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Contas contábeis II
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CONTAS CONTÁBEIS II
Existem dois tipos de natureza das contas: débito ou crédito. Ao registrar várias opera-
ções, tem que debitar ou creditar.
Se há uma conta de natureza devedora, ela aumenta por meio do débito e diminui o seu
saldo por meio do crédito. Mas se há uma conta de natureza credora, ela aumenta com o cré-
dito e diminui com o débito.
Saldo
Grupo de Contas Natureza das Contas
Aumenta Diminui
Ativo Devedora Débito Crédito
Retificadora do Ativo Credora Crédito Débito
Passivo Exigível (PE) Credora Crédito Débito
Patrimônio Líquido (PL) Credora Crédito Débito
Retificadora do PE Devedora Débito Crédito
Retificadora do PL Devedora Débito Crédito
Receias Credora Crédito Débito
Despesas Devedora Débito Crédito
A conta retificadora do ativo possui natureza credora e possui saldo inverso. Tem-se dois
saldos: se um é devedor e o outro vem retificando o saldo daquele principal e ele é o inverso,
ele será credor.
Lembrando que crédito é a origem e débito é a aplicação.
As contas de natureza devedora são ativo e despesa, e, do outro lado, ratificadora do pas-
sivo e PL. As contas de natureza credora são passivo, PL, receitas e a retificadora do ativo.
Aumenta-se o saldo debitando e diminui-se creditando, quando for conta de natureza deve-
dora; mas se for conta de natureza credora, aumenta-se o saldo com o crédito e diminui-se
com o débito.
Como que o ativo é uma parte boa e possui natureza devedora? A conta caixa do ativo tem
natureza devedora não porque ela é débito da empresa, mas justamente porque representa
os débitos de outras pessoas em relação à empresa, como se fosse o inverso.
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DIRETO DO CONCURSO
1. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/TRT 24ª/2011) Aumentam os saldos das
contas de Patrimônio Líquido, Ativo e Passivo, os lançamentos nelas efetuados que repre-
sentem, respectivamente:
a. Crédito, Débito e Crédito.
b. Crédito, Crédito e Débito.
c. Débito, Débito e Crédito.
d. Débito, Crédito e Débito.
e. Crédito, Crédito e Crédito.
COMENTÁRIO
Passivo e Patrimônio Líquido são contas de natureza credora. Se eles querem aumentar o
saldo, credita-se.
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Ativo é conta de natureza devedora. Se quer aumentar o saldo, deve-se debitar.
De acordo com essa teoria, as contas representam pessoas, que se relacionam com a
entidade em termos de débito e crédito.
A teoria personalística é dividida em dois tipos: contas de agentes e contas de proprietários.
As contas dos agentes serão divididas em: agentes consignatários, que são representados
pelos bens, e agentes correspondentes, que são representados pelos direitos e obrigações.
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As contas de proprietários são representadas pelo patrimônio líquido, receitas e despesas.
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Os agentes consignatários são as pessoas a quem a entidade confia a guarda dos bens.
Essas pessoas se relacionarão com a empresa em termos de débito e crédito.
As contas serem devedoras não quer dizer que a empresa tem dívida ou valores a rece-
ber, é a conta contável que faz esse controle.
Por exemplo: quando a empresa tem um caixa no seu ativo que é um bem e é uma conta
de natureza devedora, não quer dizer que a empresa tem um débito do caixa; quer dizer que
alguém deve à empresa, que a conta deve à empresa. A pessoa que administra a conta é que
é a conta.
Desse modo, a conta Caixa representa a pessoa responsável pela guarda do dinheiro. As
contas dos agentes consignatários representam os bens no ativo e são de natureza devedora,
porque representam o débito dessas pessoas perante o proprietário, em virtude da guarda dos
bens que lhes foram confiados.
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É por isso que, por exemplo, quando a empresa tem um dinheiro que recebe de alguém e
entrega para o caixa, o caixa se torna mais devedor da empresa e é por isso que debita. Então
é a conta que é devedora ou credora, e não a empresa. E a conta é devedora porque ela é
administrada por uma pessoa e é como se essa pessoa fosse devedora e credora.
Outros exemplos de contas dos agentes consignatários: caixa, veículos, máquinas, equi-
pamentos etc.
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Exemplo 1:
O cliente (agente correspondente) que compra mercadoria a prazo da empresa, e se
compromete a pagá-la no futuro, representa um direito da entidade perante terceiros. Assim,
enquanto não realizado o pagamento, o cliente encontra-se em débito com a entidade. Ou
seja, o direito que a entidade possui representa um débito do cliente para com a entidade. Por
isso que cliente é algo bom e tem natureza devedora (ativo), porque, na verdade, aquela conta
representa os débitos que outras empresas ou outras pessoas têm em relação à empresa.
