Versão Preliminar
Outubro, 2006
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Estudo elaborado no âmbito do Projeto de Apoio ao Desenvolvimento e Transferência de
Tecnologia (PRODETAB) e IICA.
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INDICADORES DE VIABILIDADE FINANCEIRA E ECONÔMICA
DE SISTEMAS DE EXPLORAÇÃO DE OVINOS E CAPRINOS NO
NORDESTE DO BRASIL 2
1. INTRODUÇÃO
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Estudo elaborado no âmbito do Projeto de Apoio ao Desenvolvimento e Transferência de
Tecnologia (PRODETAB) e IICA.
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O grande impulso que a atividade vem experimentando é decorrente da crescente e
consistente demanda por carne, sobretudo de ovinos, que vem se verificando há mais de
10 anos, tanto no Nordeste como em grandes cidades do Brasil. É notável, também, a
demanda reprimida pela carne de ovinos e caprinos por parte, sobretudo, dos países
árabes. Estima-se que apenas 50% da demanda regional por carne de ovinos e caprinos
seja suprida pela produção regional. Essa oportunidade deverá ser explorada tendo em
vista o risco das importações de carne cresceram em detrimento da produção local.
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semi-árido nordestino, estão consubstanciando um novo perfil estrutural da atividade
que está se alicerçando no enfoque de cadeia produtiva, no uso racional das pastagens
nativas e na competitividade sistemica da cadeia.
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No momento, cerca de 50% da carne ovina comercializada nas regiões Nordeste e
Centro-Oeste provém do estado do Rio Grande do Sul e, da Argentina, do Uruguai e da
Nova Zelândia.”
2. SITUAÇÃO-PROBLEMA
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conjunto está gerando uma onda virtuosa para a atividade ensejando a atração de
investidores tradicionais e emergentes.
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2.3. Revisão de literatura
Como pode ser visto na tabela acima, os resultados se mostraram muito aquém do
esperado para uma atividade econômica viável uma vez que foi estabelecido em 12% a taxa
mínima de remuneração do capital e os resultados obtidos não ultrapassaram 3,6%. Uma
alternativa que poderia ter sido testada seria utilizar alguns parâmetros mais conservadores
e usualmente praticados em atividades de pequenos produtores rurais no Nordeste. A taxa
de juros real ou custo de oportunidade poderia ser de 6% e não de 12% a.a., a
remuneração do empresário ser compatível com o salário de um administrador de um
empreendimento rural do porte dos modelos estudados, que gira em torno de R$ 1.000,00.
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Ademais, não foi utilizado um fluxo de caixa razão pela qual não foi possível contabilizar
as receitas de desinvestimento e a variação patrimonial, que normalmente giram em torno
de 30% do valor do investimento, em fluxos de 10 anos. Acredita-se, que numa simulação
utilizando tais parâmetros, a rentabilidade do capital poderia indicar melhores níveis de
viabilidade tais modelos.
Por fim, tem-se o estudo da UnB(2004) que trata da análise de rentabilidade de três
sistemas de referência de produção de ovinos com vários níveis tecnológicos. Os sistemas
considerados são:
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Sistema C – “trata-se de sistema de referência com elevado nível tecnológico e
altos índices de produtividade’.
Sistema
Índices Econômicos A B C
Margem Bruta Anual (R$) 875,32 12.045,29 23.458,76
Margem Bruta (%) 3,8% 30,5% 38,7%
Margem Líquida Anual (R$) (2.593,66) 8.696,63 19.776,48
Margem Líquida (%) -11,3% 22,0% 32,6%
Lucro econômico Anual (R$) (13.380,09) (204,28) 10.018,62
Lucratividade (%) -58,3% -0,5% 16,5%
Margem Líquida Mensal Média (R$) (216,00) 724,72 1.648,04
Fonte: UnB (2004).
3. ASPECTOS METODOLÓGICOS
A estrutura de custos e receitas a ser adotada neste estudo é a mesma utilizada pelo
Instituto de Economia Agrícola de Secretaria de Agricultura de São Paulo, por ser o
procedimento mais moderno e compatível com o enfoque de agronegócios. Tal
procedimento é adotados nos estudos “Análise Econômica da Ovinocultura no Distrito
Federal” da UNB e “Estudo da Rentabilidade de um Sistema de Produção de Leite de
Cabra no Estado do Rio Grande do Norte” da UFRN, citados na bibliografia. A
caracterização dos custos e receitas, a seguir, são alicerçados nos dois estudos acima.
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Custo operacional efetivo: refere-se aos custos variáveis ou diretos e
alguns itens de custos fixos incorridos por meio de desembolso real.
