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Unidades de Conservação

Federais: serviços de apoio


à visitação e autorização
de eventos
Visitação em Unidades de Conservação:
Contexto Geral

1
Módulo

Meio Ambiente
Fundação Escola Nacional de Administração Pública

Diretoria de Desenvolvimento Profissional

Conteudista/s
Carla Guaitanele (conteudista, 2022);
Cláudia Sacramento (conteudista, 2022);
Fernando Tatagiba (conteudista revisor, 2022);
Ivonete Lima (conteudista revisor, 2022);
Jerônimo Martins (conteudista revisor, 2022);
Lieze Passos (conteudista revisor, 2022).

Enap, 2022
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Desenvolvimento Profissional
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Sumário
Unidade 1: Visitação nas Unidades de Conservação ........................5

1.1 Principais Marcos Relacionados à Visitação............................................................. 5

1.2 Como Funciona e qual a Importância da Visitação?............................................. 10

1.3 A Diversificação de Experiências de Visitação dentro do Planejamento nas


Unidades de Conservaçã................................................................................................ 15

1.3.1 Planejamento da Visitação Baseado em Experiências ..................................... 20

1.3.2 Como Utilizar o ROVUC nos Processos de Planejamento da Visitação?.......... 23

Referências ...................................................................................................................... 26
Apresentação e Boas-vindas

Seja bem-vindo(a) ao curso de Unidades de Conservação Federais: serviços de


apoio à visitação e autorização de eventos!

O objetivo deste curso é capacitar servidores, técnicos e gestores para que possam
reconhecer as normas e procedimentos relevantes ligados a autorizações de eventos
e serviços de apoio à visitação em Unidades de Conservação Federais (UCs).

Neste curso, você aprenderá a aplicar as normativas específicas, conceitos e


procedimentos relacionados à autorização de eventos e de serviços de apoio à visitação
nas unidades de conservação federais. Ao final do curso você poderá elaborar editais,
analisar solicitações e emitir autorizações para serviços e eventos, bem como prestar
informações pertinentes aos cidadãos interessados.

Durante o curso você terá também a oportunidade de conhecer os portais Gov.br


e LECOM, onde as solicitações dos serviços citados são realizadas pelos cidadãos e
analisadas pelos órgãos do Governo Federal.

Bom curso!

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Módulo

1 Visitação em Unidades de
Conservação: Contexto Geral
Neste módulo você entenderá o contexto geral que envolve as Unidades de
Conservação. Você verá:

1 Como funciona a visitação nas unidades de conservação;

2 As diferentes experiências de visitação que podem ser previstas no planejamento


das Unidades de Conservação.

Unidade 1: Visitação nas Unidades de Conservação


Objetivo de aprendizagem

Ao final desta unidade você conseguirá reconhecer as especificidades do cenário da visitação


em unidades de conservação federais, as potencialidades que podem ser aproveitadas,
além do arcabouço legal e técnico que apoia a implementação da visitação.

1.1 Principais Marcos Relacionados à Visitação

Para este curso, você deve considerar a criação do Sistema Nacional de Unidades
de Conservação, Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, como o marco legal inicial
relacionado à visitação em unidades de conservação federais. (BRASIL, 2000)

É importante conhecer também a Lei nº 11.516, de 28 de agosto de 2007, que criou


o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e prevê, como uma
de suas atribuições. executar ações da política nacional de unidades de conservação
da natureza. (BRASIL, 2007)

Ao longo dos anos foram desenvolvidos marcos institucionais importantes para balizar
o desenvolvimento da visitação em unidades de conservação. Documentos técnicos
de referência foram publicados, além de regramentos e normas para consolidação do

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arcabouço normativo. Além disso há uma constante difusão desses marcos técnicos
por meio de capacitações e visitas técnicas realizadas pela equipe do ICMBio.

A seguir, você poderá conhecer um pouco mais sobre esses regramentos e como
foram criados ao longo dos últimos anos.

