÃO
Estruturalmente o presente trabalho é composto por quatro (4) capítulos: Capítulo I: onde está
presente a introdução, a problematização, delimitação do tema, justificativa, objectivos e
hipóteses. No capítulo II. Revisão da literatura onde encontramos abordagens de estudos
bibliográficos e o marco teórico. No capítulo III: apresentam-se os procedimentos
metodológicos, as técnicas e instrumentos de Colheitas de dados. IV apresentam-se as
conclusões e as referências bibliográficas.
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1.1.Tema
1.2.Problematização
A África, o berço da humanidade, é um continente marcado por um passado tão doloroso que se
torna efectivo no contexto da colonização. Contudo, nos anos 60, muitos países africanos
alcançam suas independências, e se segue o período de reconstrução da identidade dos povos. De
lá até então, os países africanos vêm adoptando modelos económicos variados, como por
exemplo o modelo socialista que com a sua queda precedeu o neoliberalismo que é o modelo que
vigora até agora, sustentado pelo capitalismo. Onde com grande destaque o Banco Mundial
(BM) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) preconizam programas de reajustamento
estrutural, esse modelo prega a privatização e liberalização da economia, o que alterou
profundamente as relações laborais e o papel do estado enquanto agente de desenvolvimento.
Por mais que tenham passado 50 anos da independência das nações africanas, em muitos países
do continente ainda assistem-se várias questões económicas desde as dívidas externas que cada
vez parecem eternas, os conflitos políticos internos, étnicos e culturais que se somam como
factores do subdesenvolvimento económico do continente. Mas isso não passa da ponta do
iceberg, isto é, o modelo económico vigorante (neoliberalismo) sucinta classes sociais criando
consequentemente desigualdades sociais.
Hountondji (2008) diz que as sociedades africanas devem eles próprios apropriar-se activa,
lucida e responsavelmente do conhecimento sobre eles capitalizados durante séculos. O
desenvolvimento em África devia ser tradicionalmente autónomo, confiante em si própria, de
investigação e conhecimento que responda a problemas e questões suscitados directa e
indirectamente por africanos. Mas acontece que os países africanos ainda debatem-se com fraca
industrialização o que torna os seus recursos alvos das potências industriais, o que quer dizer,
não têm outra escolha senão entrar no sistema económico neoliberal.
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1.3.Justificativa
A escolha deste tema deve-se ao facto de Moçambique ser um dos países africanos que aderiu
ao modelo económico neoliberal qua também se debate com o problema de dívidas externas que
consequentemente vai perpetuando as desigualdades sociais.
Do ponto de vista político, o tema serve de reflexão quanto as realidades locais contra as
imposições de políticas externas quem em algum momento não se aplicam. O que leva o governo
a ser a causa das consequências económicas que o povo vive e sucessivamente levando-o a criar
buracos e tentando tapar sem nenhum avanço em termos de desenvolvimento económico.
Do ponto de vista social o tema serve também de reflexão sobre as desigualdades sociais no
mundo que acabam criando conflitos internos o que acaba fazendo com que os países
africanos adiram o mercado armamentista e consequentemente deixando o país cada vez
mergulhado nas dívidas sacrificando assim as necessidades básicas do povo.
1.4.Pergunta de pesquisa
1.5.Objectivos da pesquisa
1.5.1. Geral
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1.5.2. Específicos
1.6.Hipóteses
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II. REVISÃO DA LITERATURA
2.1.Principais conceitos
Esta secção é reservada para os conceitos das palavras-chave que fazem parte do tronco principal
do trabalho, assim sendo a seguir pode-se contemplar:
2.2.Independência
Para Neve (2010:12) a independência é um direito que tem todo o povo ou nação para governar-
se por suas próprias leis e costumes, sem sujeitar-se às de outra”. Portanto, a independência deve
resumir a ausência de opressão onde o povo local decide sob quais medidas quer viver e quer
administrar-se.
Com tudo, podemos definir a independência como um direito que todo povo tem de administrar-
se sob suas próprias leis e costumes em prol do alcance dos seus próprios objectivos de acordo
com as suas realidades.
2.3.Neoliberalismo
Primeiro importa referir que Neoliberalismo é uma doutrina económica e política que surgiu
no século XX com base em teorias formuladas por teóricos, como o economista ucraniano
Ludwig von Mises e o economista austríaco Friedrich Hayek. A teoria neoliberal surge para
opor-se à teoria keynesiana de bem-estar social e propõe uma nova leitura da parte econômica
do liberalismo clássico, tendo como base uma visão econômica conservadora que pretende
diminuir ao máximo a participação do Estado na economia.
