Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Vivendo em um mundo em
Pedaços: Efeitos da
Fragmentação Florestal sobre
comunidades e populações
animais
CITATIONS READS
14 3,045
3 authors, including:
Some of the authors of this publication are also working on these related
projects:
All content following this page was uploaded by Alexandra Pires on 09 October 2015.
S = c.Az
ou em sua forma logaritmizada:
revisão feita por Cândido Jr. (1993), outros argumentos dos que defendiam
várias reservas pequenas eram os seguintes:
Pelo lado dos que defendiam a importância da área, Newmark (1987), que
estudou a perda de espécies de mamíferos de grande porte em 14 parques na
América do Norte, demonstrou que os menores tinham sofrido uma perda de
até 40% no número de espécies. Já os maiores, como o de Yellowstone (20 vezes
maior que o menor parque estudado), tinham perdido apenas uma espécie de
Vivendo em um Mundo em Pedaços... 7
mamífero de grande porte, o lobo, que foi extinto pela ação direta do homem.
O que foi sugerido por Newmark é que a fauna de mamíferos dos parques tinha
sofrido um colapso devido aos efeitos da insularização. Os resultados obtidos
forneceram ainda um novo apoio à hipótese da área per se, já que o melhor
preditor para o número de espécies foi a área do parque e não a diversidade de
habitats. Por outro lado, Zimmerman & Bierregaard (1986) defenderam o ponto
de vista oposto a partir de seus estudos com anuros na Amazônia. De acordo
com os autores, o que importava para a sobrevivência das populações de anuros
nos fragmentos estudados era a disponibilidade de habitats favoráveis à
reprodução e não a área da reserva em si. Sendo assim, uma reserva de 100 ha
contendo uma série de sítios adequados para reprodução seria melhor do que
uma de 500 ha que não os possuísse.
Já a questão dos corredores, outro ponto criticado nas recomendações sobre
o design das reservas, foi menos polêmica. É esperado que corredores facilitem
a migração entre remanescentes florestais, diminuindo as chances de extinção.
De fato, alguns estudos têm corroborado esta hipótese, mas, por outro lado, tem
sido argumentado que corredores também podem favorecer a propagação de
doenças, predadores introduzidos e incêndios (Bennett, 1990; Hobbs, 1992;
Simberloff et al., 1992; Rosenberg et al., 1997; Beier & Noss, 1998; Haddad et
al., 2003). Um fato a ser levado em consideração é que a criação de corredores
é um processo caro e muitas vezes dificultado por características da área ao redor
(como, por exemplo, urbanização). Sendo assim, é melhor que os mesmos sejam
mantidos, se possível, durante o próprio processo de fragmentação.
Apesar de algumas das discussões que levaram a esses questionamentos
terem sido redundantes e acrescentado pouco à questão (especialmente as que
se referiram a SLOSS), outras lançaram novas idéias sobre o que deveria ser
considerado ao planejar uma unidade de conservação. No entanto, um dos
pontos mais positivos de toda essa discussão foi a percepção de que uma
abordagem única não era suficiente para garantir a persistência das espécies que
se desejava proteger.
De acordo com o que foi visto anteriormente, é possível notar que após a
criação das bordas o que ocorre é uma série de “efeitos em cascata” (Murcia,
1995). Assim, por exemplo, a maior entrada de luz favorece o crescimento de
vegetação pioneira, que pode atrair animais folívoros e seus predadores, os quais
interagem com as espécies presentes anteriormente nos fragmentos. Entretanto,
ainda são poucos os estudos que focalizam os efeitos biológicos indiretos das
bordas e a maior parte deles tem se concentrado na predação de ninhos de aves.
