Você está na página 1de 17

REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DE LIBRAS NA ESCOLA

KUFF, Caroline Aparecida Santos. Ponta Grossa


carol.kuff@gmail.com
RODRIGUES, Patrícia. Ponta Grossa
pathriciaog@hotmail.com
Orientação: Profª Me. Izabelle de Almeida

RESUMO
Ao pensarmos em inclusão social, percebemos que a maioria das pessoas surdas,
não conseguem comunicar-se facilmente, pois a Língua Brasileira da Sinais não é tão
abrangente. A partir dessa reflexão, surgiu o seguinte questionamento: como ocorre
a inclusão do aluno surdo na Educação Básica? Sendo assim, esta pesquisa tem
como objetivos: a) identificar na legislação os documentos que têm por finalidade
garantir a inclusão do aluno surdo no sistema regular de ensino; b) compreender como
ocorre a acessibilidade dos alunos no espaço escolar; c) refletir sobre a importância
do ensino de Libras na educação básica. A proposta de estudo foi realizada por meio
de pesquisa qualitativa, de cunho bibliográfico, trazendo aspectos da legislação e
autores que debatem sobre a educação de surdos, visando a melhor compreensão
sobre a inserção do aluno surdo na educação básica e sua inclusão dentro de salas
de aula. A pesquisa busca contribuir com a conscientização sobre a importância de
libras na educação básica, pensando na educação inclusiva de forma efetiva, e assim,
a melhor socialização das pessoas surdas.

Palavras-chave: Libras. Inclusão. Surdos.

INTRODUÇÃO
Durante muitos anos as pessoas com deficiências não eram vistas pela
sociedade como sujeitos de direitos, muitas eram esquecidas, escondidas e muitas
vezes mortas pela própria família por medo da represaria que sofriam.
A interação entre professores e alunos surdos, e alunos surdos com alunos
ouvintes é uma das dificuldades dentro das instituições escolares, pois o
desenvolvimento social e emocional do aluno não ouvinte é afetado pela falta de
compreensão para com os demais colegas, porém outros fatores também interferem
na formação desses alunos, como a falta de suporte disponível na escola, materiais
não inclusivos, tutores preparados para receber esses alunos e diversos outros
aspectos. As escolas são vítimas dessa falta de suporte, assim como os alunos, pois

1
quando ingressa um aluno com deficiência auditiva em sala de aula, o corpo docente
e a equipe pedagógica fazem o possível para que a inclusão seja de fato exercida,
mas nem tudo depende apenas da escola, professores e equipe para acontecer, são
aspectos extrapolam a competência escolar.
Os desafios com a acessibilidade ainda são muitos. Nas escolas públicas são
contempladas várias disciplinas extremamente importantes, como: português,
matemática, história, geografia, língua inglesa, porém, o ensino de Libras não está
inserido como uma disciplina. Isso torna-se uma dificuldade tendo em vista que as
escolas não tem um suporte para incluir esse aluno de fato.
A partir dessa reflexão, surgiu o seguinte questionamento: como ocorre a
inclusão do aluno surdo na Educação Básica? Sendo assim, tem-se como objetivos:
identificar na legislação os documentos que têm por finalidade garantir a inclusão do
aluno surdo no sistema regular de ensino; compreender como ocorre a acessibilidade
dos alunos no espaço escolar; refletir sobre a importância do ensino de Libras na
educação básica.
A proposta seguirá uma abordagem qualitativa, com base em uma pesquisa
bibliográfica, sendo que primeiramente será realizada uma revisão histórica e
documental a partir da legislação educacional brasileira e dos estudos que
fundamentam a educação inclusiva, em especial a inclusão de deficientes auditivos.
Macedo (2006) relata que é importante:

[...] para o pesquisador tentar colocar-se na posição de ator, isto é, fazer um


esforço para perceber o mundo do outro a partir do ponto de vista deste; do
contrário, jamais terá acesso ao que estamos denominando de âmbitos de
qualidade. (MACEDO, ibid, p.38)

Os autores que serão estudados e aprofundados para melhor decorrer esse


artigo serão: Carvalho (2007), Lima(2014) Rocha (2005), Rogoff (1998), Salles (2004),
Santos (2006), Santos S. (2019), Sofiato e Reily (2011), Vygotsky (1984 – 1998 –
2001).
Dentro do contexto social das crianças e adolescentes que a rede pública de
ensino atende é de grande valia esse aprendizado sobre as dificuldades e realidades
de alunos inseridos dentro de sala de aula e desafios encontrados para formação
desses alunos com deficiências auditivas, pois tornará a nossa sociedade mais
equidaria, possibilitando a inclusão social significativa para as deficientes e ouvintes,
para a interação de ambas as partes, fazendo com que esses alunos não sejam
apenas números dentro de uma escola e sociedade.

2
A pesquisa vem a contribuir com a conscientização sobre a importância de
libras na educação básica, pensando na educação inclusiva de forma efetiva, e assim,
a melhor socialização dos deficientes auditivos.