Histórico das normas e orientações relacionadas a uso público nas unidades


de conservação federais

2006 a 2011

Diretrizes para visitação

Sobre Condução de Visitantes - Instrução Normativa nº 08, de 18 de setembro


de 2008 (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, 2008)

2011 a 2017

Roteiro Metodológico para Manejo de Impactos da Visitação

Sobre Condução de Visitantes - Instrução Normativa nº 02, de 03 de maio


de 2016 (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, 2016)

2017 a 2018

TBC - Turismo de Base Comunitária - Princípios e Diretrizes

Índice de Atratividade Turística

Sobre Plano de Manejo - Instrução Normativa nº 07, de 21 de dezembro


de 2017 (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, 2017)

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2018 a 2019

ROVUC - Rol de Oportunidades de Visitação em Unidades de Conservação

Sobre Monitoramento da Visitação - Instrução Normativa nº 05, de 01 de junho


de 2018 (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, 2018)

Sobre Observação de Aves - Instrução Normativa nº 14, de 10 de outubro de


2018 (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, 2018)

Interpretação Ambiental

Manual de Sinalização de Trilhas

Manual de Sinalização de Unidades de Planejamento (UP)

2019 a 2020

Sobre Condução de Visitantes - Portaria nº 769, de 10 de dezembro de 2019


(Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, 2019)

Sobre Transporte Aquaviário - Portaria nº 770, de 10 de dezembro de 2019


(Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, 2019)

Sobre Comercialização de Alimentos - Portaria nº 771, de 10 de dezembro


de 2019 (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, 2019)

Sobre Locação de Equipamentos - Portaria nº 772, de 10 de dezembro de


2019 (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, 2019)

Sobre Transporte Terrestre - Portaria nº 774, de 10 de dezembro de 2019


(Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, 2019)

Sobre Eventos - Instrução Normativa nº 05, de 23 de setembro de 2019


(Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, 2019)

Orientações Metodológicas para Elaboração de Plano de Uso Público

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2020 a 2021

Sobre Mergulho - Instrução Normativa nº 03, de 24 de abril de 2020 (Instituto


Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, 2020)

Sobre Pesca Esportiva - Portaria nº 91, de 04 de fevereiro de 2020 (Instituto


Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, 2020)

Sobre Visitação com Objetivos Educacionais - Instrução Normativa nº 12,


de 21 de outubro de 2020 (Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade, 2020)

Fundamentos do Planejamento de Trilhas

Manual de Métodos para o Número de Visitas

Sobre Delega Aprovação PUP DIMAN - Portaria nº 737, de 18 de junho de


2020 (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, 2020)

2021

Sobre Escalada - Instrução Normativa nº 02, de 26 de maio de 2021 (Instituto


Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, 2021)

Sobre Voo Livre - Instrução Normativa nº 04, de 10 de junho de 2021


(Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, 2021)

Roteiro para Elaboração de Programa Interpretativo

Sobre Planejamento UP - Portaria nº 289, de 03 de maio de 2021 (Instituto


Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, 2021)

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Do ponto de vista legal, o lastro maior para a implementação de áreas protegidas
pode ser encontrado no Artigo 225 da Constituição Federal (BRASIL, 1989), que
define que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, cuja
proteção é dever do poder público e da coletividade. No Parágrafo 1º desse artigo
estabelece-se a incumbência do poder público em criar espaços especialmente
protegidos, para assegurar à sociedade os direitos previstos no caput do artigo.

Caso queira conhecer melhor o Artigo 225 da Constituição Federal


(BRASIL, 1989), clique aqui.

Com o intuito de regulamentar o dispositivo constitucional, foi publicada a Lei nº


9.985, de 18 de julho de 2000 (BRASIL, 2000), que institui o Sistema Nacional
de Unidades de Conservação (SNUC), responsável por caracterizar os “espaços
especialmente protegidos” em 12 categorias agrupadas em dois grandes grupos -
proteção integral e uso sustentável.

Cabe aqui destacar que, entre os objetivos estabelecidos para o SNUC, juntamente
com aqueles voltados à proteção dos atributos e valores naturais, está o de “favorecer
condições e promover a educação e interpretação ambiental, a recreação em
contato com a natureza e o turismo ecológico”.

