1) O reclamante trabalhou como operador de torno CNC e foi exposto a agentes insalubres como óleo mineral e ruído. Ele requer o pagamento de adicional de insalubridade em 40%.
2) O contrato de trabalho do reclamante foi suspenso por 60 dias nos termos da lei 14.020/2020, porém ele foi demitido quando retornou. Ele requer indenização por estabilidade.
3) O reclamante tinha jornada de mais de 6 horas diárias mas descansava por apenas 30 minutos. Ele requer pagamento de interval
1) O reclamante trabalhou como operador de torno CNC e foi exposto a agentes insalubres como óleo mineral e ruído. Ele requer o pagamento de adicional de insalubridade em 40%.
2) O contrato de trabalho do reclamante foi suspenso por 60 dias nos termos da lei 14.020/2020, porém ele foi demitido quando retornou. Ele requer indenização por estabilidade.
3) O reclamante tinha jornada de mais de 6 horas diárias mas descansava por apenas 30 minutos. Ele requer pagamento de interval
1) O reclamante trabalhou como operador de torno CNC e foi exposto a agentes insalubres como óleo mineral e ruído. Ele requer o pagamento de adicional de insalubridade em 40%.
2) O contrato de trabalho do reclamante foi suspenso por 60 dias nos termos da lei 14.020/2020, porém ele foi demitido quando retornou. Ele requer indenização por estabilidade.
3) O reclamante tinha jornada de mais de 6 horas diárias mas descansava por apenas 30 minutos. Ele requer pagamento de interval
de seu advogado e procurador que esta subscreve, vem à presença de V. Excelência com fulcro no art. 840 da CLT propor a presente RECLAMAÇÃO TRABALHISTA contra QUALIFICAÇÃO RECLAMADA, pelos motivos de fato e de direito que seguem. DA GRATUIDADE JUDICIÁRIA Infere-se do art. 790, §3º da CLT que o juiz poderá conceder a parte as benesses da gratuidade judiciária quando o requerente perceber salário inferior a 40% do teto da previdência ou comprovar a situação de hipossuficiência econômica (§4º). Do caso em tela, o reclamante percebia salário de R$ 1.897,00 na data do ingresso da ação, logo, preenchido o requisito objetivo do artigo celetista, razão pela qual, pugna pela gratuidade judiciária. DO CONTRATO DE TRABALHO O reclamante foi admitido em 02.05.2015 na função de Operador de Torno CNC, com salário de R$ 1.090,00 e jornada de segunda à quinta das 8hs às 18hs e às sextas até as 17hs sempre com 30 minutos de intervalo para descanso e refeição. Teve o seu contrato suspenso por 60 dias, nos termos da lei 14.020/2020, e quando do seu retorno foi dispensado por motivo de força maior em 14.11.2020, percebendo as verbas rescisórias sendo pela metade o aviso prévio e a multa de 40% do FGTS. Na ocasião da dispensa, recebia o salário de R$ 1.897,00. Pretende na presente ação, a procedência dos seguintes pedidos: - Adicional de insalubridade - Estabilidade da lei 14.020 - Nulidade da dispensa por motivo de força maior - Intrajornada - Multa do art. 477, da CLT Pede vênia para fundamentar os pedidos. DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE O reclamante foi contratado para trabalhar como operador de torno CNC e trabalhava exposto a óleo mineral que era usado para limpeza de peças acabadas. Por conta do uso do óleo, ao final do dia, a luva do reclamante, que era de pano, ficava encharcada e úmida, fazendo com que o obreiro tivesse contato dermal com o agente nocivo.4 Ademais, o reclamante também trabalhava exposto a outros agentes nocivos como ruído. Entretanto necessária será a perícia para avaliação do local de trabalho e identificação de outros agentes encontrados pelo expert. Nos termos do art. 189 da CLT, “são consideradas atividades ou operações insalubres, aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão de exposição aos seus efeitos.” Por conseguinte, o art. 192, prevê um adicional entre 10, 20 e 40% a depender do grau de risco. Nesse sentido, a NR 15 no seu anexo XIII prevê adicional de insalubridade grau máximo para os empregados que trabalham expostos ao agente químico “óleo mineral”. Portanto, devido o adicional de insalubridade em grau máximo, sem prejuízo da identificação de outros agentes no ambiente de trabalho, dada a necessidade da realização da perícia, conforme previsto no art. 195, da CLT. Sendo assim, pugna pela condenação da reclamada no pagamento do adicional de insalubridade em 40% e reflexos em, aviso prévio, férias acrescidas de 1/3, 13º salário, FGTS e multa de 40%. DA ESTABILIDADE DA LEI 14.020/2020 O reclamante teve seu contrato suspenso nos termos da lei 14.020, por 60 dias ininterruptos. Quando do seu retorno ao trabalho, foi dispensado em 14.11.2020 mesmo detentor da estabilidade, de maneira que, não há que se