2. HISTÓRICO DOS SURDOS NO BRASIL


O primeiro relato sobre os surdos foi identificado na antiguidade mais
precisamente pelo povo Hebreu e eles eram adorados como deuses. Mas diferente
dos Hebreus outras religiões consideravam essas pessoas amaldiçoadas, diabólicas
e que traziam mau agouros, sendo assim tratados como inválidos dentro da
sociedade, o que muitas vezes levava a condenação de morte para essas pessoas.
Santo Agostinho1 achava que os gestos que os surdos realizavam na tentativa de se
comunicar era em si a oralidade deles. Entender a trajetória histórica dos surdos na
sociedade, nos leva a entender suas realidades nos dias de hoje, quais são seus
direitos e as leis que os amparam, e toda sua evolução durante o decorrer dos anos.
Em 673 d.C., o primeiro professor de surdos foi registrado, o arcebispo John of
Beverley, de York, ensinou os surdos a falarem de forma compreensiva, na época
considerado um milagre, mas o método que ele utilizou foi desconsiderado. (DUARTE,
2011).
Com o período do extermínio muitas famílias sentiam vergonha, repúdio,
preconceito com as crianças que nasciam surdas, pois muitas eram mortas ou então
passavam sua vida escondidas, afinal a sociedade em sua totalidade entendia que
esse nascimento era uma maldição.
Após isso, na Europa, em meados do século XV, entre “os sacerdotes médicos”
surgiram os educadores, que desenvolveram métodos de trabalhar com os surdos.
No século XVI, Girolamo Cardano, médico de Pádua, (1501 – 1576), propôs
ensinar os surdos por meio do uso de símbolos, que levou a melhor compreensão
social desses indivíduos, deixando como legado que os surdos são ensináveis e aptos
ao convívio social. (ROCHA, 2005; CARVALHO, 2007).
Por volta do século XIX, são identificadas duas fases para a concepção e
tratamento da deficiência: integração e inclusão, elas tinham como marco a defesa da
vida e dos direitos às pessoas com deficiências. “As fases de integração e inclusão
são contemporâneas e sintetizam marcos na defesa e promoção de direitos humanos

1
Santo Agostinho, também conhecido como Agostinho de Hipona, nasceu em Tagaste, cidade da Numídia (hoje
Argélia). Nascido em 13 de novembro de 354 e o seu falecimento foi em 28 de agosto de 430, aos 75 anos, na
Hipona, África. Suas obras foram: Confissões entre 397 e 398; Cidade de Deus em 413;

3
às pessoas com deficiência. O que diferencia é o papel desempenhado pela
sociedade” (FERNANDES, 2019, p.34).
No Brasil a educação dos surdos iniciou com a vinda do professor francês
Ernest Huet ao Rio de Janeiro, nascido em Paris no ano de 1822. Estudou e formou-
se professor no Instituto Nacional de Surdos de Paris, seu objetivo era criar uma
escola para surdos, com o método de Comunicação Total, a qual segundo Santos
(2006, p.5) “tinha como objetivo aumentar as possibilidades de comunicação dos
surdos no meio familiar e escolar, possibilitando, dessa forma, construir conceitos
sobre si mesmo e sobre o seu meio. ”
Huet veio da França a pedido de Dom Pedro II, que gostaria que seu neto que
era surdo fosse ensinado com esse método. Em 1855 o professor Huet apresentou
um relatório com a criação da escola para os surdos, mas isso só seria possível se o
Império arcasse com as despesas. Dom Pedro II, em setembro de 1857 aceitou e
fundou o IISM – Imperial Instituto dos Surdos-Mudos, que oferecia uma educação
alinhada às metodologias educacionais que atendessem as necessidades dos surdos
brasileiros. Nesta época foi instituída uma língua de sinais padronizada para que os
surdos brasileiros pudessem se comunicar e aprender de forma eficaz.
A língua de sinais se espalhou por grande parte do território brasileiro, uma vez
que os surdos voltavam a seus estados de origem quando concluíam os estudos e
ensinavam os outros surdos, o que haviam aprendido. Outro fator que contribuiu para
essa disseminação foi a publicação do livro Icobographia dos Signaes dos Surdos-
Mudos, de autoria de José da Costa Gana, um ex-aluno do INES - Instituto Nacional
de Educação de Surdos. Essa publicação foi feita na forma de desenhos litográficos,
segundo Sofiato e Reily (2011, p.632)

[...] a obra de Flausino constituiu-se basicamente de 382 estampas,


compostas por imagens referentes aos sinais que foram escolhidos para
compor o léxico e pelos verbetes em língua portuguesa correspondentes aos
significados desses mesmos sinais.

Em 1987, criou-se a Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos


(FENEIS) através da qual os surdos passaram a reivindicar a presença da Língua de
Sinais em locais públicos e em espaços educacionais. Com isso houve o
reconhecimento e oficialização da Língua de sinais como meio de comunicação e
expressão dos surdos brasileiros, sendo sancionadas lei 10.436, pelo presidente
Fernando Henrique Cardoso e regulamentada pelo Decreto 5.626, de 22 de dezembro
de 2005. Essa lei foi conhecida como Lei de Libras, que destaca a sua inclusão nos

4
sistemas educacionais públicos e privados, em suas esferas estaduais, municipais e
federais, em toda a educação básica e no nível superior.
Com a Constituição Federal (BRASIL, 1988), o direito à educação foi previsto
para todos, independentemente de classe social, raça, etnia, deficiência, ou quaisquer
outras formas de dividir os seres humanos e excluir as minorias.

