ARQUEOLOGIA

BRASILEIRA
Introdução ao passado brasileiro
Prof. Esp. Felipe Prospero
 O que é Arqueologia?
• A Arqueologia é uma ciência que se dedica ao
estudo das sociedades humanas através de seus
vestígios materiais;
• Vestígios materiais, podem ser entendidos por
restos construtivos de diversos tipos;
• Ferramentas produzidas em pedra, ossos e
madeira;
• Potes e vasos de cerâmica;
• Restos de fogueiras, pinturas em paredões de
pedra etc.
Antessala – Sítio Arqueológico São Francisco, São Sebastião - SP
Urnas funerárias – Sítio Caatu-Auá, Carmo do Rio Claro - MG
 Ciências parceiras da
Arqueologia
• Durante as pesquisas arqueológicas, por vezes
os pesquisadores necessitam o auxílio de
outras ciências;
• A parceria entre a Arqueologia e demais
ciências, possibilitam uma maior abordagem
das pesquisas;
• Algumas ciências parceiras, são a Biologia,
Geologia, Física, História, Química, Geografia,
Antropologia; só para citar algumas;
Arqueologias pelo Mundo
• Arqueologia Clássica: estuda as grandes
civilizações da antiguidade, Grécia e Roma e
suas relações com outras civilizações do
mundo antigo;
• Arqueologia Egípcia: estuda basicamente a
cultura egípcia e suas relações econômico-
culturais.
 Arqueologia Brasileira

• Tem início com expedições naturalistas no

século XIX, chefiadas por Peter Wilhelm
Lund;
• No estado de Minas Gerais, Lund cria um
laboratório de Paleontologia e durante os
anos de 1834 e 1844, onde conseguiu mapear
e catalogar mais de 800 cavernas na regiaão
de Lagoa Santa;
• Em suas expedições nas cavernas mineiras,
Lund encontrou vários fósseis de animais
(megafauna) e ossadas humanas;

• Devido aos fósseis de animais e humanos

encontrados em MG, a pesquisa de Lund,
atrais novos olhares para ocupações
pretéritas para o Brasil;

• Peter W. Lund é considerado o pai da

paleontologia no Brasil;
10
Sítios Arqueológicos mais antigos do Brasil

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12
 Divisão brasileira
• No caso do Brasil, a Arqueologia é dividida
em duas vertentes:

• Arqueologia Pré-histórica: estuda

grupos que não possuem registros escritos,
ou seja, no Brasil todos os grupos étnicos
existentes anteriores ao contato com os
Portugueses;
• Arqueologia Histórica: estuda grupos
sociais com registros escritos; Grupos
indígenas e até mesmo ocupações
portuguesas;

• São objetos de estudo da Arqueologia

Histórica, vestígios físicos de ocupações,
aldeamentos indígenas, fazendas e vilas
posteriores à chegada dos portugueses no
Brasil;
 Vestígios de ocupação
Pré-histórica
Pinturas Rupestres: desenhos Pré-
históricos encontrados principalmente
em paredões de pedra, cavernas e
grutas;

