Você está na página 1de 38

PRAGAS DO ALGODOEIRO

Matheus Domingues
LEA0430
 Algodão, soja e milho integram um sistema de produção de sucessão no Brasil inteiro

ALGODÃO

DADOS ECONÔMICOS

 2,6 milhões de toneladas


 1,45 milhões de hectares
 Brasil tem uma produtividade considerada elevada e uma área relativamente pequena quando
comparada com soja e milho
 Esse ano houve uma redução de 15% da área, principalmente por atraso da soja
 São Paulo já foi um grande produtor de algodão

 Algodão tem grande importância na Balança Comercial Brasileira


 Principal comprador: China
 O valor é bem acima do custo de produção

QUESTÕES AGRÍCOLAS

 Gossypium hirsutum L.
 Cultura anual (maior parte) – algodão herbáceo
 Quase 100% da área brasileira
 Cultura anual – algodão arbóreo

CICLO
 Ciclo geralmente entre 6 a 7 meses – desenvolvimento longo

 Desenvolvimento vegetativo – estatura, número de folhas e porte


 Desenvolvimento Reprodutivo (40-50 dias) – emissão dos botões florais e formação do fruto
 Maturação – maturação do fruto
 Colheita – fruto abre e expõe a pluma

ESTRUTURAS REPRODUTIVAS DO ALGODOEIRO


 Botão Floral
 Brácteas protegem o botão floral
 Flor não fecundada
 Flor semelhante a Hibicus
 Amarela
 Flor fecundada
 Rósea/avermelhada
 Fruto (maçã)
 Fruto de coloração esverdeada, alargado na base e afunilado no ápice
 Capulho
 Fruto deiscente do algodoeiro com a exposição das fibras

SEQUÊNCIA DE FLORAÇÃO DO ALGODOEIRO


 Não aparecem todos juntos, além da sequência anterior
 Segue uma espiral
 Dos ramos baixeiros mais perto do ápice para as extremidades

Obs.: a própria planta aborta parte de suas estruturas  importante para o controle de pragas.

CICLO DO ALGODÃO EM SEUS DIFERENTES ESTÁDIOS


 Pragas que atacam na fase de 120-150 dias tem grande importância na qualidade da fibra

CAPULHO

Produto comercial

DADOS FITOTÉCNICOS
 De uma forma geral produz 25-30 maçãs por planta, das quais, cerca de 70% sofre o
abortamento natural

 Transgênicos – diferentes cultivares com proteínas que tornam a planta resistente à


determinadas pragas, principalmente lagartas
 Algumas lagartas são muito suscetíveis, já para o complexo Spodoptera, é preciso incluir 2 ou 3
genes de resistência

TECNIFICAÇÃO
 Uso intensivo da mecanização para o plantio e colheita
 Alto padrão de qualidade
 Tecnologias para controle de pragas

DOENÇAS

 Mela/tombamento
 Ramulose
 Doenças virais
 Azulão
PRAGAS DO ALGODOEIRO

 Insetos sugadores
 Insetos mastigadores

 Pragas iniciais – causam danos mais impactantes na fase inicial, fase vegetativa da cultura
 Pragas tardias – causam danos mais impactantes na fase final, reprodutiva

PRAGAS INICIAIS

 Pulgões
 Mosca-branca *
 Tripes *
 Broca-das-raízes
 Percevejo-castanho
 Lagarta-rosca
 Lagarta-elasmo (eventualmente)
 Bastante polífaga

*Importância crescente nos últimos anos.

PULGÕES
 Nome formal: Afídeos
 Ordem Hemiptera / Subordem Sternorrhyncha / Família Aphididae
 Pequenos, corpo ovalado mole, coloração amarelo-esverdeada ou claros
 Espécies:
 Aphis gossypii
 Principal
 Verde-amarelados
 Myzus persicae
 Menos comum nos algodoeiros
 Mais comum em anos mais quentes
 Sifúnculos que liberam feromônios de alarme
DESCRIÇÃO E BIOTECNOLOGIA
 Sugadores do floema
 Se alimentam da seiva (rica em aminoácidos), filtram (câmera-filtro) e o excedente é eliminado
na forma de gotículas (honey dew) que são depositadas sobre a folha