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será


promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação de trabalho. (BRASIL,1988)

Em 1990 essa lei foi reforçada com a Declaração Mundial sobre Educação Para
Todos (UNICEF, 1990) ambas têm em comum o alcance da educação para todas,
contribuindo para a garantia de todos os indivíduos frequentarem este espaço.
A inclusão das crianças surdas nas escolas tem como meta colocar a criança
em condições sociais de interação com ouvintes, explorando ao máximo suas
condições sócio cognitivas para acesso aos bens culturais.
Segundo Vygotsky (1984, p.26), o desenvolvimento cognitivo do aluno se dá
por meio da interação social. A partir das contribuições de Vygotsky entendemos a
importância da interação com o outro e com o meio que o cerca para a sua
aprendizagem, mas se a criança surda não é compreendida em sua língua, não terá
seu desenvolvimento completo como é de direito. A Língua Brasileira de Sinais é o
caminho que interliga os ouvintes e os surdos “a unidade dialética desses sistemas
no adulto humano constitui a verdadeira essência no comportamento humano
complexo”
A Língua Brasileira de Sinais, abrange as possibilidades de comunicação entre
diferentes seres humanos com diferentes bagagens de aprendizados, mas com o
mesmo direito de aprender no mesmo tempo.
As crianças surdas, utilizam a língua gestual revelando melhor aproveitamento
da maturação e desenvolvimento das estruturas cognitivas. A interação entre o círculo
familiar, social e de pares oportunizam experiências que facilitam a acomodação e a
assimilação de novos conceitos. Segundo Salles (2004), se a criança surda não
desenvolver a Língua de Sinais, ela tem sua abstração reflexiva comprometida, pela
severa imitação na fala oral.
Sendo reconhecidas como sujeitos de direitos, as pessoas com deficiência têm
o mesmo direito a educação, como garantido nas leis educacionais. E estas devem
atender as suas singularidades.

5
No ano de 1994 ocorreu a conferência Mundial sobre Educação, na cidade de
Salamanca, na Espanha, onde foram discutidas diretrizes básicas para a Formulação
e reforma políticas e sistemas educacionais considerando o movimento de inclusão
social. O documento ficou conhecido por “Declaração de Salamanca”, é considerado,
juntamente à Convenção de direitos da Criança (1998) e à Declaração de Educação
para Todos (1990), um dos principais documentos relacionados à educação Inclusiva.
Percebemos que a Declaração de Salamanca, no subtítulo Orientações para
ações em níveis regionais e internacionais, no 7º e 8º tópico relata:

O princípio fundamental da escola inclusiva é o de todas as crianças deveriam


aprender juntas, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças
que possam ter. As escolas inclusivas devem reconhecer e responder às
diversas necessidades de seus alunos, acomodando tantos estilos como
ritmos diferentes de aprendizagem e assegurando uma educação de
qualidade a todos através de currículo apropriado, modificações
organizacionais, estratégias de ensino, uso de recursos e parceria com a
comunidade (...) Dentro das escolas inclusivas, as crianças com
necessidades educacionais especiais deveriam receber qualquer apoio extra
que possam precisar para que se lhes assegure uma educação efetivas (...)
(SALAMANCA, 1994, p.5)

Apesar da Conferência Mundial sobre Necessidades Especiais ter sido


promovida pelo governo espanhol em colaboração com a UNESCO, a Declaração de
Salamanca repercutiu de forma significativa que foi incorporada às políticas
educacionais de diversos países, incluindo o Brasil. Em 1996 a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional, lei nº 9394/96 (BRASIL, 1996), visando melhor inserção
de pessoas com necessidades especiais à sociedade, determinou que estudantes
com quaisquer tipos de necessidades fossem incluídos em escolas consideradas
normais, o que abrangeu o grupo de crianças e adolescentes surdos.
No entanto, a diferença entre Línguas maternas não foi considerada (sendo
providenciado, no máximo um interprete Português-Libras e vice-versa) o que,
juntamente a falta de preparo dos educadores, tem acarretado uma maior dificuldade
de estudantes surdos aprenderem onde a maioria é ouvinte.
Um avanço significativo na educação de surdos, foi a inclusão de tutores para
acompanhamento dos alunos surdos nas aulas. Porém, a relação social entre
alunos/alunos é uma barreira dentro da instituição, afinal muitas vezes os alunos não
sabem como realizar essa troca com crianças que sejam surdas, afinal não se tem o
conhecimento sobre isso até estar nessa realidade.
Esse ensino é de extrema importância para que a inclusão social seja efetiva,
assim as pessoas surdas passam a ser compreendidas, e não apenas inseridas dentro

6
da sociedade e das escolas. Nas escolas de ensino fundamental ao médio já damos
passos largos em relação a essa “deficiência social”, pois os alunos contam com
intérpretes que repassam o conteúdo a eles, porém na relação social dos surdos a
dificuldade de se relacionar é imensa, pois seus colegas de sala não conseguem se
relacionar com eles de forma clara, afinal o ensino é voltado diretamente para o aluno
e não para a classe, o que acaba ocasionando um certo distanciamento, o qual a
escola faz sempre o possível para que essa barreira seja derrubada.
No Brasil existe aproximadamente 10,7 milhões de pessoas que tiveram
alguma perca auditiva, pois temos pessoas que nascem com a deficiência e outras
que no decorrer da vida perdem a audição por conta de algum problema de saúde ou
pela perda natural, considerando que 2,3 milhões com perda severa da audição, esses
números são trazidos pelo conjunto de estudos realizados pela Instituto Locomotiva e
a Semana da Acessibilidade Surda. A partir destes dados, entendemos a importância
da inclusão de Libras na educação básica, sendo que muitos estudantes conhecem
ou tem contato com algum surdo ou mudo em seu ambiente familiar, escolar e social
e mesmo assim acaba não sabendo se comunicar com essa pessoa.

