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Visão de futuro e cenários do

desenvolvimento urbano com integração


entre mobilidade e uso do solo

Parauapebas, 12 de novembro de 2014

Apoio: Realização:

Secretaria Nacional Ministério das


de Transporte e da Cidades
Mobilidade Urbana
1 PLANEJAMENTO E A VISÃO DE FUTURO
Planejamento e a visão de futuro

Planejar a mobilidade urbana sustentável


é planejar o futuro da cidade colocando as
pessoas no centro das atenções
Planejamento e desenvolvimento urbano

• Plano Diretor, Plano de Mobilidade e


planos setoriais são instrumentos da
política de desenvolvimento urbano
• Políticas e propostas de mobilidade
compatíveis com políticas e diretrizes
de ocupação territorial,
desenvolvimento econômico, qualidade
ambiental e gestão
• Consenso sobre a visão de futuro da
cidade
• Visão dada pelo Plano Diretor ou Plano
de Mobilidade
Perguntas fundamentais

Como você
imagina que será a
cidade do
futuro?
Perguntas fundamentais
Como você
imagina que será a
Como seria a
cidade que você
cidade do
futuro ?
gostaria de
viver no
futuro
Masdar
Emirados Árabes
Perguntas fundamentais

Como seria a cidade que


TODOS gostariam de
viver no
futuro ?
Visão de cidades para pessoas

Ações para pedestres


dentro de uma visão
de cidade para
pessoas
Visão de Londres Até 2031 e além, Londres deve:
Distinguir-se entre as cidades globais –
expandindo oportunidades para a população
e para as empresas, alcançando os mais altos
padrões de desenvolvimento ambiental e
qualidade de vida, liderando o mundo no
enfrentamento dos desafios urbanos do
século 21, particularmente os da mudança
climática.
Alcançar esta visão significa certificar-se de
que Londres utiliza da melhor forma seus
benefícios em termos de eficiência,
dinamismo e diversidade que caracterizam a
cidade e seu povo; promovendo mudanças
sem esquecer sua herança, comunidades e
identidade, valores, responsabilidade,
compaixão e cidadania.
Visão de Portland
Moldada pelos rios Willamette e
Columbia, Portland conecta as
pessoas e a natureza para criar um
modelo internacional de equidade e
sustentabilidade.
Somos uma cidade de comunidades.
Nossos bairros e nosso vibrante
centro da cidade são seguros,
energizando espaços cívicos e
culturais.
Nossa população diversificada,
empresas inovadoras e líderes com
visão de futuro trabalham juntos
para garantir um ambiente agradável
para todos.
Visão de São Paulo
A São Paulo de 2040 será uma cidade
globalmente competitiva e capaz de
associar crescimento econômico com
melhores condições de vida para toda a
população e respeito ao meio ambiente e
uso racional de seus recursos naturais.
São Paulo alcançará um padrão de
desenvolvimento que combinará
crescimento com:
• redução das desigualdades sociais,
territoriais e de oportunidade
• inclusão social
• sustentabilidade ambiental

Fonte: http://sp2040.net.br/ - 2012


Visão do Rio de Janeiro
Ao longo da próxima década, o Rio de
Janeiro quer se tornar a melhor cidade
para se viver em todo hemisfério sul.
No campo social, aspiramos ser a capital do
sudeste com o maior crescimento de IDH e
a maior redução da desigualdade.
No campo econômico, nosso objetivo é ser
a capital com a menor taxa de desocupação
e a maior renda média do trabalhador em
toda região sudeste.
No campo ambiental, a aspiração é fazer Fonte: Plano Estratégico da Prefeitura do
Rio de Janeiro 2009-2012
com que o Rio se torne referência nacional
em sustentabilidade e preservação
ambiental.
Finalmente, queremos voltar a ser um
importante centro político e cultural tanto
no cenário nacional quanto no
internacional.
Visão de Curitiba
Curitiba 2030:
Uma cidade global e
intercultural, onde
cidadãos, empresas,
governo e academia
colaboram para gerar
bem-estar e
desenvolvimento
sustentável.