Caso queria conhecer melhor a Lei nº 9.985, de 18 de julho de


2000, clique aqui.

Assim, em estreita consonância com os objetivos do SNUC, o Instituto Chico Mendes


de Conservação da Biodiversidade/ICMBio tem entre suas responsabilidades:

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“Promover e executar, em articulação com os demais órgãos e entidades
envolvidos, programas recreacionais, de uso público e de ecoturismo nas
unidades de conservação, onde estas atividades sejam permitidas.”

Você pode conhecer a Lei nº 11.516, de 28 de agosto de 2007 (BRASIL, 2007), por
completo clicando aqui.

Considerando os objetivos do SNUC, suas atribuições legais e a crescente demanda


da sociedade por usufruir dos espaços naturais e desenvolver atividades diversas nas
unidades de conservação federais, o ICMBio tem evoluído de forma consistente nos
diversos aspectos da gestão da visitação, tanto em relação ao sistema como um todo
como em cada uma das unidades de conservação.

1.2 Como Funciona e qual a Importância da Visitação?

No Brasil, a categoria “natureza, ecoturismo ou aventura” é a segunda com maior


demanda turística internacional (18,6%), atrás somente da categoria “sol e praia” (64,8%)
que também caracteriza muitos destinos que são unidades de conservação (UC).

Nesse sentido, as UC brasileiras são áreas estratégicas ao abrigar inestimável patrimônio


natural e alguns dos principais cartões postais brasileiros como o Cristo Redentor e as
Cataratas do Iguaçu.

As informações citadas foram retiradas da seção Dados e Fatos do


Ministério do Turismo, caso queira conhecer melhor os relatórios,
clique aqui.

Como você pode verificar na tabela abaixo, a visitação em unidades de conservação


federais ultrapassou o patamar de 15 milhões de visitas em 2019 (15.335.272), um recorde
histórico. Houve um aumento de 20,4% no número registrado de visitas (2.945.879) em
relação a 2018 (12.389.393), sendo 6,4% (922.794) devido ao aumento real da visitação
e 14% (2.023.085) à melhora no esforço de monitoramento (Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade, 2021).

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Ano/Cat. PARNA FLONA REBIO ESEC RESEX APA REVIS ARIE MONA RDS Total

2000 20 20
2001 19 19
2002 20 20
2003 19 19
2004 20 20
2005 23 23
2006 19 11 30
2007 21 11 32
2008 21 11 32
2009 22 11 33
2010 25 11 2 38
2011 27 9 2 38
2012 31 15 2 48
2013 36 17 1 2 56
2014 33 17 1 1 2 54
2015 38 18 2 1 1 3 1 64
2016 38 21 3 2 2 3 1 70
2017 46 24 9 8 3 4 3 3 1 1 102
2018 51 24 13 7 7 7 5 3 2 1 120
2019 56 29 16 12 8 7 4 3 2 137

APA - Área de Proteção Ambiental, ARIE - Área de Relevante Interesse Ecológico, ESEC - Estação Ecológica, FLONA - Floresta Nacional,
MONA - Monumento Natural, PARNA - Parque Nacional, RDS - Reserva de Desenvolvimento Sustentável, REBIO - Reserva Biológica,
RESEX - Reserva Extrativista, REVIS - Refúgio de Vida Silvestre.

Número de unidades de conservação federais, por categoria, que realizaram o


monitoramento da visitação, anualmente, entre 2000 e 2019
Fonte: ICMBio (2021). Elaboração: CEPED/UFSC (2022).

Caso tenha curiosidade de verificar esses dados completos,


acesse o link.

Em virtude da pandemia de COVID-19, o total de visitas no ano de 2020 foi de 8.436.782. A


despeito da redução no número de visitas, houve um incremento no número de unidades
que realizaram seu monitoramento, de 137 em 2019 para 143 em 2020, conforme
apresentado na figura a seguir:

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Qtd Visitas Qtd UC 200

15,3 Mi

12,1 Mi

10,7 Mi
100
8,3 Mi 8,4 Mi

2016 2017 2018 2019 2020

Total de visitas e de unidades de conservação federais com visitação monitorada anualmente, entre 2016 e 2020
Fonte: SAMGe; ICMBio (2021). Elaboração: CEPED/UFSC (2022).