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marcando o novo estágio do capitalismo que surgiu na esteira da crise estrutural da década de
1970. Como se pode entender o Marx define o neoliberalismo olhando muito mais a questão de
classes sociais, defendendo que o neoliberalismo dá reforço a existência de classes sociais. E
reforça que nasceu como reforço ao capitalismo que teve a sua oportunidade de crescimento na
queda do bloco socialista que desencadeou uma grande crise na europa.
O neoliberalismo se caracteriza por uma ordem social em que uma nova disciplina é imposta ao
trabalho e novos critérios gerenciais são estabelecidos, servindo-se de instrumentos como o livre
comércio e a livre mobilidade de capital (Duménil & Lévy, 2014: 11 e 43). Esta definição vai de
acordo com a característica do capitalismo como a circulação livre do capital e de mercadoria.
No entanto de acordo com os dispostos acima podemos definir o neoliberalismo como sendo um
modelo de política económica que preconizar a mínima intervenção do Estado na economia
permitindo a circulação livre do capital e de mercadoria como também uma forma de garantir a
liberdade económica dos cidadãos.
2.4.Subdesenvolvimento
Segundo Bastos & Britto (2010) apontam que llguns artigos usam de forma
O subdesenvolvimento caracteriza-se por dois círculos viciosos. Por um lado, nos países
atrasados a baixa renda se deve à baixa produtividade, determinada pela escassez de capital.
Esta, por sua vez, explica-se pela baixa capacidade de investir, derivada da baixa poupança,
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decorrente do baixo nível de renda, ou seja, da limitada dimensão mercado Bastos & Britto
(2010).
De acordo com esses distintos conceitos podemos dizer em suma que o subdesenvolvimento é
mesmo a incapacidade de um estado atingir os objectivos que correspondem os anseios da
população ou mesmo.
2.5.Enquadramento Teórico
Esta secção destina a demostrar as teorias subjacente o tema e as principais abordagens sobre as
causas do subdesenvolvimento da África.
Paralelamente, Harvey (2008: 172-178) chama atenção para os mecanismos de “acumulação por
expropriação”, ou seja, o carácter contínuo de formas de acumulação que Marx acreditou
estarem presentes apenas no início do capitalismo, caracterizadas pelo furto, pela rapinagem e
pelo uso da violência, até mesmo por parte do Estado. Em que as suas características se resumem
em 4 aspectos saber:
2.5.1.1.Privatização e mercadização.
2.5.1.2.Financialização
Característica marcada pelo estilo especulativo e predatório, ou por operações fraudulentas e pela
dilapidação e transferência de recursos via inflação, fusões e aquisições, endividamentos de
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famílias e do Estado, comissões sobre transacções supérfluas, contabilidade criativa e ataques
especulativos realizados por fundos de derivativos e grandes instituições financeiras.
Crises orquestradas, administradas e controladas pelo complexo formado pelo Tesouro dos
Estados Unidos, por Wall Street e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que lançam a rede
da dívida como forma de transferir a riqueza dos países pobres para os países ricos.
Uma vez neoliberalizado, o Estado contribui para reverter o fluxo redistributivo em direcção das
classes altas, realizando privatizações, códigos tributários regressivos, subsídios e isenções
fiscais a pessoas jurídicas e direccionamento de verbas públicas para beneficiar grandes
corporações.
As teorias económicas tidas como neoliberais, geralmente são associadas ao termo da economia
neoclássica, que forma influenciadas e interagem com as escolas de pensamento:
(ii) Economia clássica - seus conceitos giram em torno da noção básica de que os
mercados tendem a encontrar um equilíbrio económico a longo prazo, ajustando-se a
determinadas mudanças no cenário económico. Um dos maiores teóricos é o Adam
Smith;
(iii) Escola Keynisiana que é a teoria económica consolidada pelo economista inglês John
Maynard Keyns que teve uma enorme influência na renovação das teorias clássicas e
na reformulação da política de livre mercado e;
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movimento conhecido como Escola de Chicago, liderados por George
Stigler e Milton Friedman, que defende a teoria de economia monetária que enfatiza o
papel da política monetária para a estabilidade macroeconómica de uma economia de
mercado através de instrumentos como alteração na oferta de moeda e de
outros meios de pagamento.
O FMI, a ONU e o Banco Mundial são as instituições financeiras internacionais que mantêm a
política de cooperação financeira global para que haja integração entre as nações. Porem há um
grande problema em relação a compressão da economia dos países em desenvolvimento pela
economia dos países desenvolvidos, pois depara-se uma relação desigual, em que um tem muito
mais força que o outro e, por isso, acaba garantindo seus benefícios em detrimento do mais fraco.
Tornando os países menos desenvolvidos cada vez mais pobres.