A perda de espécies de aves em fragmentos florestais após o processo de
isolamento é bem documentada (Willis, 1979; Lovejoy et al., 1986; Andrén &
Angelstam, 1988; Offerman et al., 1995; Stouffer & Bierregaard, 1995; Turner,
1996; Marini, 2001; Ribon et al., 2003) e a predação de ninhos tem sido
considerada como um dos principais fatores responsáveis por esse declínio
(Yahner, 1988; Sieving & Karr, 1997). Habitats de borda foram considerados
por Gates & Gysel (1978) como “armadilhas ecológicas” para aves, já que estes
animais são atraídos pelas condições favoráveis para nidificação, mas sofrem
altos níveis de predação nesses locais. Vários estudos têm indicado que os níveis
de predação de ninhos naturais e artificiais de aves são maiores próximo à borda
do que no interior das florestas (Wilcove, 1985; Wilcove et al., 1986; Burkey,
1993; Marini et al., 1995). Entretanto, alguns estudos não têm encontrado essa
diferença (Santos & Tellería, 1992; Pasitschniak-Arts et al., 1998).
Alguns modelos matemáticos têm sido desenvolvidos a fim de que se
possam avaliar os impactos ecológicos dos efeitos de borda em habitats
fragmentados (Laurance & Yensen, 1991; Malcolm, 1994). Tendo em mãos o
tamanho e a forma do fragmento e estimativas empíricas de quanto um
determinado efeito penetra nos remanescentes é possível calcular, a partir dos
modelos, o quanto da área de determinado fragmento está sendo afetada pelos
efeitos de borda. A partir desses modelos é possível ainda simular qual a melhor
forma, tamanho e localização do remanescente na paisagem para diminuir os
efeitos de borda, permitindo a escolha entre diferentes opções de manejo para
uma determinada região (Laurance, 1991a).
Metapopulações
Muitas vezes, durante o processo de fragmentação, populações de uma
mesma espécie podem manter-se isoladas em fragmentos, conectando-se com
outras ocasionalmente, através de deslocamentos de alguns poucos indivíduos
(Hanski & Gilpin, 1991). Esse tipo de estrutura pode levar à formação de uma
metapopulação que, de acordo com uma definição bastante geral, é um conjunto
de populações locais, onde a dispersão de indivíduos de uma população para ao
menos uma outra é possível (Hanski & Simberloff, 1997).
Vivendo em um Mundo em Pedaços... 13
uma análise mais quantitativa do problema, já que era preciso saber se as espécies
presentes em fragmentos protegidos, como parques e reservas florestais, estavam
realmente a salvo desses processos. Este tipo de análise é conhecido como Análise
de Viabilidade de Populações (Nunney & Campbell, 1993).
Agradecimentos
Aos editores, Carlos Frederico D. Rocha, Helena de Godoy Bergallo, Maria
Alice S. Alves e Monique Van Sluys, pelo convite para escrever este capítulo. Aos
Vivendo em um Mundo em Pedaços... 23
Referências bibliográficas
Andrén, H. 1994. Effects of habitat fragmentation on birds and mammals in landscapes
with different proportions of suitable habitat: a review. Oikos 71: 355-64.
Andrén, H. & P. Angelstam. 1988. Elevated predation rates as an edge effect in habitat
islands: experimental evidence. Ecology 69: 544-47.
Arnold, R. A. 1983. Relationship of island biogeography and patch dynamics to the
preservation of butterfly populations. pp 141-61. In Arnold, R.A. (ed.). Ecological
Studies of Six Endangered Butterflies (Lepidoptera: Lycaenidae): Island
Biogeography, Patch Dynamics and the Design of Habitat Preserves. University of
California Publications in Entomology – University of California Press, California.
Beier, P. & R. F. Noss. 1998. Do habitat corridors provide connectivity? Conservation
Biology 12: 1241-52.
Bennett, A. F. 1990. Habitat corridors and the conservation of small mammals in a
fragmented forest environment. Landscape Ecology 4: 109-22.
Bergallo, H. G. 1990. Fatores determinantes do tamanho da área de vida em mamíferos.
Ciência e Cultura 42: 1067-72.
Bierregaard, R. O. Jr., T. E. Lovejoy, V. Kapos, A. A. Santos & R. W. Hutchings. 1992.
The biological dynamics of tropical rainforest fragments. A prospective comparison
of fragments and continuous forest. BioScience 42: 859-66.
Bierregaard, R. O. Jr., C. Gascon, T. E. Lovejoy & A. Santos. 2001. Lessons from
Amazonia: The Ecology and Conservation of a Fragmented Forest. Yale University
Press, Connecticut.