Fonte: Curitiba cidade inovadora 2030 – SENAI/PR, 2010


Visão de Porto Alegre

Ser referência em
qualidade de vida,
construindo um ambiente
sustentável participativo,
garantindo a pluralidade,
por meio da Governança
Solidária Local.

Fonte: Portal de gestão


Visão de Macapá
Capital do meio do mundo, banhada pelo Rio Amazonas, a
acolhedora Macapá une hemisférios e pessoas. Fiel a seus valores
históricos e culturais, busca o desenvolvimento sustentável e
almeja ser referência em qualidade de vida na região Amazônica.

Fonte: Alinhamento Estratégico do Plano de Mobilidade Urbana de Macapá, 2013


Processo decisório: COMPLEXO
Muitas opções...
... e inúmeras barreiras
Modelos decisórios
• Vários centros de
O modelo ‘tateando’... poder e influência
• Tentativas de obter
consenso
• Ações paliativas
• Solução ‘satisfatória’,
não a melhor
Modelos decisórios

O visionário!
Plano de mobilidade
Lidar com
problemas
relacionados ao
transporte nas
cidades de forma
mais eficiente

antes depois
Plano de mobilidade
Não pode ser
apenas mais um
plano, deve ser a
consolidação e
adaptação de todos
dos planos e projeto
existentes quanto à
mobilidade
Plano de mobilidade
Plano de transporte tradicional  Plano de Mobilidade Urbana Sustentável

Foco no trânsito  Foco nas pessoas

Principal objetivo: Principal objetivo:


Capacidade de fluxo e velocidade do trânsito 
Se você fizer
Acessibilidade e qualidade de vida

Se você fizer
Mandatos políticos e planejamento feito por
especialistas  planos para
Importantes stakeholders são ativamente envolvidos no
processo
planos para pessoas e
Domínio de engenheiros de transporte  Planejamento interdisciplinar
carros, você terá
carros como
Infraestrutura e tráfego.
tópico principal 
espaços, você
Combinação de infraestrutura, mercado, serviços,
mecanismos, informações e promoção

Planejamento guiado por investimentos 


terá pessoas e
Metas atingidas com eficiência de custos

espaços.
Foco em projetos longos e caros  Aumento gradual de eficiência e otimização

Avaliação periódica de impactos e elaboração de um


Avaliação limitada de impacto  processo de aprendizado

Fred Kent, President of “Project for Public Space“, www.pps.org


Horizontes do planejamento

Planos de longo prazo

Incerteza crescente
10 anos

Planos de médio prazo

5 anos

Planos de curto prazo


Plano de mobilidade
Principais características:
• Envolver a população desde o início do processo
• Princípios de sustentabilidade
• Integração de práticas e políticas de diferentes setores
• Visão clara, objetivos e metas mensuráveis
• Avaliação de custos e benefícios
Plano de mobilidade
Benefícios para a cidade:
• Melhoria da qualidade de vida
• Melhoria da mobilidade e
acessibilidade
• Melhoria da imagem da cidade
• Decisões apoiadas pelos
cidadãos
• Melhoria da competitividade
Plano de mobilidade

Objetivos gerais:
• Eficiência econômica
• Proteção do meio ambiente
• Ruas e bairros habitáveis
• Segurança
• Equidade e integração social
• Contribuição para o
desenvolvimento econômico
• Equidade entre gerações
Plano de mobilidade
Objetivos específicos
• Assegurar sistema de transportes acessível a todos

• Melhorar segurança do sistema

• Reduzir consumo de energia e emissão de poluentes locais e globais

• Melhorar eficiência do transporte de pessoas e bens

• Contribuir para a promoção de espaços urbanos mais atrativos


Plano de mobilidade
Hierarquização dos objetivos:

Ponderação dos objetivos com pesos diferentes de acordo com a


sua importância

• Objetivos estratégicos: onde se quer chegar


• Objetivos táticos: como se pretende interferir
• Objetivos operacionais: o que se vai fazer
Plano de mobilidade
Alguns objetivos são conflitantes!