Não só os problemas reflectem na parte da economia do pais, mas também podemos contemplar
nos sistemas educativos de países africanos em desenvolvimento têm adoptado, gradativamente,
acções neoliberais e seguido concepções teóricas de mesmo cunho para nortear os seus
currículos. Exemplo disso são as privatizações ou terceirizações de sistemas públicos de ensino e
as parcerias entre as iniciativas públicas e privada para a gestão da educação.
Essas parcerias evidenciam uma recusa dos governos a assumirem por completo o compromisso
com a educação pública. Nesse sentido, surgiram ONGs, que atuam como parceiras da educação
oferecendo produtos e serviços para que essa possa ser alavancada.
Uma crítica que pode ser feita à entrada do neoliberalismo na educação diz respeito à formação:
uma educação neoliberal visa formar pessoas aptas a entrarem no competitivo
mundo capitalista, enquanto uma educação libertadora, voltada para a cidadania e para a
intelectualidade, necessita muito mais que ensinar estratégias, técnicas e valores neoliberais,
como a meritocracia.
Aliás, se pensarmos na realidade social de nosso país (que ainda é extremamente desigual),
a meritocracia sequer pode ser cogitada, pois a realidade social de um estudante de uma escola
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rural, de família de baixa renda e que, na maioria das vezes, vive em uma zona de conflitos como
por exemplo no norte do pais, é muito mais difícil de ser vivida do que a realidade de um
estudante da classe média que possui boas condições de moradia e estuda em uma escola
particular.
Um dos grandes ferrolhos para o crescimento das Pequenas e Médias empresas nacionais é a
questão do Câmbio de mercado, Investimento estrangeiro directo operação trocas de mercado no
mundo realizando importações e exportações de produto. Isso pode ser, em alguns casos, fatal
para a economia local e para os pequenos e médios empresários proporcionado:
Corrida para o fundo: as nações em desenvolvimento são forçadas a uma corrida para o
fundo do poço em termos de trabalho e regulamentos, a fim de atrair investidores
estrangeiros que buscam mão-de-obra barata e regulamentação inexistente ou indiferente
para maximizar seu potencial de lucro. Tal corrida pode resultar em graves danos
ambientais ao país estrangeiro, a destruição de recursos naturais e práticas trabalhistas
abusivas que não são aceitáveis no mundo desenvolvido;
Eliminação do desenvolvimento local : O investimento estrangeiro também pode esmagar
a competição local, resultando em problemas de desenvolvimento económico de longo
prazo o que se assiste nos dias actuais;
Meios de produção maximizados: as multinacionais detêm meios de produção
maximizadas que faz com que o seu produto custe menos em detrimento das PME’s
locais chegando até a afunda-las.
Desigualdade social;
Desemprego;
Economia instável;
Salários baixos;
Fluxo de capital invertido;
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Dependência do capital internacional (principalmente nos países mais pobres e menos
desenvolvidos).
A economia africana após independência foi marcada por várias características políticas
económicas que depois viera a aderir as principais instituições criadas na Conferência de Bretton
Woods de Julho de 1944 que tiveram importante papel na condução das economias de países
africanos nos anos oitenta. Essa relação se deu principalmente a partir dos Programas de Ajuste
Estrutural (PAEs), termo cunhado em 1979 pelo director do BM, Robert McNamara
(CLAPHAM, 1996, p. 169).
Os PAEs apresentavam a característica de exigir dos Estados receptores uma série de medidas,
ditadas pelo BM e pelo FMI, com clara influência da ortodoxia económica – as chamadas
“condicionalidades”. O FMI, porém, ao impor suas condicionalidades, exigia menores prazos de
execução e, se comparadas às do BM, eram mais fiscalizáveis (AKONOR, 2006, p. 13).
Condições para a execução de empréstimos, contudo, não eram uma exclusividade do BM,
tampouco foram uma novidade apresentada pela crise da dívida externa. Em décadas anteriores,
quando a ajuda externa a países periféricos se centrava em empréstimos bilaterais e interestatais,
era frequente o atrelamento da exportação de determinados produtos primários, ou mesmo a
concessão para a exploração de recursos naturais, à concessão de empréstimos. A singularidade
dos PAEs residia no tipo de medidas impostas pelas Instituições Financeiras Internacionais (IFIs)
aos países receptores, reflexo da subordinação de facto à política externa americana e ao modelo
neoliberal defendido por Washington. Nas palavras de Hobsbawm (1995, p. 578, Tradução
nossa),
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As providências demandadas ecoavam as políticas económicas de Reagan e Thatcher e que, a
partir de 1989, seriam atendidas pelo termo “Consenso de Washington”, cunhado por John
Williamson (KLEIN, 2007, p. 164).
