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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E INOVAÇÃO


COORDENADORIA DOS PROGRAMAS DE INICIAÇÃO À PESQUISA, CRIAÇÃO E INOVAÇÃO

RELATÓRIO FINAL
PIBIC

Iniciação Científica – Iniciação Científica – Iniciação Científica – Iniciação Científica –


IC -CNPq ( ) IC -FAPESB ( ) IC -UFOB ( ) IC -Voluntário ( X )

Título do Projeto: Construindo uma Geoarqueologia para a sub-bacia hidrográfica


do Rio Grande, Bahia
Título do Plano de Caracterização arqueológica e análise preliminar do Sítio Serra
Trabalho: do Mimo (Barreiras, Bahia).
Bolsista: Fernanda Martins da Silva Leão
Orientador: Fernanda Libório Ribeiro Simões

RESUMO
O segundo ano do Projeto de Pesquisa Construindo uma Geoarqueologia para a sub-bacia
hidrográfica do Rio Grande, Bahia foi uma continuidade dos esforços iniciais do primeiro
ano, voltado às prospecções de sítios arqueológicos pré-coloniais e aos levantamentos
bibliográficos. O diferencial nessa nova etapa do projeto é que as atenções foram
concentradas em descrições mais detalhadas dos Sítios Arqueológicos Serra do Mimo (em
Barreiras) e Gruta das Pedras Brilhantes (em São Desidério). Os dados das pesquisas
arqueológicas realizadas no oeste da Bahia anteriores ao grupo de estudos Arqueologia do
Oeste da Bahia e ao atual projeto, em especial, os dados a respeito dos sítios Serra do Mimo e
Gruta das Pedras Brilhantes são inconsistentes e vindos de pesquisas desenvolvidas sem o
devido rigor científico. O Sítio Serra do Mimo, foco deste plano de trabalho é um sítio pré-
colonial de gravuras, pinturas rupestres e material lítico, localizado na porção noroeste da
Serra do Mimo, na área urbana do município Barreiras, Bahia. Nele foram identificados onze
painéis, numerados de 01 a 11, de acordo com a proximidade do acesso, sendo dez painéis em
forma de abrigo e um em forma de gruta. As metodologias aplicadas ao estudo do sítio
consistiram em: descrição das pinturas e gravuras presentes; descrição dos aspectos
geológicos e ambientais; e documentação 2D e 3D do sítio através do registro fotográfico,
processamento digital das imagens por fotogrametria 3D e realce e através do decalque,
redução e digitalização da arte rupestre. O suporte onde as pinturas e gravuras estão
registradas são arenitos do Grupo Urucuia. As pinturas identificadas no sítio usam as técnicas
de pincel e carimbo nas cores vermelha e amarela, com morfologias de linhas paralelas, linhas
cruzadas, linhas sinuosas, círculo preenchido com linhas concêntricas e linhas concêntricas
classificadas na temática grafismos puros. As gravuras identificadas usam a técnica de
polimento, com as morfologias tridáctilos, cupules isolados, cupules em cadeias duplas, linhas
concêntricas, barras paralelas, barras isoladas e linhas cruzadas, também trabalhadas na
temática grafismos puros. As escolhas geo-ambientais do sítio denotam um padrão
preferencial similar a um sítio semelhante na região, localizado na Serra dos Tapuias, no
município Riachão das Neves-BA. A disposição dos painéis (na maioria, voltados para
noroeste, norte e oeste) também demonstra um padrão nas escolhas. Comparado a outros

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sítios arqueológicos estudados na região, todos em suporte calcário, o Sítio Serra do Mimo é o
que possui maior quantidade de gravuras, o que pode estar relacionado à maior facilidade para
se trabalhar a técnica em um arenito friável. O intemperismo químico e a erosão são os
maiores aliados na tafonomia dos registros rupestres. A menor quantidade de pinturas em
relação às gravuras foi atribuída à menor resistência das primeiras a este processo. A
cronologia relativa do sítio estudado é algo muito delicado para se remontar e necessita de
maiores observações. Supõe-se a presença de padrões cenográficos no painel 10 do sítio, pois
na sua porção esquerda há uma combinação de gravuras com formas variadas (tridáctilos,
cupules isolados, linhas concêntricas, barras paralelas, barras isoladas e linhas cruzadas) e na
sua porção direita houve a prioridade da representação de cupules em cadeias duplas. Os
resultados da fotogrametria 3D permitiu a disponibilização de um vídeo e numa nova
perspectiva para educação patrimonial relacionada ao sítio. Analisou-se que o processamento
da fotografia do painel 06 forneceu destaque das pinturas em amarelo, pouco perceptíveis a
olho nu. Esse resultado sugere que outras pinturas podem estar ocultas nos demais painéis, o
que requer um processamento de todos eles. O decalque permitiu maior detalhamento das
morfologias da arte rupestre, pouco perceptíveis numa observação preliminar, e reconstituiu
partes alteradas e perdidas das pinturas dos painéis 02, 05 e 06 por processos tafonômicos ou
por degradação antrópica. Em relação às gravuras, o decalque contribui para a compreensão
dos padrões cenográficos, a exemplo do painel 10, mas não proporciona ao observador uma
noção de profundidade. Em relação ao estado de conservação do sítio, foram encontradas
inúmeras pichações e resíduos de fogueira. Uma medida provisória de colocação de placas
informativas a respeito do sítio e dos painéis presentes foi tomada com o intuito de alertar e
prevenir degradações futuras. Conclui-se que as atividades realizadas neste plano de trabalho
contribuíram com medidas preventivas para a preservação do sítio e com a divulgação do
Patrimônio Arqueológico. O Sítio Serra do Mimo tem um grande potencial para escavação,
pois em trabalhos anteriores foi encontrado, nele, lasca de silexito, o que indica a presença de
outras ferramentas líticas. A escavação do sítio poderá evidenciar os materiais utilizados para
as pinturas e gravuras e, através da aplicação de devidas técnicas, será possível estabelecer
relações cronoestratigráficas. Esses e outros estudos são pautados para os próximos passos
das pesquisas arqueológicas pré-históricas do oeste da Bahia. Ressalta-se ainda que o Sítio
Serra do Mimo, por ser um local acessível, é visitado frequentemente por diversos grupos na
atualidade e que estudar a cultura material de povos pré-coloniais desse sítio e divulgar as
pesquisas fortalece a significação do local para as pessoas que o frequentam.

1. INTRODUÇÃO
O Projeto de Pesquisa Construindo uma Geoarqueologia para a sub-bacia
hidrográfica do Rio Grande, Bahia está inserido no Projeto de Pesquisa Arqueologia da
Paisagem da sub-bacia hidrográfica do Rio Grande (Bahia, Brasil), registrado na PROPGPI
sob o código CP.CH.08, ambos iniciados em 2016. Nesta nova etapa do projeto, 2017-2018,
deu-se continuidade aos esforços iniciais concentrados nos levantamentos de dados dos
registros de sítios arqueológicos e das pesquisas arqueológicas realizadas no Oeste da Bahia,
levantamento de trabalhos para melhor embasamento teórico-metodológico do projeto,
registro de novos sítios inseridos na sub-bacia do Rio Grande e coleta de informações geo-
ambientais destes sítios.

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O primeiro ano do projeto resultou em amplo levantamento de pesquisas
bibliográficas, levantamentos de fatores ambientais (geológicos, geomorfológicos e
hidrológicos) relacionados aos sítios, análises de relatórios obtidos junto ao Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) de Salvador, relacionados aos pré-
requisitos da construção de grandes empreendimentos na região Oeste da Bahia para a
obtenção de licença ambiental, e prospecções de sítios arqueológicos realizadas pelo grupo de
estudos Arqueologia do Oeste da Bahia (AOB) em Barreiras e São Desidério (SILVA NETO
et al., 2017).
Através de consultas com a população local e de registros obtidos no Cadastro
Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA/ SGPA), foram identificados e visitados nove sítios,
um em Barreiras e oito em São Desidério (SILVA NETO et al., 2017), conforme mapa de
localização (Figura 01).
O levantamento de fatores geo-ambientais possibilitou correlacionar a geodiversidade
local com a implantação de sítios arqueológicos, sendo que a conexão e o acesso a estes sítios
estão diretamente ligados, principalmente, aos cursos d’água devido a maior facilidade dos
percursos atrelados às planícies dos rios do que em outras unidades geomorfológicas (LIMA
et al., 2017).

Figura 01 - Distribuição dos sítios arqueológicos identificados nos Municípios de Barreiras e São
Desidério. Fonte: adaptado do Google Earth por Silva Neto e Simões, 2017.

Nesta nova etapa do projeto as atenções foram concentradas em descrições mais


detalhadas dos Sítios Arqueológicos Serra do Mimo (em Barreiras) e Gruta das Pedras
Brilhantes (em São Desidério), tendo como objetivo atualizar as fichas do Cadastro Nacional
de Sítios Arqueológicos (CNSA/ SGPA) do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (IPHAN), melhorar qualitativamente o acervo acadêmico/ científico dos sítios em
questão e tornar público o conhecimento acerca do patrimônio arqueológico estudado.
Foram analisados alguns processos IPHAN que registram trabalhos acadêmicos e de
arqueologia de contrato desenvolvidos em Barreiras e região. A lista completa desses
processos encontra-se em anexo (ANEXO – Quadro de processos IPHAN com registro de
trabalhos arqueológicos em Barreiras). Os processos podem ser consultados no portal SEI/

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IPHAN através do link https://sei.iphan.gov.br.
Foi possível perceber, através da análise desses documentos, que boa parte dos estudos
são superficiais e feitos em pequena escala, visto que abrangem diversos Estados e/ou
municípios. A maioria dos projetos estão relacionados à arqueologia de contrato, no qual as
prospecções e pesquisas arqueológicas, chamadas de “arqueologia preventiva”, muitas vezes
realizadas sem o devido rigor científico, são realizadas a fins de construção de grandes obras
feitas por variados tipos de empreendimentos.
Existe apenas um único projeto com fins acadêmicos entre os processos IPHAN que
abrange o município de Barreiras. Esse projeto é denominado Projeto Central Bahia –
Pesquisa Arqueológica no interior do Estado da Bahia, coordenado pela arqueóloga Maria
Beltrão e incluiu municípios do oeste da Bahia e da Chapada Diamantina em sua área de
pesquisa, entre eles, Central, que leva o nome do projeto.
O Projeto Central, como uma simplificação do seu nome, resultou em prospecções
interventivas e escavações que, mesmo se tratando de trabalhos acadêmicos, não tiveram o
devido rigor científico. Um exemplo deste caso é a escavação realizada no Sítio Gruta das
Pedras Brilhantes durante esse projeto, na qual materiais líticos como lascas e plano-convexos
foram descartados da hipótese de serem materiais arqueológicos e foram deixados no sítio.
Além disso, os dados da pesquisa ficaram ocultos por anos.
Alguns dos materiais arqueológicos recuperados no oeste da Bahia durante o Projeto
Central foram armazenados no Museu Municipal Napoleão de Mattos Macêdo, em Barreiras.
No entanto, percebe-se que algumas dessas peças não possuem a identificação precisa do sítio
arqueológico no qual foram encontrados, ou mesmo a procedência informada na identificação
das peças são suspeitáveis, como é o caso das cerâmicas que supostamente foram encontradas
no sítio Arqueológico Serra do Mimo.
Ao estudar o contexto arqueológico do Sítio Serra do Mimo, percebe-se que cerâmicas
não são os potenciais artefatos arqueológicos e que no local não há nenhum vestígio
superficial de materiais cerâmicos, nem vestígios de escavações que poderiam ter acontecido.
Em relação às publicações sobre sítios arqueológicos na região Oeste da Bahia,
destacamos os estudos do Sítio Arqueológico Serra do Mimo de Silva Neto (2017), os
levantamentos de pesquisas e sítios na Bacia do Rio Grande e de seus fatores ambientais de
Silva Neto et al. (2017) e Lima et al. (2017), os estudos do potencial arqueológico de um sítio
em comunidade Quilombola em Bom Jesus da Lapa de Simões et al. (2016), entre outros.
Todos estes trabalhos indicam um alto potencial para as pesquisas arqueológicas na região,
com o destaque para a arqueologia pré-histórica e para os sítios com representações rupestres
e material lítico.
Em relação ao contexto geo-ambiental, podemos destacar para a região o estudo
paleoambiental realizado por Santos et al. (2016), a caracterização geomorfológica do sistema
cárstico do Rio João Rodrigues em São Desidério de Godinho e Pereira (2013), a
caracterização geomorfológica de Barreiras (EMPBRAPA, 2010), os estudos hidrológicos da
bacia hidrográfica do Rio Grande de Moreira e Silva (2010) e os estudos das unidades
geológicas de Barreiras de Cotias (2013).
Como este plano de trabalho do projeto refere-se à caracterização arqueológica e
análise preliminar do Sítio Serra do Mimo, será feito uma descrição mais detalhada sobre as
metodologias utilizadas e resultados obtidos para os estudos neste sítio, que se trata de um
sítio pré-colonial de gravuras, pinturas rupestres e material lítico localizado na porção
noroeste da Serra do Mimo, na área urbana do município Barreiras, Bahia.