Essas e outras informações podem ser consultadas no painel


dinâmico elaborado pela Coordenação de Planejamento,
Estruturação da Visitação e do Ecoturismo para sistematizar
os dados do monitoramento da visitação nas unidades de
conservação federais.

As UC federais que recebem mais visitas continuam sendo os Parques Nacionais da


Tijuca e do Iguaçu, mas verifica-se que, no ano de 2020, cinco entre as dez unidades mais
visitadas foram de outras categorias. Conheça quais foram:

Dez Unidades de Conservação Mais Visitadas

PARNA da Tijuca 13Mi


PARNA do Iguaçu 8Mi
PARNA de Jericoacoara 4Mi
RESEX Marinha do Arraial do Cabo 4Mi
APA da Baleia Franca 3Mi
PARNA da Serra da Bocaina 2Mi
PARNA Marinho de Fernando de Noronha 2Mi
APA de Petrópolis 2Mi
MONA do Rio São Francisco 2Mi
APA Costa dos Corais 1Mi

Dez unidades de conservação mais visitadas em 2020


Fonte: SAMGe; ICMBio (2021). Elaboração: CEPED/UFSC (2022).

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Dez Parques Nacionais Mais Visitados

PARNA da Tijuca 13Mi


PARNA do Iguaçu 8Mi
PARNA de Jericoacoara 4Mi
PARNA da Serra da Bocaina 2Mi
PARNA Marinho de Fernando de Noronha 2Mi
PARNA de Brasília 1Mi
PARNA da Chapada dos Guimarães 1Mi
PARNA da Serra dos Órgãos 1Mi
PARNA de Itatiaia 1Mi
PARNA dos Lençois Maranhenses 1Mi

Dez parques mais visitados em 2020


Fonte: SAMGe; ICMBio (2021). Elaboração: CEPED/UFSC (2022).

A implementação do uso público nas unidades de conservação


contribui para sua consolidação e deve ser considerada desde a
criação da UC. Um estudo realizado no Parque Nacional da Serra
dos Órgãos, demonstrou que o crescimento no uso público está
relacionado a melhorias em indicadores referentes à pesquisa,
proteção e infraestrutura do parque.

Outro aspecto importante é a contribuição econômica relacionada a visitas em unidades


de conservação e seu entorno. Segundo o estudo Contribuições do Turismo em Unidades
de Conservação Federais para a Economia Brasileira - Efeitos dos Gastos dos Visitantes
em 2018, realizado por Souza e Simões (2019), os visitantes gastaram cerca de R$ 2,4
bilhões nos municípios que dão acesso às UCs naquele ano.

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A contribuição para movimentação da economia nacional foi a criação de cerca de 90 mil
empregos, além de R$ 2,7 bilhões em renda, R$ 3,8 bilhões em valor agregado ao PIB e
R$ 10,4 bilhões em vendas.

Ainda segundo o estudo, o setor de hospedagem registrou a maior contribuição direta,


com R$ 740 milhões em vendas, seguido pelo setor de alimentação com R$ 531 milhões.

O estudo apresenta também a geração de impostos decorrentes apenas dos efeitos


sobre as vendas diretas e a remuneração.

Foram gerados, no nível municipal, um total de R$ 174 milhões; no


estadual, R$ 594 milhões; e no federal, R$ 323 milhões; totalizando
R$ 1,1 bilhão em impostos.

A análise mostrou que a cada R$ 1 investido nas unidades


de conservação federais são produzidos R$ 15 em benefícios
econômicos para o Brasil.

O estudo reforçou que os impactos econômicos do turismo afetam diretamente a gestão


das UCs e os empreendimentos turísticos, mas afetam também, indiretamente, outros
tipos de negócios e comunidades locais.

As autorizações para realização de eventos e para prestação de serviços comerciais em


unidades de conservação são instrumentos importantes para potencializar a contribuição
econômica das UCs.