 Desenvolvem altas população pois possuem alto potencial biótico, que decorre de 2
características importantes:
 Ciclo muito curto (10-12 dias para uma nova geração)
 Nas condições tropicais, todos os indivíduos são fêmeas e tem capacidade de se
reproduzir (embrião se forma a partir de óvulos não fecundados)  Partenogênese
 60 ninfas por fêmeas
 Polimorfismo
 Adulto alado – colonizam a cultura
 Adulto áptero – reproduzem, gerando grandes colônias
 Colocam diretamente a ninfa, não o ovo

DANOS

DANOS DIRETOS

Sucção de seiva
 Encarquilhamento da folha pela sucção da seiva  prejudica o desenvolvimento da planta que
acaba ficando raquítica
 Folha encarquilhada
 Planta raquítica

DANOS INDIRETOS

 Inoculação de patógenos (principalmente vírus)


 Azulão
 Vermelhão

 Fumagina no capulho e na folha


 Se desenvolvem fungos com coloração escura sobre o honey dew, desenvolvendo um
tipo de fuligem
 Esse escurecimento impacta na fisiologia das planta (na folha) e no valor comercial (no
capulho)
INIMIGOS NATURAIS
 O crescimento pode ser condicionado pela presença dos inimigos naturais
 Predadores: joaninhas, moscas
 Parasitóides: pulgão fica semelhante a uma múmia

TRIPES
 Sugadores
 Asas franjadas, mal podem ser enxergadas a olho nu
 Danos logo no início (20-30 dias)
 Frankliniella schultzei (espécie predominante em algodão)
 Coloração amarronzada
 Ordem Thysanoptera: Thripidae

DESCRIÇÃO E BIOTECNOLOGIA

 Se desenvolvem na face inferior (sol, chuva, vento)


 Fase imatura: ninfa
 Suga o conteúdo de células¸ assim, os tecidos ficam pardos, podendo evoluir para o secamento
das folhas
DANOS
 Deformaçao e encarquilhamento foliar
 Diferença: bordos voltados para cima com aspecto côncavos
 Secamento
 Áreas cloróticas

 Danos importantes

BROCA DAS RAÍZES


 Eutinobothrus brasiliensis
 Coleoptera: Curculionidae
 Coloração marrom-escura

DESCRIÇÃO E BIOTECNOLOGIA
 Besouros que se alimentam no interior do tecido vegetal, por isso chamam broca
 Se alimentam da região basal da planta (haste)
 Insere o ovo
 Larva formam galerias na forma basal

CICLO
 Ciclo de 70 dias
 Fase inicial da planta é mais suscetível

DANOS
 50-60 dias
 Entumecimento da região do colo
 Planta reage a lesão com hiperplasia
 Avermelhamento das folhas
 Algodão produz antocianinas em situações de estresse
 Murcha das folhas
 Dessecamento

Por ser visto na fase final, o manejo deve ser preventivo.

Áreas arenosas, terreno solto, baixadas, próximos a umidade são locais com maior incidência da praga.

PERCEVEJO-CASTANHO
 Hemiptera: Cydnidae
 Espécies (ambos conhecidos como percevejos castanhos)
 Scaptocoris castânea
 Scaptocoris carvalhoi
 Pernas anteriores fossoriais, que permitem escavações e movimento no solo

DESCRIÇÃO E BIOTECNOLOGIA
 As ninfas e adultos se aglomeram no sistema radicular, onde se alimentam
 Insetos sugadores da seiva

DANOS
 Sugam raízes de plantas bem jovens
 Definhamento e morte das plantas
 Observação: falhas no plantio
 Sintomas são vistos quando o dano já é grande. É necessário algum tipo de prevenção.
 Ocorre em várias culturas

LAGARTA-ROSCA
 Inseto mastigador
 Agrotis ipsolon
 Adulto mariposa (3-4 cm de envergadura)
 Larva se enrola
 Lepidoptera: Noctuidae

CICLO BIOLÓGICO
 Lagarta vive no solo com hábito noturno
 Alimenta-se da haste
 Fase inicial
 Geralmente favorecida por condições de maior umidade

DANOS
 Falhas no número de plantas por metro
 Tombamento

MOSCA-BRANCA
 Hemiptera: Aleyrodidae
 Inseto sugador
 Bemisia tabaci
 Praga polífaga
 Biótipo B (que atinge o algodão)
 Polífaga
 Ocorre principalmente em algodoeiro plantado após a soja
 2mm de comprimento
 Não é uma mosca, não é Diptera

