JEFFERSON DA S. ALMEIDA – 52013061 LUCAS DANCEV – 52018530 MAURÍCIO DOS SANTOS SILVA – 520115630 REBECA SANTOS – 520114488 RUTE LÉIA PEREIRA BONFIM – 520111589 VINÍCIUS HERDY MOURA – 520214221
GESTÃO DE DESEMPENHO A3 – ASPECTOS HUMANOS E SOCIOCULTURAIS
Trabalho Interdisciplinar apresentado ao Centro
Universitário São Judas Tadeu – CSJT, como exigência parcial para a aprovação na disciplina Aspectos Humanos e socioculturais do Curso de Psicologia.
Orientador(a): Prof(a). Roseine Fortes Patella
Sandra Cristina Esposito
SANTOS, 30 DE MARÇO DE 2021
A gestão de desempenho está ligada diretamente com a forma de liderança do gestor sobre os colaboradores de uma empresa e é um dos principais subsistemas da Gestão de Pessoas. Um dos principais intuitos da gestão, é o alinhamento entre objetivos da empresa e dos profissionais, utilizando instrumentos de avaliação para absolver o melhor do funcionário, além de conseguir garantir que os mesmos estejam sempre conscientes da cultura organizacional, assim materializando os comportamentos reforçando os valores da companhia. Com o mercado de trabalho competitivo e desafiador, manter o empregado motivado é fundamental para o desempenho da empresa, pois assim ele poderá apresentar uma produtividade ainda maior. (BARROS, 2021). Os primeiros relatos científicos surgiram com a definição de “padrões de avaliação”, em 1900 com Frederick Winslow Taylor, porém foi a partir de 1970 que o psicólogo Aubrey Daniels começou a aplicá-las em organizações. Entretanto, diferente dos conceitos que são aplicados atualmente, no qual valoriza o desenvolvimento em grupo, o método utilizado era pontuar os colaboradores individualmente com bons rendimentos. Contudo essa metodologia valorizava o individualismo e o foco não era o desempenho da empresa, mas em ganhar uma nota boa. De qualquer forma, mesmo não sendo uma técnica eficaz, foi o primeiro passo para uma moderna gestão de pessoas (CONSULTORIA, 2017). A globalização e mudanças econômicas fizeram com que empresas repensassem a forma de tratar os funcionários, que antes eram vistos, de forma descartável a empresa, sendo útil apenas quando produzia. Ao entrar em uma empresa é estabelecido um contrato psicológico de expectativas entre empregado e empregador, porém se o empregado deixar de produzir esse contrato é quebrado, sem renovações. Atualmente, o conceito de Gestão do Desempenho vai muito mais além do que simplesmente tentar extrair o máximo de um colaborador, mas sim incentivá-lo a ponto de o mesmo ter por vontade própria a intenção de dar o seu melhor no cargo em que ocupa. A partir deste princípio, descobriram que não são apenas os ganhos que o funcionário traz à empresa que importa e sim a qualidade de seu trabalho. Desta forma, é responsabilidade do profissional do RH, avaliar o desempenho dos funcionários e também identificar as competências de um colaborador, analisar seus pontos fracos e seus pontos fortes, como: boa comunicação, liderança, proatividade e entre outros aspectos. E caso for preciso realocá-lo de função, para ser bem aproveitado em outras áreas da empresa além de ser de engrandecimento pessoal ao colaborador. Além dessas atribuições o RH é responsável pelas condições interpessoais, ou seja, as políticas devem colaborar com a melhoria da relação entre empregador e empregado, fazendo-os entender que são parte do negócio e não apenas “recursos empresariais”. Segundo a EMBRAPII (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) em seu manual de gestão de desempenho de 2018: "As pessoas movem as organizações, determinando seu direcionamento, suas estratégias e seus resultados. Para tanto, utilizam ferramentas tecnológicas, planos estratégicos e modernas maneiras de arquitetura organizacional, sendo todas essas manuseadas, implantadas e controladas pelos colaboradores, ou seja, independente de grandes inovações e ferramentas praticamente auto gerenciáveis, é sempre necessário que alguém (colaboradores) realize a execução e a gestão dessas ferramentas”.