Os turistas que visitam unidades de conservação


gastam dinheiro no entorno, gerando renda e empregos
para as economias locais. Os resultados destacam
a importância do turismo nas UCs e nas regiões
adjacentes. Investimentos adicionais em uso público
estimularão o crescimento da visitação e consequente
expansão dos gastos”. (SOUZA; SIMÕES, 2019).

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1.3 A Diversificação de Experiências de Visitação dentro do
Planejamento nas Unidades de Conservação

Como visto, o número de visitas nas Unidades de Conservação vem crescendo a cada
ano. Diversos fatores, como a idade, a conjuntura familiar, o nível de experiência em
ambientes naturais, entre outros, podem influenciar a escolha do visitante sobre qual
Unidade de Conservação (UC) será o destino de uma visita.

Além disso, o visitante pode ter uma motivação específica ou


genérica que o conduzirá na escolha do seu destino, como: o desejo
pelo descanso e o sossego para escapar das pressões de sua rotina,
a busca pelo contato com a natureza, desejo de realizar aventuras,
desafios ou praticar esportes em ambientes naturais que requeiram
habilidades específicas e ofereçam níveis diferentes de dificuldade
ou risco, dentre outros.

Portanto, são recebidos nas UCs desde visitantes interessados em atividades de turismo
de aventura e ecoturismo, àqueles cujo objetivo é o turismo de sol e praia. Existe uma
longa lista de atividades de visitação que podem ser experimentadas pelos visitantes em
uma unidade de conservação.

Caminhada Escalada

Fonte: Freepik.

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Cicloturismo Mergulho

Observação da Fauna Canonismo e Canoagem

Fonte: Freepik.

A diversidade de demandas e as peculiaridades das unidades de conservação reforçam


a necessidade de se planejar o uso público, o que contribui também para a proteção
dos recursos e valores naturais, outra das atribuições do ICMBio. Para qualificar este
planejamento é fundamental compreender o perfil de visitação da UC, descobrir as
principais demandas de uso e buscar a diversificação das experiências ofertadas.

Ainda que a diversificação de experiências não possa assegurar


diretamente que o visitante alcançará as experiências desejadas, ela
amplia a possibilidade de satisfazer as expectativas e as motivações
que o conduziram a selecionar aquela UC como destino de sua visita.

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Isso é importante, uma vez que visitantes satisfeitos são aqueles que retornam outras
vezes e contribuem economicamente com a região, podendo se tornar apoiadores da
conservação destas áreas protegidas.

Pensando justamente nesta demanda, foi desenvolvido o Rol de Oportunidades de


Visitação em Unidades de Conservação (ROVUC).

Rol de Oportunidades de Visitação em Unidades de Conservação


Fonte: ICMBio (2018).

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A 1ª edição do ROVUC foi publicada no ano de 2018, decorrente
da necessidade de melhor planejar e diversificar as experiências
de uso público, aproveitando as vocações de cada unidade
de conservação e buscando trazer ferramentas para apoiar o
planejamento e a gestão da visitação e do turismo.

Em 2020 foi publicada a 2ª edição, que conta com algumas


correções no conteúdo e a integração do Pôster do ROVUC, sendo
também uma ferramenta para auxiliar na interpretação visual
das cinco classes de oportunidade da visitação nos diversos
momentos do planejamento de uso público das unidades de
conservação.

O ROVUC pode ser encontrado aqui.

Já o Pôster do ROVUC pode ser encontrado aqui.

O ROVUC pode ser definido como uma ferramenta que orienta o processo de planejamento
do uso público de uma UC, sendo utilizado para inventariar as diferentes oportunidades
de visitação existentes ou potenciais, auxiliar na diversificação, orientar a implantação
e promover o manejo mais adequado dos ambientes naturais para proporcionar as
experiências de visitação desejadas na UC.