2.1 ASPECTOS LEGAIS DA EDUCAÇÃO DE SURDOS NO BRASIL


Diante do histórico da Língua Brasileira de Sinais e demais deficiências, o
acesso de pessoas com deficiência no Ensino Regular é amparado por lei, tanto pela
Constituição de 1988 (BRASIL, 1988) quanto pela LDB de 1996 (BRASIL, 1996). A
legislação postula a oferta de suporte ao atendimento especializado às pessoas com
deficiência, não podendo excluir qualquer pessoa por ser diferente ou por ter
necessidades especiais.
A Educação inclusiva é apontada na LDB – Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional) nº 9.394/96 como educação especial. Em seu artigo 58 refere-se
a educação especial como uma modalidade de educação escolar oferecida
preferencialmente no ensino regular para alunos com deficiência, transtornos globais
de desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. Sendo assim, há por lei, a
garantia aos alunos com deficiência terem atendimento especializados que favoreçam
o seu desenvolvimento, respeitando suas peculiaridades.
Com a Lei n. 10.436, de 24 de abril de 2002, foi reconhecida a Libras como um
meio legal de comunicação e expressão, a Língua Brasileira de Sinais é uma estrutura
gramatical própria, constituem um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos,
oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil.

7
Art. 1º É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua
Brasileira de Sinais – Libras e outros recursos de expressão a ela associados.
Parágrafo único: Entende-se como Língua Brasileira de Sinais – Libras a
forma de comunicação e expressão, em que o sistema Linguístico de
natureza visual-motora, como estrutura gramatical própria, constituem um
sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de
comunidades de pessoas surdas do Brasil.

O Decreto n. 5.626/2005, regulamenta a Lei n.10.436, de 24 de abril de 2002,


que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, e o artigo 18 da Lei n.
10.098, de 19 de dezembro de 2000.
De acordo com seu artigo 2, o Decreto, define pessoas surdas e deficientes
auditivas: [...] considera-se pessoa surda aquela que, por ter perda auditiva,
compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais, manifestando
sua cultura principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais – Libras.
O aluno surdo ingressa na escola, sem estrutura para a sua deficiência e por
sua vez tinha que se adequar ao ambiente, porém isso devia ser ao contrário, pois o
ambiente deve se adequar a deficiência e as necessidades dessas pessoas com
deficiência, seja ela qual for.
Outro avanço significativo foi a lei 12.319, de 1 de setembro de 2010, em que
regulamenta a profissão de tradutor e interpretes de Língua Brasileira de Sinais.
No ensino superior a inclusão de Libras nos cursos de Formação de
professores demonstra um avanço e preocupação com esse assunto. O artigo 3º
(Decreto 5626/2005), estabelece a inclusão da Libras, como disciplina curricular
obrigatória nos cursos de formação de professores com exercício no magistério, em
nível médio e superior, e nos cursos de Fonoaudiologia, de instituições de ensino
públicas e privadas, de todo o sistema. Estabelece também, a Libras como disciplina
optativa nos demais cursos de educação superior.
. Ao se deparar com alunos com deficiência auditiva, os docentes buscam
adaptar-se ao “novo”, tendo um grande desafio a ser enfrentado em busca de novos
aprendizados para que a igualdade e a inclusão sejam efetivas dentro do ambiente
escolar. Portanto, ainda é necessário um aprofundamento e formação contínua em
relação a essa disciplina, pois muitos professores ainda apresentam dificuldades ao
concluir os cursos e não conseguem utilizar a Libras em sua prática docente.
Enfatizamos o Art. 14º do Decreto 5626/2005 que regulamenta a Lei nº 10.436,
de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o
art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000 (BRASIL, 2005) , oferece a
acessibilidade obrigatória que estabelece a obrigatoriedade, das instituições de
ensino, a garantir o acesso à comunicação, à informação e à educação às pessoas

8
surdas, nos processos seletivos, nas atividades e nos conteúdos desenvolvidos em
todos os níveis, etapas e modalidades. Deve também apoiar, na comunidade escolar,
o uso e a difusão de Libras entre professores, alunos, funcionários, direção da escola
e familiares.
Em seu 22º artigo do Decreto 5626/2005 (BRASIL, 2005), as Instituições
Federais de ensino responsáveis pela educação básica devem garantir a inclusão de
alunos surdos ou com deficiências auditivas, por meio da organização de escolas e
classes de educação bilíngue, abertas a alunos surdos e ouvintes, com professores
bilíngues, na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, ensino
médio ou educação profissional, como docentes das diferentes áreas do
conhecimento, cientes da singularidade linguística dos alunos surdos, bem como com
a presença de tradutores e interpretes de Libras.
Com o objetivo de propiciar a inclusão dos surdos, não apenas no âmbito
escolar, mas sobretudo no âmbito social em 2010 foi regulamentada a profissão de
intérprete por meio da Lei Federal 12.319, de 1º de setembro de 2010 - Profissão de
Tradutor e Intérprete Libras. Esta Lei regulamenta o exercício da profissão de
Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais, estabelecendo o perfil desse
profissional que se tornou o principal apoio na relação entre professor e aluno surdo.
Visando a organização das ações educacionais em nível nacional, o Plano
Nacional da Educação (PNE) (BRASIL, 2011) lança em 2011 a meta 4 com
orientações e estratégias referentes a educação dos surdos nas escolas:

Garantir a oferta de educação bilíngue, em Língua Brasileira de Sinais –


LIBRAS como primeira língua e na modalidade escrita da Língua Portuguesa
como segunda língua, aos (às) alunos (as) surdos e deficientes auditivos de
0 (zero) a 17 (dezessete) anos, em escolas e classes bilíngues e em escolas
inclusivas, nos termos do art. 22 do Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de
2005, e dos arts. 24 e 30 da Convenção Sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência, bem como a adoção do Sistema Braille de leitura para cegos e
surdos-cegos. (PNE, 2011).

