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CONHEÇA A HISTÓRIA

E OS BASTIDORES DA

QUE ENCANTA O
MARCO ZERO DO RECIFE

CLIQUE E CONFIRA

O NATAL QUE PERDURA ELBA RAMALHO DÁ O TOM CONHEÇA AS VOZES


O ANO TODO NO CAIXA DE NATAL 2018 NA JANELA DA
CAIXA CULTURAL RECIFE
O NATAL QUE PERDURA O ANO TODO
A CAIXA Cultural Recife é um prédio com mais de dois mil m² distribuídos em
três andares, localizado no Marco Zero do Recife, cartão postal da capital per-
nambucana. Para um presente de Natal, seria um pacote um tanto grande, mas
o espaço tem lá a sua magia e o grande segredo é o projeto CAIXA de Natal.
Uma vez por ano todas janelas do prédio se abrem para presentear uma multi-
dão em número crescente a cada edição. O evento abre o calendário de festejos
natalinos na cidade e é gigante em dois fatores: público e inclusão social.

O ano era 2012 quando o projeto começou a ser desenhado por Luiz Carlos Filho,
o Lulinha. Ele sempre trabalhou com produção de eventos culturais e sonhava com
algo que pudesse fazer na sua época favorita do ano. Teve então a ideia da Cantata e
montou seu time em alguns encontros no mercado de trabalho e coincidências do acaso:
Diogo Leite, sócio na marca, e Antônio Mariano, “Tovinho”, músico pernambucano que as-
sumiu a produção musical. A primeira colaboração do novo sócio foi sugerir o guitarrista
pernambucano Paulo Rafael para apimentar a apresentação, já a do produtor musical foi
o local: a CAIXA Cultural Recife. “Tovinho estava de passagem a caminho de Olinda e
mandou uma foto para Diogo. Quando Diogo me mostrou, já disse ‘é esse o prédio”,
lembra Luiz Carlos Filho - Lulinha.

Depois de desenhado, o projeto foi inscrito no Programa de Ocupação dos Espaços da


CAIXA Cultural de 2013 e tornou-se real. Teve sua primeira edição na CAIXA Cultural Recife
em dezembro de 2014. “Era um desafio novo para todo mundo, pela primeira vez faría-
mos um evento voltado para fora do prédio, invertendo toda a lógica dos outros espetácu-
los feitos até ali. Todo o esforço valeu a pena. Foi um momento especial para o público e
para todos que participaram nos bastidores. Hoje sediamos um dos principais eventos na-
talinos da região”, explica Elton Rodrigues, gerente da CAIXA Cultural Recife.

O primeiro desafio com o projeto aprovado pela CAIXA era montar um coral e uma
orquestra para a apresentação. Através da indicação de uma empresa parceira, Lulinha
buscou o Movimento Pró-Criança, uma entidade sem fins lucrativos que tem como missão
promover o direito à cidadania de crianças, adolescentes e jovens em situação de risco ou
abandono.

A proposta foi recebida de braços abertos e não poderia chegar em melhor hora. A sede
do Movimento Pró-Criança tinha acabado de sofrer um incêndio, era a oportunidade de
renovação que a entidade beneficen-
te precisava para se reerguer. “Real-
mente o projeto CAIXA de Natal
chegou em um momento muito críti-
co, hoje vemos o evento como sendo
o principal acontecimento do ano. É
gratificante para nós que estarmos a
frente desta obra ao presenciarmos a
multidão que se concentra para
aplaudir nossos beneficiários. São
estes momentos que temos a certeza
que estamos no caminho certo”,
afirma Antônio Vicente, coordenador
das três unidades do Movimento
Pró-Criança.

Dessa forma a cantata CAIXA de


Natal foi além de um espetáculo, se
tornou um projeto de cunho social,
cultural, comercial e turístico antes
mesmo da primeira apresentação.
Lulinha e seus parceiros ainda foram
além. Propuseram um encontro
neste cenário: nomes da MPB junto
com as vozes do Pró-Criança.
No primeiro ano as crianças do Coral do Movimento Pró-Criança dividi-
ram os vocais com o convidado Ivan Lins. Aproximadamente 25 mil pes-
soas assistiram ao espetáculo gratuito. No ano seguinte, 2015, o
número de espectadores dobrou para ver as estrelas do Coral cantando
com Guilherme Arantes. Participaram das edições subsequentes Geraldo
Azevedo e Lenine.