O ROVUC foi elaborado com base no Recreation Opportunity Spectrum (ROS), em português
Espectro de Oportunidades Recreativas, instrumento criado pelo Serviço Florestal
Americano na década de 1970 como resultado de duas principais questões:

1 diferentes estudos demonstraram que os visitantes não buscavam apenas


atividades específicas, mas certos cenários (ambientes) e experiências que lhes
permitissem realizar suas motivações ou necessidades psicológicas (CLARK; STANKEY,
1979; DRIVER; BROWN, 1978);

2 o desejo de alguns gestores em mostrar que a recreação em contato com a


natureza representa um produto, assim como a madeira, a água ou o alimento, que
pode ser moldado e direcionado para um público consumidor específico.

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O conceito do ROS utiliza um rol de classes de oportunidades recreativas que
variam desde as mais primitivas até aquelas definidas com base nas características
biofísicas, sociais e de manejo dos ambientes. Em cada classe de oportunidade
recreativa, são elencadas características como:

• grau de alteração natural;

• evidência de atividades humanas;

• isolamento;

• tipo de acesso;

• nível de infraestrutura; e

• presença institucional, entre outras.

Todas estas influem de alguma forma na diversidade de experiências que um


visitante pode ter.

Com o tempo, os conceitos do ROS se espalharam por outros países. Na América


Latina, o Centro de Áreas Protegidas da Universidade Estadual do Colorado
(CSU) foi o responsável pela divulgação da metodologia através de eventos de
capacitação. Com o crescente interesse, o CSU desenvolveu um novo manual e um
cartaz em espanhol, adaptando o ROS para a realidade latino-americana e criando o
Rango de Oportunidades para Visitantes en Áreas Protegidas (ROVAP). O ROVAP
incorporou sugestões técnicas de numerosos colaboradores, incluindo ONGs e
especialistas em ecoturismo de várias regiões da América Latina, e colocou ênfase
adicional na integração de experiências com a proteção dos recursos naturais.

O objetivo deste trabalho foi tornar o ROVAP um documento relevante


para os administradores de parques e outras categorias de áreas
protegidas (públicas e privadas), assim como para o público em geral.

No Brasil, o ROS/ROVAP também foi utilizado como base para o desenvolvimento de


ferramentas que auxiliam o planejamento da visitação. Como consequência natural
desse uso do ROS/ROVAP nos processos de planejamento de áreas protegidas, foram
realizados esforços para uma nova adaptação metodológica, dessa vez com o objetivo
de atender as especificidades do Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC.

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Essa adaptação ocorreu no âmbito do Programa Parceria para a Conservação da
Biodiversidade da Amazônia, cooperação entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos,
financiada pela Agência dos Estados Unidos para Desenvolvimento Internacional (USAID),
que conta com a assistência técnica do Serviço Florestal dos Estados Unidos (USDA Forest
Service), do Serviço de Parques dos Estados Unidos (U.S. NPS), da Universidade Estadual
do Colorado (CSU) e da Universidade de Montana (UM).

A aplicação do ROVUC permite que a UC avalie os perfis de visitação


mais adequados e quais as áreas mais apropriadas para implantar
determinadas experiências de visitação, buscando conciliar as
expectativas dos visitantes, as características da unidade de
conservação e, também, as estratégias de proteção dos recursos
naturais. Para isso, utiliza como base uma análise dos ambientes
interno e externos das UCs, assim como avalia os seus atributos
biofísicos, socioculturais e de manejo.

Importante mencionar que, como uma única UC nem sempre é capaz de oferecer todo o
rol de oportunidades previstas no ROVUC e, portanto, ele preconiza a complementaridade
por meio das oportunidades recreativas oferecidas no entorno, nas áreas protegidas
próximas ou limítrofes (públicas ou privadas) e demais áreas turísticas existentes na
região. Dessa forma, a visão de planejamento deve considerar toda a região como destino
turístico e não apenas o interior da UC.

1.3.1 Planejamento da Visitação Baseado em Experiências

Para planejar uma oportunidade de visitação torna-se necessário compreender a


interação entre quatro elementos (DRIVER; BROWN, 1978; HAAS et al., 2004):

1 experiências;

2 atividade;

3 ambiente, o que inclui os atributos biofísico, sociocultural e de manejo; e

4 benefícios, o que inclui questões pessoais, sociais, econômicas, culturais e ambientais.