Tendo a escola como um espação de interações e relações entre os sujeitos,


esta também se torna responsável em promover a inclusão de alunos surdos e atender
as suas necessidades. Porém, essa demanda também reforça a preocupação com a
estrutura organizacional administrativa capacitada para realizar a inclusão e garantir
os direitos já instituídos por lei.
A senadora Zenaide Maia (PROS-RN), presentou o projeto de lei (PL
5.961/2019) onde determina a adoção da Língua Brasileira de Sinais (Libras) no
currículo escolar do ensino fundamental e médio, na Rádio Senado a senadora relatou

9
a vivência de Anne Dryelly, de Santa Maria (DF), uma estudante surda, a qual serviu
de inspiração para o projeto de lei. O projeto está na Comissão de Educação (CE), se
aprovada na comissão não precisará passar por votação no Senado. (SENADO, 2019)

3. A INCLUSÃO DO ALUNO SURDO NA ESCOLA


Quando falamos de inclusão precisamos entender que existe uma diferença em
estar inserido e ser incluso na educação, inclusão remete algo mais amplo, de uma
inserção total e incondicional, já a inserção da ideia de algo parcial e condicionada a
possibilidade de cada um.
No projeto Serendipidade Henri Zylberstajn2, relata reflexões sobre o inserir e
o incluir, em um dos seus relatos ele traz a as definições de conceitos inserir x incluir,
inserir é matricular um aluno com deficiência na escola, pensando apenas nos fins
estatísticos. Já incluir, é fazer com que as necessidades deste aluno sejam
respeitadas e adequadas, de modo que ele consiga realizar as mesmas atividades da
maioria de seus colegas. Busca potencializar o aprendizado e o desenvolvimento do
aluno “especial”, gerando inúmeros benefícios não apenas para ele, mas para todos
que com ele conviverem. A inclusão não funciona sem a inserção. E a inserção sem
a inclusão não funciona para nada. (ZYLBERSTAJN, 2018)
Embora a legislação vigente assegure o direito à educação, buscando garantir
os direitos aos surdos como cidadãos, é visível os vestígios históricos de preconceito
e resistência nas práticas escolares e no processo de ensino e aprendizagem dos
surdos. Muitos são percebidos e avaliados pelos ouvintes, como deficientes e
incapazes de serem incluídos dentro do parâmetro da normalidade.
Infelizmente o que acontecem em muitas das vezes dentro da instituição
escolar é uma inserção do aluno surdo, e colocado esse termo como a inclusão da
deficiência, porém a uma grande diferença entre inclusão e inserção, o aluno inserido
na escola deve se adaptar as regras, ao modelo da instituição de ensino, e a inclusão
trata da escola se adaptar para receber o aluno com deficiência.
Percebemos que muitas são as propostas de ensino voltadas à inclusão de
surdos e raramente conseguem atender de forma plena suas reais necessidades.
Ainda são deixadas muitas lacunas, principalmente em relação a interação O que

2
Henri Zylberstajn é um engenheiro, CEO da SOLD Leilões, tem 3 filhos e depois que seu caçula (Pedro, o
“Pepo”) nasceu com síndrome de Down, ele e sua família se engajaram na causa de pessoas com necessidades
diferenciadas.

10
evidencia uma falha na comunicação social, que acontece principalmente por meio da
linguagem.
A Língua de Sinais passou por várias transições ao longo do tempo, porém
ainda percebemos uma defasagem em relação a sua importância e principalmente no
ensino de Libras na escola. Além do seu ensino não ser obrigatório, percebemos que
as ações efetivas de inclusão no sistema educativo, ainda não abrangem todos os
grupos.
De forma geral, o ensino de Libras busca sanar as necessidades do público
surdo em sua interação, trazendo mais acessibilidade, fazendo com que a sociedade
se torne bilíngue e a surdez passe a ser vista não como deficiência, mas como uma
cultura diferente. (LUZ, 2013).
A Declaração Mundial sobre a Educação para todos, traz elementos para
fortalecer a questão do ensino na Educação Especial, como uma modalidade que
requer uma formação docente e um empenho de toda a equipe pedagógica.
Lima (2014) salienta que, para a criança surda, o uso da língua de sinais é
essencial para o desenvolvimento e aprendizagem plena, sendo essa que é sua língua
materna.
A aprendizagem de LIBRAS possibilita às crianças surdas maior rapidez e
naturalidade na exposição de seus sentimentos, desejos e necessidades,
desde a mais tenra idade” (MEC/SEESP, 1997, p.31)