Neste componente de custos estão incluídas as despesas normais para a
obtenção da produção no período considerado.
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perdida pelo produtor ao deixar de aplicar o mesmo montante de
recursos numa outra alternativa. Na prática, as bases de comparação
para o custo de oportunidade do capital do produtor (pequeno
produtor rural) são aplicações tradicionais do mercado financeiro,
como a caderneta de poupança, cuja remuneração real é, em média,
de 6% a.a.
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iii. se a Margem Líquida for negativa, mas em condições
de suportar os custos operacionais efetivos (MB > 0),
pode-se concluir que o produtor poderá continuar
produzindo por determinado período, embora com um
problema crescente de descapitalização (prejuízo
econômico).
Taxa Interna de Retorno (TIR) – Este indicador de rentabilidade do projeto tem como
referência a taxa mínima de atratividade(TMA) ou taxa de remuneração do capital.
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Quando a TIR é inferior à TMA, o empreendimento não é viável e vice-versa. Quando
os dois indicadores se igualam o projeto tem retorno econômico equivalentes, sendo
indiferente a aplicação dos recursos em projetos produtivos ou em aplicação na
caderneta de poupança. Para projetos rurais de pequenos produtores se adota a taxa real
de juros de 6% a.a. que a remuneração da caderneta de poupança. Para projetos de
médios e grandes produtores a TMA normalmente adotada é a taxa de juros real
adotada nas principais linhas de crédito rural para a caprino-ovinocultura.
Relação Benefício Custo (B/C) – É a relação entre o valor presente das entradas e das
saídas que aparecem no fluxo de caixa líquido. Quando esta relação é superior à
unidade o empreendimento é atrativo.
Esta análise será feita aqui por duas razões. Uma porque os modelos-tipo
estudados são representativos de um grande grupo de caprino-ovinocultores caracterizando
um sub-setor do agronegócio regional. O outro é em razão de o Banco do Nordeste exigir
nos projetos que demandam financiamento rural e pecuário, a análise econômica ou social
do pleito por meio de seu Sistema de Elaboração e Análise de Projeto-SEAP.
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A análise de sensibilidade que, modo geral, é uma análise de riscos, apresentará
alternativas de rentabilidade para variações para mais e para menos em componentes de
custos e receitas numa perspectiva probabilisticamente aceitáveis.
Pelo exposto, recorreu-se a uma séries de fontes primárias e secundárias para obter
informações no sentido de delinear os sistemas de exploração ou modelos-tipo tradicionais
e/ou emergentes que melhor retratem a realidade atual e perspectivas futuras. Procurou-se,
portanto, conhecer o perfil dessas unidades produtivas que, em seu conjunto, reflete o que
em estatística descritiva é denominado de “Moda”, que é uma medida de tendência central.
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a) pesquisa exploratória com visita aos pólos de maior concentração de ovinos e
caprinos, onde já há uma certa convergência de determinados atributos nas
unidades de exploração destes animais. Foram visitados as regiões de Tauá,
Sobral/Morrinhos, Quixadá e Baixo Jaguaribe, no Ceará, e Lages/Afonso
Bezerra/Angicos e Assu, no Rio Grande do Norte. Nessas viagens foram
visitadas mais de 30 propriedades, de vários portes, assentamentos do
Programa de Reforma Agrária e associações de produtores de ovinos e caprinos.
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4. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS MODELOS-TIPO
Pode-se afirmar que este modelo-tipo é caracterizado por uma exploração semi-
intensiva com baixa suplementação alimentar, pastagem sem uso de irrigação com o
suporte alimentar proveniente de um sistema agrosilvipastoril de baixo nível tecnológico.
Este modelo tem maior freqüência de uso na região do cariri ocidental da Paraíba
sendo o município pólo Monteiro. A produção do leite é destinada ao Programa do
Governo e aos laticínios locais para produção de leite longa vida, queijos e iogurtes. A
atividade tem um bom nível de integração com todos os elos da cadeia produtiva. O perfil
sócio-cultural dos produtores(pequenos e médios) é razoável para o padrão da caprino-
ovinocultura regional, o nível tecnológico é caracterizado por animais com bom padrão
genético, o controle sanitário, o manejo reprodutivo e das pastagens são razoáveis. O
rebanho gira em torno de 150 animais.
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O manejo genético, sanitário e de pastagens é incipiente o que torna a atividade
tecnologicamente muito baixa. A gestão das propriedades é precária e feita por
agricultores familiares de baixo poder aquisitiva e nível educacional.