 Sugam intensamente a seiva e excretam o honey-dew, podendo evoluir para fumagina


 Danos diretos (sucção de seiva prejudicando o desenvolvimento) e indiretos (fumagina)

 Algodão é plantado posterior a soja

PRAGAS TARDIAS

Ocorrem especialmente na fase reprodutiva da cultura

 Ácaros
 Bicudo-do-algodoeiro
 Lagartas
 Percevejos
ÁCARO-RAJADO
 Não são insetos
 Tetranychus urticae  ácaro rajado
 Acari: Tetranychidae
 Dimorfismo: mancha escura no dorso
 Ocorre na fase reprodutiva

RECONHEICMENTO E BIOTECNOLOGIA
 São muito pequenos (0,5mm)

 Tecem teias
 Vivem agrupados em pequenas colônias na face inferior das folhas, onde se reproduzem e
botam ovos
 Perfuram as paredes das células com o auxílio de quelíceras e sugam o conteúdo celular

DANOS
 Áreas cloróticas que evoluem para o avermelhado (antocianinas), especialmente nas regiões
internervais
 Para comprovar, verifica a presença de ácaro na porção abaxial da folha
 Preferem as folhas do terço médio
 Impacto quantitativo e qualitativo (qualidade de fibras)

Ácaro rajado = bastante favorecido por veranicos (temperatura elevada e pouca chuva)

Ácaros em geral = ocorrem em reboleiras

ÁCARO-BRANCO
 Acari: Tarsonemidae
 Polyphagotarsonemus latus
 Coloração clara (aspecto vítreo)
 0,2mm de comprimento (não pode ser visto a oho nu)

 Ficam na face inferior das folhas mais jovens (ápice ou ponteiro da planta).

RECONHECIMENTO E BIOTECNOLOGIA
 Quelíceras utilizadas para sugar o conteúdo celular
 Não formam teias
CICLO DE VIDA
 3 a 5 dias
 Deve ser controlado rapidamente

DANOS
 Folhas no ponteiro da planta são danificadas, no entanto, esses sintomas aparecem quando as
folhas já estão no terço médio da planta
 Deformação foliar – o ataque ocorre no terço apical (novas), mas os sintomas aparecem no
terço-médio
 Bordos voltados para baixo (côncavo)
 Coriácea (perde a flexibilidade)
 Rasgam (com o vento)
 Danos quantitativos e qualitativos
 Para uma mesma população, o dano é menos intenso do que o ácaro rajado

Ácaro branco = bastante favorecido por alta umidade

Ácaros em geral = ocorrem em reboleiras

BICUDO DO ALGODOEIRO
 Anthonomus grandis
 Coleoptera: Curculionidae
 Principal praga do algodoeiro na atualidade
 Besouro
 Mastigador
 O nome “bicudo” é porque a parte apical se alonga em bico
 6mm de envergadura
 Espinho no fêmur anterior
 Coloração marrom-acinzentada
 Espécie exótica até a década de 80
 Poucos inimigos naturais
 Tanto os adultos como as larvas causam danos

POTENCIAL BIÓTICO ELEVADO


 Cada casal gera 300 descendentes
 Poucos inimigos naturais
 Fica protegido nas estruturas (maçã)

CICLO DE VIDA
 Ovos botados em estrutura reprodutiva
 Larva ápoda, branca, e levemente curvada
 Pupa também fica dentro de estruturas
reprodutivas
 Adulto eclode e se reproduz

 3 a 7 gerações por safra

 Praga tardia – estruturas reprodutivas (botões florais até colheita)


 Fim do ciclo: migração e diapausa
 Ataca unicamente o algodoeiro, assim, quando acaba a safra entra em diapausa
 Diapausa = redução drástica do metabolismo
 Fêmea fica cerca de 6 meses viva (diapausa), sobrevivendo em restos culturais e
refúgios naturais até a próxima safra
 Sobrevivência: restos culturais, plantas voluntárias, áreas externas (geralmente com
alta umidade, baixadas e banhados)

DANO
 O bicudo é fortemente atraído pelos odores do botão floral, assim, o primeiro ataque ocorre
nos botões florais
 2 tipos de furos:
 Alimentação
 Oviposição – postura, tornando o furo saliente coberto com substância gelationosa