Existem pinturas rupestres espalhadas

pelo mundo, em diferentes países e
regiões;
Representação de caça – Caverna de Lascaux, França
Toca do Boqueirão da Pedra Furada - Serra da Capivara, Piauí
Toca do Morcego – Serra da Capivara, Piauí
Painel Ameríndia – Carmo do Rio Claro, MG
Painel Ameríndia – Carmo do Rio Claro, MG
 Vestígios de ocupação
Pré-histórica
• Além das pinturas, a Arqueologia Pré-
histórica, nos apresenta uma série de outras
produções materiais;
• O Período Paleolítico: caracterizado por
artefatos feitos com pedras lascadas;
• Período Neolítico: caracterizado por artefatos
produzidos em pedra polida;
Produção lítica lascada, Coleção Caatu-Auá – Carmo do Rio
Claro, MG (esq.); Ponta de flecha, Sítio Franco de Godoy –
Mogi-Guaçu, SP
Machado em pedra polida – Monte Alto, SP
Machado Semi-lunar, Coleção Caatu-Auá – Capitólio, MG
Artefatos indígenas presentes em residências de
Jambeirenses.
 Vestígios de ocupação
Pré-histórica
• Existe uma produção cerâmica, encontrada
em vários locais do Brasil, em diferentes
períodos;
• Em média as cerâmicas encontradas no Brasil,
podem variar sua idade, entre 200 até 2mil
anos atrás;
• As cerâmicas provenientes de escavações
arqueológicas, podem variar suas
características conforme a região do Brasil;
Urna funerária – Museu Municipal de Salto, SP
Tigela Marajoara – Museu Ameríndia, Campinas, SP
Tanga Marajoara (feminina) - Museu Ameríndia,
Campinas
Sambaqui – Cananéia, SP
Vestígios de ocupação
histórica

Sítio
Arqueológico
São Francisco
(SSF), São
Sebastião, SP
Senzala – SSF, São Sebastião, SP
Templo religioso – SSF, São Sebastião, SP
Forno de engenho – SSF, São Sebastião, SP
Louças e talheres portugueses – SSF, São Sebastião, SP
Fragmentos de faiança inglesa – Museu Municipal de Itu, SP
Arqueólogos
Trabalhos de Campo

Represa
de Água
Vermelha,
divisa
SP/MG.
Sítio Araçariguama I – Araçariguama, SP
Sítio Franco de Godoy – Mogi-Guaçu, SP
 Varredura de trajeto a partir de
caminhamentos sistemáticos de acordo
com as condições oferecidas.
Prospecção – Olímpia, SP
 Legislação sobre
Arqueologia
• Existem algumas leis que versam sobre o
Patrimônio Histórico e Arqueológico;

• Decreto Lei nº 25, de 30 de novembro de

1937;

• Lei nº 3.924 de 26 de julho de 1961;

•Constituição da República Federativa do Brasil
de 1988 - Capítulo 2;

•Portaria nº 07, de 01 de dezembro de 1988;

•Portaria nº 230, de 17 de dezembro de 2002;

 Registro gráfico
de
Enterramento

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Planta de área de
escavação
arqueológica

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Laboratório

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 Pesquisador trabalha no laboratório de restauro e
conservação do MAE/USP. crédito: Sabine Righetti

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Restauro
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Objetos Restaurados

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Publicação

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Educação e Musealização

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 Bibliografia
ARAÚJO, Astolfo G. de Mello. O que é (e o que não é) Arqueologia. Disponível em: <
http://www.ib.usp.br/leeh/arqueo/arqueo2.htm>. Acesso em: 30 jan. 2011.
CALIPPO, Flávio. Os sambaquis de Cananéia: um estudo de caso de arqueologia
subaquática. São Paulo, 2004. 151 p. Dissertação (Mestrado em Arqueologia
Subaquática). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas e do Museu de
Arqueologia e Etnologia, Universidade de São Paulo.
FUNARI, P. P. A. Arqueologia e Patrimônio. Erechim: Habilis. 2007.
FUNARI, P. P. A.; HALL, Martin; JONES, Siân. Historical archaeology: back from the
edge. Londres, Routledge. 1999.
GOMES, Edson L. A coleção arqueológica particular Catú-Auá no município de Carmo
do Rio Claro, MG, e o painel de pinturas rupestres de Capitólio, MG. UNISA, São
Paulo. 2009.
Como se tornar arqueólogo no Brasil, Revista USP, 44, 74-85, 2000; e Tornar-se
arqueólogo no Brasil, Trabalhos de Antropologia e Etnologia, Porto, Portugal, 40, 3-
4, 2000,117-131.
Manual de Arqueologia Histórica em projetos de restauração. IPHAN, 2002.
PROUS, André. Arqueologia Brasileira. Brasília, UnB, 1992.