Brown, J. H. 1971. Mammals on mountaintops: non-equilibrium insular biogeography.
American Naturalist 105: 467-78.
Brown, J. H. & A. Kodrick-Brown. 1977. Turnover rates in insular biogeography: effect
of immigration on extinction. Ecology 58: 445-9.
Burkey, T. V. 1993. Edge effects in seed and egg predation at two neotropical rainforest
sites. Biological Conservation 66: 139-43.
24 Essências em Biologia da Conservação
Cândido Jr., J. F. 1993. The contribution of community ecology to choice and design of
natural reserves. Ciência e Cultura 45: 100-3.
Caughley, G. 1994. Directions in conservation biology. Journal of Animal Ecology 63: 215-
44.
Caughley, G. & A. Gunn. 1996. Conservation Biology in Theory and Practice. Blackwell
Science, Cambridge.
Chiarello, A. G. 1999. Effects of the fragmentation of the Atlantic Forest on mammal
communities in south-eastern Brazil. Biological Conservation 89: 71-82.
Cochrane, M. A. 2001. Synergetic interactions between habitat fragmentation and fire
in evergreen tropical forests. Conservation Biology 15: 1515-21.
Dale, V. H., S. M. Pearson, H. L. Offerman & R. V. O’Neil. 1994. Relating patterns of
land-use change to faunal biodiversity in the central Amazon. Conservation Biology
8: 196-206.
Dean, W. 1996. A Ferro e Fogo: A história e a Devastação da Mata Atlântica Brasileira.
Companhia das Letras, São Paulo.
Diamond, J. M. 1975a. The island dilemma: lessons for modern biogeographic studies
for the design of natural reserves. Biological Conservation 7: 129-46.
Diamond, J. M. 1975b. Assembly of species communities. pp 342-444. In Cody, M. L.
& J. M. Diamond (eds.). Ecology and Evolution of Communities. Belknap Press,
Cambridge.
Diamond, J. M. 1976. Island biogeography and conservation: strategy and limitations.
Science 193: 1027-30.
Diamond, J. M. & R. M. May. 1976. Island biogeography and the design of natural
reserves. Pp 1163-86 in May, R.M. (ed.), Theoretical Ecology: Principles and
Applications. W.B. Saunders, Philadelphia.
Didham, R. K. & J. H. Lawton. 1999. Edge structure determines the magnitude of
changes in microclimate and vegetation structure in tropical forest fragments.
Biotropica 31: 17-30.
Fahrig, L. 2003. Effects of habitat fragmentation on biodiversity. Annual Reviews in
Ecology, Evolution and Systematics 34: 487-515.
Feliciano, B. R., F. A. S. Fernandez, D. Freitas & M. S. L. Figueiredo. 2002. Population
dynamics of small rodents in a grassland between fragments of Atlantic Forest in
southeastern Brazil. Mammalian Biology 67: 304-14.
Fernandez, F. A. S. 1997. Efeitos da fragmentação de ecossistemas: a situação das
unidades de conservação. pp 48-68. In Milano, M. S. & V. Theulen (org.).Congresso
Brasileiro de Unidades de Conservação – Anais Volume 1 – Conferências e Palestras,
Fundação O Boticário de Proteção à Natureza, Curitiba.
Fernandez, F. A. S., C. S. Barros & M. Sandino. 2003. Razões sexuais desviadas em
populações da cuíca Micoureus demerarae em fragmentos de Mata Atlântica.
Natureza & Conservação 1: 21-7.
Fernandez, F. A. S. & C. S. Barros. 2004. Razões sexuais desviadas ou críticas desviadas?
Natureza & Conservação 2: 8-10.
Vivendo em um Mundo em Pedaços... 25
Janzen, D. H. 1986. The eternal external threat. pp. 286-303. In Soulé, M. E. (ed.).
Conservation Biology: The Science of Scarcity and Diversity. Sinauer, Sunderland.
Kapos, V. 1989. Effects of isolation on the water status of forest patches in the Brazilian
Amazon. Journal of Tropical Ecology 5: 173-85.