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O sítio possui três registros no CNSA do IPHAN: Sítio Serra do Mimo (CNSA
BA00047) registrado por Valentin Calderón (Figura 02), Sítio Serra do Mimo (CNSA 00230)
registrado por Maria da C.de M.C. Beltrão, Martha L. e Lígia Zaroni (Figura 03) e Sítio Toca
do Caboclo (CNSA BA00251) registrado por Maria da C.de M.C. Beltrão, Martha L. e Lígia
Zaroni (Figura 04).

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Figura 02 – Ficha do CNSA BA00047 registrado por Valentin Calderón. Disponível em:
http://portal.iphan.gov.br/sgpa/cnsa_detalhes.php?883. Acesso em: 23 fev. 2018.

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Figura 03 - CNSA 00230 registrado por Maria da C.de M.C. Beltrão, Martha L. e Lígia Zaroni.
Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/sgpa/cnsa_detalhes.php?1066. Acesso em: 23 fev. 2018.

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Figura 04 - CNSA BA00251 registrado por Maria da C.de M.C. Beltrão, Martha L. e Lígia Zaroni.
Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/sgpa/cnsa_detalhes.php?1087. Acesso em: 23 fev. 2018

Em relação à Tradição Arqueológica, devido à localização espacial da bacia do Rio


Grande, a arte rupestre dos sítios arqueológicos dessa região deveria ser atribuída à Tradição
São Francisco. No entanto, as ocorrências de temáticas geométricas poderiam classificá-la
como pertencentes à Tradição Geométrica definida por Guidon (1989, apud Costa, 2012) e
por tantos outros autores.
Diante do exposto, torna-se necessário discutir tradição arqueológica visto que esse
conceito tem produzido ambiguidade e tem sido aplicado de maneira simplista, sem estudos
aprofundados de cada sítio arqueológico dentro de um contexto regional. Faz-se necessário
refletir criticamente sobre como este conceito pode limitar as pesquisas arqueológicas,
sobretudo em sítios rupestres.

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A classificação de sítios pela tradição arqueológica é muito utilizada pelos
pesquisadores simpáticos ao estruturalismo (na arqueologia e na antropologia) para evidenciar
uma padronização e evolução cultural (RIBEIRO, 2007). Este conceito foi inicialmente
cunhado para nortear os trabalhos do Pronapa com a noção de “grupo de elementos ou
técnicas que se distribuem com persistência temporal” (CHMYZ, 1996, P. 14-20 apud
COSTA, 2012). Calderón adaptou o conceito para as pinturas rupestres como:

“o conjunto de características que se reflete em diferentes sítios ou


regiões associados de maneira similar, atribuindo cada uma delas ao
complexo cultural de grupos étnicos diferentes que as transmitiam e
difundiam gradualmente modificadas, através do tempo e do espaço”
(CALDERÓN, 1983 [1967], p. 13 apud COSTA, 2012).

Numa perspectiva menos determinista, Guidon (1989, apud COSTA, 2012) atribuiu o
conceito de tradição a “identidades” de caráter geral ou a uma grande categoria taxonômica da
cultura material, compostas por grandes classes de representações rupestres, sem
correlacionar grupos étnicos correspondentes a essas categorias.
O arqueólogo Prous e as arqueólogas Martín e Pessis compartilham pontos de vista
semelhantes aos autores anteriores, baseados na possibilidade de permanência de uma mesma
tradição por um longo tempo numa linha evolutiva (COSTA, 2012). Linke e Isnardis (2008,
apud COSTA, 2012) reconhecem as limitações do conceito de tradição ao atribuir às
semelhanças das representações rupestres a existência de afinidades culturais entre grupos de
uma mesma tradição e às diferenças a tradições distintas e não a grupos étnico-culturais
distintos.
Desse modo, a tradição é uma referência metodológica muito difundida, porém
criticada na arqueologia, visto que ela auxilia na identificação de culturas materiais
semelhantes em delimitados espaços (regiões) de ocorrência, porém não contribui para a
identificação de grupos humanos ou culturas distintas ao longo do tempo e do espaço. A
identificação de culturas materiais através de grafismos rupestres é ainda mais limitante, visto
que, conforme elucida Costa (2012) outros contextos arqueológicos são importantes para se
reconhecer a diversidade da ação humana.
No viés da semiótica, duas hipóteses apresentadas por Eco (1974, apud VALLE,
2012) são consideráveis para uma interpretação menos preconceituosa de um sítio
arqueológico. São elas: “Toda cultura deve ser estudada como fenômeno da comunicação.
Todos os aspectos de uma cultura podem ser estudadas como conteúdos da comunicação”
(VALLE, 2012, 149 p.).

2. MATERIAL E MÉTODOS
O trabalho realizado consistiu numa revisão literária, capacitação dos pesquisadores
do PIBIC através de aulas e cursos teóricos e práticos, visita a museus, participação no evento
VII ABAR, campanhas de campo aos sítios arqueológicos estudados e processamento de
dados.
A revisão literária consistiu em pesquisas, leituras e discussões de trabalhos que
abordam questões teóricas e metodológicas sobre a temática registro rupestre, incluindo a
Arqueologia de Paisagem, a Arqueologia Pré-colonial, o Patrimônio Arqueológico e

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metodologias de Documentação Digital de sítios de arte rupestre. A revisão bibliográfica
também foi embasada em pesquisas arqueológicas e geo-ambientais realizadas dentro área de
interesse do projeto, a sub-bacia Hidrográfica do Rio Grande.
Os estudantes e pesquisadores do projeto foram capacitados através de cursos, oficinas
e aulas. Foram cursadas as disciplinas Tópicos Especiais em Arqueologia II, no semestre
2017.1, e Pré-História Geral e do Brasil, no semestre 2017.2, ambas lecionadas pela
professora e orientadora Fernanda Libório. Participar do curso de Tópicos Especiais em
Arqueologia II foi com o intuito de desenvolver um embasamento crítico sobre as teorias e
práticas empregadas nas pesquisas arqueológicas. Cursar Pré-História Geral e do Brasil foi
com o objetivo de compreender um pouco sobre as sociedades pré-históricas e a cultura
material associada a elas, principalmente no Brasil.
Os estudantes desenvolveram a pesquisa com maior autonomia depois das
participações nos cursos “Introdução ao Estudo do Material Lítico”, ministrado pela
professora Fernanda Libório na Escola de Estudos Temáticos da UFOB, e “Fotogrametria
3D”, ministrado pelo arqueólogo Luís Felipe para o bolsista e a voluntária do PIBIC.
Visitas técnicas foram realizadas a museus no decorrer da disciplina Pré-História
Geral e do Brasil. Primeiramente, ao Museu Municipal Napoleão de Mattos Macêdo, no
Centro Histórico de Barreiras, com intuito de fazer uma análise do acervo arqueológico pré-
histórico presente nele. Também foi visitado o Museu de Arqueologia e Etnologia da UFBA,
em Salvador, durante a viagem de campo da disciplina mencionada para ancorar mais
conhecimento sobre o patrimônio arqueológico e etnológico.
A participação na VII ABAR - VII Reunião da Associação Brasileira de Arte Rupestre
foi muito enriquecedora, visto que os pesquisadores do PIBIC foram oportunizados a
apresentar suas pesquisas, dialogar e conhecer os trabalhos dos principais pesquisadores sobre
arte rupestre e áreas correlatas dentro da arqueologia. Também foi possível conhecer a arte
rupestre na região de Diamantina-MG e participar da oficina “Morfologia de antropomorfos e
zoomorfos na arte rupestre” ministrado pelos professores Albérico Nogueira de Queiroz e
Olívia Alexandre de Carvalho.
A respeito das campanhas de campo, foram realizadas uma campanha para o Sítio
Serra do Mimo e quatro para o Sítio Gruta das Pedras Brilhantes ao longo do ano de vigência
projeto.
O campo realizado no Sítio Serra do Mimo fez parte de uma atividade desenvolvida
durante a disciplina “Tópicos Especiais em Arqueologia II”. Os discentes foram divididos em
três grupos para desenvolver três atividades distintas:
a) elaboração e colocação de placas de identificação dos painéis e da entrada do
sítio com texto apelativo a proteção do sítio contendo a lei 3.294/ 1996 (que
dispõe sobre a proteção de monumentos arqueológicos e pré-históricos);
b) registro fotográfico do sítio, no qual foram utilizadas câmeras digitais para
fazer fotografias aproximadas que comtemplavam todo o panorama de um
painel (horizontal, vertical, teto e chão) para posterior processamento no
software de fotogrametria 3D;
c) decalque das pinturas e gravuras rupestres do sítio, sendo os materiais
utilizados plásticos PVC e pincéis permanentes e as técnicas usadas consistem
na sustentação manual do plástico sobre o suporte rochoso pelos operadores
enquanto uma ou mais pessoas realizam o decalque. São reconstituídas no
decalque as pinturas que se demonstram alteradas ou apagadas e são

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considerados os desplacamentos (quedas) do suporte rochoso.
Também foram coletadas as coordenadas de cada painel encontrado no sítio, realizadas
descrições das pinturas e gravuras presentes e analisados os aspectos geo-ambientais e o
estado de conservação/ degradação do sítio.
O primeiro campo realizado no Sítio Gruta das Pedras Brilhante foi com o intuito de
reconhecer e observar os registros rupestres presentes, o segundo foi para descrever as
pinturas e gravuras presentes e os aspectos geo-ambientais do local e o terceiro campo foi
feito em conjunto com os discentes da disciplina “Pré-História Geral e do Brasil” como uma
proposta de prática do ensino aos discentes, fazer o registro digital e desenho das pinturas
mais recorrentes no sítio.
O processamento dos dados mencionado neste relatório refere-se somente aos dados
obtidos no Sítio Serra do Mimo, visto que esse sítio é o foco do plano de trabalho
desenvolvido pela voluntária. O processamento dos dados consistiu na confecção de um mapa
de localização dos painéis no sítio através do software ArcGIS, no processamento das
fotografias com o uso da fotogrametria 3D através do software Agisoft Photoscan e na
redução e digitalização das gravuras e pinturas decalcadas.
Para a redução dos decalques, feita em escala de 1:5, foram utilizados o pantógrafo e
folhas de papel A4, onde um operador fica contornando o desenho decalcado com uma ponta
do pantógrafo e o outro operador faz a cópia do contorno com a outra ponta que contém a
grafite sobre o papel A4 (Figura 05). A digitalização dos decalques foi feita através do
softwere CorelDRAW X3.