Exemplo: Como aumentar a acessibilidade


sem comprometer o meio-ambiente?
Plano de mobilidade
Metas e indicadores:
Requisitos das metas:
• Poucas (em quantidade)
• Representativas dos
objetivos/indicadores
• Tecnicamente mensuráveis
• Atender o curto e o longo prazo
• Refletir a natureza integrada da
sustentabilidade

Indicadores:
• Importantes para quantificar os
objetivos e metas
Plano de mobilidade
Exemplo de interligações:

Visão: cidade segura, sustentável, com serviços e oportunidades


econômicas equitativas

Objetivo: locais de emprego razoavelmente acessíveis para todos

Meta: sistema de transporte limpo, seguro, acessível ,


mobilidade para todos

Indicador: 75% dos locais de emprego a uma distância


de 45 minutos para todos os moradores
2 TÉCNICAS PARA A CONSTRUÇÃO DE
CENÁRIOS E PARA DEFINIR A VISÃO
DE FUTURO
Mobilidade urbana

Capacidade de se locomover
• Ações de transporte

Demanda derivada de:


• Atividades que as pessoas necessitam
ou desejam realizar
• Distribuição espacial das
oportunidades para realizar atividades
Oferta e Demanda

Oferta
Consequência dos recursos disponíveis
• Infraestrutura: rodoviária, metro-ferroviária, cicloviária e
para pedestres
• Serviços: transporte público e gestão da circulação

Demanda
Forma como as pessoas se deslocam
•Motorização crescente (autos e motos)
Oferta e Demanda

Como e onde atuar?

Oferta Intervenções físicas e operacionais sobre


o sistema de transportes

•“Estímulos” que influenciem o


Demanda comportamento das pessoas
•Intervenções sobre uso do
solo (ou “estímulos”)
Estratégias integradas de transportes
Combinação de ações relativas a:
• Uso do solo
• Provisão de infraestrutura
• Gerenciamento e regulação
• Provisão de informação
• Mudança de atitude
• Tarifa e precificação

... para atender objetivos


da política de transportes
Estratégias integradas de transportes

Sustentabilidade Plano de Sustentabilidade


Econômica Social
- Consumo Mobilidade - Acessibilidade
- Desenvolvimento - Segurança
regional Urbana - Equidade
- Oportunidade
econômica

Sustentabilidade Ambiental
- Emissões
- Energia
- Qualidade do ar
Elaboração do Plano de Mobilidade

• Caracterização e
diagnóstico

• Prognóstico e formulação
de cenários

• Desenvolvimento de
propostas
Caracterização da mobilidade

Coletar, sistematizar e analisar dados e informações para:


• Identificar condições de deslocamento na cidade e região
• Entender vetores econômicos, políticos, técnicos e culturais
• Possibilitar leitura do futuro da relação mobilidade-desenvolvimento
urbano
• Facilitar construção de alternativas para política local de mobilidade

Base de dados e informações montada a partir de:


• Fontes primárias (obtidos em campo)
• Fontes secundárias (dados disponíveis, documentos, bibliografia)
Dados e informações

 Análise de padrões de uso do solo, estrutura da


cidade, distribuição de renda e densidades

 Análise de estudos e projetos existentes


– Planos de desenvolvimento regionais, econômicos
– Plano Diretor
– Planos e projetos de transporte, estudos viários e de
circulação
– Projetos habitacionais
– Demais estudos relacionados
Fontes primárias
 Pesquisas e levantamentos de
campo de dados sobre sistemas de
transporte
– Inventários físicos: infraestrutura dos
sistemas de transportes
– Pesquisas de comportamento na
circulação: origem e destino e
pesquisas de engenharia de tráfego
– Pesquisas operacionais do transporte
coletivo: oferta e demanda
– Outras pesquisas: opinião, satisfação,
preferência declarada
Pesquisas Origem e Destino
Demanda do Matriz O/D (zonas) Origem

transporte coletivo Pico início e final da tarde Destino


Pesquisas Origem e Destino
Modos e motivos de viagens
Linhas de desejo centro-bairro
Pico fim de tarde