Kapos, V., E. Wandelli, J. L. Camargo & G. Ganade. 1997. Edge-related changes in
environment and plant responses due to forest fragmentation in Central Amazonia. pp.
33-44. In Laurance, W. F. & R. O. Jr. Bierregaard. (eds.). Tropical Forest Remnants –
Ecology, Management, and Conservation of Fragmented Communities. University of
Chicago Press, Chicago and London.
Kuhn, T. S. 1978. A estrutura das revoluções científicas. 2. ed. Editora Perspectiva, São
Paulo
Lande, R. 1993. Risks of population extinction from demographic and environmental
stochasticity and random catastrophes. The American Naturalist 142: 911-27.
Lande, R. & G. F. Barrowclough. 1987. Effective population size, genetic variation, and
their use in population management. pp. 87-123. In Soulé, M. E. (ed.). Viable
Population for Conservation. Cambridge University Press, Cambridge.
Laurance, W. F. 1991a. Edge effects in tropical forest fragments: application of a model
for the design of nature reserves. Biological Conservation 57: 205-19.
Laurance, W. F. 1991b. Ecological correlates of extinction proneness in Australian Tropical
Rain Forest mammals. Conservation Biology 5: 79-89.
Laurance, W. F. 1997. Hyper-disturbed parks: edge effects and the ecology of isolated
rainforest reserves in Tropical Australia. pp. 71-84. In Laurance W. F. & R. O. Jr.
Bierregaard (eds.). Tropical Forest Remnants – Ecology, Management, and
Conservation of Fragmented Communities. University of Chicago Press, Chicago and
London.
Laurance, W. F. & E. Yensen. 1991. Predicting the impacts of edge effects in fragmented
habitats. Biological Conservation 55: 77-92.
Laurance, W. F. & R. O. Jr. Bierrergaard. 1997. Tropical Forest remnants - ecology,
management and conservation of fragmented communities. University of Chicago
Press, Chicago and London.
Laurance, W. F., P. Delamônica, S. G. Laurance, H. L. Vasconcelos & T. E. Lovejoy. 2000.
Rainforest fragmentation kills big trees. Nature 404: 836.
Laurance, W. F., T. E. Lovejoy, H. L. Vasconcelos, E. M. Bruna, R. K. Didham, P. C.
Stouffer, C. Gascon, R. O. Jr. Bierregaard, S. G. Laurance & E. Sampaio. 2002.
Ecosystem decay of Amazonian Forest fragments: a 22-year investigation.
Conservation Biology 16: 605-18.
Lehtinen, R. M., J. Ramanamanjato & J. G. Raveloarison. 2003. Edge effects and
extinction proneness in a herpetofauna from Madagascar. Biodiversity and
Conservation 12: 1357-70.
Levenson, J. B. 1981. Woodlots as biogeographic islands in southeastern Wisconsin. pp
12-39. In Burges, R. L. & D. M. Sharpe (eds.). Forest Island Dynamics in Man-
dominated Landscapes. Springer-Verlag, New York.
Vivendo em um Mundo em Pedaços... 27
Newmark, W. D. 1996. Insularization of Tanzanian parks and the local extinction of large
mammals. Conservation Biology 10(6): 1549-56.
Nunney, L. & K. A. Campbell. 1993. Assessing minimum viable population size:
demography meets population genetics. Trends in Ecology and Evolution 8: 234-9.
Offerman, H. L., V. H. Dale, S. M. Pearson, R. O. Jr. Bierregaard & R. V. O’Neill. 1995.
Effects of forest fragmentation on neotropical fauna: current research and data
availability. Environmental Reviews 3: 191-211.
Pardini, R. No prelo. Effects of forest fragmentation on small mammals in an Atlantic
Forest landscape. Biodiversity & Conservation.
Pasitschniak-Arts, M., R. G. Clark & F. Messier. 1998. Duck nesting success in a
fragmented prairie landscape: is edge effect important? Biological Conservation 85:
55-62.
Patterson, B. D. 1987. The principle of nested subsets and its implications to conservation
biology. Conservation Biology 1: 323-34.
