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1.

AGE (aguê) Age 1


O nome do menino é uma referência a Age, Vodum caçador.
Deus da mata. Os animais estão sobre o seu controle.
É nome do meu menino.
Durante as cerimônias para Age (aguê), seus vodunsis ficam Age – digo.
empoleirados nos galhos das árvores onde o Vodum se manifesta. Digo Age toda manhã, em sussurros.
Sua louvação é “houshe Age mi”.
Repara
Fresta no teto, Age.
Madeira é dura, mas range,
Porque aqui,
Acima do porão,
Passos são duros.
Repara
Fresta na parede de taipas.
Avista fiapo de luz, Age.
É lá fora, menino.
Há colinas tantas lá fora.
Campo rupestre lá fora.
Grão de terra.
Prato pequeno de estanho cheio de sal.
Miúdo grão de terra, Age.
Miúdo como menino miúdo.
Rastros de terra estrangeira.
Mãe não é daqui, Age.
Mãe nasceu ao longe.
Doutro lado, Age.
Doutro lado das colinas.
Aqui abrem vales estreitos e profundos.
Chão pedregoso.
Vista é rude aqui.
Chove tanto.
De outubro a abril chove tanto.
Mas avista, Age,
Mais que perto,
Depois das colinas,
Azinhaga, caminho estreito.
Adentra, Age,
Hoje em dia, céu de menino,
Adentra e avista, Age,
Lá fora,
De luz fiapo, filho,
2.A Nação Jeje compreende as culturas de diversos povos,
tais quais os Fons, Ewes, Adjas, Minas, Popos, Gans, etc. Estes Rumo ali
povos tinham e tem em comum sua forma de religião: o culto ao – mar revolto.
Vodun. Mas a diversidade no culto varia de povo para povo, de
seguimento para seguimento. Estes povos habitavam o antigo Dali menino vai mais longe.
reino de Dahomey, Dahomé ou Daomé, situado onde hoje é o Um tanto até
Benin, mantendo proximidades com a Nigéria, onde situam-se
os povos yorubás, e que mantém em suas regiões fronteiristas,
– miúdo grão de terra.
uma mescla de seus cultos, fazendo com que os “jejis” adotassem É preciso avistar hora certa.
alguns orixás em seu panteão (voduns nagôs como Oyá, Òsún,
Yemanjá), assim como os nagôs adotaram alguns voduns em seu
Relampeio.
panteão (Oxumaré, por exemplo). Os povos da capital de Dahomey Num instante abre clarão no céu,
(Abomey ou Abomé) eram pricipalmente os Adjas. Por volta de
Meio da chuva.
1650, os Adjas conseguiram dominar os Fons, e o rei Hwegbajá
(1645-1685) declarou-se rei de seu território comum. Tendo Corre, Age,
estabelecido sua capital em Abamey, Hwegbajá e seus sucessores Como correm cães de caça em meio ao cerrado.
conseguiram estabelecer um Estado altamente centralizado com
base no culto da realeza (Voduns Reais) estruturado em sacrifícios Corre entre poças dágua da chuva – peleja.
(incluindo sacrifícios humanos) aos antepassados do monarca. Corre mais distante que cães de caça correm.
Toda a terra era propriedade direta do rei, que coletava tributos de
todas as colheitas obtidas. Logo este povo entraria em confronto Eles correm e pegam e mordem perna toda, Age.
com vários outros, alguns pertencentes à própria origem “jeji” Comem fígado. Baço. Vísceras.
(daomeana) como os povos de Aladá, Mahi, Uidá, e outros povos
de origem yorubá, tais como o Reino de Oyó, que acabou vencendo Comem até olhos e Age nunca mais avista mar revolto.
os daomeanos. Economicamente, entretanto, Hwegbajá e seus Age nunca mais volta aos braços da mãe
sucessores lucraram principalmente com o tráfico de escravos e
relações com os escravistas estabelecidos na costa. Como os reis do No amontoado de baobá.
Daomé envolveram-se em guerras para expandir seu território, Terra doutro lado do mar revolto
e começaram a utilizar rifles e outras armas de fogo compradas
aos europeus em troca dos prisioneiros, que foram vendidos como
– Dahomé. 2
escravos nas Américas. Por isso, corrida de Age precisa ser ligeira.