Figura 05 – Momento de aprendizagem sobre os procedimentos para a redução dos decalques


com a professora Fernanda Libório. Foto: Silva Netto, 2017. Fonte: Dias et al., 2017.

Foram utilizadas duas fotografias de um único painel do sítio: uma de autoria de


Janaína Silva Netto (Silva Netto, 2017) e outra fotografia processada por realce da coloração
das pinturas com o uso do software DStretch de autoria do arqueólogo Almir Brito Junior
para uma comparação com as outras metodologias de reprodução utilizadas nesse trabalho.
De acordo com DOMINGO et al. (2013) a escolha de diferentes técnicas de

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reprodução 2D ou 3D dependem da finalidade da documentação digital produzida e do que se
deseja ressaltar, sendo que, a combinação de técnicas 2D e 3D podem se complementar,
oferecendo diferentes leituras à documentação. A escolha da escala adequada é determinante
para uma boa interpretação científica e divulgação da arte rupestre (DOMINGO et al., 2013).
O motivo da escolha de três técnicas de reprodução das representações rupestres foi,
justamente, ter uma documentação complementar. A técnica 3D, segundo DOMINGO et al.
(2013), permite um maior detalhamento da forma e dimensão do painel e da localização e
relação da arte rupestre com o suporte, sendo também úteis para localizar os pontos do painel
onde há degradação (como pichações e queima).
A técnica 2D, utilizada em nosso trabalho no realce e no decalque, como argumentam
DOMINGO et al. (2013), facilitam a interpretação da arte rupestre e a sua composição,
especialmente quando há muita sobreposição de pinturas ou quando estas se apresentam
muito alteradas. O realce através das fotografias, em particular, permite ressaltar uma pintura
em específico em relação à outra ou outras do entorno ou que se encontram sobrepostas.
Para o estudo das representações rupestres do Sítio Serra do Mimo foram analisados
alguns parâmetros adotados por VALLE (2012) em sua tese de doutorado, visto que são bem
completos. São eles: cadeia técnico-operatória (procedimentos e técnicas utilizadas pelos
autores da arte rupestre que levaram da matéria-prima ao produto); morfologia (segregação
das unidades gráficas, os traços do grafismo); temática (temas morfologicamente
representados que podem ser biomorfos, grafismos puros e grafismos objetais); cenografia
(conjunto de padrões das formas sobre o espaço gráfico que incluem articulações e pode haver
uma combinação ou isolamento entre os grafismos); escolhas geo-ambientais, padrões na
seleção petrográfca do suporte, do instrumento e da marca técnica e padrões na seleção
geomorfológica do sítio na paisagem e dos painéis no sítio; cronologia (observação da
existência de superposição de grafismos em momentos diferentes e dos estados de
conservação variados que indiquem reavivamento posterior); tafonomia (processos naturais de
alteração dos registros rupestres originais que estão em permanente atuação).
Cabe ressaltar que esses parâmetros são puramente abstratos e não podem inferir
nenhuma interpretação pré-concebida sobre o significado do registro rupestre para o autor da
obra.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O Sítio Serra do Mimo situa-se na porção noroeste da serra homônima, nas
coordenadas UTM 23L 504844/ 865682, nas proximidades do Campus IX da Universidade do
Estado da Bahia (UNEB). O acesso é feito ao fundo da Campus IX da UNEB, através da
BR241, rodovia que liga Barreiras à capital Salvador (Figura 06).
O local é de grande visibilidade e acesso à comunidade barreirense contemporânea,
visto que grupos religiosos deixaram registros de sua passagem como o crucifixo no topo de
um afloramento de arenito em ruinas (Figura 07) e uma construção feita com os blocos de
arenitos do próprio contexto local. Além disso, o local é usado para educação, prática de
pesquisas científicas de diferentes áreas do conhecimento e como alternativa de
entretenimento.

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Figura 06 – Acesso ao Sítio Serra do Mimo a partir da UNEB – Campus IX com entrada na BR242.
Fonte: adaptado do Google Earth, 2018.

Figura 07 – Crucifixo colocado por grupos religiosos acima de um afloramento ruiniforme.


Foto: Gama, 2017.

Nas prospecções realizadas pelo grupo de estudos AOB até o primeiro semestre de
2017 foi possível identificar dez painéis no sítio. No último campo realizado no dia 23 de

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setembro de 2017 foi descoberto mais um painel. Os onze painéis identificados até o
momento estão numerados de 01 a 11 de acordo com a proximidade do acesso e localizados
no mapa (Figura 08). Observou-se que os painéis possuem a maioria de suas faces voltadas
para noroeste, norte e oeste (Tabela 01).

Figura 08 – Mapa de localização dos 11 painéis do Sítio Serra do Mimo.

Tabela 01 - Coordenadas, posição e breve descrição dos Painéis no Sítio Serra do Mimo.

Painel Coordenadas Posição Breve Descrição


UTM
01 23L 0504844/ Face voltada Painel em forma de abrigo. Presença de gravura de tridáctilo
865682 para noroeste e mão carimbada.
02 23L 0504858/ Face voltada Painel em forma de abrigo. Presença de gravura com linhas
8656264 para noroeste cruzadas.
03 23L 0504860/ Face voltada Painel em forma de abrigo.
8656277 para oeste.
04 23L 0504872/ Face voltada Painel em forma de abrigo, dividido em dois lados de
8656257 para noroeste ocorrência de gravuras, painéis 04 A e 04 B, um em frente
ao outro.
05 23 L 0504881/ Face voltada Painel em forma de abrigo. Presença de pinturas em linhas
8656238 para oeste concêntricas. Há degradação por fumaça de fogueiras.
06 23 L 0504876/ Face voltada Painel em forma de abrigo, na porção mais alta do sítio.
8656237 para norte Presença de círculo preenchido por linhas concêntricas.
07 23 L 0504899/ Face voltada Painel em forma de abrigo.

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8656256 para sul
08 23L 0504914/ Face voltada Painel em forma de abrigo. Presença de gravuras.
8656235 para norte
09 23L 0504913/ Face voltada Painel em forma de abrigo. Presença de gravuras. Há
8656234 pra leste pichações.
10 23 L 0504862/ Face voltada Painel em forma de gruta. Presença de cupules em cadeias
8656223 para norte duplas.
11 23 L 0504907/ Face voltada Painel em forma de abrigo.
8656222 para sudeste

3.1. Contexto Geológico e Ambiental do Sítio Arqueológico e do seu Entorno

Geologicamente, Barreiras situa-se na província tectônica do Cráton São Francisco


definida por Almeida (1977) e Trompette et al. (1992), em sua porção ocidental. Ocorrem em
Barreiras duas unidades geológicas, o Grupo Bambuí, de idade Neoproteozoica e o Grupo
Urucuia, do Cretáceo da Bacia Sanfranciscana. O Grupo Bambuí, de acordo com Iglesias e
Uhlein (2009), representa associação de litofácies siliciclásticas e bioquímicas depositadas em
vasto mar epicontinental e é localmente representado pelas formações São Desidério, Serra da
Mamona e Riachão das Neves. A Formação São Desidério é correlata a Formação Sete
Lagoas (EGYDIO-SILVA, 1987) e é representada por calcários cinza-escuros segundo
Alkmin (2004). A Formação Serra da Mamona é composta por metapelitos, metacalcários e
metamargas (COTIAS 2013). A Formação Riachão das Neves é composta por metarenitos
(ALKMIN, 2004). O Grupo Urucuia é representado por arenitos arcosianos e silicificados
definido por Campos & Dardenne (1997b) como uma sedimentação em ambiente
essencialmente eólico. São nos arenitos do Grupo Urucuia que se encontram as representações
rupestres do Sítio Serra do Mimo.
A geomorfologia de Barreiras é dividida em nove unidades de classificação
taxonômica do relevo, segundo o estudo da Embrapa (2010): Chapadas Intermediárias,
Rampas, Frentes de recuo Erosivo, Topos, Escarpas, Mesas, Veredas, Planícies
Interplanálticas e Planícies Intraplanálticas. A Chapada Intermediária representa uma forma
de relevo com topo plano geralmente limitado por escarpas (EMBRAPA, 2010). As Rampas
representam áreas de deposição entre chapadas e planícies e são suavemente inclinadas
(EMBRAPA, 2010). Os Topos correspondem a superfícies planas semelhantes, porém, mais
elevadas que as chapadas (EMBRAPA, 2010). As Veredas são áreas deprimidas associadas às
chapadas e representam feições típicas do Cerrado (EMBRAPA, 2010). As Planícies
Intraplanálticas são formas suaves a planas situadas no interior das chapadas (EMBRAPA,
2010).
As demais unidades de relevo estão comtempladas na Serra do Mimo e serão
relacionadas, a seguir, com as formas típicas observadas em campo. Na parte mais baixa,
onde não há inclinação aparente, trata-se de uma área de Planície Interplanáltica,
caracterizada por uma forma de relevo suavemente ondulada ou plana (EMBRAPA, 2010),
local onde todo o sedimento transportado desde a área mais alta é depositado. Um pouco mais
acima as formas de relevo representam uma Frente de recuo Erosivo (EMBRAPA, 2010),
nessas formas há tanto predominância de erosão, quanto de transporte dos sedimentos, onde
são observados sulcos escavados na rocha aflorante (metapelitos do Grupo Bambuí) devido
aos cursos preferenciais da água da chuva em épocas de precipitação. Mais acima, observa-se