 Larva eclode
 Flor atacada não abre as pétalas e forma uma estrutura chamada de balão (estrutura que se
perde)
 Após a formação da maçã, pode atacá-la, destruindo a fibra e permitindo a entrada de
microrganismos.
 O bicudo é facilmente reconhecido pois a larva tem coloração esbranquiçada, levemente
curvada e sem pernas (ápodas)

 Danos nas maçãs (frutos) = destruição das fibras, não se forma o capulho, formando uma
estrutura enegrecida com as fibras emplastadas  Carimã

 Queda de botões, flores e maças


 O principal dano é ocasionado pelas larvas
 Danos qualitativos e quantitativos

LAGARTAS

CURUQUERÊ
 Alabama argilácea
 Lepidoptera: Erebidae
 Coloração marrom avermelhada
 Pinta nas asas anteriores das mariposas
 Lagartas se alimentam de folhas na parte superior
 Exclusivamente desfolhadora
 Lagartas se alimentam de folhas na parte superior

 Ovo verde (escurece quando parasitado)

 Coloração tipicamente esverdeada


 Quando a população é muito elevada, tende a ficar mais escura
 Pontuações na cabeça
 Lagarta se transforma em pupa nas folhas

 Inseto desfolhador
 Desfolha significativa em populações elevadas
 Podendo gerar quedas na produção e na resistência da fibra

LAGARTA-DAS-MAÇÃS
 Chloridea virescens
 Lepidoptera: Noctuidae
 Coloração parda-esverdeada
 Três listras transversais na asas anteriores
 Ovos brancos, colocados no ponteiro
 Fácil observação dos ovos
 Postura em folhas novas e brácteas

 Penetra no interior de botão-floral e maçãs


 Atinge até 4 cm de comprimento com coloração clara
 Clima quente e seco

 Buracos grandes no botão floral

 Destruição de fibras
 Carimã
 Orifício com excrementos de saída da lagarta

LAGARTA-ROSADA
 Lepidoptera: Gelechiidae
 Pectinophora gossypiella
 Coloração parda
 Asas com cerdas (franjadas)
 Pequenas
 Coloca ovos nas folhas e brácteas
 Se desenvolve dentro de estruturas de reprodução (botão floral e maçãs)
 Lagarta: levemente rosada, 1 cm de comprimento, com pernas

 Pétalas não se abrem normalmente, ficam semelhantes a rosas


 Permite a entrada de microrganismos
 Acúmulo de fezes
 Destruição de fibras
 Carimã (típico de Lagarta-Rosada e Bicudo)

 A lagarta pode entrar em diapausa no interior das sementes

LAGATA-DO-CARTUCHO DO MILHO
 Spodoptera frugiperda
 Adulto: mariposa com 4cm de envergadura
 Postura com característica: várias camadas de ovos com aspecto de lã
 Lagarta com 4 a 5 cm de desenvolvimento e coloração perda
 Ataque a folhas e estruturas reprodutivas (principal)
 Dano semelhante a lagarta da maçã
 Presença muito visível, furo e excrementos

HELICOVERPA
 Helicoverpa armigera
 Principal lagarta
 Asa parda
 Várias manchas
 3-4cm (adulto)
 Danos nos botões florais e estrutura reprodutiva (maçãs)
 Lagarta: inúmeros pelos brancos, protuberância em forma de sela e tegumento levemente
coriáceo

 Praga exótica, polífaga


 Introdução em 2012
 Ciclo de 6 semanas

Atualmente, a Helicoverpa é a lagarta


que mais ocorre. Em áreas onde há
milho, há presença de Spodoptera. As
outras tornaram-se raras,
principalmente pela tecnologia Bt.