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As oportunidades de visitação são formadas pela relação entre esses quatro elementos,
uma vez que os visitantes buscam realizar atividades em ambientes que lhes permitem
obter as experiências desejadas, produzindo benefícios pessoais, sociais, econômicos,
culturais e ambientais. Dessa forma, as motivações de um visitante não são as atividades
em si mesmas, mas a combinação desses fatores.

ATIVIDADE RECREATIVA
EXPERIÊNCIAS BENEFÍCIOS
+ AMBIENTES

=
Atributos Físicos Muitas Dimensões Individual
Atributos Socioculturais Múltiplos Sentidos Social
Atributos de Manejo Econômico
Cultural
Ambiental

• Gestor Maneja Visitante Vivencia Sociedade Ganha

• Comunidade e Gestor
Manejam (no caso de Reserva
Extrativista ou Reserva de
Desenvolvimento Sustentável)

As experiências e os benefícios são obtidos a partir da combinação entre as


atividades recreativas e dos atributos dos ambientes da UC
Fonte: Haas et al. (1980) adaptado por ICMBIO (2021). Elaboração: CEPED/UFSC (2022).

É importante ressaltar que o objetivo do ROVUC é fazer com que os visitantes


alcancem as experiências almejadas e garantam o máximo de benefícios possíveis.
Apesar dessa ferramenta orientar o planejamento e a diversificação das experiências
de visitação em uma UC, não cabe ao gestor oferecer a experiência em si, uma vez
que, só o próprio visitante pode dizer se teve uma boa experiência ou não. O que
cabe ao gestor é manejar quais atividades podem ser realizadas em quais ambientes.

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A tabela abaixo apresenta dois exemplos de como o gestor da UC pode manejar as
atividades nos respectivos ambientes.

FATORES: EXEMPLO 1 EXEMPLO 2

Aventura Tranquilidade
1. Experiência Autonomia Socialização
Isolamento Conforto
Caminhada
2. Atividades Banho Piquenique
Recreativas Ciclismo por área Caminhada
primitiva
3. Atributos
Terreno acidentado Campo ou gramado
Biofísico
Isolamento dos acessos. Acesso fácil
Sociocultural Poucos visitantes Grupos familiares
Infraestrutura disponível:
mesas, cadeiras e banheiros.
Nenhum tipo de serviço
Manejo
e infraestrutura mínima.
Serviços disponíveis:
Venda e alimentos.
Aumento da Autoestima Descanso Mental
Saúde Física União Familiar

4. Benefícios Pessoais, Aumento da


Colaborar com Pequenos
Sociais, Econômicos, Produtividade
Ambientais e Culturais Produtores Locais.
no Trabalho.
Colaborar com a Valorizar a Natureza, a
Conservação. História e a Cultura Local.

Exemplos das demandas do visitante


Fonte: Haas et al. (1980) adaptado por ICMBIO (2021). Elaboração: CEPED/UFSC (2022).

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1.3.2 Como Utilizar o ROVUC nos Processos de Planejamento da Visitação?

A aplicação do ROVUC pode ser realizada tanto no processo de elaboração ou revisão


do plano de manejo da UC como no momento de elaboração do plano de uso público
ou demais instrumentos de ordenamento das atividades de visitação, posteriores ao
plano de manejo.

É extremamente recomendado que a aplicação do ROVUC seja realizada de forma


participativa, com o envolvimento de diversos atores locais ou regionais que conheçam
os atrativos da UC e seu entorno, como: representantes das comunidades; operadores
de turismo; grupos de usuários; federações de montanhistas, ciclistas ou voo livre;
organizações da sociedade civil; entre outros. Contudo, este processo deve ser liderado
pelo gestor da UC e sua equipe de planejamento.

Além dos atrativos internos da UC, é importante que, no processo de aplicação do ROVUC,
sejam considerados os atrativos de visitação, a infraestrutura e os serviços oferecidos no
entorno, uma vez que esses influenciam diretamente o grau de atratividade da UC como
destino de visitação turística.