Por isso, os direitos, no ativo, aumentam seus saldos por meio de um lançamento a débito,
que representa um aumento do débito dos agentes correspondentes com a entidade.
Exemplo 2:
A empresa compra mercadoria a prazo de um determinado fornecedor (agente corres-
pondente). Essa operação gera uma obrigação para a entidade, que representa créditos que
terceiros têm com a entidade.
Se a empresa comprar mercadorias a prazo origina recursos de outra empresa fornece-
dora (dívida), e a aplicação foi nos estoques (ativo). Então os fornecedores possuem natureza
credora, e com os estoques se teria um débito.
Se a empresa compra as mercadorias do fornecedor, este as entrega, e não houve volta
de dinheiro por parte da empresa, o fornecedor, em relação à empresa, é credor, já que a
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empresa o deve. Mas o fornecedor é credor da empresa, por isso que fornecedor é passivo e
credor, já que representa os créditos que outras empresas têm em relação à empresa que se
está analisando.
Ao entregar os estoques para o almoxarifado, a pessoa que administra o estoque é deve-
dor em relação à empresa. Por isso que a conta estoques, no ativo, tem natureza deve-
dora, porque representa os débitos da pessoa que está administrando aquele item em relação
à empresa.
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Por isso, as obrigações, no passivo exigível, aumentam seus saldos por meio de um lan-
çamento a crédito, que representa um aumento do crédito do fornecedor (agente correspon-
dente) com a entidade.
Contas do Proprietário
ATENÇÃO
Não confunda o débito e o crédito do dia a dia com o débito e o crédito da contabilidade.
Existe até uma lógica, mas a contabilidade utiliza um método diferente. Na verdade, aplica-se
esse método na conta; então a conta é que é devedora ou credora, e representa justamente
as pessoas que devem ou não à empresa.
Exemplo: tem-se de um lado do balanço o ativo – que são os bens mais os direitos –, e, do
outro lado, o passivo – que representa as obrigações com terceiros e o patrimônio líquido
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(capital próprio).
No linguajar normal, passivo é dívida e ativo é representado pelos bens e direitos. Só que
o que ocorre é que, ao passivo ser as obrigações da empresa, tem-se as obrigações com
terceiros e ao capital próprio, que, em tese, são as obrigações com os sócios, e tem-se os
débitos da empresa. No lado ativo, os direitos representam os créditos da empresa.
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Em relação às contas, tem-se no lado passivo as pessoas credoras da entidade (por isso
que passivo e PL são contas de natureza credora), e no lado ativo tem-se as pessoas
devedoras da entidade.
Como dito, o débito e o crédito criados pela contabilidade são, na verdade, uma metodologia,
que tem por base uma teoria personalista, em que ela identifica se a conta em que aquela
pessoa administrativa deve ou se ela tem créditos, sendo isso em relação à conta, à pessoa
que a administra, e isso não quer dizer que é ruim ou bom para a empresa, porque o ruim
ou bom é saber se tem bens e direitos ou obrigações.
Supondo que duas pessoas se juntam e formam uma empresa, como dito, a empresa é
autônoma em relação aos seus sócios. Ao entregar o dinheiro para a empresa, os sócios fazem
o investimento inicial, chamado de capital social, e têm um crédito em relação à empresa.
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Cria-se a conta capital social que é uma origem de recursos e é por isso que tem que
ser credor, e é um crédito porque se refere aos créditos que os sócios têm em relação à
empresa. É possível observar que capital social é uma conta do patrimônio líquido e tem
natureza credora – se aumenta o saldo, credita-se.
Toda origem tem uma aplicação. Todo crédito tem um débito.
A empresa entregar o dinheiro dado pelos sócios para o caixa, faz o caixa ser, em relação à
empresa, devedor – por isso que é débito. Aqui se tem uma aplicação da empresa.
Concluindo: as pessoas credoras da empresa são os agentes correspondentes (obrigações)
e as contas do proprietário (PL), que entregam recursos à entidade, sendo a origem dos
recursos. Já as pessoas devedoras da entidade são representadas pelos bens (agentes
consignatários) e pelos direitos (agentes correspondentes) – pessoas que devem à empresa,
que recebem recursos da entidade, e isso é uma aplicação de recursos.
GABARITO
1. a
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Feliphe Araújo.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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