Que não te vejam correr, Age.
Não te vejam fugir.
Se Age correr (correr muito)
Nunca mais Age vai entrar na mina.
Não vão mais bater em Age.
Nunca mais Age vai passar sede.
Age vai plantar na ribeira do córrego.
Age vai banhar no córrego.
Age vai brincar no córrego comoutros meninos.
Age vai crescer homem alto.
Vai crescer acima do teto baixo da mina douro Age.
E vai dançar Age.
3. A Casa das Minas cultua os Voduns dirigentes e nobres do Vai dançar a Nochê Naé e a Zomadonu. 3
Dahomey, inclusive Zomadonu, que é chefe da Casa das Minas,
Avista lá, Age.
juntamente com Nochê Naé, a ancestral mítica da família Real.
Relampeio.
Chuva cresce no céu.
Alaga todo arraial.
Tudo espera.
Então, corre, Age.
Corre, menino.
Um tanto até.
Tristeza
raspa
corpo
como
lâmina
raspa
corpo.
Nó dentro dos olhos.
Vontade de desaguar.
Sol se arma no espinhaço.
E corrói espinhaço
Como ferrugem corrói correntes com peias,
Palmatória,
Libambo,
Candeias,
Cangalha,
Viramundo,
Gargalheira,
Castiçal de parede,
Rocas,
Lançadeira,
Alfineteira,
Descaroçador de algodão,
Fusos,
Fole de forja,
Dobradiça,
Tenaz,
Pua,
Moitões,
Painas,
Graminho,
Compasso,
Balaústre,
Prumos,
Pias de água-benta,
Âmbula,
Chapéu de clérigo,
Batina,
Relógio de caixa alta,
Almofarizes,
Pelicano eucarístico,
Anjo toalheiro,
Ofício da semana santa,
Ostensório,
Urna dos pré-santificados,
Oratório.
São Benedito de Palermo.
Medea.
Medea é nome da mãe do meu menino.
Medea-preta.
Escravizada e preta
Da Vila Rica de Nossa Senhora de Pilar de Ouro Preto
– arapuca.
Medea nunca viu ouro.
Medea não carece de ouro, aluvião.
Medea não carece de pedra preciosa.
Medea corre no campo à procura de erva.
Medea guarda erva escondida na parede de taipas.
Medea cura com erva aleijões. Dores adentro.
Medea coze o de comer pouco
– pirão de farinha.
Lava tacho no córrego.
Lava indumento no córrego.
Medea carrega cântaro de água na cabeça.
Medea carrega água dia todo.
Medea vai parir outros meninos
comoutras pretas vão pariroutros meninos.
Até que se tenham muitos meninos a cavar mina.
Até que dono da mina tenha muito ouro.
Medea chegou aqui com um só menino.
Age era único menino de Medea.
No ventre de Medea veio Age.
Nasceu depois na travessia.
Nasceu depois na embarcação.
Nasceu depois no mar revolto.
Atravessou depois do mar revolto até mina.
Meio da mata, meio do campo rupestre.
Atravessou depois no colo da mãe do meu menino até mina.
Cresceu a caminho da mina
Com outros pretos como Age a caminho da mina.
Não avistou mais nada.
Parede de terra.
Mina.
Escuro.
Mina.
Ar rarefeito.
Mina.
Candeeiro.
Mina.
Adentro.
Mina.
Um tanto mais adentro.
Mina.
Cavar.
Mina.
Gaiolas com pássaros.
Mina.
Até pássaros morrerem
E ar findar
Até pretos correrem afora da mina até.
De novo outras gaiolas.
De novo outros pássaros.
Mesmos pretos até.
Dentro da mina mesmos pretos até.
Mesmo ar rarefeito.
Mesma terra a arranhar unhas.
Mesma terra a dormir no corpo.
Encharcar rosto.
Febre.
Corpo caído no porão.
Corpo apodrecido.
Morto corpo.
Corpo debaixo da terra.
Mais um. Mais dois.
Mais três corpos pretos até debaixo da terra.
Age não vai cair debaixo do aterramento.
Age não vai morrer mais vezes até sem mar revolto.
Age não vai viver ali, sempre ali na mina.