Visualizar a complementaridade das classes de experiência de


visitação oferecidas dentro e fora da UC possibilita a elaboração de um
planejamento mais efetivo em relação à diversidade de oportunidades,
aos investimentos necessários para estruturar a visitação na UC e ao
alcance dos diferentes públicos que visitam a região.

Veja, a seguir, as principais etapas envolvidas na aplicação do ROVUC

Etapa I

Caracterização geral do uso público da UC e de seu entorno (destino turístico).

Nessa etapa é realizada uma caracterização geral da UC e seu entorno com base nos
atributos do ROVUC (biofísico, sociocultural e manejo) e demais informações disponíveis
(por exemplo: número de visitantes, perfil de visitantes, estudos socioeconômicos etc.).

Esse primeiro passo auxilia o gestor e a equipe de planejamento a desenvolver uma visão
ampla da realidade e da oferta de uso público atual, além de contribuir para a construção
de uma visão de futuro do uso público da UC.

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Com base nessa caracterização poderão ser realizadas avaliações sobre o perfil de
uso público da UC e a oferta de oportunidades (classes de experiência) que devem ser
exploradas pela equipe de planejamento considerando o contexto geral dessa área
protegida e seu entorno.

Etapa II

Detalhamento dos atrativos ou áreas de visitação da UC, identificação das zonas de


manejo e considerações sobre os visitantes.

Utilizando os parâmetros referentes aos atributos do ROVUC, deve-se fazer a caracterização


das condições atuais dos atrativos ou das áreas de visitação da UC.

A identificação das zonas de manejo só é realizada quando a UC já possui plano de


manejo e a aplicação do ROVUC está sendo realizada no contexto de elaboração do plano
específico de uso público ou demais instrumentos de ordenamento da visitação.

Por fim, recomenda-se fazer considerações acerca dos visitantes, ou seja, sobre as
características já conhecidas dos visitantes que frequentam esses locais ou do público
para o qual serão manejadas as oportunidades recreativas.

Etapa III

Classificação das experiências com os atrativos ou áreas de visitação da UC e sistematização


da informação.

Com base na caracterização geral da UC (Etapa I) e no detalhamento realizado para as


áreas de visitação (Etapa II), os participantes do processo de aplicação do ROVUC devem
refletir sobre a definição das classes de experiência mais apropriadas para as áreas de
visitação da UC.

Para a definição das classes é importante considerar tanto as condições existentes das
áreas de visitação (descritas na Etapa II), como uma perspectiva das condições que se
almejam alcançar (intenção de manejo).

Por isso é bastante importante utilizar como referência nesta etapa todos os estudos ou
dados da UC disponíveis, como, por exemplo, as avaliações de oferta e demanda turística
ou estudos sobre o perfil dos visitantes. Diálogos construídos com visitantes, associações,
representantes do mercado turístico e pesquisadores também devem orientar as
propostas nesta etapa.

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Etapa IV

Espacialização das classes de experiência no mapa da UC.

A espacialização das áreas de visitação auxilia a integrar roteiros, compreender questões


relacionadas ao fluxo e ao ordenamento geral da visitação na UC.

Que bom que você chegou até aqui! Agora é a hora de você testar seus conhecimentos.
Para isso, acesse o exercício avaliativo disponível no ambiente virtual. Bons estudos!

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Referências

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I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de
Conservação da Natureza e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília,
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Acesso em: 24 ago. 2021.

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Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Instituto Chico Mendes; altera as
Leis nos 7.735, de 22 de fevereiro de 1989, 11.284, de 2 de março de 2006, 9.985,
de 18 de julho de 2000, 10.410, de 11 de janeiro de 2002, 11.156, de 29 de julho
de 2005, 11.357, de 19 de outubro de 2006, e 7.957, de 20 de dezembro de 1989;
revoga dispositivos da Lei no 8.028, de 12 de abril de 1990, e da Medida Provisória
no 2.216-37, de 31 de agosto de 2001; e dá outras providências. Diário Oficial
da União. Brasília, DF, 28 ago. 2007. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
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