Automóvel Transporte coletivo


Fontes primárias

• Atualizar periodicamente: projetar dados


originais ou realizar novas pesquisas
• Definir:
– Objetivos da pesquisa e dados a coletar
– Recursos, metodologia, amostra, formulários,
logística para aplicação
– Treinamento pesquisadores
– Aplicação da pesquisa
– Forma de tabulação, consistência, análise dos
dados
– Organização do banco de dados
Fontes secundárias
Estudos, estatísticas, projetos, séries
históricas de dados e outros
levantamentos existentes
(publicações, relatórios ou arquivos
digitais na internet)
• Informações socioeconômicas
• Informações gerais do setor de
transportes
• Levantamento da legislação
• Análise de estudos e projetos
existentes
Outras análises

Qualidade da infraestrutura de transportes:


coletivo, privado, carga, não motorizado,
acessibilidade

Percepção das condições de mobilidade


pela comunidade, por perfil de usuário:
reclamações, imprensa, entrevistas
específicas, discussões em grupo

Questões qualitativas de natureza política,


técnica e institucional
Questões para diagnóstico
Sobre disponibilidade e
acessibilidade:

– Oferta do transporte aos usuários


– Acesso seguro ao transporte
– Acessibilidade universal ao
transporte
– Calçadas e ciclovias da cidade
– Tarifa acessível do transporte
– Transporte atende usuários de
diferentes classes sociais
Questões para diagnóstico

Sobre qualidade:
– Limpeza, eficiência e facilidade de uso dos serviços
– Entendimento de "qualidade do transporte“ para diferentes atores

Sobre segurança viária:


– Como é considerada no planejamento de transportes
– Projetos viários mais seguros
– Disposições para segurança de pedestres (vulneráveis)​
– Política e atendimento para acidentes de tráfego
– Relatórios de monitoramento
Questões para diagnóstico

Sobre abrangência:
– Informação sobre políticas de transportes
– Modo de coleta de opiniões sobre serviços
– Aplicação das opiniões para melhorar serviço

Sobre planejamento:
– Órgãos e instituições envolvidos
– Papéis e responsabilidades envolvidos
– Compartilhamento das informações
Questões para diagnóstico

Sobre priorização dos usuários:


– Planos de transporte priorizam as pessoas
– Planos de transporte atendem equitativamente usuários das vias
– Melhor alocação do espaço

Sobre participação pública:


– Planejamento de transporte com oportunidade para cidadãos
– Estratégias para diminuir influência de atores com poder
Questões para diagnóstico

Sobre sustentabilidade ambiental:


– Mecanismos para monitorar impactos ambientais de transporte
– Importância das preocupações ambientais referentes ao transporte

Sobre investimentos equitativos:


– Investimentos em transporte atendem a maioria da população
– Investimentos têm boa estratégia de retorno
Questões para diagnóstico

Sobre planejamento financeiro:


– Como tornar o transporte público mais barato para os usuários
– Cobrança pela utilização de modos de transporte menos ecológicos
– Melhor emprego de taxas e impostos para promover o transporte
público de qualidade e não incentivar a motorização privada
– Financiamento de projetos locais de transporte sustentável pelo
governo federal e estadual
– Oportunidades de cooperação com o setor privado
Questões para diagnóstico
Sobre medição de impactos nos planos de
transporte:
– Impactos social, econômico e outros indicadores urbanos
– Estratégia para medir impactos das intervenções no terreno
– Uso dos resultados para um melhor planejamento

Sobre instrumentos políticos:


– Políticas prejudiciais à mobilidade das pessoas
– Favorecimento desproporcional para grupos de usuários
– Políticas que geram emprego e inclusão no mercado de trabalho
Questões para diagnóstico

Sobre instrumentos financeiros:


– Arrecadação de fundos
– Inovações de financiamento
– Garantia de que órgão público não faça
mau negócio

Sobre tecnologias:
– Diferentes tecnologias para planejamento e serviços
– Melhorias das tecnologias existentes
– Viabilidade de custo, instalação, operação e
manutenção
– Acesso pelos órgãos públicos
Questões para diagnóstico

Sobre compartilhamento do conhecimento:


– Identificação de cidades e órgãos públicos com contextos similares
– Compartilhamento entre instituições e regiões

Sobre capacitação:
– Assuntos técnicos, gestão de projetos e supervisão
Diagnóstico da mobilidade