Com a aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais, os alunos surdos, tem o


direito de aprendizagem igual os alunos ouvintes, pois estão todos na mesma sintonia
e no mesmo tempo de transmissão dos conhecimentos.
De acordo com Salles (2004) a Língua de Sinais são de grande importância
dentro das escolas, pois esse é o método de instrução para os surdos. Os professores
devem estar cientes dessa necessidade da realidade. Salles (2004, p.67) afirma que
“o cérebro está neurologicamente equipado para adquirir língua, não necessariamente
a oral. ” Sendo assim, podemos dizer que a fala e o ouvir não são premissas para a
aquisição e o uso da língua, seja ela oral ou gestual.
Infelizmente, a sociedade em que vivemos precisa avançar muito em relação à
inclusão e ao olhar em relação às minorias. A possibilidade do ensino de Libras e as
reflexões sobre o seu ensino na escola, são de grande valia, pensando no
desenvolvimento destes alunos. Sendo um dever do Estado oportunizar a educação
para todos, este também deve intensificar e garantir o acesso e inclusão.
No estado do Paraná estão matriculados 1,9 mil estudantes com deficiência
auditiva, este número é contabilizado na rede estadual, a qual não se tem registro

11
desses números na rede municipal de ensino, assim sendo um número maior que o
número real de estudantes. Os alunos têm direito à mediação de profissionais
tradutores e intérprete de Língua Brasileira de Sinais. (SANTOS, S. 2019). Com esse
número, podemos observar que várias salas de aula contam com a mesma
dificuldade, esses alunos podem se sentirem excluídos ou com a sensação e
impotência em ter a necessidade de outra pessoa traduzir e interpretar aquilo que ela
gostaria de falar, por isso é a importância do ensino de Libras no âmbito escolar,
oportunizando a aprendizagem colaborativa e o desenvolvimento de forma integral.
A Língua Brasileira de Sinais possibilita a comunicação dos surdos mais efetiva
entre os ouvintes, o desenvolvimento cognitivo permite a interação entre todos, com
interesses comuns próprios de cada fase de desenvolvimento.
Rogoff (1998, p. 126) estabelece que o aprendizado acontece com a
apropriação participatória: O conceito de apropriação participatória se refere a como
o indivíduo mudam através de seu envolvimento nas atividades.
O ensino da Língua Brasileira de Sinais – Libras – na escola, além de ser
uma educação inclusiva, é responsável pela formação de alunos surdos no país,
criando novas possibilidades para essas crianças. Assim tiramos as crianças de suas
limitações e mostramos que elas são capazes de conquistar o que desejam, que não
se existe limites quando existe força de vontade e determinação. Fazer a inclusão
dessas crianças e tornar a vida adulta com mais qualidade, pois nas trocas de
experiências os alunos tem um melhor desenvolvimento.
Alguns municípios contam com escolas especializadas para o atendimento de
crianças surdas. No município de Ponta Grossa, o Centro Ponta Grossense de
Reabilitação Auditiva e da Fala “Geny de Jesus Souza Ribas”, instituição
especializada na área da surdez, tendo como missão desenvolver ações nas áreas:
educativa, social e da saúde na perspectiva de promover e assegurar o
desenvolvimento global da pessoa surda, sua inclusão social e respeito às suas
diferenças.
Mas além dessa instituição, contamos com alunos em sala de aula regular,
onde os mesmos contam com intérpretes e tradutores de Libras/português, esses
profissionais devem ser habilitados para a função. Apesar dos cursos de licenciaturas
contemplarem a disciplina em sua grade curricular, a Língua Brasileira de Sinais é
complexa e exige aperfeiçoamento.
O tradutor e interprete de Libras é de grande importância dentro da sala de aula
cuja classe conta com um deficiente auditivo, pois ele irá transmitir os conteúdos para

12
a criança surda e traduzir as suas dúvidas para o docente da classe, facilitando a
comunicação entre todos.
Percebemos que o despreparo dos professores, e a falta de capacitações para
os mesmos dentro do contexto em que ele irá vivenciar, compromete a educação não
apenas da criança surda, mas de toda a classe, além de favorece a sensação de
impotência do professor frente a essas dificuldades, pois o professor por sua vez quer
que todos seus alunos aprendam, independente das suas limitações.

Então, como é difícil para o professor do ensino regular, pela forma como tem
sido construída a ação educativa na escola, produzir práticas de ensino que
atendam a presença de um aluno surdo, é difícil, também, para o professor
especializado contribuir com a construção de práticas pedagógicas que
atendam aluno surdos e ouvintes (SOARES, 2005, p.39)

Enfatizamos o incentivo a formação dos professores, para que o docente se


competente em relação às necessidades destes alunos, consiga superar os desafios
e transformar a realidade no contexto educacional. Com isso vemos a importância da
Língua Brasileira de Sinais, se tornar um componente curricular, embasado no projeto
de Lei (PL 5961/2019), apresentado pela senadora Zenaide Maia, transpondo as
barreiras do bilinguismo, da simples transmissão de conhecimento e que prima em
formar pessoas para a sociedade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo buscou contribuir com a conscientização sobre a inserção
dos alunos surdos na escola e a importância de libras na educação básica,
abrangendo a educação inclusiva de forma efetiva, e assim, a melhor socialização das
pessoas surdas.
Entendemos que as interações entre todos devem acontecer de forma
participativa no desenvolvimento humano dos integrantes das instituições de ensino,
porém analisando as realidades de sala de aula, de suporte percebemos que para
isso se tornar realidade precisamos passar por vários avanços, levar em conta pontos
onde muitas coisas são necessárias para melhoramento e entender que a escola é
apenas uma parte do processo. Ainda é necessário por parte do poder público,
investimentos, suporte político, organização e entre outros.
Entendemos a educação como um direito de todos, e um dever do Estado em
oferecer e garantir qualidade na educação para todos. Com as contribuições aqui
apresentadas, evidenciamos que, apesar dos avanços e a legislação assegurando os