Dizem em cochichos:
Menino cresce mais alto que teto da mina.
É preciso embriagar menino
Que cresce mais alto que teto da mina.
É preciso castrar menino.
Arrancar fora testículos de menino.
Só assim do menino
Não nascerão outrosaltos meninos
Como menino Age.
Preto castrado.
Bicho castrado.
Acuado no porão.
No quarto escuro do casebre acuado.
Apostado no chão de terra.
Mais um preto combalido.
Uns se levantam e voltam à mina.
Voltam à mina uns que se levantam.
Outros nunca maisoutros.
Medea vai longe.
Adentra campo rupestre à procura de erva.
Que cure tua febre erva.
Tuas pernas enervadas.
Tua vista embaçada.
Tuas cicatrizes no sexo roto.
Tua vergonha de homem, Age.
Mas Age é menino.
Menino alto como homem alto.
Mas assim é melhor, Age.
Bicho castrado não põe no mundo outro bicho
Que será igualmente castrado.
Acuado no porão.
No quarto escuro do casebre acuado.
Apostado no chão de terra.
Mais um preto combalido.
Age vai fugir hoje.
Hoje de tarde no meio da chuva.
Age vai correr firme no meio da chuva.
Age vai correr
Mar revolto até vai Age
– quilombo longe no meio da mata.
Nunca mais Age volta nos rumos da mina.
Só assim não castram Age.
Não matam menino
Com ferro das caveiras,
Andrajo da morte.
Assim foi – digo nhora da chuva.
Age corre nhora da chuva.
Age corre firme nhora da chuva.
Cães nhora da chuva.
Homens nhora da chuva.
Puseram cães e homens nhora da chuva no rastro de Age.
Tarde toda
Cães e homens
Nhora toda
No rastro de Age
Ficaram até.
Só um silêncio.
Gotículas.
Medea,
Onde foi teu menino?
Onde foi tua cria?
Bichinho correu no mato?
Vão estraçalhar menino,
Medea.
Arrastar menino no pedregulho
Do alto do colina abaixo
Até a boca da mina,
Medea,
Teu menino é bicho.
Né não, Jazão, capitãodomato.
Meu menino é gente.
Miúdo grão de terra,
Jazão, capitãodomato.
Miúdo como menino miúdo.
Medea,
Teu menino vai morrer.
Vai não, Jazão, capitãodomato.
Medea,
Cães e homens
Mandei
Do teu menino
Atrás.
Mandei corda e ferro.
Teu menino vem dependurado.
Sem testículos.
Sem olhos.
Meu menino vai avistar,
Jazão, capitãodomato.
Meu menino vai avistar mar revolto.
Nem um tanto,
Medea.
Teu menino
Vai avistar cegueira da mina.
Fardo pesado da mina.
Ar rarefeito da mina.
Teu menino vai cavar ouro,
Medea.
Até morrer
Teu menino vai cavar ouro
Até ouro até
Ouro encher dedos de Jazão, capitãodomato.
Dentes de Jazão até.
Mais vezes.
Não sabe, Medea?
Que pretos não fujam.
Teu menino vai cavar até.
Que pretos não fujam.
Nhora da chuva.
Vai não, Jazão, capitãodomato.
Nhora da chuva
Veio Age lá do alto do colina.
Age um fiapo de vida.
Dependurado.
Age ainda vivo.
Meu menino inda vive.
Meio aos cães
Age
Homens de Jazão, capitãodomato.
Amanhã na primeira hora
Amanhã vão castrar menino.
Jazão me diz que maior castigo
A ser oferecido ao menino
É viver vida toda
Dentro da mina
Feito um bicho que cava terra
Sem que tenha filhos
Tão altos como Age alto.
Que menino curve ossos
E adentre mina
Com outros pretos
Dentro da mina
E cave.
Medea.
Digo.
Medea – meu nome.
Medea.
De noitinha.
Vai até teu menino de noitinha
Com um punhado de erva
Do campo rupestre.
Põe erva na boca do teu filho.
Mata teu filho, Medea.
Mata hoje teu filho.
Que não matem amanhã teu filho
Dentro da mina.
Vida toda dentro da mina.
Põe erva na boca doutros meninos,
Medea,
Põe erva na boca dos meninos que vão nascer.