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uma forma de relevo mais abrupta que se apresenta na forma de penhasco verticalizado,
caracterizado por Escarpa, segundo a Embrapa (2010). Na parte mais elevada, a forma
característica do relevo é identificada como Mesa (EMBRAPA, 2010), sendo constituída por
um relevo residual das Chapadas Intermediárias, resultante da erosão remontante descrita por
Cassetti (2005). É nessa unidade de relevo que estão esculpidos os Morros Testemunhos
(Incelbergs) de arenito, onde se estão presentes as representações rupestres.
A região da pesquisa está inserida na sub-bacia hidrográfica do Rio Grande, afluente
da margem esquerda do médio Rio São Francisco. De acordo com Moreira e Silva (2010) os
principais tributários do Rio Grande são os rios das Fêmeas, de Ondas, de Janeiro, Branco e
Preto na margem esquerda, e os rios São Desidério, Boa Sorte e Tamanduá na margem direita.
É a segunda bacia de maior importância para as vazões do Rio São Francisco e enfrenta
conflitos em relação ao uso da água (MOREIRA e SILVA, 2010).
Quanto aos aspectos hidrogeológicos, é o Sistema Aquífero Urucuia (SAU) que
abastece as drenagens da região que, de acordo com Gaspar & Campos (2007), representa
uma associação de aquíferos que ocorrem em arenitos flúvio-eólicos do Grupo Urucuia. O
SAU desempenha o importante papel de manter perenes os rios da margem esquerda do Rio
Grande (MOREIRA e SILVA apud, 2010).
O clima na região é tropical do tipo Aw (with dry winter) de acordo com a
classificação de Köppen (ALVARES et al., 2014), caracterizado pela sazonalidade, inverno
seco (de maio a setembro) e verão chuvoso (de outubro a abril), as temperaturas médias
variam entre 24°C e 25°C e as precipitação média anual varia de 800 a 1.200 mm (PERH-BA,
2004). Na Bacia do Rio grande a temperatura média é de 24,3 ºC e a precipitação chega a
1.998 mm nas nascentes dos rios de Ondas e das Fêmeas (MOREIRA e SILVA, 2010 apud
SRHSH, 1993).
Em Barreiras predominam Cambissolos e Latossolos de textura argilosa nas
depressões (MORAES, 2003 apud EMBRAPA, 2010), Latossolos Vermelho-Amarelo de
textura média e Neossolos Quartzarênicos nas chapadas e solos hidromórficos associados às
veredas (EMBRAPA, 2010). Os Cambissolos e Latossolos são argilosos estão associados às
rochas pelíticas do Grupo Bambuí. Os Latossolos Vermelho-Amarelo são areno-argilosos e os
Neossolos Quartzarênicos são areno-cascalhosos, ambos associados aos arenitos do Grupo
Urucuia, encontrados nas frentes de recuo erosivo e no topo da Serra do Mimo.
A vegetação em Barreiras é predominantemente representada pelo Cerrado sensu
stricto com áreas de tensão ecológicas caracterizada pela transição do cerrado com florestas
estacionais deciduais. A região possui muitas veredas, apresentando uma dinâmica peculiar,
relacionada ao grau de instabilidade das áreas contíguas e ao regime dos rios (BRASIL et al.
2010). Segundo Moreira e Silva (2010), a vegetação cerrado é restrita das áreas areníticas
lixiviadas com solos profundos, tem aspecto tortuoso, com ramificação irregular, árvores com
cascas grossas e órgãos de reserva subterrâneos (xilopódio). A presença da vegetação cerrado
no topo da Serra do Mimo é bem notória, onde predominam solos arenosos e profundos
relacionados aos arenitos do Grupo Urucuia. As florestas estacionais deciduais ocorrem nas
áreas menos elevadas, caracterizadas pela perda das folhas devido a fatores biofísicos, como
clima, relevo, solo e fisiologia da planta (MOREIRA e SILVA, 2010). Essa vegetação é
notada nas áreas de planície sobre rochas carbonáticas e pelíticas do Grupo Bambuí, a
exemplo das Barrigudas que ocorrem no centro urbano de Barreiras, por serem áreas mais
baixas.

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3.2. Os Registros Rupestres do Sítio Serra do Mimo

Os registros rupestres do sítio estão espacialmente dispostos em painéis de suporte


arenítico e são classificados como abrigo ou gruta, de acordo com as unidades
geomorfológicas/ arqueológicas apresentadas por Costa (2012). Os painéis de 01 a 09 e 11 são
definidos como abrigo sob-rocha, como é o caso do painel 04, formado por dois abrigos que
juntos formam um arco (Figura 09). O painel 10 é classificado como gruta (Figura 10).

Figura 09 – Painel 04 na forma de dois abrigos que juntos formam um arco. Também observa no
painel grande quantidade de pichações. Foto: Brito Junior, 2017.

Figura 10 – Painel 10 na forma de gruta com presença de grande quantidade de cupules em


cadeias duplas. Foto: Brito Junior, 2017.

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As cadeias tecno-operatórias observadas nas pinturas são carimbo (Figura 11) e pincel
(Figura 12) nas cores amarelas e vermelhas. A técnica utilizada para as gravuras é o
polimento.
As cores vermelhas presentes na pintura são atribuídas ao uso de óxido de ferro cuja
ocorrência é comum no Grupo Bambuí na forma de hematita botrioidal. No entanto, para
conclusões mais precisas sobre os componentes químicos/ mineralógicos dos pigmentos
utilizados, são necessárias análises químicas.

Figura 11 – Representação de uma mão com a utilização da técnica carimbo e pigmentação na cor
vermelha no painel 01. Fonte: Silva Netto, 2017.

Figura 12 – Representação de linhas concêntricas de cor vermelha com a utilização da técnica pincel no
painel 05. Foto: Brito Junior, 2017.

Conforme relata Gomes et al. (2014), através de estudos de disponibilidade geológica,


dos aspectos culturais e de preservação e conservação dos pigmentos em conjunto a análises

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químicas é possível determinar a proveniência dos componentes inorgânicos das pinturas
rupestres. Os minerais de óxidos e hidróxidos de ferro são os mais usados em pinturas
rupestres devido a sua ocorrência comum em superfície e, segundo Gomes et al. (2014) os
minerais hematita são normalmente atribuídos às cores vermelhas, a goethita às cores amarela
e a magnetita à cor preta dessas pinturas.
As morfologias trabalhadas das pinturas são linhas paralelas (Figura 13), linhas
cruzadas, linhas sinuosas, círculo preenchido com linhas concêntricas (Figura 13) e linhas
concêntricas (Figura 12).
As linhas paralelas são de cor vermelha, às vezes com sobreposições na cor amarela, e
são pintadas verticalmente. As linhas cruzadas têm formas semelhantes ao sustenido ou jogo-
da-velha e possuem a cor amarela. As linhas sinuosas são vermelhas, representadas
horizontalmente e assemelham-se com serpentes. O círculo preenchido com linhas
concêntricas tem a forma circular na cor vermelha e as linhas concêntricas internas se
intercalam em cores vermelhas e amarelas. As linhas concêntricas são representadas na cor
vermelha.

Figura 13 – Pinturas com as morfologias círculos preenchidos com linhas concêntricas (à esquerda) e
linha paralelas (à direita) no painel 06. Foto: Brito Junior, 2017.

As linhas sinuosas ocorrem no painel 06, porém são imperceptíveis na Figura 13


devido à iluminação no momento do dia. A utilização do decalque, como será observado mais
adiante, possibilitou a representação de pinturas que em fotografias ficam imperceptíveis. As
cores amarelas são imperceptíveis a alho nu e, por vezes, observáveis somente com uma boa
proximidade do painel. Para aumentar a visibilidade, somente através do tratamento da
fotografia com o DStrech, como será demonstrado mais adiante.
A morfologia das gravuras são tridáctilos (Figura 14), cupules isolados (Figura 15),
cupules em cadeias duplas (Figura 16), linhas concêntricas (Figura 17), barras paralelas
(Figura 18 e 19), barras isoladas (Figura 19) e linhas cruzadas (Figura 20).

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Figura 14 – Representação de tridáctilos na parte superior do centro, no canto inferior esquerdo e no


superior direito da foto no painel 05. Foto: Brito Junior, 2017.

Figura 15 – Representação de cupules isolados (um maior no cento e outros menores ao redor) no painel
04. Foto: Brito Junior, 2017.

Figura 16 – Representação de cupules em cadeias duplas na porção direita do painel 10.


Foto: Brito Junior, 2017.

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Figura 17 – Gravuras com representação de linhas concêntricas no centro da foto.


Foto: Brito Junior, 2017.

Figura 18 – Representações de barras paralelas no painel 04. Foto: Brito Junior, 2017.

Figura 19 – Painel contendo gravuras na forma de barras isoladas e paralelas.


Foto: Brito Junior, 2017.

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Figura 20 - Porção esquerda do painel 10 com uma combinação de gravuras como destacado:
tridáctilos, linhas concêntricas e linhas cruzadas. Foto: Brito Junior, 2017.

Os tridáctilos são grafismos que combinam três linhas partindo de um mesmo vértice,
similares a pata de uma ave. Os cupules são incisões circulares côncavas. No suporte arenítico
podem-se observar diversas cavidades circulares semelhantes aos cupules, porem estes se
diferenciam das formas naturais por apresentarem um polimento e serem mais regulares. As
linhas concêntricas são incisões lineares que partem de um mesmo vértice. As barras são
incisões lineares horizontais, verticais e diagonais. As linhas cruzadas são incisões lineares
verticais cruzadas por incisões lineares horizontais.
As temáticas trabalhadas no sítio são biomorfos representados pelos tridáctilos e
grafismos puros (geomorfos e formas abstratas). As formas abstratas são representadas pelos
cupules e todas as demais gravuras e pinturas foram reconhecidas com geomorfos, ou seja,
representam formas geométricas conhecidas.
A suposta presença de padrões cenográficos no sítio, como a combinação ou
isolamento de grafismos em um painel é notória no painel 10, o único em forma de gruta.
Neste painel notou-se que na sua porção esquerda há uma combinação de gravuras com
formas variadas (tridáctilos, cupules isolados, linhas concêntricas, barras paralelas, barras
isoladas e linhas cruzadas) (Figura 20) e na sua porção direita houve a prioridade da
representação de cupules em cadeias duplas (Figura 16). Por vezes, essas cadeias de cupules
são encerradas na parte inferior com um cupule isolado maior.
No que diz respeito às escolhas geo-ambientais do sítio, nota-se que o relevo mais
elevado de topo plano nas Mesas esculpidas nas rochas areníticas do Grupo Urucuia mostram
um padrão preferencial nas escolhas dos sítios da região. Isso porque, além do Sítio Serra do
Mimo, existem ocorrências de registros rupestres num sítio ainda não estudado pelo grupo
AOB, localizado na Serra dos Tapuias, Canudos, distrito do município Riachão das Neves, no

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Oeste da Bahia.
Observa-se um padrão de disposição dos painéis do sítio, pois as faces escolhidas dos
suportes para as representações estão, a maioria, voltadas para noroeste, norte ou oeste (tabela
01). Notou-se também que a única pintura com forma de círculo preenchido com linhas
concêntricas teve uma escolha geo-ambiental para ser representada, pois foi localiza no painel
06 numa posição de destaque e mais elevada do sítio (Figura 21). Isso pode indicar que esta
seja uma figura central ou referência do sítio para os grupos que o ocuparam.

Figura 21 – Painel 06 onde se encontra a morfologia de círculo preenchido com linhas concêntricas em
destaque. Fotografia registrada após a elaboração do decalque do painel. Fonte: Dias et al., 2017.

Outro fator importante que Silva Netto (2017) chama atenção sobre o Sítio Serra do
Mimo é que, comparado aos outros sítios de arte rupestre pesquisados pelo grupo AOB, ele
apresenta a maior quantidade de gravuras. Em todos os demais sítios pesquisados os
grafismos estão sobre suporte calcário e as gravuras geralmente são registradas em suportes
sobrepostos no chão (SILVA NETTO, 2017).
A maior ocorrência de gravuras sobre o suporte arenítico pode estar associado ao que
Valle (2012) chama de etno-geologia, na qual se supõe que a diversidade geológica das
matérias-primas condiciona a variabilidade técnica e estilística das representações. Deste
modo, a presença de gravuras em maior quantidade no Sítio Serra do Mimo remete a uma
escolha geo-ambiental relacionada ao fato de que o arenito arcosino é mais friável e, portanto,
mais fácil para se trabalhar a técnica do que sobre os calcários de outros sítios.
A cronologia relativa do sítio estudado é algo muito delicado para se remontar e
necessita de maiores observações para um parecer mais verídico. Notou-se que algumas
pinturas de cor amarelas acompanham o contorno das pinturas vermelhas o que pode indicar
que ambas as cores foram aplicadas num mesmo momento para a realização pintura. Ainda

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não foi possível estabelecer uma relação cronológica entre as pinturas e gravuras.
Os principais fatores tafonômicos que atuam no sítio são intemperismo químico
(reação da agua da chuva instabilizando os minerais) e erosão pela desagregação dos grãos do
arenito. A presença de pinturas no sítio é bem menor que a de gravuras o que sugere uma
perda maior dos registros de pinturas devido aos processos tafonômicos, já que as gravuras
são mais resistentes a estes processos ou, como sugere Silva Netto (2017), pode não ter sido
as prioridades dos grupos que ali estiveram.