Organização de dados e informações:


– Mapas temáticos
– Tabelas
– Textos
– Fotografias e demais recursos

Diagnóstico quantitativo e qualitativo:


– Prioridade de questões principais para
Plano de Mobilidade
– Atenção para aspectos relacionados ao
futuro
Diagnóstico da mobilidade
• Apresentação e discussão pública: leitura técnica para
atores sociais
• Validação dos objetivos e metas pelos atores sociais
• Informação e capacitação dos atores envolvidos:
– Conhecimento
– Continuidade ao processo
– Melhores condições de elaboração e implementação
Prognóstico
• Dados e informações do
diagnóstico para projetar
olhar de futuro sobre a
cidade

• Planejamento da
mobilidade envolve prazo
de maturidade com
períodos longos

• Para prever impactos das


ações é possível utilizar
modelos
Prognóstico
Projeção da mobilidade
• Estimar evolução dos principais
componentes da mobilidade,
principalmente demanda

• Evolução da demanda
– Tendência de evolução da demanda no tempo
– Modelos demográficos para características
socioeconômicas

• Cenários de crescimento do PIB no horizonte


de projeto
Prognóstico

Modelo Simplificação da realidade

Pode representar:
• Respostas das pessoas às mudanças
• Resposta do sistema às mudanças de
comportamento
• Impacto das mudanças no
congestionamento, poluição, nº
acidentes
• Influência do sistema de transporte no
uso do solo
Prognóstico Modelo
4 etapas
Viagens produzidas e atraídas
Geração por zonas de tráfego

Distribui viagens entre zonas


Distribuição de tráfego: matriz de origens
e destinos

Divisão Distribui viagens por modos


modal de transporte

Distribui viagens na
Alocação rede de transportes
Prognóstico

Uso e escolha de modelos


depende do tamanho da
cidade, investimento e
magnitude do projeto

Cidades menores podem


fazer projeções com
técnicas mais simples
Prognóstico Análise de
cenários
Uso dos resultados da modelagem:

• Demanda de tráfego
• Dimensionamento de eixo viário (no. de
faixas)
• Dimensionamento dos serviços de TC
• Impactos de ações na rede viária do
entorno
• Impactos de ações nas velocidades e
tempos viagem
• Benefícios das ações
• Tempos de viagens para indução à
ocupação urbana
• Atratividade para empreendimentos
Cenários

PRAZO CERTEZA
Planos de longo prazo (10 e 20 anos) Mudanças no uso do solo,
infraestruturas e tecnologias

Elaboração de planos conjuntos de longo prazo para uso do solo e transporte

Planos de curto prazo (até 5 anos) e


médio prazo (de 5 a 10 anos):

Desenvolvidos a partir dos planos e longo


prazo para atingir objetivos específicos
Cenários

Avaliação de viabilidade
• Reunir elementos para escolha das melhores
alternativas
• Atender requisitos dos agentes de financiamento
para implementar ações propostas pelo Plano de
Mobilidade

Cenário “nada a fazer”


Cenários
• Avaliação técnica
– Padrões tecnológicos e melhores práticas

• Avaliação socioeconômica
– Relação custos (investimentos) x benefícios (ações)
– Tangíveis e intangíveis
Avaliação
• Avaliação financeira de viabilidade
– Investimentos privados
– Taxa Interna de Retorno (TIR), Relação Benefício/
Custo (B/C) e Valor Presente Líquido (VPL)

• Avaliação ambiental
– Impactos ambientais
– Ações mitigatórias/compensação
Cenários
Avaliação
• Métodos multicritérios
• Hierarquia de cenários conforme objetivos

Onde se quer chegar? Objetivos estratégicos


Como chegar onde se pretende? Objetivos táticos
O que será feito? Objetivos operacionais

Atribuir pesos
Cenários

Avaliação e tomada de decisão

• Visão de cidade, objetivos e metas do Plano de Mobilidade


• Aspectos técnicos, econômicos e ambientais
• Aspectos políticos e sociais da política de mobilidade urbana
Cenários