PERCEVEJOS

PERCVEJO-RAJADO
 Hemíptera: Miridae
 Horcias nobilellus
 Colorações que alteram entre o vermelho e bege
 Parte posterior da asa chanfrada para baixo

 Danos nos ramos (hastes) e maçãs


 Ocorre no início na fase reprodutiva
 Fitotoxemia: Toxinas na saliva que induzem as quedas de folhas, embora seja sugador
 Suga o interior das maçãs, podendo causar uma deformação  Bico de Papagaio
 Internamente pode haver podridão (microrganismos)

PERCEVEJO MANCHADOR
 Dysdercus spp.
 Hemiptera: Pyrrhocoridae
 Maior
 Gostam de capulhos (fase mais tardia do desenvolvimento das plantas)
 Cabeça avermelhada e asas semi-élitro (como todos percevejos)
 1,5 cm
 Sempre em cópula sobre as plantas

 Ovos brancos
 Tanto os adultos e as ninfas sugam sementes, passando pelos capulho
 Sugam as sementes e defecam nas fibras
 Escurecimento das fibras
 Inseto comum
 Controlado por tabela, encontrado em baixas populações no final do ciclo

PERCEVEJOS DA SOJA
 Espécies:
 Edessa meditabunda
 Euschistus heros (Marrom)
 Nezara viridula
 Hemiptera: Pentatomidae

 Na colheita da soja, migram para o algodão, mas geralmente não se reproduzem


 Danos por sucção de maças, podridão interna
 Menos abundantes do que os dois percevejos anteriores
AULA PRÁTICA
VÍDEO 1 – CULTURA DO ALGODOEIRO

 Família Malvaceae
 Gênero Gossypium
 Planta importante para a produção de fibras (indústria têxtil), óleos e ração animal
 A planta produz as suas estruturas reprodutivas em forma de um espiral
 Estruturas reprodutivas:
 Botão floral (40 dias após a semeadura)
 Flor (70 dias)
 Amarela - não fecundada
 Avermelhada – fecundada
 Maçãs
 Capulho – maçã que se abre e expõe as fibras
 Problemas fitossanitários
 Pragas
 Pragas iniciais
 Pulgões (Aphis gossypii e Myzus persicae) – insetos que se
caracterizam por ter corpo mole, presença de sifúnculo e codícula,
insetos sugadores de seiva (floema) causando o encarquilhamento
das folhas mais novas da planta, prejudicando o seu
desenvolvimento

 Tripes (Frankliniella schultzei) – insetos de corpo delgado e frágil,


asas franjadas, encontrados na face abaxial da folha do algodoeiro,
causando um levantamento das bordas das folhas do algodoeiro. Os
adultos possuem coloração escura e as ninfas são amareladas
 Mosca-branca (Bemisia tabaci) – inseto da ordem hemíptera que se
alimenta do conteúdo da folha (tanto os adultos como as ninfas)
 Pragas tardias
 Ácaros
 Ácaro Branco (Polyphagotarsonemus latus) – menor praga
da cultura (0,17mm), coloração branca, muito ágeis,
atacando o ponteiro (folhas novas) do algodoeiro sugando o
conteúdo celular, resultando em bordas voltadas para cima,
aspecto vítreo da folha e rasgamento das folhas mais velhas

 Ácaro Rajado (Tetranychus urticae) – sintomas de


avermelhamento das nervuras na face adaxial e na face
abaxial a presença de ácaros
 Bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis) – praga mais
importante da cultura pertencente a famíia Curculionidae; tem
coloração cinza-amarronzada; tem 7mm de comprimento; rostro
alongado; fica escondido nas brácteas e fura as maçãs para fazer a
oviposição, fechando o orifício com uma substância mucilaginosa;
causa queda do botão floral e maçã ou danos na maçã, que fica
irregular (“carimã”) e não consegue abrir perfeitamente

 Percevejos
 Percevejo-raspador (Horcias nobilellus) – percevejo da
família Mirinae, que se caracteriza por apresentar uma
estrutura chamada cúneo em suas asas; pequeno; rápido;
mancha em forma de V no dorso; suga flores e maçãs,
causando um sintoma conhecido como “bico-de-papagaio”
oriundo da deformação das maçãs
 Percevejo-manchador (Dysdercus sp.) – ocorre no final do
ciclo da cultura causando danos na fibra do algodoeiro
quando o capulho abre e expõe as fibras; maior, com
coloração bastante evidente; suga (adultos e ninfas) a
semente do algodoeiro e acabam defecando nas fibras
prejudicando a sua qualidade

INSPEÇÃO

 Presença de ácaros
 Presença de mosca branca
 Presença de pulgões
 Presença de bicudo (inspeção de buracos em capulhos)
 Aplicação semanal de inseticidas

Uma mesma planta tem órgãos reprodutivos em diferentes estágios de desenvolvimetno, o que torna a
cultura mais suscetível a pragas.

