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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA (UNEB)

Autorização Decreto nº 9237/86. DOU 18/07/96. Reconhecimento: Portaria 909/95, DOU 01/08-95

GABINETE DA REITORIA
UNIDADE ACADÊMICA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (UNEAD)
Criação e Implantação Resolução CONSU nº 1.051/2014. DOU 20/05/14

MOVIMENTOS SOCIAIS E A EDUCAÇÃO


O ECA: Estatuto da Criança e do Adolescente
Curso: Licenciatura em Pedagogia
Componente
Políticas Públicas da educação
Curricular:
Docente: Isabelle sanches Semestre: V Carga horária: 75
Edson S. F. de Carvalho; Edvânia A. dos Santos; Luíza S. Macedo; Marina de
Docente:
Barros; Sylvia Rafaella G. Pereira

O ECA: Estatuto da Criança e do Adolescente

O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) é a lei n.°8.069 promulgada em


1990, que regulamentou e assegurou os direitos estabelecidos na Constituição
Federal de 1988, especificamente no Capítulo VII no que tange aos direitos da
criança e do adolescente. Segundo Oliveira (2011) por volta dos séculos XV e
XVI a Europa passava por um notável desenvolvimento científico e pela
expansão comercial, o que demandou um novo modelo educacional que
atendesse a esses desafios, levantando questões referentes à educação das
crianças. A partir desse momento as crianças passaram a ser vistas como um
ser com necessidades, que inspiravam cuidados e preparação para sua
inserção no mundo dos adultos. Este trabalho consiste em uma pesquisa
bibliográfica realizada através da internet nos sites relacionados nas
referências.
Na década de 1980, a articulação e o fortalecimento do movimento
social pela infância e pela adolescência foram determinantes para a alteração
do panorama legal e a inclusão do novo paradigma e concepção de crianças e
adolescentes como “sujeitos de direitos”. Como resultado deste processo
histórico e social, foi concebido, aprovado e nasceu o Estatuto da Criança e do
Adolescente (1990).
O caput do art. 227 da Constituição Federal diz: "É dever da família, da
sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta
prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao
lazer e à profissionalização, à liberdade, ao respeito, à dignidade e à
convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de
negligência, discriminação, exploração, violência crueldade e opressão." 
Na década de 90 é aprovado o Estatuto da Criança e do Adolescente -
ECA (Lei 8.069/90), concretizando os direitos das crianças promulgados pela
constituição. Ferreira (2000, p. 184) afirma que a Lei 8.069/90:
Inseriu as crianças e adolescentes no mundo dos direitos humanos. O
ECA estabeleceu um sistema de elaboração e fiscalização de
políticas públicas voltadas para a infância, tentando com isso impedir
desmandos, desvios de verbas e violações dos direitos das crianças.
Serviu ainda como base para a construção de uma nova forma de
olhar a criança: uma criança com direito de ser criança. Direito ao
afeto, direito de brincar, direito de querer, direito de não querer, direito
de conhecer, direito de sonhar. Isso quer dizer que são atores do
próprio desenvolvimento (FERREIRA, 2000, p.184).

Com essas concepções sobre as crianças foi necessário que a


educação infantil passasse por grandes transformações, fazendo com que os
educadores repensassem suas práticas buscando aprimorar sua formação.
O ECA não trouxe “rupturas” no trato da criança e do adolescente
brasileiros, mas sim uma readequação às novas mudanças societárias. Apesar
de trazer inovações no trato da criança e do adolescente, o ECA está norteado
pelo neoliberalismo, que limita o preconizado pela legislação, pois o Estado
detém medidas voltadas para o atendimento do problema e não para
prevenção.
A desigualdade é agravada pela conjuntura econômica do país e pela
precariedade e/ou inexistência de políticas públicas capazes de responderem,
adequadamente, às diversas necessidades dessas crianças e adolescentes e a
seus respectivos familiares.
Somente, então, através da constituição de 1988, as creches, antes
vistas como instituições assistenciais, passaram a ter responsabilidade
educacional, de modo que apenas nesse momento a criança passou a ser
reconhecida como sujeito de direitos. Em 1998 o Ministério da Educação
realizou a formulação de diretrizes e normas da educação da criança pequena
em todo o país, e publicou o Referencial Curricular Nacional para a Educação
Infantil - RCNEI (BRASIL, 1998), e as Diretrizes Nacionais para a Educação
Infantil foram definidas pelo Conselho Nacional de Educação.
Para intensificar ainda mais a importância da educação infantil no dia 04
de abril de 2013 foram publicadas no diário oficial da união as novas normas
estabelecidas pela Lei nº 12.796 que ajusta a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro
de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) à Emenda
Constitucional nº 59, de 11 de novembro de 2009, tornando obrigatória e
gratuita a educação básica dos quatro aos dezessete anos de idade. No
entanto a educação básica é dividida em três etapas nomeadas como pré-
escola, ensino fundamental e ensino médio, além de oferecer também a
educação infantil gratuita até os cinco anos de idade.
Com o estudo realizado, conhecemos as evoluções dos direitos e
deveres adquiridos pelas crianças e adolescentes ao longo dos anos,
priorizando o cuidar desde a primeira infantil, pois além da família, a escola
precisa participar da vida da criança e do adolescente como importante fator de
proteção. Como futuros docentes devemos priorizar uma educação que forme
sujeitos emancipados, com os valores essências fortalecidos, capazes de dar
continuidade ao processo de desenvolvimento, provocando mudanças na
sociedade. A escola pode ser um agente de promoção de valores humanos,
como instituição mais presente e próxima das famílias.
Portanto, a escola deve promover os direitos da criança e do
adolescente, fornecendo uma educação de qualidade, não só nós índices da
Educação Básica, mas na formação do cidadão.
Referências Bibliográficas

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases. 1961- LEI 4024 61. Disponível em: <
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/129047/lei-de-diretrizes-e-base-de-1961-
lei-4024- 61>. Acessado em: 29 jan. 2020.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Referenciais Curriculares


Nacionais de Educação Infantil. vol. 3. Brasília: 1998. Disponível em <
http://portal.mec.gov.br/ >. Acessado em: 30 jan. 2020.

OLIVEIRA, Z. Educação infantil: fundamentos e métodos. 7ª ed. São Paulo.


Cortez, 2011.

FERREIRA, Maria Clotilde Rossetti (Org.). Os fazeres na educação infantil.


São Paulo: Cortez, 2000.

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