Põe erva na boca de Jazão, capitãodomato.
Mata Jazão também.
Mata, Medea.
Meu menino.
Age.
Meu menino.
Avista, Age,
Mais que perto,
Depois da colina,
Azinhaga, caminho estreito.
Adentra, Age,
Hoje em dia, céu de menino,
Adentra e avista, Age,
Lá fora,
De luz fiapo, filho,
Rumo ali
– mar revolto.
Erva e água nas mãos.
Espinho cravado na têmpora.
Age, meu filho.
Erva na boca de Age.
Medea põe erva na boca de Age.
Meu menino me olha.
Um instante.
Meu menino me olha firme.
Corre firme dentro de si.
Meu menino mastiga erva.
Engole campo rupestre meu menino.
Menino amarrado na boca da mina.
Meu menino morre no meu colo.
Bicho sem vida.
Age.
Medea grita.
4. WEVEH VODUN (wêvêr Vodum) - Maior e mais antigo Vodum.
5.VODOU (vodum) - Vodoun – Vodum – Voodoo – Voudun – Vodu – Vudu – Hoodoo - etc. - A palavra vodou é de origem Ewe/ Age.
Fon e significa força divina, espírito, força espiritual. É usada pelo povo do oeste da África para designar os deuses e ancestrais Medea-preta.
divinizados. No século XVIII o rei Agajá consolidou as crenças de vários clãs e aldeias, formando um “sistema espiritual dos
Voduns”. Isso gerou uma enorme variação do termo, devido a quantidade de dialetos usados por esses clãs e aldeias, que somado Escrava preta
a influência francesa, passaram a falar como entendiam. A palavra Hoodoo não é uma variante de Vodou. O Hoodoo é uma
sociedade haitiana similar as que existem no Benin (Sociedade do Bo) e Ghana (Sociedade Jou-Jou), onde pessoas são preparadas da Vila Rica de Nossa Senhora de Pilar de Ouro Preto.
para ler oráculos e fazer fórmulas mágicas usando elementos da flora, da fauna e do mineral.
– arapuca.
6. ZACA (zacá) - Vodum caçador da família de Sakpata, considerado o Vodum da agricultura. Seu fetiche é um componês
carregando um saco de palha nas costas, cheio de cereais. Sua cor é o azul claro. Também conhecido como Azaka. Weveh4 Vodun.5
7. YENU HWANMLANYI (iênu Ruânlanii) - Vodum feminina do grupo dos Sakpatas. Zaka.6
8. DJO (djó) - Vodum Jó, como é mais conhecida no Brasil. É a sexta filha nascida de Mawu-Lisa, ela representa o ar, a Yenu Hwanmlanyi 7.
atmosfera. É a renovação do ar que respiramos. Para alguns pesquisadores é uma divindade andrógena. Ora se apresenta
como mulher hora como homem. Djo 8
9.YEWA - É um vodum feminino da família Dambirá. Filha de Toy Azonze e Dambala, irmã de Boçalabê nasceu para Yewa. 9
ser o símbolo da pureza e da beleza dos deuses. Do nascimento a fase adulta Yewa viveu na família de Dan onde
representava a faixa branca do arco-íris onde também mora Ojiku. Recebeu de Dan Wedo o poder da vidência, da Tronpeka. 10
riqueza, e todos os corais que existiam no mar que ela pegava com seu arpão.
So Bragada. 11
10.TRONPEKA (tlônpecá) - Vodum masculino da família de Lisa. É representado por um monte de terra coberto de obi,
Protege a família de bruxarias. Também conhecido como GoroVodum e Trohon. Agoye. 12
11. SO BRAGADA (sô-bragadá) – Vodum do panteão do trovão, guardião do rei. Usa uma bolsa de couro em uma das Huntio. 13
mãos e na outra usa um adja duplo.