13
direitos dos deficientes auditivos à educação, ainda temos muito a caminhar para que
a sociedade se torne inclusiva e igualitária.
Mudanças e ações devem ser feitas para a capacitação dos professores, que
enfrentam muitos desafios no contexto escolar e apesar das dificuldades enfrentadas
lutam para que seus alunos tenham os direitos de uma educação e de
desenvolvimento pleno, sem rupturas na transmissão de ensino aprendizagem entre
ouvintes e surdos. Assim, enfatizamos a importância da formação contínua destes
professores.
A discussão sobre a inclusão de alunos surdos nas escolas se faz necessária,
tendo em vista que muitos alunos surdos frequentam a educação básica, porém
poucos são realmente são incluídos. Sendo assim, enfatizamos a importância de
refletir sobre o ensino de Libras na escola, pois este visa a interação entre surdos e
ouvintes, interação que é tão importante na troca de saberes entre diferentes pessoas,
rompendo a barreira de comunicação entre ouvintes e surdos, e proporcionando uma
verdadeira educação inclusiva.

REFERÊNCIAS

ALVAREZ, Amelia; DEL RÍO, Pablo. Estudos socioculturais da mente. Porto Alegre:
ARTMED, 1998

BRASIL, L. D. B. LEI Nº 9.394/96, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996. Disponível em:


<https://www.planalto.gov.br> Acesso em 07 nov 2020

BRITO, A. X.; LEONARDOS, A. C. A identidade das pesquisas qualitativas:


construção de um quadro analítico. Cadernos de Pesquisa, São Paulo: Fundação
Carlos Chagas, n. 113, p. 7-38, julho, 2001

CARVALHO, P. V. Breve história dos surdos no mundo e em Portugual. Lisboa:


Surd’Universo. 2007

CRISTINO, A. Lei nº 10.436, de 2002. 2011. Disponível em: <


https://www.libras.com.br/lei-10436-de-2002>. Acesso em: 23 set 2020

DECLARAÇÃO DE SALAMANCA. SOBRE PRINCÍPIOS, POLÍTICAS E PRÁTICAS


NA ÁRES DAS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS. Procedimento-
Padrões das Nações Unidades para a Equalização de Oportunidades para Pessoas
Portadoras de Deficiências, A/RES/48/98, Resolução das Nações Unidas em
Assembleia Geral. Disponível em: <
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf >. Acesso em: 16 nov 2020

DOMANOVSKI, M. VASSÃO, A. M. A IMPORTÂNCIA DA LIBRAS PARA INCLUSÃO


ESCOLAR DO SURDO. 2016. Disponível em: <
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/> Acesso em: 14 nov 2020

14
DOMINGOS. L. A primeira vitória dos surdos no Brasil aconteceu há 16 anos,
com a Lei de Libras. <https://www.diariodecanoas.com.br/> Acesso em: 30 set 2020

DUARTE, S. B. R. CHAVEIRO, N. FREITAS, A. R. BARBOSA, M. A. PORTO, C. C.


FLECK, M. P. A. Aspectos históricos e socioculturais da população surda. 2011.
<https://www.scielo.br > Acesso em: 27 set 2020

DUARTE, S. B. R. et al. Aspectos históricos e socioculturais da população surda.


História, ciência, saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v.20, n. 4, out-dez. 2013,
p.1713-1734

FEDERAL. Senado. Atividade legislativa. Disponível em:


<https://www.senado.leg.br/>. Acesso em: 20 out 2020.

GANDRA, A. País tem 10,7 milhões de pessoas com deficiência auditiva, diz
estudo. Publicado em 13/10/2019. Disponível em <https://agenciabrasil.ebc.com.br/>
Acesso em: 26 nov 2020.

INES. Instituto Nacional de Educação de Surdos. Disponível em:


<http://www.ines.gov.br/>. Acesso em: 19 out 2020.
HONORA, M. LIVRO ILUSTRADO DE LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS. São Paulo:
Ciranda Cultural, 2009

LACERDA, C. C. Campinas. Vol 26, n 69, p.163-184, maio/ago 2006

LIMA, M. D. ADEQUAÇÃO DO ENSINO DO PORTUGUÊS COMO L2 NAS


CRIANÇAS SURDAS: UM DESAFIO A SUPERAR/ENFRENTAR. 2014. Univerdade
de Brasília, Brasília. Disponível em: <https://2014.revistaintercambio.net.br>. Acesso
em: 07 nov 2020

LUZ, R. D. CENAS SURDAS: OS SURDOS TERÃO LUGAR NO CORAÇÃO DO


MUNDO?. 1 Ed. São Paulo: Parábola, 2013. 192p

MEC. EDUCAÇÃO INFANTIL: SABERES E PRÁTICAS DA INCLUSÃO:


DIFICUKDADES DE COMUNICAÇÃO E SINALIZAÇÃO: SURDEZ. Ed.4, elaboração
profª Daisy Maria Collet de Araujo Lima – Secretaria de Estado e Educação do Distrito
Federal [et. al.] – Brasília: MEC, Secretaria de Educação Especial, 2006.89 p.:il.
Disponível em: <https://portal.mec.gov.br> Acesso em: 07 nov 2020