Os pastos cultivados geralmente tem o suporte da irrigação e são usados tanto para
produção de silagem e feno como para pastejo direto. O pasto nativo é a caatinga raleada e
melhorada que é explorada, quase que exclusivamente, durante a quadra invernosa, sendo
portanto a fonte alimentar predominante por ser a de menor custo. O manejo dos animais no
pasto é feito durante o ano por meio de piquetes(divisão de pastos), inclusive os bancos de
proteínas.
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4.2. Emergentes
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c) cria e recria de matrizes e reprodutores
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5. ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA DE DOIS MODELOS-TIPO
SELECIONADOS
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5.2. Análise financeira dos resultados obtidos para o modelo-tipo “Produção de
Leite de Cabra por Agricultores Familiares”
Sendo uma atividade leiteira, o percentual da receita com leite foi de 88,5% e o
percentual restante é decorrente da venda de animais descartados e de animais com até dois
meses de vida. A receita operacional foi de R$ 21.096,71 no ano, correspondendo a R$
1.758,06 por mês para uma produção diária de 50 litros. A produção média por cabra é de
um litro/dia.
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A recuperação dos investimentos adicionais no valor de R$ 26.650,00 (Tabela 3)
dar-se-á em 7,3 anos e caso tais investimentos tenham sido tomados no BNB-FNE, num
prazo de 10 anos com encargos igual a zero por ser pequeno produtor localizado no semi-
árido nordestino, o reembolso seria de R$ 2.650,00/ano comprometendo 51,8% da margem
líquida que é uma situação confortável para o produtor e plenamente aceita pelos bancos
financiadores.
A renda disponível familiar mensal que é composta pela margem líquida e pela
remuneração da mão-de-obra familiar é de R$ 1.276,00 sem considerar o pagamento do
empréstimo bancário e, R$ 1.059,47 considerando este desembolso.
Tabela 2
22
Na Tabela 3 encontra-se a composição dos investimentos totais concebidos para o
modelo-tipo em análise. Estabeleceu-se, como é comum acontecer em atividades rurais,
que o produtor possui, a priori, a infra-estrutura básica para o empreendimento composta
de terra nua e algumas benfeitorias totalizando um valor de R$ 28.350,00. Os novos
investimentos necessários a viabilização do modelo-tipo selecionado seguem os parâmetros
técnicos e de custos que o Banco do Nordeste exigiria para financiá-los. O valor dos novos
investimentos é de R$ 26.650,00 que, somados aos investimentos pré-existentes, chega-se a
um capital empatado de R$ 55.000,00. Referido empreendimento seria implantado numa
área de, no mínimo, 100 há com um rebanho total de 96 cabeças. Do total do efetivo, 71
são cabras em lactação (50 cab.) e secas (21 cab.).
Tabela 3
Sub-Total 28.350,00
Novos Investimentos
Animais 9.600,00
Aprisco 10.000,00
Kit Ordenha 150,00
Cerca 4.000,00
Forrageira 700,00
Motocicleta 2.000,00
Pequenos Equipamentos para Manejo 200,00
Sub-Total 26.650,00
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5.3. Análise financeira dos resultados obtidos para o Modelo-Tipo “Produção
de Carne de Ovinos/Caprinos por Agricultores Familiares”
Assim como na análise da Tabela 3, para a análise dos dados contidos na Tabela 4,
os procedimentos foram os mesmos mudando-se apenas as fontes de informações que são a
Tabela 5 e os anexos 2, 4 e 5. Já a zona de produção que serviu de base para o modelo-tipo
em referência foi a região dos Inhamuns que é o maior pólo de produção de ovinos e
caprinos do Ceará e onde já existe um padrão de exploração muito semelhante a outras
zonas produtora do Nordeste.
A atividade fim do modelo é produção de carne com uma proporção de 60% ovinos
e 40 caprinos. Além da receita com a venda de animais vivos ao preço de R$ 2,20 o quilo,
computou-se também a receita com venda de esterco e um décimo do valor da variação
patrimonial decorrente do aumento de rebanho na estabilização, considerando um fluxo de
10 anos do projeto.
O preço da carne adotado foi uma média de R$ 2,20 para o quilo do animal vivo. O
grosso dos animais são vendidos com idade superior a um ano e com peso médio de 40
quilos. Os animais são vendidos sem uma programação prévia nem contratos de
fornecimento e seu custo de produção total é de R$ 1,73 o quilo de peso vivo.
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A renda disponível familiar mensal que é composta pela margem líquida e pela
remuneração da mão-de-obra familiar é de R$ 942,07 sem considerar o pagamento do
empréstimo bancário e, R$ 691,51 considerando este desembolso.