Jogorobosu. 14
12.AGOYE (agôiê) - Deus dos conselhos. Seu templo é na cidade de Ouidah, onde existe um escultura ou assentamento
desse Vodum, sentado em cima de uma espécie de cálice confeccionado em barro vermelho. Entre o cálice e a escultura
Hweve. 15
existe um pano, também em vermelho. Sua garganta é decorada com um colar feito de pedras tingidas de escarlate e 4 Tisahe. 16
cauris pendurados. Na cabeça, leva uma coroa de plumas vermelhas que representam a primavera da vida, entremeada
de oito lagartos presos pelo rabo, representando seu poder e sabedoria. No centro da coroa, no ponto denominado Sobo. 17
“morra”, ergue-se uma haste de metal em forma de seta, onde podemos observar uma pequena lua crescente e um
lagarto, ambos também de prata. À frente da imagem, existem três pequenos potes, onde, acreditamos, seus adeptos
Buku. 18
depositam presentes, como moedas, em troca de bons conselhos. Oulissa. 19
13.HUNTIO (huntiô) – Vodum da morte. Ezili. 20
14.JOGOROBOSU (djôgôrobossu) - Vodum filho de Zomadonu. Também conhecido como Apogê. Minoma. 21
15. HWEVE (ruêvê) - Sakpata - Vodum que distribui a luz do sol aos cereais Gunokô. 22
16.TSAHE (tissarrê) - Vodum feminina do panteão do trovão e da deusa Aveji Da. Esposa de Ahuanga. Fhekenda. 23
17.SOBO (sobo) - Vodum feminina considerada a mãe de todos os So. Faz trovejar para alertar os homens Age
que os deuses julgadores e da justiça estão insatisfeitos, o trovejar é um sinal seu do castigo que está por
vir. Muito confundida com o orixá Yansã. No Brasil, as casas da nação Jeje, chamam todos esses Voduns de é nome do meu menino.
“Sobo”. Também conhecida como Sobo Babadi.
Age – digo.
18.BUKU (bucú) - Assistente de Nanã e Sakpata que mata os doentes infectados pela varíola. “Toma conta e presta
conta” do comportamento moral das pessoas durante os cultos de Nanã e Sakpata. Digo Age toda manhã, em sussurros.
19.OULISSA (oulissá) - Vodum masculino que habita as águas claras e frias do oceano. Esse Vodum é sempre muito Repara
confundido com Lisa (lissá). Veste branco com detalhes prateado ou dourado. É um Guerreiro dos Mares. Panteão da
terra. Originário da cidade de Porto Novo.
fresta no teto, Age.
20.EZILI (ezili) - Vodum feminina, deusa do amor. Ela é a beleza, a doçura, o amor e a senxualidade personificada. A
Madeira é dura, mas range,
dança é seu principal domínio. porque aqui,
21.MINOMA (minôma) – Deusa da polaridade, vida e morte. – Vodum feminina considerada a protetora das mulheres acima do porão,
do Benin. É ela quem dá a fertilidade as mulheres e aos campos. É dona de todas as sementes e em especial a semente
contida no caroço do dendezeiro. Sentada em seu trono, suas coxas exageradas enfatiza a fertilidade e docilidade dessa passos são duros.
Vodum. Segunda a tradição oral, ela teria sido uma amazona do exercito de Dahomey. Alguns a comparam à Yamim
Oshoronga. Somente as mulheres podem lhe prestar culto.
Repara
22.GUNOKÔ (gunakô) - Vodum masculino, dos ventos, memória e passado. Deu origem à linhagem de algumas Voduns fresta na parede de taipas.
guerreiras que em muito se assemelham à Oya. Ligado a feitiçarias. “Feiticeiro negro, divindade da floresta”. Significa Avista fiapo de luz, Age.
fantasma e só aparece uma vez por ano ou quando é invocado.
É lá fora, menino.
23.FHEKENDA (frêquênda) - Vodum da família da Dan, guardiã do sol. O arco-íris que aparece circundando o sol onde
é sua morada. No Brasil é mais conhecida como Frekwen (frêgüêm). Há colinas tantas lá fora.
Campo rupestre lá fora.
Grão de terra.
Prato pequeno de estanho cheio de sal.
Miúdo grão de terra, Age.
Miúdo como menino miúdo.
Rastros de terra estrangeira.
Mãe não é daqui, Age.
Mãe nasceu ao longe.
Doutro lado, Age.
Doutro lado das colinas.
Aqui abrem vales estreitos e profundos.
Chão pedregoso.
Vista é rude aqui.
Chove tanto.
...
Houshe Age mi

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