3.3. Resultados do Processamento Digital das Fotografias

O uso de fotogrametria 3D foi uma primeira experiência de visualização


tridimensional de um painel do sítio, o painel 04, e resultou na produção e divulgação de um
vídeo (disponível no link: https://www.youtube.com/watch?v=3C54Pl-RDHs). Desenvolver
melhor a prática dessa técnica de fotografia e de processamento digital pelo Agisoft Photoscan
auxiliará em pesquisas futuras. A fotogrametria 3D é uma ótima aliada para trabalhos de
educação patrimonial ao tornar o sítio acessível à distância, o que faz essa técnica muito útil e
valorosa.
O processamento das fotografias de pinturas rupestres pelo DStretch no painel 06
(Figura 22) denotam destaque das cores existentes nas pinturas. O processamento realçou a
cor amarela das pinturas, pouco perceptível a olho nu. Esse resultado sugere que outras
pinturas podem estar ocultas nos demais painéis.
Foi possível perceber certo acompanhamento das pinturas em amarelo com as pinturas
em vermelho, no entanto não há evidências suficientes para saber se uma cor sobrepõe a
outra.

Figura 22 – Foto sem processamento do painel 06 (à esquerda) e outra foto resultante do processamento
pelo DStrech (à direita). Foto: Silva Netto, 2017 (à esquerda) e Brito Junior, 2017 (à dieita). Fonte: Silva
Netto, 2017.

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3.4. Resultados dos Decalques dos Painéis

O uso de decalque permitiu maior detalhamento da morfologia da arte rupestre e


reconstituição de partes alteradas e perdidas das pinturas por processos tafonômicos ou
degradação antrópica. Foram realizados os decalques dos painéis 01, 05, 06 e 10. Cabe
ressaltar que no momento da realização do decalque, partes das gravuras não foram
registradas por completo devido à dimensão dos painéis serem maiores do que do plástico
PVC utilizado para o decalque, conforme será mostrado nas figuras a seguir.
No painel 01 foram realizados dois decalques, o primeiro é marcante o registro de
tridáctilos, cupules isolados e cupules em cadeias duplas. Há também, no painel, gravuras de
barras paralelas e isolada e linhas concêntricas. Os cupules, por vezes, se interconectam e
formam geometrias aproximadamente retangulares conforme se observa na Figura 23.

Figura 23 – Decalque digital 01 do painel 01 com registro de tridáctilos, cupules entre outras
gravuras. Na extremidade superior direita não foi possível registrar os cupules por completo.

O segundo decalque do painel 01 registra a ocorrência de pintura (mão carimbada) e


gravuras (cupules, tridáctilos e barras paralelas) conforme visto na Figura 24. Ao decalcar a

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mão carimbada, foi possível reconstituir partes perdidas pela tafonomia da pintura, conforme
se observa ao comparar a fotografia da pintura no painel (Figura 11) com o seu decalque
(Figura 24).

Figura 24 – Decalque digital 02 do painel 01 com registro de mão carimbada, tridáctilos, cupules e
barras paralelas.

No painel 05 foi realizado o decalque da pintura de linhas concêntricas, sendo também


possível reconstituir partes da pintura que seriam contínuas antes dos processos tafonômicos
atuarem. Na comparação do decalque com a fotografia da pintura do painel 05, observa-se
que no decalque é possível observar os contornos existentes na pintura com maior
detalhamento (Figura 25). A fotografia, puramente, não é capaz de registrar todos os aspectos
presentes na arte rupestre.
No painel 06 decalcou-se as pinturas de cor vermelha (círculo preenchido por linhas
concêntricas, linhas paralelas e linhas sinuosas) e as pinturas de cor amarela (linhas cruzadas).
Também está em amarelo linhas paralelas que parecem acompanhar a geometria do círculo
preenchido por linhas concêntricas, conforme é visto na Figura 26.

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Figura 25 – Fotografia (à esquerda) e decalque digital painel 05 com registro mais detalhado (à
direita). Fonte da fotografia: Brito Junior, 2017.

Figura 26 – Decalque digital do painel 06 com registro das pinturas em vermelho e amarelo e do
desplacamento do painel. Fonte: Dias et al., 2018.

Foi representado, também, o desplacamento que ocorreu na rocha (erosão por queda
de placas) devido ao intemperismo e erosão diferencial em porções não homogêneas na rocha.
É importante a representação dos desplacamentos pois pode ser que as pinturas teriam uma
continuidade antes deles acontecerem.
O decalque desse painel teve um papel muito significativo de evidenciar as pinturas
rupestres na cor amarela, visto que essas pinturas eram pouco perceptíveis mesmo que o
observador estivesse próximo do painel. O ato de decalcar faz com que o pesquisador tenha
um olhar mais apurado sobre o painel e represente o que poderia passar despercebido numa
observação preliminar.
Ao comparar a fotografia do painel 06 na Figura 13 com o decalque (Figura 26) fica
evidente que o decalque tem destaque em relação à fotografia não processada, principalmente

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quando a iluminação e sombreamento não favorecem a fotografia. Ao comparar o mesmo
decalque com a fotografia realçada (Figura 22) nota-se que o realce da foto tem melhor
desempenho ao destacar as cores amarelas da pintura, no entanto a precisão pode não ser tão
boa a depender da iluminação e da posição da câmera fotográfica.
No painel 10 foram realizados dois decalques. O decalque 01 foi realizado do na
porção esquerda do painel, cujas morfologias presentes são barras paralelas e isoladas, linhas
cruzadas, linhas concêntricas, alguns cupules isolados e tridáctilo (Figura 27). A Figura 20
representa a fotografia de parte dessa porção esquerda do painel. Ao comparar, observa-se que
o painel forma uma parede negativa e o decalque o representa na forma plana.

Figura 27 – Decalque digital 01 do painel 10 com morfologias de linhas cruzadas, barras paralelas
e isoladas, entre outras.

O decalque 02 foi realizado na porção direita do painel 10, cujas morfologias


predominantes são cupules em cadeias duplas e um conjunto de cupules isolados que
apresentam um aparente padrão circular. Ocorrem também linhas concêntricas e barra isolada
(Figura 28). Observa-se que na parte inferior de algumas sequências de cupules em cadeias
ocorrem cupules isolados maiores. Alguns cupules maiores são formados pela coalescência de
cupules menores, conforme se observa com mais detalhe na fotografia da porção direita do
painel (Figura 16) devido à perspectiva de profundidade que a fotografia possui.

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Figura 28 – Decalque digital 02 do painel 10 com predomínio de representações de cupules em


cadeias duplas.

A técnica de decalque demonstrou-se muito útil para a reconstituição de partes das


pinturas perdidas pelos processos tafonômicos, no entanto, no momento de decalcar a arte
rupestre deve-se ter muita cautela para não inferir continuidades das pinturas que sejam
suspeitáveis.
No decalque, principalmente das gravuras, deve-se ter muito cuidado para não fazer
contornos errôneos devido a desvios do operador por conta das reentrâncias das gravuras ou
mesmo naturais da rocha/suporte. Muitos erros são associados até obter o produto final (o
decalque digital), pois são quatro etapas de reprodução envolvidas: a cópia da arte rupestre in
situ, a redução da cópia, o destaque da redução com uma caneta mais forte e a digitalização
gráfica por linhas e polígonos. Para tonar esses erros minimizados, todo o trabalho deve ser
feito com o máximo de detalhamento, mas deve manter os aspectos visuais mais notórios.

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3.5. O Estado de Conservação do Sítio

O sítio tem sido afetado pela degradação antrópica. Inúmeras pichações (desde
números de telefone, assinaturas, datas e mensagens religiosas) foram encontradas em grande
parte dos abrigos e painéis (Figura 29). Em um dos abrigos que contém uma série de gravuras,
painel 05, encontrou-se uma grande quantidade de resíduos de fogueira no solo e o suporte
está com sua cor original alterada pela fumaça (Figura 30). Essas práticas, sejam por falta de
conhecimento ou por descaso ao Patrimônio Arqueológico, acabam por danificar os registros
rupestres e tornam ainda mais difícil a busca por vestígios arqueológicos, pois podem ocultar,
distorcer ou até eliminar os mesmos.

Figura 29 – Pichações sobre painel 04 do Sítio da Serra Mimo. Foto: Brito Junior, 2017.

Figura 30 – Resíduos de fogueira e suporte rochoso alterado pela fumaça no painel 05.

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Foi com o intuito de informar e prevenir degradações futuras que as placas provisórias
foram colocadas no sítio (Figura 31). As placas são de caráter provisório, enquanto a medida
permanente não é executada pelo poder público (Prefeitura Municipal de Barreiras) e foram
elaboradas com o intuito de informar os visitantes do local sobre existência do sítio e
importância de preservá-lo. Além de serem informativas, as placas facilitam a localização dos
painéis.

Figura 31 – Placas de identificação do sítio (à esquerda), de localização do painel 02 (ao centro) e de avisos
preventivos contra pichações (à direita).

3.6. Últimas Considerações

Além da arte rupestre aqui relatada, em campanha de campo anterior a realizada em


setembro foi encontrado como material lítico lasca de silexito, de acordo com Silva Netto
(2017), que se tratam de lascas soltas durante a fabricação de uma ferramenta lítica. Essa
descoberta corrobora o potencial de escavação do sítio arqueológico. Com a escavação será
possível também fazer correlações cronoestratigráficas e melhores interpretações sobre
registro arqueológico do sítio.
A elaboração das placas de identificação do sítio, a fotogrametria 3D, o realce da
coloração das pinturas e a digitalização do decalque reduzido dos registros rupestres fizeram
parte das atividades desenvolvidas na disciplina “Tópicos Especiais em Arqueologia II” e
resultaram, além da produção do vídeo, na produção de banners e divulgação dos trabalhos
realizados durante a 1ª Mostra do Grupo de Estudos Arqueologia do Oeste na Escola de
Estudos Temáticos da UFOB. Esses trabalhos além de enriquecerem o acervo científico,
trouxeram impactos positivos quanto ao registro e conservação do Sítio Serra Mimo.