O evento se tornou uma grande vitrine para o Coral do Pró-Criança, uma


oportunidade às crianças de terem uma noite encantada e para que um número
elevado de pessoas pudessem conhecer a entidade e seus projetos. “A CAIXA de
Natal tem um viés social muito forte por tudo aquilo que representa o ciclo natalino,
uma cantata e principalmente por essas crianças nas mais drásticas situações de vulnerabili-
dade. Então a mensagem que o projeto deixa é essa: é o Natal que perdura o ano todo. E a
gente passa isso através dessas crianças que deixam uma mensagem de paz”, finaliza Lu-
linha.

Espetáculo - Os primeiros 90 minutos do Natal são em Recife

A Cantata CAIXA de Natal tem cerca de uma hora e meia de apresentação. Anualmente
quase 40 crianças cantam nas janelas, todas protegidas com cabos de segurança, bem
como o artista convidado. O evento mobiliza policiais militares, conta com a brigada de
Bombeiros da CAIXA Cultural Recife para atendimento, banheiros químicos, posto de saúde
e ainda disponibiliza 1.000 cadeiras para idosos, área para cadeirantes e equipe treinada
para direcionar os que necessitam de acesso a estas áreas especiais.

“Como o projeto ocupa praticamente


todos os espaços do prédio, envolve a
participação de 100% da nossa equipe
no fim de semana. Técnicos, eletricistas…
até a equipe de atendimento, que tra-
balha junto com os pais e responsáveis,
cuidando da segurança das crianças e
ajudando nas trocas de figurinos entre
uma cena e outra”, afirma Elton Ro-
drigues, gerente da CAIXA Cultural
Recife. Tudo isso para que o público assis-
ta com tranquilidade o espetáculo que
em 2018 apresenta 24 canções nas vozes
do Coral do Movimento Pró-Criança, da
artista convidada e do dedilhar nas
cordas da guitarra de Paulo Rafael. O
músico recifense é um dos integrantes da
banda Ave Sangria, famosa por fazer
rock com fortes traços nordestinos. Ele é
embaixador da Cantata e figura carim-
bada em todas as edições.

A cantata é dividida em blocos: Interna-


cional, nacional, ópera-rock com o gui-
tarrista Paulo Rafael e faixas nordestinas,
entre elas o pastoril, manifestação fol-
clórica natalina típica da região. O rep-
ertório contempla músicas natalinas, regionais e faixas autorais dos convidados quando com-
positores. “Fazemos a abertura e começa o repertório mais erudito, às vezes alguma música
gospel também como “Oh Happy Day”, mas todo ano muda. O primeiro convidado é sempre
Paulo Rafael, ele traz um ou dois xotes, baião. Depois vem os pastoris e aí vem o convidado.
Eu tento encaixar a parte autoral dentro disso, nem sempre é muito fácil porque às vezes eles
não têm canção natalina, mas a gente sempre escolhe canções que falem de amor ao próxi-
mo, de tolerância, de solidariedade. Por fim a gente faz uma grande homenagem a cidade do
recife”, revela Tovinho.

Anualmente, a CAIXA de Natal começa pontualmente às 18h e o público é esperado a partir


das 16h.
NÚMERO DE ESPECTADORES

IVAN
LINS
2014

GILHERME
ARANTES

2 0 1 5

GERALDO
AZEVEDO
201
6

LENINE

2017

ESTIMA-SE

ELBA
RAMALHO
2018
ELBA RAMALHO DÁ O TOM NO
CAIXA DE NATAL 2018
Paraibana de coração pernambucano é a primeira mulher a ser
convidada pelo projeto e vem acompanhada do primeiro frevo no rep-
ertório da Cantata

Todos os anos a Cantata CAIXA de Natal tem a missão de tocar o público com uma
mensagem de paz. Os pequenos mensageiros do Coral do Movimento Pró-Criança em
2018 contam com o reforço de uma voz feminina para propagar amor pelas janelas da
CAIXA Cultural Recife, no dia 02 de dezembro. Pela primeira vez uma mulher é convidada
para o evento e Elba Ramalho foi a escolhida.