Tomada de decisão

• Visão de futuro do gestor


– Prefeito
– Sucessão pode dificultar continuidade do processo

• Visão dos profissionais de planejamento


– Não atendimento de necessidades políticas e da população

• Visão de consenso
– Negociação em cada passo
– Possibilidade de atraso e desinteresse pela demora
Propostas e estratégias

Cenário escolhido

Formulação de propostas e estratégias


• Enfoque técnico
• Compatibilidade entre propostas
• Pactos entre governo e agentes envolvidos
• Superação de barreiras
Propostas e estratégias
• Barreiras legais e institucionais
– Limitação ou falta de competências

• Barreiras financeiras
– Restrições orçamentárias

• Barreiras políticas e culturais


– Falta de aceitação política ou pública de uma medida
– Restrições por grupos de pressão
– Peculiaridades culturais

• Barreiras tecnológicas e práticas


– Falta de formação e experiência
Propostas e estratégias

• Conferir visão da cidade

• Conferir objetivos e metas segundo


visão da cidade

• Formular estratégias que atendam


objetivos e metas
– Estratégia: conjunto de medidas
– Boa estratégia: medidas integradas que
potencializam os resultados
Propostas e estratégias

Processo permanente de planejamento:

• Estabelecer atos normativos


• Realizar projetos básicos para
detalhamento das ações
• Fixar prazo para atualização periódica
do Plano de Mobilidade
• Instituir banco de dados permanente
• Realizar consultas periódicas com a
sociedade
3 PLANO DE MOBILIDADE URBANA
INTEGRADO AO PLANO DIRETOR E
DEMAIS PLANOS SETORIAIS EXISTENTES
Plano de Mobilidade e demais planos
Integração de políticas urbanas e de transporte

POLÍTICAS URBANAS • Políticas públicas:


– Atuam conjuntamente
sobre espaço urbano
– São interdependentes
● Infraestrutura
viária – Precisam estar
PLANEJAMENTO ● Sistema de PLANEJAMENTO integradas
URBANO transporte DE TRANSPORTE
• Plano de Mobilidade
● Equipamentos
● Educação e integrado ao Plano
públicos fiscalização
● Uso e ocupação Diretor e demais planos
● Uso das vias
do solo setoriais

PLANEJAMENTO
DE CIRCULAÇÃO
Fonte: ANTP. 1997. p.29
Plano de Mobilidade e demais planos

Políticas de desenvolvimento urbano relacionadas ao


Plano de Mobilidade

• Uso e ocupação do solo: perímetro, zoneamento, parâmetros


• Habitação de interesse social: Minha Casa Minha Vida
• Desenvolvimento econômico: geração de empregos
• Proteção ambiental
• Transporte: PAC da Mobilidade, modos de transporte,
regulamentação, financiamento, planos e projetos viários
• Outros planos que incidam sobre o território
Desafios no uso e ocupação do solo
Consolidar e regularizar áreas centrais, áreas ocupadas e parcelas
informais, promovendo maior aproveitamento da infraestrutura

Málaga - Espanha

ANTES DEPOIS
Desafios no uso e ocupação do solo
Controlar implantação de novos empreendimentos internalizando
e minimizando seus impactos
Desafios no uso e ocupação do solo
Garantir uso do espaço
público, priorizando pedestres:
– Solução de conflitos com
veículos
– Qualidade na orientação,
sinalização e tratamento
urbanístico de áreas
preferenciais

Curitiba
Desafios no uso e ocupação do solo
Implantar obras e adequações viárias priorizando modos de
transporte coletivos e não motorizados

Belo Horizonte
Instrumentos de gestão e de
ordenamento territorial
Controle de usos nocivos

Miscigenação de usos
Instrumentos de gestão e de
ordenamento territorial
Controle da expansão urbana

Controle da densidade
populacional
Integração de planos

Plano de
Plano Diretor Mobilidade Urbana
4 MOBILIDADE E USO DO SOLO COMO
INDUTORES PARA O
DESENVOLVIMENTO DO MUNICÍPIO
Mobilidade urbana e o uso do solo

