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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC

ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS


UAB PERA MARMELO
Atividade 1.1 – Pensando conflitos e se colocando no lugar do outro: a
perspectiva dos atores mais vulneráveis e do Estado

Um Pequeno Espaço Para Plantar, Produzir e Viver Dignamente

Glabia Soraia Andrade Silva

“– Quanto a mim? Glabia, 43 anos, mãe de três. Meu marido morreu,


dias atrás. Causa- mortis? “Disputas de terras”. Muitos problemas que me
afligem: crise econômica que não para de crescer! Tudo se modernizando,
gente sempre é trocada por máquina. Máquina não tem família, né? Não
adoece. Nem precisa comer. Peraí. Preparei algo para vocês.
Um dia, li que sobre o Estatuto da Terra- Lei N°. 4.504/64 em seu Artigo
2° que afirma: “é assegurada a todos a oportunidade de acesso à propriedade
da terra, condicionada pela sua função social, na forma prevista na lei.” Pré-
requisitos: favorecer o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores e de
suas famílias, que nela trabalham; manter níveis satisfatórios de produtividade,
assegurando a conservação dos recursos naturais e, ainda, ao seguir a
observância quanto a legalidade e a regulação de ‘as justas relações de
trabalho entre os que a possuem e a cultivam’.” A Carta Cidadã, que
assegurou a todos o acesso a propriedade pois o Brasil, como um Estado
democrático cuja base se perfaz na soberania popular, é uma democracia
participativa.
Então, por que meu marido morreu? Por que vivo o contrário? Estou
farta de respostas duras de quem tem onde morar, e mora bem. Estado de
Direito?! Lutar e lutar para ter garantia de alguma coisa? Nossas crianças
podem estudar, em escolas tão improvisadas? INCRA? Como não “invadir”?
Não sei se vou estar aqui. Se teremos comida, pois vivemos caçados e
fugindo, ameaçados de morte pelo Estado, pelos proprietários, pela Polícia. Os
Direitos a alimentação, moradia, água, higiene, segurança, lazer, ensino e
saúde estão sempre sendo subtraídos. Meu cotidiano, minha gente, é esse.
Direitos negados.”
E agora? Proprietários de um lado. Sem-terra, do outro. E o Governo
fingindo que atua e garante Direitos. Considero imprescindível para transformar
esta situação convidar e promover ações de formação para proprietários de
terra e a população sem-terra, tentando apresentar-lhes ou lembrar quem de
fato os oprime, que é o Estado. E que, apenas juntos, poderão transformar esta
situação de desigualdade. Resistir e Combater com Cultura de Paz.
Referências

https://drive.google.com/file/d/16OdDQ1H6VpvZDymqKraf5Ee9GmMagPcY/vie

w?usp=sharing

Acesso em 09.06.2021, às 15h00.

https://drive.google.com/file/d/1l18wKSQc2jtk22LerPYFsl80dM6Tk7sD/view?

usp=sharing

Acesso em 08.06.2021, às 14h00.

Cartilha - Direito à Terra (dhnet.org.br)

Acesso em 14.06.2021, às 12h00.

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