O objetivo da equipe de produção na escolha dos convi-


dados é manter as criançcas do Coral em contato com o
que há de melhor na MPB. Para receber Elba, foi montado
um repertório especial que vai apresentar inclusive, pela
primeira vez, um frevo. A expectativa da cantora, que
vem de uma turnê intensa de shows ao lado de Geraldo
Azevedo e Alceu Valença, no projeto O Grande Encontro,
é alta. “Já me apresentei com corais de crianças e sei
como é emocionante. É muito expressivo e simbólico
cantar com crianças. A música ganha uma outra di-
mensão. As vozes, os sorrisos e a alegria são contagi-
antes”, revela Elba.

Confira entrevista com Elba Ramalho sobre o projeto:

CAIXA - Você já conhecia a Cantata CAIXA de Natal?


Como foi para você receber este convite e ser a pri-
meira mulher a participar?

Sim, em uma ocasião eu estava no Recife e vi uma


matéria linda sobre o evento. Me sinto honrada com o
convite, não sabia que eu era a primeira mulher a partici-
par, mas arrisco dizer que já estava na hora de uma
mulher ser convidada. Principalmente em Pernambuco
que tem tantas cantoras maravilhosas.

CAIXA - O que o público pode esperar do repertório na apresentação?

Vai ser uma grande festa, tem o lado religioso, o lúdico, a MPB e a raiz pernambucana.
Estou bem contente com os arranjos que o maestro Tovinho me encaminhou. Prefiro não
dizer o nome das canções que vamos cantar, aguardem pelas surpresas.

CAIXA - O projeto tem o objetivo de deixar uma mensagem de paz ano após ano e
este ano é uma mulher a levar essa mensagem. Quem é a Elba Ramalho mulher e o
que ela tem a dizer a outras mulheres?

Pergunta difícil, mas sou uma mulher brasileira, mãe, trabalhadora que confia em Deus e
tem muita fé. Tenho o privilégio de levar alegria para as pessoas, por meio do meu canto.
Tenho Nossa Senhora como a minha maior inspiração e desejo que todas as mulheres sigam
seus exemplos e prezem pela vida.

CAIXA - Você é a Diva do Nordeste para a imprensa, tem uma legião de fãs, um tra-
balho junto a Igreja e também shows beneficentes. Você sente que ainda falta
alguma coisa na sua carreira?

Não sei dizer ao certo o que falta, tenho 40 anos de carreira e muito orgulho da minha tra-
jetória. A minha voz é um dom de Deus, que eu possa fazer bom uso dela sempre.
CONHEÇA AS VOZES NA JANELA DA
CAIXA CULTURAL RECIFE
Entidade sem fins lucrativos, o Movimento Pró-Criança chega a impactar 30
mil crianças com ações de inclusão social e ensino complementar

A imagem de crianças e jovens em situação de risco, abandono e vulnerabili-


dade assombra as ruas da Região Metropolitana do Recife. A invisibilidade social
e a sensação de impotência afaga os transeuntes ao redor. Há 25 anos uma pessoa
cansou dessa cena. O então professor Sebastião Barreto Campelo procurou a Arquidiocese
de Olinda e Recife e achou o apoio de dom José Cardoso Sobrinho para montar um proje-
to que contemplaria gerações com o acolhimento de crianças e jovens carentes para mini-
mizar as dificuldades vivenciadas por eles. Nascia o Movimento Pró- Criança. Hoje são
quase 30 mil crianças atendidas pelas mais diversas ações de inclusão social propostas
pelo projeto nos municípios de Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Paulista e Abreu
e Lima.