• Forma espacial da cidade e infraestrutura influenciam mobilidade


das pessoas

• Cidades têm características que influenciam aplicação de


medidas e ferramentas para solucionar problemas de mobilidade

• Medidas adequadas devem considerar contexto e impactos


Mobilidade urbana e o uso do solo

Estratégias de usos do solo e transportes devem


prever medidas aplicáveis combinadas:

• Uso do solo
• Provisão de infraestrutura
• Gestão de infraestrutura
• Provisão de informação
• Mudanças de atitude e comportamento
• Cobrança pelo uso de infraestruturas
Estratégias de uso do solo e transportes

• Não há solução única para problemas de transporte

• Uma estratégia eficaz deve incluir vários tipos de


medidas para diversos objetivos

• Importante medir e avaliar impactos previsíveis das


mudanças e disponibilizar informações às pessoas
Pilares do transporte sustentável

• Planejamento urbano e transporte: reduzir necessidade


de viagens
• Melhoria do transporte coletivo
• Melhoria do transporte não motorizado
• Gerenciamento do transporte privado
Planejamento urbano e transporte

Reduzir necessidade de viagens

• Promover equilíbrio casa-trabalho


– Residências em áreas centrais
– Regiões adensadas (seletivamente)
– Incentivos à (re)localização de empregos

• Uso do solo misto


Curitiba: integração uso do solo e transporte

Exemplo
Curitiba: integração uso do solo e transporte
Principais medidas de controle do
uso do solo e relação com a
mobilidade:

• Rigor na aplicação das leis de


ocupação e uso do solo
• Definição clara do sistema viário e
integração entre funções urbanas
• Prioridade ao transporte coletivo
com sistema confortável, rápido e
eficiente
Melhoria do transporte coletivo

Tratamento viário preferencial, equipamentos


e mobiliários para o transporte coletivo

• Redução do tempo de viagem


• Redução do custo operacional
• Redução de tarifa
• Redução emissões
• Maior mobilidade e acessibilidade
Belo Horizonte: melhoria do transporte coletivo
Exemplo
Belo Horizonte: melhoria do transporte coletivo
• Plano de Mobilidade
integrando uso do solo e
transporte
• PlanMob-BH propõe rede
estrutural de transporte
coletivo com integração de
metrô, BRT e corredores de
ônibus
• Plano cicloviário de 360 km
Melhoria do transporte não motorizado

Tratamento viário preferencial e mobiliário


para o transporte não motorizado

• Ideal para curtas e médias distâncias


• Deslocamento de baixo custo
• Integrado a outros modais
• Zero emissões
• Maior mobilidade e acessibilidade
Sorocaba: estímulo ao transporte não motorizado
Exemplo
Sorocaba: estímulo ao transporte não motorizado
• Plano Cicloviário: desde 2006 já garantiu
115 km de ciclovias
• Malha cicloviária interligada de Leste a
Oeste e de Norte a Sul: facilidade de
deslocamento seguro
• Integração com outros modais: 50
paraciclos em terminais e pontos
estratégicos da rede de transportes
coletivo
• Bike-share gratuito: 19 estações de 152
bicicletas
• Campanhas educativas e de estimulo ao
uso da bicicleta

Foto: Zaqueu Proença


Gerenciamento do transporte privado
Exemplos de restrição ao uso do automóvel:

• Redução de espaço viário para automóvel


– Uso equilibrado do espaço nas vias: auto, ônibus, caminhões, motos,
ciclistas, pedestres
• Moderação de tráfego
– Restrições de acesso e horários
• Eliminação de vagas de estacionamento nas vias
• Limites superiores de vagas em empreendimentos
• Rodízio de placas
• Impostos sobre combustíveis
• Pedágio urbano ou taxação do
congestionamento
São Paulo: desestímulo ao uso do automóvel
Exemplo
São Paulo: desestímulo ao uso do automóvel

• Operação Horário de Pico (rodízio de placas)


• Corredores de ônibus
• Faixas preferenciais de ônibus
• Trem
• Metrô
• Bike-sharing
• 400 km de ciclovias com retirada de
estacionamento nas vias
Obrigada
Daniela Facchini
Diretora de Projetos & Operações
EMBARQ Brasil
dfacchini@embarqbrasil.org
51 3312-6324

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