Como podemos ver logo após as independências africanas deu-se o grande marco da história no
que concerne a grande crise económica que veio a dar os países africanos a ideia de receber
apoios dos capitalistas, o que até então fez com que vivam com dívidas externas. O
neoliberalismo mostra-se que os retornos exigidos mantêm os países africanos numa situação de
dependência que perpetua a precariedade económica.
1
As políticas neoliberais travam o crescimento económico da África Subsaariana e fazem com
que ele fique aquém do necessário para a região atingir os Objectivos de Desenvolvimento do
Milénio (ODM), afirma um estudo do Centro Internacional de Pobreza, uma instituição de
pesquisa do PNUD, resultado de uma parceira com o IPEA (Instituto de Pesquisa Económica
Aplicada).
1
http://cebes.org.br/publicacao/politicas-neoliberais-freiam-objetivos-de-desenvolvimento-do-milenio-
na-africa-aponta-estudo/
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III. METODOLOGIA
Gil (2007, p.162) defende que Metodologias “são procedimentos a ser seguido na realização de
uma pesquisa”. Nesse contexto engloba todos os procedimentos técnicos usados numa
investigação científica. Para esta pesquisa serão utilizados os seguintes métodos.
3.1.Método de pesquisa
Para este trabalho, foi usado como método de abordagem - o método hipotético-Dedutivo, pois,
através deste método conseguiu-se explicar as dificuldades expressas no problema levantado
para esta pesquisa, com base nas hipótese pré-formuladas para o desenvolvimento do estudo,
neste caso sobre a influência do neoliberalismo na perpetração do subdesenvolvimento 50 anos
após independência das nações Africanas.
3.2.Tipos de pesquisa
Neste trabalho foi usada quanto a abordagem a pesquisa qualitativa. Para Chizzottzy (1999,
p.79) a pesquisa qualitativa permite uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito uma
interdependência viva entre o mundo o sujeito e o objecto e a subjectividade do suspeito.
Quanto aos objectivos é uma pesquisa exploratória, com intuito de proporcionar maior
familiaridade com o problema em estudo, de modo a responder com clareza as hipóteses. Para tal
foi feito um levantamento bibliográfico, com vista a analisar exemplos de estudos feitos sobre
influência do neoliberalismo na perpetração do subdesenvolvimento 50 anos após independência
das nações Africanas.
Quanto aos procedimentos técnicos foi uma pesquisa bibliográfica – uma vez que os dados
foram analisados e as conclusões do estudo, são baseados na revisão da literatura, ou seja, livros
e manuais existentes que abordam sobre o tema em estudo, neste caso, influência do
neoliberalismo na perpetração do subdesenvolvimento 50 anos após independência das nações
Africanas.
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IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dados os conteúdos desta pesquisa conclui-se que (i) o neoliberalismo privilegia empresas e
Estados hegemónicos, pois ao explorar os países pobres, sugam-se seus recursos naturais e só
favorece a uma minoria elitista da população dos países explorados, concentrando ainda mais o
capital. Desta maneira, tudo nos leva a concluir que a globalização comercial e o capitalismo
desenfreado são alguns dos factores que contribuem para a desigualdade no mundo, principalmente
em países frágeis a este sistema; (ii) uma das consequências das políticas neoliberais são uma é o
aumento do déficit nas contas nacionais porque o estado simplesmente faz gastos excessivos e a
necessidade de uma política de racionalização de gastos no futuro, com cortes, aumentos de
tarifas e de impostos. O que justamente o que vivemos hoje.
Nesse caso mesmo que tenham passado 50 anos de independência, os países africanos ainda não
alcançaram a sua independência económica, isto é, por conta das políticas neoliberais os países
africanos vivem endividando-se e os líderes africanos viciaram-se das esmolas e pouco fazem
para sair desse ferrolho. O que assistimos são líderes corruptos, a roubarem do seu próprio povo
colocando os países em fossos de dividas, eis a razão que muitos líderes africanos depois dos
seus mandatos sempre têm um julgamento que os espera.
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4.1.Referencias Bibliográficas
AKONOR, Kwame. (2006). Africa and IMF Conditionality. The Uneveness of Compliance,
19832000. New York: Routledge.
CLAPHAM, Christopher. (1996). Africa and the International System: The Politics of State
Survival. Cambridge: Cambridge University Press.
GIL,A.C. (2007). Como Elaborar Projecto de Pesquisa.3ª Ed. São Pulo: Atlas.
HOBSBAWM, Eric. (1995). The Age of Extremes: The Short Twentieth Century, 1914-1991.
London: Abacus.
KLEIN, Naomi. (2007). The Shock Doctrine: The Rise of Disaster Capitalism. New York:
Metropolitan Books.
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NEVES, L. M. B. P. (2010). Independência: contextos e conceitos. História Unisinos Vol. 14 Nº
1.
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