Pimm, S. L., H. L. Jones & J. Diamond. 1988. On the risk of extinction. The American
Naturalist, 132: 757-85.
Pires, A. S. & F. A. S. Fernandez. 1999. Use of space by the marsupial Micoureus
demerarae in small Atlantic Forest fragments in southeastern Brazil. Journal of
Tropical Ecology 15: 279-90.
Pires, A. S., F. A. S. Fernandez & D. Freitas. 1999. Patterns of use of space by Micoureus
demerarae (Marsupialia: Marmosidae) in a fragment of Atlantic Forest in Brazil.
Mastozoologia Neotropical 6: 5-12.
Pires, A. S., P. K. Lira, F. A. S. Fernandez, G. M. Schittini & L. C. Oliveira. 2002.
Frequency of movements of small mammals among Atlantic Coastal Forest fragments
in Brazil. Biological Conservation 108: 229-37.
Pires, A. S., F. A. S. Fernandez, D. Freitas & B. R. Feliciano. No prelo. Influence of
distance from edge and fire-induced changes on spatial distribution of small mammals
in Atlantic Forest fragments in Brazil. Studies on Neotropical Fauna and Environment.
Preston, F. W. 1962. The canonical distribution of commonness and rarity: part I. Ecology
43: 185-215.
Quammen, D. 1996. The song of the dodo: island biogeography in an age of extinctions.
Touchstone, New York.
Rambaldi, D. M. & D. A. S. Oliveira. 2003. Fragmentação de ecossistemas: causas, efeitos
sobre a biodiversidade e recomendações de políticas públicas. Ministério do Meio
Ambiente/Secretaria de Biodiversidade e Florestas, Brasília.
Ribon, R., J. E. Simon & G. T. De Matos. 2003. Bird extinctions in Atlantic Forest
fragments of the Viçosa region, southeastern Brazil. Conservation Biology 17: 1827-
39.
Ricketts, T. H. 2001. The matrix matters: effective isolation in fragmented landscapes.
The American Naturalist 198: 87-99.
Rosenberg, D. K., B. R. Noon & E. C. Meslow. 1997. Biological corridors: form, function
and efficacy. BioScience 47: 677-87.
Vivendo em um Mundo em Pedaços... 29
Turner, M. G., R. H. Gardner, V. H. Dale & R. V. O’Neill. 1989. Predicting the spread
of disturbance in heterogeneous landscapes. Oikos 55: 121-129.
Viveiros de Castro, E. B. & F. A. S. Fernandez. 2004. Determinants of differential
extinction vulnerability of small mammals in Atlantic Coastal fragments in Brazil.
Biological Conservation 119: 73-80.
Wilcove, D. S. 1985. Nest predation in forest tracts and the decline of migratory
songbirds. Ecology 66: 1211-14.
Wilcove, D., S. Mclellan & Dobson, A. P. 1986. Habitat fragmentation in the temperate
zone. pp. 237-56. In Soulé, M. E. (ed.). Conservation Biology: The Science of Scarcity
and Diversity. Sinauer, Sunderland.
Wilcox, B. A. 1980. Insular ecology and conservation. pp 95-117. In Soulé M. E. &
Wilcox, B. A. (eds.). Conservation Biology: An Evolutionary-Ecological Perspective.
Sinauer, Sunderland.
Willis, E. O. 1979. The composition of avian communities in remanescent woodlots in
southern Brazil. Papéis Avulsos de Zoologia (São Paulo) 33: 1-25.
Wilson, E. O. & D. Simberloff. 1969. Experimental zoogeography of islands: defaunation
and monitoring techniques. Ecology 50: 267-78.
Wilson, E. O. & E. O. Willis. 1975. Applied biogeography. pp 522-534. In Cody, M. L.
& J. M. Diamond (eds.). Ecology and Evolution of Communities. Belknap Press,
Cambridge.
Yahner, R. H. 1988. Changes in wildlife communities near edges. Conservation Biology
2: 333-9.
Zimmermann, B. L. & R. O. Jr. Bierregaard. 1986. Relevance of the equilibrium theory
of island biogeography and species-area relationship to conservation with a case from
Amazonia. Journal of Biogeography 13: 133-43.