4. CONCLUSÃO
O trabalho desenvolvido ao longo de um ano de projeto é apenas mais um passo de um

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longo caminho a ser percorrido nas pesquisas arqueológicas do oeste da Bahia, em particular,
na arqueologia pré-colonial dessa região. O segundo ano do projeto Construindo uma
Geoarqueologia para a sub-bacia hidrográfica do Rio Grande, Bahia possibilitou um estudo
um pouco mais aprofundado dos sítios Gruta das Pedras Brilhantes e Serra do Mimo, através
da contextualização geo-ambiental desses sítios, observações mais detalhadas da arte rupestre
e de investigações arqueológicas de superfície.
As pesquisas arqueológicas pré-históricas realizadas no oeste da Bahia anteriores a
existência do grupo AOB e ao atual projeto vinham sendo construídas de maneira muito
generalista, englobando a região em contextos arqueológicos geograficamente distantes, como
é o caso do Projeto Central liderado pela arqueóloga Maria Beltrão. Os dados destes estudos
anteriores, mesmo quando apresentados, são em grande parte inconsistentes e não dão o
devido retorno aos pesquisadores e a comunidade local.
As atividades realizadas neste plano de trabalho, voltadas ao sítio arqueológico Serra
do Mimo, contribuíram com medidas preventivas para a preservação do sítio e com a
divulgação do Patrimônio Arqueológico através das diferentes técnicas de reprodução
empregadas para arte rupestre.
Os 11 painéis de representações rupestres encontrados no sítio possuem maior
quantidade de gravuras em relação a pinturas, o que pode ser atribuído a menor propensão das
primeiras aos processos tafonômicos. A análise das cadeias tecno-operatórias corroboram
essas observações.
Os aspectos geo-ambientais do sítio demonstram que o relevo de topo plano e as
rochas areníticas do Grupo Urucuia são preferenciais para os autores da arte rupestre nos
sítios de Barreiras e região. Outra escolha geo-ambiental notória está relacionada à topografia
do sítio, sendo que no painel mais alto há a ocorrência de uma pintura de destaque no sítio.
A análise das morfologias da arte rupestre contribuiu para identificar padrões que se
repetem em todo sítios e outros menos comuns, onde as gravuras de cupules, barras e
tridáctilos são as representações mais recorrentes. A observação das morfologias também
contribuiu no desenvolvimento das técnicas de reprodução 2D da arte rupestre.
O uso de software para realçar as cores das pinturas auxilia na apresentação das
pinturas pouco visíveis ou ocultas, principalmente aquelas de cor amarela. O único ponto
negativo que pode atrapalhar a qualidade da fotografia é a iluminação do painel fotografado e
a posição da câmera no momento da fotografia.
Os decalques contribuíram, para além da reprodução, na recomposição de partes
alteradas das pinturas ou pouco perceptíveis numa observação preliminar, como visto para os
painéis 02, 05 e 06. Em relação às gravuras, o decalque contribui para a compreensão dos
padrões cenográficos, a exemplo do painel 10, mas não proporciona ao observador uma noção
de profundidade da arte rupestre, como na observação real do painel.
A técnica 3D de reprodução contribui justamente para essa noção de profundidade e
pode apresentar a forma do suporte rochoso e as reentrâncias das gravuras. O uso de
fotogrametria 3D no painel 04 resultou na elaboração de um vídeo divulgado no canal do
AOB no Youtube e proporcionou a visualização tridimensional desse abrigo para os
internautas.
O Sítio Serra do Mimo tem um grande potencial para escavação, pois, conforme
discutido, nele foi encontrado lasca de silexito, o que indica a presença de outras ferramentas
líticas. Também, com a escavação, pode-se encontrar os materiais utilizados para as pinturas e
gravuras e, após análises químicas, microscópicas e datação da matéria prima, pode-se

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estabelecer relações cronoestratigráficas.
Esses e outros estudos são pautados para os próximos passos das pesquisas
arqueológicas pré-histórica do oeste da Bahia. Ressalta-se ainda que o Sítio Serra do Mimo,
por ser um local acessível, é visitado frequentemente por diversas pessoas e grupos na
atualidade. Estudar a cultura material de povos pré-coloniais desse sítio e divulgar as
pesquisas pode dar um novo significado sobre esse local para as pessoas que o frequentam.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (máximo 30)


ALKMIM, F.F. 2004. O que faz de um cráton um cráton? O Cráton do São Francisco e as
revelações almeidianas ao delimitá-lo. In: Mantesso-Neto, V., Bartorelli, ª, Carneiro,
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em: <http://www.funape.org.br/geomorfologia/>. Acesso em: 8 jan. 2018.

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LERMA, José Luís; CABRELLES, Miriam. Reflexiones sobre las técnicas de
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TROMPETTE, ROLAND R.; UHLEIN, ALEXANDRE; SILVA, MARCOS E.;


KARMANN, IVO. O CRÁTON BRASILIANO DO SÃO FRANCISCO - UMA
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VALLE, Raoni Bernardo Maranhão. Mentes Graníticas e Mentes Areníticas – fronteira geo-
cognitiva nas gravuras rupestres do baixo Rio Negro, Amazônia Setentrional, Tese.
USP: São Paulo, 2012.

ANEXO – Quadro de processos IPHAN com registro de trabalhos arqueológicos em


Barreiras

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Tipos de Apoio
Porta- Coordenadore
Ano Processo Projeto Empreendimento Natureza Institucional Estados Municípios Tipo
ria s
s Principal
Maria da Museu Central,
Central - Pesquisa
Conceição de Nacional - Itaguassú da
200 01502.000058/2001 Arqueológica no
63 N.A. Acadêmica Moraes Universidade Bahia Bahia, Renovação
5 -54 interior do Estado
Coutinho Federal do Rio Barreiras e
da Bahia
Beltrão de Janeiro Angical
Figueirópolis,
Sucupira,
Alvorada,
Peixe, Paraná,
Conceição do
Tocantins,
Arraias,
Projeto de Núcleo de Combinado e
Levantamento, Estudos e Lavadeira/
Salvamento e Pesquisas São
Maria Luiza
Monitoramento Arqueológicas Desidério,
Arqueologi Freitas
201 01450.011950/2010 Arqueológico da da Bahia - Tocantins/ Barreiras,
22 Ferrovias a Monteiro de Permissão
0 -12 Ferrovia de Universidade Bahia Luiz Eduardo
Preventiva Barros/ Rute de
Integração Oeste Estadual de Magalhães,
Lima Pontim
Leste – Santa Cruz - Correntina,
Figueirópolis/TO – NEPAB/UES Jaborandi,
Ilhéus/BA. C São Felix do
Coribe, Santa
Maria da
Vitória,
Coribe, Serra
do Ramalho,
Carinhanha,
Bom Jesus da

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Lapa, Riacho
Santana,
Palmas de
Monte Alto,
Guananbi,
Caetité, Rio
do Antônio,
Lagoa Real,
Livramento
do Brumado,
Brumado,
Aracatu,
Tanhaçu,
Mirante,
Manoel
Vitorino,
Jequié, Itagi,
Aiquara,
Itagiba,
Gongoi,
Aureliano
Leal, Uruçuca
e Ilhéus
Levantamento, Núcleo de Figueirópolis,
Salvamento e Estudos e Sucupira,
Monitoramento Pesquisas Alvorada,
Arqueológico da Arqueologi Arqueológicas Peixe, Paraná,
201 01450.011950/2010 Rute de Lima Tocantins/
6 Ferrovia de Ferrovias a da Bahia - Conceição do Renovação
1 -12 Pontim Bahia
Integração Oeste Preventiva Universidade Tocantins,
Leste – Estadual de Arraias,
Figueirópolis/TO – Santa Cruz - Combinado e
Ilhéus/BA NEPAB/UES Lavadeira/

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C São
Desidério,
Barreiras,
Luiz Eduardo
Magalhães,
Correntina,
Jaborandi,
São Felix do
Coribe, Santa
Maria da
Vitória,
Coribe, Serra
do Ramalho,
Carinhanha,
Bom Jesus da
Lapa, Riacho
Santana,
Palmas de
Monte Alto,
Guananbi,
Caetité, Rio
do Antônio,
Lagoa Real,
Livramento
do Brumado,
Brumado,
Aracatu,
Tanhaçu,
Mirante,
Manoel
Vitorino,
Jequié, Itagi,

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Aiquara,
Itagiba,
Gongoi,
Aureliano
Leal, Uruçuca
e Ilhéus
Figueirópolis,
Sucupira,
Alvorada,
Peixe, Paraná,
Conceição do
Tocantins,
Arraias,
Combinado e
Núcleo de Lavadeira/
Levantamento,
Estudos e São
Salvamento e
Pesquisas Desidério,
Monitoramento
Arqueológicas Barreiras,
Arqueológico da Arqueologi
201 01450.011950/2010 Rute de Lima da Bahia - Tocantins/ Luiz Eduardo
26 Ferrovia de Ferrovias a Renovação
1 -12 Pontim Universidade Bahia Magalhães,
Integração Oeste Preventiva
Estadual de Correntina,
Leste –
Santa Cruz - Jaborandi,
Figueirópolis/TO –
NEPAB/UES São Felix do
Ilhéus/BA.
C Coribe, Santa
Maria da
Vitória,
Coribe, Serra
do Ramalho,
Carinhanha,
Bom Jesus da
Lapa, Riacho
Santana,

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Monte Alto,
Guananbi,
Caetité, Rio
do Antônio,
Lagoa Real,
Livramento
do Brumado,
Brumado,
Aracatu,
Tanhaçu,
Mirante,
Manoel
Vitorino,
Jequié, Itagi,
Aiquara,
Itagiba,
Gongoi,
Aureliano
Leal, Uruçuca
e Ilhéus
Figueirópolis,
Núcleo de
Sucupira,
Estudos e
Levantamento, Alvorada,
Pesquisas
Salvamento e Peixe, Paraná,
Arqueológicas
Monitoramento Arqueologi Conceição do
201 01450.011950/2010 Rute de Lima da Bahia - Tocantins/
3 Arqueológico da Ferrovias a Tocantins, Renovação
2 -12 Pontim Universidade Bahia
FERROVIA DE Preventiva Arraias,
Estadual de
INTEGRAÇÃO Combinado e
Santa Cruz -
OESTE LESTE Lavadeira/Sã
NEPAB/UES
o Desidério,
C
Barreiras,

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Magalhães,
Correntina,
Jaborandi,
São Felix do
Coribe, Santa
Maria da
Vitória,
Coribe, Serra
do Ramalho,
Carinhanha,
Bom Jesus da
Lapa, Riacho
Santana,
Palmas de
Monte Alto,
Guananbi,
Caetité, Rio
do Antônio,
Lagoa Real,
Livramento
do Brumado,
Brumado,
Aracatu,
Tanhaçu,
Mirante,
Manoel
Vitorino,
Jequié, Itagi,
Aiquara,
Itagiba,
Gongoi,

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Leal, Uruçuca
e Ilhéus
Figueirópolis,
Sucupira,
Alvorada,
Peixe, Paraná,
Conceição do
Tocantins,
Arraias,
Combinado e
Lavadeira/
São
Núcleo de
Desidério,
Estudos e
Levantamento, Barreiras,
Pesquisas
Salvamento e Luiz Eduardo
Arqueológicas
Monitoramento Arqueologi Magalhães,
201 01450.011950/2010 Rute de Lima da Bahia - Tocantins/
7 Arqueológico da Ferrovias a Correntina, Renovação
3 -12 Pontim Universidade Bahia
FERROVIA DE Preventiva Jaborandi,
Estadual de
INTEGRAÇÃO São Felix do
Santa Cruz -
OESTE LESTE Coribe, Santa
NEPAB/UES
Maria da
C
Vitória,
Coribe, Serra
do Ramalho,
Carinhanha,
Bom Jesus da
Lapa, Riacho
Santana,
Palmas de
Monte Alto,
Guananbi,