VÍDEO 2 – SITUAÇÃO ATUAL DAS LAVOURAS DE ALGODÃO EM SORRISO-MT

Safra 2021/2020 – a cultura enfrentará vários veranicos porque o algodão foi semeado tardiamente já
que a cultura anterior (soja) teve seu plantio atrasado pelo atraso das chuvas. Além disso, também por
falta de chuvas, no ano passado, a destruição da soqueira de algodão também foi comprometida, assim,
o algodão começou a rebrotar na cultura da soja, tornando-se um grande hospedeiro do bicudo, que
ficou na lavoura.

* Veranico são períodos curtos sem precipitação, que afeta a população de pragas e performance de
produtos.
A mosca branca tem como hospedeira a soja e, na próxima safra, o algodão, tendo assim uma redução
muito grande da área. Dessa maneira, a quantidade desse inseto na lavoura de algodão é muito grande.
Assim, o controle é feito por tratamento de sementes e pulverizações frequentes (pode ter problemas
com resistência) para evitar o dano direto e indireto. Inseticidas comumente usados são os
neonicotinóides.

Danos da mosca-branca:

 Danos diretos (sucção de seiva prejudicando o desenvolvimento)


 Indiretos (viroses)
 Mela da puma (impacto na qualidade da fibra)

A Spodoptera frugiperda voltou a ser um problema para o algodão por quebra da resistência à planta Bt,
assim como na soja e no milho. A Helicoverpa armigera também passou a ser mais comum nas lavouras
de algodão.

Ácaro (rajado) é um grupo de pragas que voltou a ter importância como consequência da explosão
populacional de bicudos, porque as aplicações para bicudo quase sempre apresentam algum piretróide.

VÍDEO 3 – PRAGAS NO ALGODÃO EM GOIÁS

 Bicudo-do-algodoeiro
 Principal praga
 População cada vez maior
 Presente em soqueira e tiguera na entressafra
 Parasita o botão-floral
 Produtos cada vez mais ineficientes
 Helicoverpa armigera
 Quebra de tecnologia
 Maior parte das lavouras usa variedades com a tecnologia (80-90%)
 Mosca-branca
 A cultura da soja fechou com alta população
 Algodão iniciou o seu desenvolvimento com alta pressão de moscas
 Principal no início do ciclo
 Nematóides – uso de cultivar resistente e rotação
 Pratylenchus – desenvolve-se em qualquer cultura
 Meloydogyne
 Rotylenchulus – tem preferência pelo algodão

VÍDEO 4 - HELICOVERPA

 Lagarta que se alimenta de soja, milho, sorgo, feijão, tomate e algodão ...
 Crescimento rápido, rápida multiplicação, alimentação voraz
 Preferência por atacar a fase inicial da formação da carga do algodão, furando o botão floral,
impedindo o desenvolvimento de flores e da fibra.
 A lagarta pode atacar outras brotações do algodoeiro ou atacar o fruto em uma fase mais
avançada
 O ataque reduz a produtividade da lavoura
 Helicoverpa armigera
 O gênero Helicoverpa é tido como um gênero de pragas extremamente prejudiciais a
agricultura
 Praga exótica, de origem incerta, mas que causa grandes problemas em todo o mundo
(Austrália, China, Índia, África, Europa).
 Ainda não se sabe como essa praga entrou no Brasil. Pode ter vindo com plantas e
mudas importadas, migração natural ou ação criminosa.
 Pode ter cores diferentes, o que é uma característica própria da espécie, mas também pode ter
uma influência do ambiente e da alimentação da praga
 As condições climáticas permitem que se cultive o ano todo no Brasil, sendo assim, um local
perfeito para a disseminação dessa praga
 Ciclo de vida (38/50 dias)
 Entrada da mariposa na área
 Oviposição de ovos
 Eclosão das lagartas depois e 3-4 dias
 Alimentação voraz
 Tamanho máximo em 25 dias (3-4 cm)
 Transformação em pupa (marrom, dura e fechada) em galerias do solo
 Após 15 dias se transforma em mariposa
 Características que favorecem a expansão
 Uma mariposa chega a depositar 1000 ovos
 Alta capacidade de migração (voos no final da tarde e durante a noite)
 Polífaga
 Ciclo curto

Você também pode gostar