Tabela 4
Demonstrativo de Custos, Receitas e Medidas de Resultado do Modelo-Tipo
“Produção de Carne de Ovinos e caprinos por Agricultores Familiares”
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para o empreendimento composta de terra nua e algumas benfeitorias totalizando um valor
de R$ 50.350,00.
Tabela 5
Sub-Total 50.350,00
Novos Investimentos
Animais 11.400,00
Aprisco 4.500,00
Silo para 50 toneladas 1.400,00
Implantação de Capineira 1.368,00
Equipamentos de Irrigação 3.000,00
Cerca 4.000,00
Forrageira 700,00
Motocicleta 3.500,00
Pequenos Equipamentos para Manejo 200,00
Sub-Total 30.068,00
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6. ANÁLISE DOS RESULTADOS OBTIDOS A PARTIR DOS FLUXOS DE
CAIXA FINANCEIRO E ECONÔMICO PARA OS DOIS MODELOS-TIPO
SELECIONADOS
O fluxo de caixa financeiro deste modelo-tipo foi construído com base nos mesmos
pressupostos e procedimentos adotados para obtenção dos resultados contidos na Tabela 2,
sendo que o contido na referida tabela correspondo ao ano 4 do fluxo de caixa apresentado
na Tabela 7.
27
Tabela 6
28
Tabela 7
29
Continuação da Tabela 7
30
6.2. Modelo-Tipo “Produção de Carne de Ovinos/Caprinos por Agricultores
Familiares”
Assim como na análise do modelo-tipo para leite, a mesma análise pode ser feita
aqui quando se constata que para uma taxa mínima de atratividade de 6% e a TIR fosse
igual a este percentual o investidor seria indiferente quanto a opção de investir na
caprinocultura ou na caderneta de poupança. Como a TIR foi de 23,675 fica patente a
decisão acertada doem apostar na caprinocultura de leite pelos bons retornos oferecidos.
Tabela 8
31
Tabela 9
32
Continuação da Tabela 9
9.740,00
14.103,72 14.103,72 14.703,72 14.103,72 14.103,72 14.703,72 14.103,72
0,00 0,00 600,00 0,00 0,00 600,00 0,00
600,00 600,00
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6.3. Análise comparativa entre os resultados financeiros e econômicos a partir dos
fluxos de caixa para os dois modelos-tipo selecionados
Aqui a análise do fluxo de caixa é feita sob o ótica econômica ou social, sendo os
modelos-tipos considerados como representativos do universo de caprino-ovinocultores, ou
seja, numa perspectiva macroeconômica.
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7. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
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8. ANEXOS
Capacidade de Suporte
Item Hectares UA
Caatinga Nativa 80,0 9,6
Restolho de Culturas 1,0 0,2
Cultura da Algaroba (vagem) 0,5 0,2
Área de Construção 1,5
Reserva Legal 17,0
Total da Área 100 10,0
Receita na Estabilização
Item Valor (R$)
Descarte de Matrizes 700,00
Desfrute de Crias 1.712,00
Leite Produzido no Ano 18.684,71
Total da Receita 21.096,71
Animais na Estabilização
Categoria Quantidade
Reprodutor 2
Matriz 71
Crias 12
Fêmea Jovem 11
Total 96
Referente em UA/ano 8,34
Total UA (+30%) 10,0
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ANEXO 2 – Indicadores Técnicos, Zootécnicos e Econômicos para o Modelo-Tipo
“Produção de Carne de Caprinos/Ovinos por Agricultores Familiares”.