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Caetité, Rio
do Antônio,
Lagoa Real,
Livramento
do Brumado,
Brumado,
Aracatu,
Tanhaçu,
Mirante,
Manoel
Vitorino,
Jequié, Itagi,
Aiquara,
Itagiba,
Gongoi,
Aureliano
Leal, Uruçuca
e Ilhéus
Cabeceira
Grande, Unaí,
Dom Bosco,
Brasilândia
de Minas,
Museu Ângelo
Buritizeiro e
Linha de Arqueologi Rosa de Minas
201 01450.008023/2013 Diagnóstico Pirapora/
1 Transmissão a Lúcio Lemes Moura - Gerais/ Permissão
4 -50 Arqueológico Cristalina,
500kV Preventiva Prefeitura de Bahia
Interventivo na Luziânia,
Porangatu
Área de Influência Simolândia,
da LT 500 kV Alvorada do
Barreiras II – Rio Norte, Flores
da Éguas – Luziânia Posse, Vila
– Pirapora II Boa, Formosa

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e Cabeceiras
no Estado de
Goiás.
Jaborandi,
Correntina,
São Desiderio
e Barreiras
Cabeceira
Grande, Unaí,
Dom Bosco,
Brasilândia
Prospecção
de Minas,
Arqueológica na
Buritizeiro e
área de influência Centro de
Linha de Arqueologi Minas Pirapora/
201 01450.008023/2013 da LT 500 KV Estudos de
34 Transmissão a Lúcio Lemes Gerais/ Cristalina, Permissão
4 -50 Barreiras II – Rio Ciências
500kV Preventiva Bahia Luziânia,
das Éguas – Humanas/BA
Simolândia,
Luziânia – Pirapora
Alvorada do
II
Norte, Flores
Posse, Vila
Boa, Formosa
e Cabeceiras
Diagnóstico
Laboratório de
Arqueológico
Arqueologia e
Interventivo na LT Linha de Arqueologi Fábio José
201 01502.002677/2014 Paleontologia Barreiras e
61 230 kV, Subestação Transmissão a Lustosa da Bahia Permissão
4 -06 - Universidade São Desidério
Barreiras II à 230kV Preventiva Costa Ferreira
do Estado da
Subestação Rio
Bahia
Grande II
Diagnóstico Arqueologi Luiz Carlos Universidade
201 01502.001916/2014 Empreendimento
68 Arqueológico a Medeiros da do Estado da Bahia Barreiras Permissão
4 -01 Imobiliário
Interventivo, Preventiva Rocha Bahia,

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Prospecção Campus VII,
Arqueológica e Senhor do
Educação Bonfim –
Patrimonial para o Laboratório de
Empreendimento Arqueologia e
Solar Barreiras IV Paleontologia
Diagnóstico Universidade
Arqueológico do Estado da
Interventivo, Bahia,
Prospecção Arqueologi Luiz Carlos Campus VII,
201 01502.001917/2014 Empreendimento
68 Arqueológica e a Medeiros da Senhor do Bahia Barreiras Permissão
4 -47 Imobiliário
Educação Preventiva Rocha Bonfim –
Patrimonial para o Laboratório de
Empreendimento Arqueologia e
Solar Barreiras V Paleontologia
Diagnóstico Universidade
Arqueológico do Estado da
Interventivo, Bahia,
Prospecção Arqueologi Luiz Carlos Campus VII,
201 01502.001918/2014 Empreendimento
68 Arqueológica e a Medeiros da Senhor do Bahia Barreiras Permissão
4 -91 Imobiliário
Educação Preventiva Rocha Bonfim –
Patrimonial para o Laboratório de
Empreendimento Arqueologia e
Solar Barreiras VI Paleontologia
Diagnóstico Universidade
Arqueológico do Estado da
Interventivo, Bahia,
Arqueologi Luiz Carlos
201 01502.001915/2014 Prospecção Empreendimento Campus VII,
68 a Medeiros da Bahia Barreiras Permissão
4 -58 Arqueológica e Imobiliário Senhor do
Preventiva Rocha
Educação Bonfim –
Patrimonial para o Laboratório de
Empreendimento Arqueologia e

50
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Solar Barreiras III Paleontologia
Diagnóstico Universidade
Arqueológico do Estado da
Interventivo, Bahia,
Prospecção Arqueologi Luiz Carlos Campus VII,
201 01502.001914/2014 Empreendimento
68 Arqueológica e a Medeiros da Senhor do Bahia Barreiras Permissão
4 -11 Imobiliário
Educação Preventiva Rocha Bonfim –
Patrimonial para o Laboratório de
Empreendimento Arqueologia e
Solar Barreiras II Paleontologia
Diagnóstico Universidade
Arqueológico do Estado da
Interventivo, Bahia,
Prospecção Arqueologi Luiz Carlos Campus VII,
201 01502.001913/2014 Empreendimento
68 Arqueológica e a Medeiros da Senhor do Bahia Barreiras Permissão
4 -69 Imobiliário
Educação Preventiva Rocha Bonfim –
Patrimonial para o Laboratório de
Empreendimento Arqueologia e
Solar Barreiras I Paleontologia
Diagnóstico Universidade
Arqueológico do Estado da
Interventivo, Bahia,
Prospecção Arqueologi Luiz Carlos Campus VII,
201 01502.001919/2014 Empreendimento
68 Arqueológica e a Medeiros da Senhor do Bahia Barreiras Permissão
4 -36 Imobiliário
Educação Preventiva Rocha Bonfim –
Patrimonial para o Laboratório de
Empreendimento Arqueologia e
Solar Barreiras VII Paleontologia
Diagnóstico Laboratório de
Linha de Arqueologi Fábio José
201 01502.002677/2014 Arqueológico Arqueologia e Barreiras e
61 Transmissão a Lustosa da Bahia Permissão
4 -06 Interventivo na LT Paleontologia São Desidério
230kV Preventiva Costa Ferreira
230 kV, Subestação - Universidade

51
UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E INOVAÇÃO
COORDENADORIA DOS PROGRAMAS DE INICIAÇÃO À PESQUISA, CRIAÇÃO E INOVAÇÃO
Barreiras II à do Estado da
Subestação Rio Bahia
Grande II
Figueirópolis,
Sucupira,
Alvorada,
Peixe, Paraná,
Conceição do
Tocantins,
Arraias,
Combinado e
Lavadeira/
São
Núcleo de
Desidério,
Estudos e
Levantamento, Barreiras,
Pesquisas
Salvamento e Luiz Eduardo
Arqueológicas
Monitoramento Arqueologi Rosiclér Magalhães,
201 01450.011950/2010 da Bahia - Tocantins/
27 Arqueológico da Ferrovias a Theodoro da Correntina, Renovação
4 -12 Universidade Bahia
FERROVIA DE Preventiva Silva Jaborandi,
Estadual de
INTEGRAÇÃO São Felix do
Santa Cruz -
OESTE LESTE Coribe, Santa
NEPAB/UES
Maria da
C
Vitória,
Coribe, Serra
do Ramalho,
Carinhanha,
Bom Jesus da
Lapa, Riacho
Santana,
Palmas de
Monte Alto,
Guananbi,

52
UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E INOVAÇÃO
COORDENADORIA DOS PROGRAMAS DE INICIAÇÃO À PESQUISA, CRIAÇÃO E INOVAÇÃO
Caetité, Rio
do Antônio,
Lagoa Real,
Livramento
do Brumado,
Brumado,
Aracatu,
Tanhaçu,
Mirante,
Manoel
Vitorino,
Jequié, Itagi,
Aiquara,
Itagiba,
Gongoi,
Aureliano
Leal, Uruçuca
e Ilhéus
Miracema do
Centro de Tocantins,
Prospecção
Pesquisa de Miranorte,
Arqueológica
História Rio dos Bois,
Intensiva e
Natural e Pedro
Educação
Arqueologia Tocantins/ Afonso,
Patrimonial da Linha de Arqueologi
201 01450.007304/2013 Fábio Origuela do Maranhão - Maranhão Centenário,
8 Linha de Transmissão a Permissão
4 -95 de Lira Fundação / Piauí / Lizarda/
Trasmissão 500 Kv 500KV Preventiva
Cultural do Bahia Balsas, Alto
Miracema –
Maranhão - Parnaíba/
Sapeaçu e
Governo do Santa
Subestações
Estado do Filomena,
Associadas
Maranhão Gilbués,
Monte Alegre

53
UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E INOVAÇÃO
COORDENADORIA DOS PROGRAMAS DE INICIAÇÃO À PESQUISA, CRIAÇÃO E INOVAÇÃO
do Piauí,
Riacho Frio,
Corrente,
Sebastião
Barros,
Cristalândia
do Piauí/
Santa Rita de
Cássia,
Riachão das
Neves,
Angical,
Barreiras,
Catolândia,
Boianópolis,
Tabocas do
Brejo Velho,
Brejolândia,
Serra
Dourada,
Santana, Sítio
do Mato,
Bom Jesus da
Lapa, Riacho
de Santana,
Macaúbas,
Igaporã,
Caetité,
Livramento
de Nossa
Senhora, Rio
de Contas,

54
UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E INOVAÇÃO
COORDENADORIA DOS PROGRAMAS DE INICIAÇÃO À PESQUISA, CRIAÇÃO E INOVAÇÃO
Jussiape,
Ibicoara,
Iramaia,
Marcionílio
Souza,
Maracás,
Planaltino,
Irajuba, Nova
Itarana,
Brejões,
Milagres,
Itatim, Santa
Teresinha,
Castro Alves,
Sapeaçu
Núcleo de
Estudos e
Prospecção
Pesquisas
Arqueológica e Abrahão
Arqueológicas
Educação Linha de Arqueologi Sanderson
201 01502.002581/2015 da Bahia - Barreiras e
55 Patrimonial na LT Transmissão a Nunes Bahia Permissão
5 -11 Universidade São Desidério
230 kV SE 230kV Preventiva Fernandes da
Estadual de
Barreiras II - SE Silva
Santa Cruz -
Rio Grande II
NEPAB/UES
C
Resgate e Centro de Cristalina,
Preservação Lúcia de Jesus Arqueologia Luziânia,
Goiás/
Arqueológica LT Linha de Arqueologi Cardoso Annete Simolândia,
201 01450.008023/2013 Minas
61 500 kV Barreiras II Transmissão a Oliveira Juliani/ Laming Alvorada do Permissão
5 -50 Gerais/
– Rio das Éguas – 500kV Preventiva Luiz Fernando Emperaire - Norte, Flores
Bahia
Luziânia – Pirapora Erig Lima Secretaria de Goiás,
2 (GO/MG/BA). Municipal de Posse, Vila

55
UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E INOVAÇÃO
COORDENADORIA DOS PROGRAMAS DE INICIAÇÃO À PESQUISA, CRIAÇÃO E INOVAÇÃO
Turismo e Boa, Formosa
Cultura - e Cabeceiras/
Prefeitura Cabeceira
Municipal de Grande, Unaí,
Lagoa Santa Dom Bosco,
Brasilândia
de Minas,
Buritizeiro e
Pirapora/
Jaborandi,
Correntina,
São Desidério
e Barreiras
Miracema do
Tocantins,
Miranorte,
Rio dos Bois,
Centro de
Prospecção Pedro
Pesquisa de
Arqueológica Afonso,
História
Intensiva e Centenário e
Natural e
Educação Lizarda/
Arqueologia Tocantins/
Patrimonial da Linha de Arqueologi Balsas e Alto
201 01450.007304/2013 Fábio Origuela do Maranhão - Maranhão
50 Linha de Transmissão a Parnaíba/ Renovação
5 -95 de Lira Fundação / piauí/
Transmissão 500 500kV Preventiva Santa
Cultural do Bahia
Kv Miracema – Filomena,
Maranhão -
Sapeaçu e Gilbués,
Governo do
Subestações Monte Alegre
Estado do
Associadas do Piauí,
Maranhão
Riacho Frio,
Corrente,
Sebastião
Barros e

