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O Segredo

da
Princesa
Muito pouco se sabe sobre a vida de uma
princesa, principalmente quando a princesa em
questão é a carismática princesa Zairah Akhenatom.

A maioria das pessoas acreditam que uma


princesa nasce para levar uma vida fútil e sem
propósito nenhum.

Mas através da leitura desse livro você verá que a


vida de uma princesa vai além da boa educação, da
etiqueta, viagens, festas, protocolos e tudo que rodeia
esse mundo desconhecido por muitos.

Convido você a viajar pelo mundo da notável


princesa Zairah Akhenatom. Que as paginas à seguir
transporte você para um dos contos mais intrigantes
até então desconhecidos.
O ano é 1845, era uma tarde ensolarada no Cairo,
eu nem imagina que estava prestes a ter uma
experiência tão extraordinária a quilômetros da minha
tão amada e sonhada Londres.

Eu, um jovem camponês nascido em Anglia do


Leste, localizado na antiga Grã-Bretanha e atual Reino
Unido, fui contratado pela família real egípcia para
ensinar um de seus membros na arte da escrita e
defesa pessoal.

Depois de quinze dias em alto mar finalmente


atracamos em terra firme, à minha espera esta o
motorista Bennu, cujo nome simboliza a águia egípcia -
um jovem aparentando mais ou menos uns vinte anos,
cabelos ruivos, sardas no rosto, olhos aparentando que
usava uma mistura de tinta com papiro, que era
utilizada pela elite egípcia para demonstrar que era da
realeza, suas vestes eram brancas com cinturão
dourado e louros dourados sobre as orelhas - e seu
assistente Nefertum, cujo nome simboliza o adorado
de Memphis – um jovem de mais ou menos 18 anos,
cabelos loiros, olhos azulados, olhos pintados com a
mistura anterior, seu rosto parecia brilhar naquele sol
escaldante, ele levava consigo um amuleto que não
descobri de imediato o significado.

Eu, com auxílio de Bennu e Nefertum, colocamos


minhas malas na parte superior do carro e partimos em
direção a residência real.
No caminho ambos falavam sem parar um dialeto
desconhecido por mim, já que domino um pouco o
árabe, mas não os dialetos locais. Meses depois fiquei
sabendo que o assunto em pauta era eu, pois eu não
sabia o que diziam, mas como minha aguçada
curiosidade persistia, perguntei aos mesmos ao
chegar, salvo eu que Bennu falava um pouco de inglês.

Nefertum dizia:

- Vamos ver quanto tempo ele dura, aposto com


você, ele não fica mais do que quinze dias.

Bennu replica:

- Muito menos que isso.

Eu estava apreensivo, pois eu não sabia o que me


esperava nos dias seguintes, eu tivera poucas
informações sobre a pessoa que eu iria treinar, apenas
sabia que precisava ser firme, seguir o protocolo, falar
o menos possível, ser pontual nos horários, e estar
disposto a ficar o tempo que fosse necessário no Cairo.

Depois de uns vinte e cinco minutos, deixávamos


para traz as ruas congestionadas, um calor
insuportável, gritos dos feirantes, e entravamos num
caminho que parecia cena de um filme, pés de
Tamareira dos dois lados da estrada que tinham
passagem pra um automóvel só, uma grama
impecavelmente cortada, um vento agradável para
uma tarde de verão, um sol quente e de repente, o
carro para na frente de um portão onde os soldados da
guarda real estavam trocando de turno.

O que descrevo a seguir parecia ter saltado de um


conto de fada para o mundo real.

O carro que para na porta principal do palácio,


poucas pessoas adentravam por ela, nobres, pessoas
do governo, e agora eu um simples treinador da arte
da escrita e de defesa pessoal passava por uma porta
feita sob medida para o palácio, com madeiras de
carvalho vindas das florestas mediterrâneas.

Fui conduzido para uma ante-sala onde o rei me


receberia, fui informado que ele estava realizando suas
orações vespertinas, mas me receberia assim que
terminasse seu ritual aos deuses egípcios.

Enquanto eu esperava, sentado em um suntuoso


poltrão-pufe, foi apresentada a mim uma relação de
como eu gostaria que fosse meu estilo de cabelo,
roupas, calçado, enfim, como eu gostaria de me
apresentar. Foi-me servido um refresco de frutas
colhidas no próprio pomar do palácio, o refresco
parecia um misto de damascos com phisalis frescas.

Vinte minutos depois adentrava a sala dois


homens impecavelmente vestidos. Um era o que se
destacava mais, que se chamava Mustafá. Ele estava
com um turbante de fibras longas de algodão egípcio,
com cores vibrantes e o outro era seu intérprete que
fazia parte de todas as conversações seguindo o
protocolo, esse jamais se envolvia em outras tarefas a
não ser acompanhá-lo a todo o momento no diálogo
comigo.