falar em validade da dispensa por motivo de força maior – que será objeto de pedido de nulidade – uma vez que a reclamada permaneceu com suas atividades. Com efeito, a dispensa do empregado que teve seu contrato suspenso, contraria o disposto no art. 10 da Lei 14.020, que garante o emprego provisoriamente, pelo período de suspensão do contrato, bem como o mesmo período após o seu retorno da suspensão. Como consequência da dispensa arbitrária, o empregador deverá pagar ao empregado, indenização equivalente a 100% do que o empregado teria direito de receber na época da dispensa, ou seja, 100% dos salários. Sendo assim, requer a condenação da reclamada no pagamento da indenização correspondente a 60 dias de estabilidade calculada sobre 100% do salário do reclamante. DA NULIDADE DA DISPENSA POR MOTIVO DE FORÇA MAIOR E VERBAS RESCISÓRIAS A reclamada dispensou o reclamante em 14.11.2020 por motivo de força maior conforme TRCT em anexo. Entretanto, o disposto no art. 502, da CLT, é no sentido de que havendo extinção do estabelecimento ou da própria empresa, poderá aplicar o referido instituo e pagar as verbas pela metade, diga-se aviso prévio e multa do FGTS. Ocorre que, no caso em tela, a reclamada permaneceu com suas atividades em funcionamento conforme fotos em anexo, logo, a dispensa por motivo de força maior é nula de pleno direito aplicando-se no caso o art. 9º da CLT, visto que a reclamada teve o intuito de não pagar as verbas de estilo e, principalmente, a indenização da estabilidade prevista na lei 14.020. Sendo assim, requer a condenação da reclamada no pagamento das diferenças das verbas rescisórias a saber, aviso prévio e multa do FGTS. DO INTERVALO INTRAJORNADA Do período anterior a 11/11/2017 O reclamante tinha como jornada o trabalho de segunda à quinta das 8hs às 18hs com 30 minutos de intervalo para descanso. Ocorre que, o art. 71 da CLT, prevê que o empregado que tem jornada acima de 6 horas, deverá descansar por pelo menos 1 hora, de maneira que, o seu desrespeito, gera o dever de pagar o intervalo integralmente com reflexos, nesse sentido súmula 437 do TST. Com efeito, é devido ao reclamante o pagamento de 1 hora extra diária com reflexos em aviso prévio, férias acrescidas de 1/3, 13º salário e FGTS acrescido de multa de 50% pelo período de 22.01.2016 a 11.11.2017. Do período após 11.11.2017 É cediço que a reforma trabalhista alterou a natureza jurídica do intervalo intrajornada desrespeitado, bem como a forma do seu pagamento em caso de intervalo gozado parcialmente. Vê-se dos autos que a reclamada não tinha acordo coletivo prevendo a possibilidade da redução intervalar nos termos do art. 611-A, III, da CLT. Portanto, requer a condenação da reclamada no pagamento de 30 minutos com acréscimo de 50% pelo período de 11.11.2017 até a sua dispensa. DA MULTA DO ART. 477 DA CLT Em caso de reconhecimento da nulidade da dispensa por força maior e do pagamento das diferenças das verbas rescisórias, sendo elas pagas somente nesta ação, requer a condenação da reclamada no pagamento da multa prevista no parágrafo 6º e 8º do art. 477 da CLT. DOS PEDIDOS Ante todo o exposto e por medida de justiça requer: 1 – A concessão da gratuidade judiciária; 2 – A notificação da reclamada para que, querendo, apresente defesa no momento oportuno sob pena de incorrer em revelia e seus efeitos jurídicos; 3 – A condenação da reclamada no pagamento de adicional de insalubridade em 40% sobre sobre o salário mínimo e reflexos em, aviso prévio, férias acrescidas de 1/3, 13º salário, FGTS e multa de 40%..................R$ 4 - A condenação da reclamada no pagamento da indenização correspondente a 60 dias de estabilidade calculada sobre 100% do salário do reclamante.....................R$ 5 – A condenação da reclamada no pagamento de 1 hora extra diária com reflexos em aviso prévio, férias acrescidas de 1/3, 13º salário e FGTS acrescido de multa de 50% pelo período de 22.01.2016 a 11.11.2017 e a condenação da reclamada no pagamento de 30 minutos com acréscimo de 50% pelo período de 11.11.2017 até a sua dispensa......R$ 6 – Multa do art. 477 da CLT........R$
Protesta provar o alegado por todos os
meios de prova admitidos em direito em especial a prova documental já carreada nos autos. Requer ainda a condenação da reclamada no pagamento de honorários sucumbenciais em 15% do que resultar a condenação nos termos do art. 791-A da CLT. Por fim, requer seja a reclamada intimada a trazer nos autos todos os documentos inerentes ao contrato de trabalho sob pena de incorrer em confissão nos termos do art. 400 do NCPC. Dá-se a causa o valor de Nestes termos Pede deferimento Local e data Advogado e OAB