56
UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E INOVAÇÃO
COORDENADORIA DOS PROGRAMAS DE INICIAÇÃO À PESQUISA, CRIAÇÃO E INOVAÇÃO
Cristalândia
do Piauí/
Santa Rita de
Cássia,
Riachão das
Neves,
Angical,
Barreiras,
Catolândia,
Boianópolis,
Tabocas do
Brejo Velho,
Brejolândia,
Serra
Dourada,
Santana, Sítio
do Mato,
Bom Jesus da
Lapa, Riacho
de Santana,
Macaúbas,
Igaporã,
Caetité,
Livramento
de Nossa
Senhora, Rio
de Contas,
Jussiape,
Ibicoara,
Iramaia,
Marcionílio
Souza,

57
UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E INOVAÇÃO
COORDENADORIA DOS PROGRAMAS DE INICIAÇÃO À PESQUISA, CRIAÇÃO E INOVAÇÃO
Maracás,
Planaltino,
Irajuba, Nova
Itarana,
Brejões,
Milagres,
Itatim, Santa
Teresinha,
Castro Alves
e Sapeaçu
Avaliação de
Universidade
Potencial de
do Estado da
Impacto ao
Bahia,
Patrimônio
Linha de Arqueologi Cristiana de Campus VII, Barreiras,
201 01502.002236/2015 Arqueológico na Autorizaçã
1 Transmissão a Cerqueira Silva Senhor do Bahia Catolândia e
6 -87 Área da Linha de o IN
230kV Preventiva Santana Bonfim – São Desidério
Transmissão 230
Laboratório de
kV – UTE Campo
Arqueologia e
Grande/SE
Paleontologia
Barreiras
Avaliação de
Universidade
Potencial de
do Estado da
Impacto ao
Bahia,
Patrimônio
Linha de Arqueologi Cristiana de Campus VII, Barreiras,
201 01502.002236/2015 Arqueológico na
42 Transmissão a Cerqueira Silva Senhor do Bahia Catolândia e Revogação
6 -87 Área da Linha de
230kV Preventiva Santana Bonfim – São Desidério
Transmissão 230
Laboratório de
kV – UTE Campo
Arqueologia e
Grande/SE
Paleontologia
Barreiras
201 01450.011950/2010 Levantamento, Arqueologi Rosiclér Núcleo de Tocantins/ Figueirópolis,
7 Ferrovias Renovação
6 -12 Salvamento e a Theodoro da Estudos e Bahia Sucupira,

58
UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E INOVAÇÃO
COORDENADORIA DOS PROGRAMAS DE INICIAÇÃO À PESQUISA, CRIAÇÃO E INOVAÇÃO
Monitoramento Preventiva Silva Pesquisas Alvorada,
Arqueológico da Arqueológicas Peixe, Paraná,
FERROVIA DE da Bahia - Conceição do
INTEGRAÇÃO Universidade Tocantins,
OESTE LESTE Estadual de Arraias,
Santa Cruz - Combinado e
NEPAB/UES Lavadeira/
C São
Desidério,
Barreiras,
Luiz Eduardo
Magalhães,
Correntina,
Jaborandi,
São Felix do
Coribe, Santa
Maria da
Vitória,
Coribe, Serra
do Ramalho,
Carinhanha,
Bom Jesus da
Lapa, Riacho
Santana,
Palmas de
Monte Alto,
Guananbi,
Caetité, Rio
do Antônio,
Lagoa Real,
Livramento
do Brumado,

59
UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E INOVAÇÃO
COORDENADORIA DOS PROGRAMAS DE INICIAÇÃO À PESQUISA, CRIAÇÃO E INOVAÇÃO
Brumado,
Aracatu,
Tanhaçu,
Mirante,
Manoel
Vitorino,
Jequié, Itagi,
Aiquara,
Itagiba,
Gongoi,
Aureliano
Leal, Uruçuca
e Ilhéus
Miracema do
Tocantins,
Miranorte,
Rio dos Bois,
Centro de
Prospecção Pedro
Pesquisa de
Arqueológica Afonso,
História
Intensiva e Centenário e
Natural e
Educação Lizarda/
Arqueologia Tocantins/
Patrimonial da Linha de Arqueologi Balsas e Alto
201 01450.007304/2013 Fábio Origuela do Maranhão - Maranhão
59 Linha de Transmissão a Parnaíba/ Renovação
6 -95 de Lira Fundação / piauí/
Transmissão 500 500kV Preventiva Santa
Cultural do Bahia
Kv Miracema – Filomena,
Maranhão -
Sapeaçu e Gilbués,
Governo do
Subestações Monte Alegre
Estado do
Associadas do Piauí,
Maranhão
Riacho Frio,
Corrente,
Sebastião
Barros e

60
UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E INOVAÇÃO
COORDENADORIA DOS PROGRAMAS DE INICIAÇÃO À PESQUISA, CRIAÇÃO E INOVAÇÃO
Cristalândia
do Piauí/
Santa Rita de
Cássia,
Riachão das
Neves,
Angical,
Barreiras,
Catolândia,
Boianópolis,
Tabocas do
Brejo Velho,
Brejolândia,
Serra
Dourada,
Santana, Sítio
do Mato,
Bom Jesus da
Lapa, Riacho
de Santana,
Macaúbas,
Igaporã,
Caetité,
Livramento
de Nossa
Senhora, Rio
de Contas,
Jussiape,
Ibicoara,
Iramaia,
Marcionílio
Souza,

61
UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E INOVAÇÃO
COORDENADORIA DOS PROGRAMAS DE INICIAÇÃO À PESQUISA, CRIAÇÃO E INOVAÇÃO
Maracás,
Planaltino,
Irajuba, Nova
Itarana,
Brejões,
Milagres,
Itatim, Santa
Teresinha,
Castro Alves
e Sapeaçu

Fonte: IPHAN, 2018.

62
UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E INOVAÇÃO
COORDENADORIA DOS PROGRAMAS DE INICIAÇÃO À PESQUISA, CRIAÇÃO E INOVAÇÃO
6. ATIVIDADES REALIZADAS NO PERÍODO

Atividades Realizadas Data Inicial Data Final


Curso como aluna ouvinte na disciplina de Tópicos 05/08/2017 07/10/2017
Especiais em Arqueologia II
Curso de limpeza e conservação de materiais em museu 31/08/2017 31/08/2017
no Núcleo de Memórias da UFOB com a museóloga
Hildenia
Atividade de Campo no Sítio Arqueológico Serra do 23/09/2017 23/09/2017
Mimo
Participação da 1a Mostra do Grupo de Estudos 30/10/2017 17/11/2017
Arqueologia do Oeste durante Escola de Estudos
Temáticos da UFOB com divulgação de banner e
monitoria
Curso de Introdução ao Estudo do material Lítico 13/11/2017 17/11/2017
ministrado pela professora Fernanda Libório durante
Escola de Estudos Temáticos da UFOB
Reunião dos estudantes bolsista e voluntário do PIBIC 04/12/2017 04/12/2017
com a professora Fernanda Libório para discussão dos
textos lidos
Reunião dos estudantes bolsista e voluntário do PIBIC 19/01/2018 19/01/2018
com a professora Fernanda Libório para discussão dos
textos lidos
Atividade de Campo no Sítio Arqueológico Gruta das 20/01/2018 20/01/2018
Pedras Brilhantes para observações gerais e descrições do
entorno
Atividade de Campo no Sítio Arqueológico Gruta das 27/01/2018 27/01/2018
Pedras Brilhantes para o registo fotográfico das
representações rupestres e descrições mais detalhadas
Atividade de Campo no Sítio Arqueológico Gruta das 03/02/2018 03/02/2018
Pedras Brilhantes para a apresentação do sítio aos alunos
da disciplina Pré-História Geral e do Brasil e
documentação do sítio por fotografias e desenhos
Curso de Fotogrametria 3D com o arqueólogo Luís Felipe 17/02/2018 17/02/2018
Curso como aluna matriculada na disciplina Pré-História 21/11/2017 05/04/2018
Geral e do Brasil, ministrada pela professora Fernanda
Libório
Viagem de campo para Salvador com visitas ao Museu de 19/03/2018 23/03/2018
Arqueologia e Etnologia da UFBA (MAE/UFBA), ao
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(IPHAN)
Atividade de Campo no Sítio Arqueológico Gruta das 19/05/2018 19/05/2018
Pedras Brilhantes para filmagem do sítio com Drone
dirigida pelo arqueólogo Almir Brito Junior

63
UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E INOVAÇÃO
COORDENADORIA DOS PROGRAMAS DE INICIAÇÃO À PESQUISA, CRIAÇÃO E INOVAÇÃO
Participação da VII Reunião da Associação Brasileira de 21/05/2018 24/05/2018
Arte Rupestre em Diamantina - MG
Apresentação de trabalho na forma de pôster na VII 23/05/2018 23/05/2018
Reunião da Associação Brasileira de Arte Rupestre em
Diamantina - MG
Participação da oficina: “Morfologia de antropomorfos e 22/05/2018 23/05/2018
zoomorfos na arte rupestre” ministrado pelos professores
Albérico Nogueira de Queiroz (DARQ/PROARQ/UFS) e
Olívia Alexandre de Carvalho(DARQ/PROARQ/UFS)
durante a VII Reunião da Associação Brasileira de Arte
Rupestre
Redução dos decalques dos registros rupestres do Sítio 19/06/2018 21/06/2018
Arqueológico Serra do Mimo no Núcleo de Memória do
Oeste da Bahia
Visita aos Sítios Arqueológicos Olho D’Água e Seu Camé 14/07/2018 14/07/2018
para melhor compreender o contexto arqueológico pré-
histórico regional

7. DIFICULDADES ENCONTRADAS / CAUSAS E PROCEDIMENTOS PARA


SUPERÁ-LAS
As falta de financiamento para a execução do projeto impossibilitou custeios de materiais,
equipamentos e outras necessidades para a aplicação de técnicas de estudos dos sítios. Dessa
maneira, foi necessário optar por técnicas menos custosas. Técnicas como analises
arqueométricas, analises químicas e escavação exigem maiores investimentos. Sobretudo, é
necessário que a universidade tenha um laboratório de arqueologia, que é um espaço
adequado no qual é permitido o armazenamento de artefatos arqueológicos recuperados em
escavações. A existência de um laboratório possibilitará um espaço estruturado para a
aplicação das técnicas de estudos aqui mencionados, dentre outras técnicas.

8. Parecer do Orientador

Desempenho do Bolsista
Insuficiente Regular Bom Excelente

( ) ( ) ( ) (X)

Observações:
A discente Fernanda Leão apresentou desempenho excelente, demonstrando autonomia de pesquisa e vocação
para o meio acadêmico. Sua curiosidade científica sempre veio acompanhada de um posicionamento ético. A
todos os desafios apresentados, a orientanda demonstrou criatividade, compromisso e fundamentação.

64
UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E INOVAÇÃO
COORDENADORIA DOS PROGRAMAS DE INICIAÇÃO À PESQUISA, CRIAÇÃO E INOVAÇÃO

Barreiras, 20 de agosto de 2018.

Estudante Orientador (a)

9. Parecer do Coordenador PIBIC/UFOB

Coordenador PIBIC/UFOB

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