Fui questionado se tinha feito uma boa viagem,


recebi as boas vindas, me apresentaram os horários
das refeições e o local onde eu faria as mesmas. Fui
levado posteriormente até meus aposentos, e foi me
apresentada uma lista dos lugares que eram
permitidos a mim, para garantir minha segurança ao
andar pelo palácio, e outra lista com os horários que
eu deveria cumprir no dia seguinte.

Às dezenove horas em ponto foi servido o jantar,


uma mesa posta só para mim me esperava, haja vista
que, às dezoito horas todos já haviam se alimentado, e
eu chegara depois. Pratos, talheres, copos, tudo
arrumado como manda o protocolo e dois assistentes
que me serviam o jantar.

Após o jantar fui convidado a ir ao suntuoso salão


de festas chahif, onde os demais empregados se
reuniam para se divertir, dançavam, tocavam
instrumentos de percussão e corda, contavam histórias
para os mais novos, como eu estava exausto e queria
estar disposto na manhã seguinte, me retirei para os
meus aposentos, mas antes dei uma breve passada no
salão para conhecer, trata-se de um cômodo enorme
com um chafariz no canto, uma jacuzzi, mesa com
bebidas e aperitivos, o teto todo esculpido sob formato
de uma safira, almofadas ao redor de todo o espaço e a
pista de dança ao centro. Ao ver tamanha
suntuosidade me retirei para descansar.

Ao chegar a meu aposento, um quarto confortável,


roupas de cama impecavelmente brancas e tecidos
finos que me vestiam super bem, tapetes felpudos de
lã espalhados pelo chão, no lounge de banho possuía
uma banheira, lavabo, bidê e um espaço para
higienização. Foi a primeira noite depois de quinze dias
em alto mar, que eu dormiria confortavelmente e sem
me balançar de um lado para o outro em um colchão
tão pequeno.

Conversei com meu assessor para me acordar às


oito da manhã, já que meus compromissos se
iniciariam às dez da manhã sem qualquer acréscimo de
tempo.

Foi o melhor alvorecer que eu já havia visto em


toda a minha vida, pois meu quarto tem vista para a
plantação de damascos e uvas. O sol raiva através das
cortinas que eram abertas de uma forma muito rápida
por meu assessor Timbeh. Minhas roupas eram
colocadas nos cabides pelas camareiras e meus
sapatos lustrados e postos na sapateira enquanto
Lasmiq, a governanta do castelo, me avisava que a
mesa do café já havia sido posta para mim.

Saboreei um café da manhã jamais experimentado


por mim até aquele momento, frutas super doces,
sucos naturais, pães divinos que parecia advir de
deuses de verdade, queijos, dentre outros pães doces
e drinques exóticos, era muito farta a mesa, pensei até
que viriam mais umas dez pessoas ou mais para comer
junto comigo.

Não me demorei muito, visto que às oito horas eu


deveria estar pronto para o meu primeiro encontro
com a pessoa que eu treinaria, sendo que até o
momento eu não fazia a mínima idéia de quem seria a
pessoa que eu havia sido contratado para ensinar a
arte da escrita e a defesa pessoal.

Oito horas em ponto, estava eu na sala onde eu


iria ter meu primeiro contato com a pessoa a qual
muitos não tinham nenhum acesso. O salão era um
lounge externo com teto em madeira e trepadeiras
plantadas no piso superior, que dava ao ambiente um
clima super agradável, o sofá era de quatro cantos
feito de pedra e com almofadas revestidas de tecido
egípcio, que tomava todo o ambiente, no centro duas
mesas de pedra marmorizada com jarros pintados com
hieróglifos e desenhos de deuses inspiravam o
ambiente.

Não demorou nem um minuto, a porta se abre e é


anunciada a chegada da princesa Zairah Akhenatom,
acompanhada de mais quatro guardiões que jamais se
separavam dela, dois guarda-costas e suas assistentes
pessoais, dentre quatorze que tinha, com diversas
funções.

Entra sala a dentro a moça mais graciosa e


delicada que se possa imaginar, e ao mesmo tempo tão
forte e determinada, falante como se estivesse
discutindo com as pessoas a qual vem andando, de
repente um silencio se faz, ela me olha de cima a
baixo, faz a volta pela sala como se estivesse pronta a
atacar uma presa, aproxima-se de mim estica a mão
para cumprimentar, todos estranham visto que não é
algo normal para uma monarca de tal cultura, mas
naquele momento algo nos liga, o olhar, o aperto de
mão, parecia que nos conhecíamos a anos.

Ela ordena a seus guardiões e assistentes que eles


deveriam deixar-nos a sós, eles resistem mas ela firme
ordena mais uma vez, assim eles se retiram, ela diz
que é por alguns momentos e logo eles poderão entrar
novamente, mesmo contrariados eles fazem a
reverencia e se retiram.

Ao saírem todos a graciosa princesa senta-se diz o


quanto estava empolgada em começar seus estudos e
que tinha em mente aprender o mais rápido possível
que tinha grandes intenções de fazer algumas viagens
nos próximos meses.

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