MELLO, E.F.F. TEIXEIRA, A. C. A INTERAÇÃO SOCIAL DESCRITA POR VIGOTSKI


E A SUA POSSÍVEL LIGAÇÃO COM A APRENDIZAGEM COLABORATIVA
ATRAVÉS DAS TECNOLOGIAS DE REDE. 2012. UPF.
MENEZES, E. T; SANTOS, T. H. “DECLARAÇÃO DE SALAMANCA” (VERBETES).
DICIONÁRIO INTERATIVO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA – EDUCABRASIL. São
Paulo: Midiamix Editora,2002

MENDONÇA, L. M; CARVALHO, T. W; DOMINGUES, L. S; FARIA, A. C. C. A


IMPORTÂNCIA DE LIBRAS COMO COMPONENTE CURRICULAR NA EDUCAÇÃO
BÁSICA. UNIDESC

15
NOBRE, R. S. Processo de grafia da língua de sinais. Universidade Federal de
Santa Catarina, Centro de comunicação e expressão, Pós-graduação em linguística
aplicada. Santa Catarina, p.110, 2011-1

NOGUEIRA, C. M. I. CARNEIRO, M. I. N. SOARES, B. I. N. Libras. Maringá-PR,


UniCesumar. 2017. p.33-98

PIRES, D. F. V. G. A capacitação de professore para trabalhar com crianças


surdas. 2005. 55f. (Trabalho de conclusão de curso) Centro Universitário de Brasília,
Brasília, 2005. Disponível em:
<http://repositorio.uniceub.br/bitstream/235/6777/202113375.pdf> Acesso em: 12 mai
2019

REBELO, A. Comunicação e locus social da criança surda. 2002. Casa Pia de


Lisboa, Lisboa

ROCHA, S. M. Tensões atuais no campo da educação de surdos: escola ara


todos ou escola para surdos – contribuições para um possível diálogo. Revista
Espaço, Rio de Janeiro, v.24, n 1, p.20-24. 2005

ROGOFF, B. Observando a atividade sociocultural em três planos: apropriação


participatória, participação guiada e aprendizado. IN.: WERTSCH, James V.;

SALLES, H. M. M. L. et al. ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA SURDOS:


CAMINHO PARA PRÁTIVA PEDAGÓGICA. Brasília: MEC, SEESP, 2004, 2v.: il.
(Programa Nacional de Apoio à Educação dos Surdos)

SANTOS, N. J. M. OS DIFERENTES MÉTODOS UTILIZADOS AO LONGO DA


HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DOS SURDOS NO BRASIL: FUNDAÇÃO DO
INSTITUTO NACIONAL DE EDUCAÇÃO DE SURDOS AOS DIAS. IN: ENCONTRO
DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM ALAGOAS,6; ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO
NACIONAL DE POLÍTICAS E ADMINISTRAÇÃO EM EDUCAÇÃO, 1, 2006. Anais.
Alagoas:2006

SANTOS, S. INCLUSÃO DE ALUNOS SURDOS NAS ESCOLAS ESTADUAIS.


2019. Disponível em: <http://www.oparana.com.br> Acesso em: 29 out 2020

SENADO. Projeto de lei 5961/2019. Disponível em: <


https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/139785> Acesso em:
23 set 2020

SILVA, L. I. L. DECRETO Nº 566, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2005. Presidência da


República. 2005. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br> Acesso em: 28 out 2020

SILVA, L. I. L. LEI Nº 12.319, DE 1º DE SETEMBRO DE 2010. Presidência da


República. 2010. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2010/lei/l12319.htm> Acesso em: 29 out 2020

SOARES, M. A. L. A educação do aluno surdo no Brasil. 2 ed. Campinas: Autores


Associados LTDA, 2005

16
SOFIATO, C. G.; REILY, L. H. COMPANHEIROS DE INFORTÚNIO: A EDUCAÇÃO
DE SURDOS-MUDOS E O REPETIDOS FLUSINO DA GAMA. Revista Brasileira de
Educação, v. 16, n. 48, 2011

SOUZA, E. L. Educação inclusiva: os desafios da criança surda no processo de


alfabetização. 2019. 20 folhas. Trabalho de conclusão de Curso (Graduação em
Pedagogia Licenciatura) – Faculdade Educacional Participações S.A. Taubaté, 2019.

STRAUSS, A.; CORBIN, J. Pesquisa qualitativa: técnicas e procedimentos para o


desenvolvimento de teoria fundamentada. Porto Alegre: Artmed, 2008

TORRES, L. Projeto de lei inclui Libras no currículo escolar para todos os


estudantes. Agência Senado. 11 ago 2020. Disponível em:
<https://www12.senado.leg.br/> Acesso em: 23 set 2020

UNESCO. DECLARAÇÃO DE SALAMANCA. Disponível em:


<http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf> Acesso em: 07 nov 2020

UNICEF. DECLARAÇÃO MUNDIAL SOBRE A EDUCAÇÃO PARA TODOS.


Jomtien, Tailândia, março de 1990. Disponível em: <
https://www.unicef.org/brazil/declaracao-mundial-sobre-educacao-para-todos-
conferencia-de-jomtien-1990> Acesso em: 27 set 2020

VIGOTSKI, L.S. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins


Fontes, 2001.

ZYLBERSTAJN, H. INSERIR X INCLUIR. Outubro 2018. Projeto Serendipidade.


Disponível em: <https://pepozylber.com.br/2018/10/07/educacao-inserir-x-incluir/>
Acesso em: 02 dez 2020.

17

Você também pode gostar