Avaliações e acompanhamentos são indispensáveis para que haja uma melhoria
com as duas partes. Porém há percepções diferentes sobre gestão de desempenho, em específico a avaliação de desempenho, uma vez que para alguns trabalhadores esta é uma ferramenta de pressão ao seu empenho, mas, essa forma de pensar está relacionada em como o gerente e/ou RH estão conduzindo. Se o processo estiver sendo conduzido de forma autoritária, com apenas críticas e sem um planejamento de desenvolvimento, é considerável que este tipo de pensamento seja colocado em pauta. Contudo, os efeitos causados na empresa podem ser totalmente o oposto do esperado, causando desmotivação. A falta de motivação varia de pessoa para pessoa, porém, não ser reconhecido, sobrecarga de atividades, más condições de trabalho, baixa remuneração e liderança ruim, são um dos principais fatores para a desmotivação, além de causar frustração, agressividade, baixa autoestima, pessimismo, resistência a novidades e inseguranças. E a gestão de desempenho visa resolver esses problemas (GIACOMELLI, 2016). Todavia existe outros erros que podem comprometer todo o processo como tentar atender ao mesmo tempo muitos objetivos, não considerar a singularidade de uma situação, basear-se em dados do passado, desafios inadequados e inalcançáveis, copiar técnicas utilizadas em outras organizações, realizar avaliações com base nas qualidades de outras pessoas, julgamentos globais e/ou superficial, avaliar apenas os últimos acontecimentos, preconceito, atribuir favoritismos, dentre muitos outros erros. Muitas empresas constroem o seu método de como será aplicado essa gestão, ainda afirma que métodos tradicionais são burocratizados, rotineiros e repetitivos, no entanto podemos considerar que o ciclo da gestão de desempenho possui quatro etapas importantes (Chiavenato, 2014 p.222): 1. Alinhamento de expectativas – Para o sucesso dessa etapa o Gestor e/ou RH tem que estar ciente de como é a cultura organizacional da empresa, quais são as missões, visões e valores. Tem que ter essa clareza, uma vez que o alinhamento de expectativa muitas vezes começa no momento de contratação de um funcionário. O Gestor tem que deixar explícito quais as atividades que serão executadas, propósito do cargo, responsabilidades, comportamentos esperados, quais são suas expectativas e estratégias para alcançar os objetivos. E por outro lado o colaborador deve ser sincero quanto a sua disponibilidade, dúvidas e comprometimento. 2. Acompanhamento – Essa é a maior etapa do processo, porque é feito diariamente por parte do gestor. O líder irá auxiliar o colaborador e garantir que tudo que foi alinhado esteja fluindo conforme o planejamento, além de garantir que o empregado esteja confortável. É fundamental que o feedback seja trabalhado com a equipe, porém é importante que seja construtivo e agregue. O colaborador tem que mostrar que atendeu ao que era esperado. 3. Avaliação de desempenho - Apesar de ser importante e às vezes até confundida com a própria gestão, é apenas uma etapa do processo, e não pode ser utilizado com fim, pois pode gerar conflitos, ela deve ser utilizada como meio no qual visa a avaliação de performance, do indivíduo ou da equipe, para que seja compreendida competências técnicas e/ou a falta delas. É uma ferramenta de extrema importância, e quando bem feita, o Gestor pode traçar uma estratégia efetiva para aumentar a produtividade da equipe. No entanto, não se pode limitar a julgamentos superficiais. O funcionário também tem seu papel importante, absorvendo tudo que o gestor tem apontado para corrigir suas falhas e se capacitar mais ainda. 4. Ações de desenvolvimento – Através da avaliação de desempenho, o setor responsável tem noção do que precisa melhorar, a partir desses dados é criado um plano de ação para desenvolver esses colaboradores conforme as necessidades da empresa e do mercado. E o empregado tem que aceitar essa capacitação para assim conseguir atender as expectativas desejadas e ultrapassar os obstáculos. Observar limitações, progressos, identificar e ponderar os problemas, realizar feedbacks, utilizar ferramentas como: análise SWOT, pesquisas de clima organizacional, Plano de desenvolvimento individual – PDI, Ciclo PDCA (planejar, fazer, checar e agir), feedback 360 graus, entres outras, podem ser fundamentais para o sucesso do processo. Esse sistema envolve uma atividade cíclica e contínua de avaliações, o gestor e sua equipe devem ter a sensibilidade para compreender o que a empresa e os funcionários precisam para aquele momento, algumas pesquisas afirmam que avaliações Anuais e Semestrais não são o mais apropriado, mesmo que muitas empresas façam isso, uma vez que é impossível avaliar doze ou seis meses em alguns minutos, podendo gerar frustrações, demissões, perdas de oportunidades de melhorias, dados podem ser esquecidos, entre outros malefícios (VAIPE, 2018). O caso a seguir pode exemplificar como a Gestão de Desempenho funciona na prática, a empresa escolheu a metodologia que mais se adequa a sua realidade e aplicou: CASO BANCO DO BRASIL – “Foi realizado um estudo de caso junto aos funcionários do Banco do Brasil, um banco que atende a todos os segmentos do mercado financeiro. Presta serviços através de 15,1 mil pontos de atendimento em 3,1 mil cidades (Silveira, 2007). O Banco do Brasil utiliza métodos formais para avaliar o desempenho dos funcionários desde 1960. Em 1998, o Banco passa a buscar uma forma moderna de avaliar seus funcionários, medindo os resultados por meio do cumprimento de metas e de fatores comportamentais. E em 2005, implanta o atual modelo de Gestão de Desempenho por competências, revolucionando os conceitos tradicionais da empresa (Silveira, 2007). O funcionário é responsável por avaliar e acompanhar seu desempenho, comparando sua percepção com os feedbacks recebidos de seus avaliadores (Silveira, 2007). Com o estudo do Banco do Brasil, pode- se perceber que os aspectos que melhor contribuem para a melhoria do desempenho do funcionário são o fornecimento de feedback e a possibilidade de aprimoramento das competências profissionais destes funcionários (Silveira, 2007). Muitos avaliados consideram importante e sentem falta de receber feedbacks na frequência que gostariam de receber. Pois consideram o feedback como ajuda, orientação para o desenvolvimento pessoal e profissional (Silveira, 2007)”. (NASCIMENTO, 2009)
Contudo, conclui-se que a Gestão de Desempenho não é só uma forma ampliar as
produções da empresa, mas uma ferramenta de desenvolvimento social, onde a valorização do empregado é fundamental. Mesmo com todas as tecnologias disponíveis, um dos fatores principais de uma empresa, senão o maior, ainda é o colaborador, e procurar formas de desenvolver eles ainda são um dos melhores investimentos. Com um sistema complexo, o gestor precisa ter muitas competências para conseguir colocar em prática, pois com alguns erros podem comprometer todo o processo, contudo quando bem executado ambas as partes saem ganhando, garantindo empregados desenvolvidos e mais próximos da empresa e a organização com o desempenho no máximo. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS BARROS, Leonardo; Gestão de desempenho; como estruturar um sistema eficiente; Brasil; 24 de fev. de 2021; Disponível em: >https://blog.tangerino.com.br/gestao-de- desempenho/#O-que-%C3%A9-gest%C3%A3o-desempenho?< Acesso em: 25 de mar. de 2021.
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