Capacidade de Suporte
Item hectares UA/hectare
Pastos Nativos Melhorados 144,9 17,38
Capim de Vazante/Irrigação 1,5 3,0
Restolho de Culturas 2,0 0,4
Cultura da Algaroba (vagem) 2,0 0,8
Reserva Legal 38,6
Área de Construção 2,0
Cultura do Milho para Ração 2,0 2,0
Total da Área 193 23,6
Receita na Estabilização -
Item Valor
Descarte de Matrizes 2.640,00
Desfrute de Machos Jovens 7.040,00
Desfrute de Fêmeas Jovens 4.928,00
Variação Patrimonial – aumento do rebanho 240,00
Esterco Produzido no Ano 2.461,00
Total da Receita 17.309,00
Animais na Estabilização
Categoria Quantidade
Reprodutor 3
Matriz 100
Crias 156
Fêmea Jovem 21
Total 280
Referente em UA 18,4
Total UA (+30%) 23,92
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Anexo 3 – Demonstrativo dos Cálculos de Alguns Itens de Custos e Receitas Utilizados
no Modelo-Tipo “Produção de Leite de Cabra por Agricultores Familiares”
Investimentos Valor do Bem Vida Útil (anos) Conservação/Manutenção Depreciação Remuneração do Capital Investido Receita de Desinvestimento
Pré-Existentes
Infra-estrut. Hídrica R$ 5.000,00 25 R$ 50,00 R$ 120,00 R$ 300,00 R$ 2.000,00
Cercas R$ 4.000,00 5 R$ 40,00 R$ 320,00 R$ 240,00 R$ 800,00
Algaroba R$ 600,00 x x x R$ 36,00 x
Moradia R$ 6.000,00 25 R$ 60,00 R$ 144,00 R$ 360,00 R$ 2.400,00
Terra Nua R$ 12.750,00 x x x x x
Novos Investimentos
Motocicleta R$ 2.000,00 10 R$ 20,00 R$
160,00 R$ 120,00 R$ 400,00
Kit Ordenha R$ 150,00 10 R$ 1,50 R$
12,00 R$ 9,00 R$ 30,00
Cercas R$ 4.000,00 10 R$ 40,00 R$
320,00 R$ 240,00 R$ 800,00
Aprisco R$ 10.000,00 10 R$ 100,00 R$
800,00 R$ 600,00 R$ 2.000,00
Animais R$ 9.600,00 x x x R$ 576,00 x
Forrageira R$ 700,00 10 R$ 7,00 R$ 56,00 R$ 42,00 R$ 140,00
Equip. para Manejo R$ 200,00 10 R$ 2,00 R$ 16,00 R$ 12,00 R$ 40,00
Total R$ 55.000,00 x R$ 320,50 R$ 1.948,00 R$ 2.535,00 R$ 8.610,00
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Anexo 5 – Caracterização e Formação dos Valores dos Itens de Custos e Receitas
Utilizados nos Dois Modelos-Tipo Selecionados
ITEM DESCRIÇÃO
Aquisição/Venda de Animais Caprinocultura de Leite
Caprino/Ovinocultura de Corte
Compra: Matriz R$ 120,00
Reprodutor: R$ 600,00
Venda: Matriz R$ 130,00
Reprodutor R$ 150,00
Macho/Fêmea Jovem: R$ 2,20 kg/PV.
___________________________ __________________________________________
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custo é de R$ 491,00.
Sal Mineral Considerou-se que os caprinos consomem, em
média, oito gramas de sal mineral por dia. Já os
ovinos consomem, em média, dezesseis gramas de
sal mineral por dia. Considerou-se o preço do sal
mineral a R$ 0,30/kg.
Caprino/Ovinocultura de Corte
Vermifugação R$ 1,00 (2-4 vezes/ano)
Vacina Raiva R$ 0,55 (uma dose/ano)
Vacina Polivalente R$ 0,80 (uma dose/ano)
Verba de R$ 50,00/ano para outros gastos com
medicamentos.
Caprino/Ovinocultura de Corte
Energia R$ 276,00/ano (R$ 23,00/mês)
Combustível R$ 574,50/ano (0,5 L/dia de gasolina
colocados na moto).
Total: R$ 850,50/ano.
A energia contabilizada aqui se destina à forrageira e
às instalações.
40
1,5 homem/ano (um gerente/proprietário R$ 500,00;
0,5 trabalhador R$ 175,00).
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animais (mandioca, vagem de algaroba, capim,
milho, xique-xique).
Caprino/Ovinocultura de Corte
Utiliza-se para preparação da alimentação dos
animais (mandioca, capim, vagem de algaroba,
milho)
Pequenos Equipamentos para Abrange burdizzo, facão, baldes, ferro para
Manejo descorna, descascador etc.
Equipamentos de Irrigação Orçamento segundo BNB. Utilizam-se
equipamentos simples para irrigação.
Concentrados Utilizam-se múltiplas misturas com milho,
mandioca, sorgo, leucena, além de misturas já
prontas como farelo de soja, torta de algodão e
farelo de milho.
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Anexo 6 - Fluxo de Caixa Econômico do Modelo-Tipo “ Produção de Leite de Cabra
por Agricultores Familiares”
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Anexo 7 - Fluxo de Caixa Econômico do Modelo-Tipo “Produção de Carne de
Caprinos e Ovinos por Agricultores Familiares”
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9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
45
ROSANOVA, C. Fatores favoráveis e limitantes ao desenvolvimento da cadeia produtiva
da ovinocaprinocultura de corte no Brasil. UFL: Lavras-MG, 2004.
SOUZA NETO, J. de, ARAÚJO FILHO, J. A. & Sousa, F. B. de. Investment analysis of
meat sheep production under alternative management system in northeastern semi-arid.
Embrapa-caprinos, Sobral-CE, 2000.
46