O Movimento Pró-Criança é uma entidade sem fins lucrativos ligada à Igreja Católica. O
projeto é mantido através do apoio de empresas, doações de pessoas físicas e, principal-
mente, do voluntariado. São cerca de 50 pessoas que diariamente dedicam um pedaço do
seu tempo para arrecadação financeira para os projetos sociais. “Toda a diretoria é vol-
untária, temos também voluntários nas atividades da cozinha, na Cantata, em serviços ad-
ministrativos. Foi a partir do voluntariado que surgiu o Movimento Pró-Criança, portanto é
uma das ações mais importantes para o projeto”, afirma Antônio Vicente, coordenador das
três unidades do Movimento Pró-Criança. Além disso, a entidade conta com funcionários
para o atendimento nas áreas de gestão, psicologia, catequização e também nas funções
de motorista, recepcionista, entre outros.

As ações de inclusão social e formação complementar são para jovens e crianças de até YY
anos e ocorrem nas sedes do Movimento Pró-Criança (nos bairros da Região Metropolitana
do Recife: Piedade, Coelhos e Bairro do Recife). São oferecidas às crianças aulas e cursos
de canto coral, letramento, judô, artes plásticas, evangelização, catequese, recondiciona-
mento de computadores, web design, robótica, secretariado, auxiliar administrativo, recep-
cionista, dança, balé, percussão, instrumentos de cordas, produção de eventos. São ativi-
dades educacionais, complementares e psicossociais com o objetivo de inserir as crianças
no mercado de trabalho.

O Coral do Movimento Pró-Criança é uma das ações dentro do projeto e já está na ativa
há 13 anos. Ao todo são 55 crianças e adolescentes, com idade entre oito e 23 anos, en-
volvidos em aulas de canto ao longo de todo o ano. Eles trabalham um repertório popular
e erudito de modo que sejam preparados a atuar no mercado de trabalho cantando. Do
grande grupo são selecionados os pequenos que são convidados a brilhar nas janelas da
CAIXA Cultural Recife, na Cantata CAIXA de Natal. “Esse ano irão participar 38 crianças e
jovens que cresceram dentro do Coral. Todo
ano temos crianças novas no evento, os critérios
de escolha são vários: afinação, comprometi-
mento durante o ano, assiduidade, comporta-
mento e decorar todo o repertório”, explica
Otávio Goes, fundador do Coral.

O espetáculo começa a ser planejado lá no mês


de agosto, quando iniciam os ensaios. As cri-
anças passam ainda por aulas de dança e co-
reografia para a apresentação nas janelas da
CAIXA Cultural Recife. O grupo está acostuma-
do a rotina de ensaios. Chegam a fazer de 45 a
50 apresentações em um ano em missas, con-
gressos nacionais e internacionais, empresas e
cantatas de Natal que chegam a mais de 25
convites. “Tivemos a honra de dividir palco com
artistas locais e nacionais, entre eles Nono Ger-
mano, Cristina Amaral, Liv Moraes e os nacio-
nais: Ivan Lins, Guilherme Arantes, Geraldo
Azevedo e Lenine. É sempre uma honra estar com esses artistas mara-
vilhosos, nossa agenda está com eventos até Dezembro e já comecei
a analisar cada convite para não deixar de cumprir nenhum”, afirma
Goes.

O Coral do Movimento Pró-Criança tem aulas de canto três vezes na


semana para os participantes que costumam entrar com idade entre sete
e 15 anos e crescem no grupo. Alguns continuam atuando dentro da enti-
dade e passam para outros projetos. No caso do Coral, muitos são encaminha-
dos para o Grupo de Câmara, um coral de jovens de nível mais aprimorado.

Seja um participante Seja um doador Seja um voluntário

Para fazer parte do Coral ou Para fazer doações, o Movi- Para ser voluntário precisa
de qualquer um dos grupos mento Pró-Criança conta fazer uma inscrição para um
de serviços que a entidade com as campanhas Clarear curso, participar da for-
oferece, é muito simples. (CELPE), Conta Comigo mação.
Basta que o responsável leve (Compesa), Telemarketing,
um comprovante de vínculo Lei Rouanet, Doação direta
escolar do interessado, fotos com emissão de recibo, de-
3x4, o registro de nascimento pósito em conta.
e escolha no ato da matrícula
qual curso deseja matricular
o beneficiado.

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