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Continuidade de Cargas5
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Contents
26 Potencial Elétrico 2
26.1 Questões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
26.2 Problemas e Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
26.2.1 O potencial elétrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
26.2.2 Cálculo do potencial a partir do campo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
26.2.3 Potencial criado por uma carga puntiforme . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
26.2.4 Potencial criado por um dipolo elétrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
26.2.5 Potencial criado por distribuição contı́nua de cargas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
26.2.6 Cálculo do campo a partir do potencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
26.2.7 Energia potencial elétrica de um sistema de cargas puntiformes . . . . . . . . . . . . . . . 10
26.2.8 Um condutor isolado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
26.2.9 O acelerador de van de Graaff . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
26.2.10 Problemas da terceira edição do livro-texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
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26 Potencial Elétrico
~ é maior
Na Fig. 26-2 do Halliday, o campo elétrico E
do lado esquerdo ou do lado direito?
26.1 Questões
I O módulo do campo elétrico pode ser estimado
da a razão ∆V /∆d, onde d é a distância entre duas
Q 26-1. superfı́cies eqüipotenciais. Note que do lado es-
querdo da figura 26-2 a distância entre duas superfı́cies
Podemos considerar o potencial da Terra igual a +100
eqüipotenciais é menor do que a distância entre duas su-
Volts em vez de igual a zero? Que efeito terá esta es-
perfı́cies eqüipotenciais do lado direito. Sendo assim,
colha nos valores medidos para: (a) potenciais e (b)
concluı́mos que o valor de E na extremidade esquerda
diferenças de potencial?
da figura 26-2 é maior do que E na extremidade direita
I Sim. O potencial elétrico num ponto pode assumir
da figura 26-2. Lembre que E é proporcional à densi-
qualquer valor. Somente a diferença de potencial é que
dade de linhas de força (as quais são ortogonais às su-
possui sentido fı́sico determinado. Por razões de como-
perfı́cies eqüipotenciais em cada um dos pontos destas
didade, podemos admitir que o potencial da Terra (ou
superfı́cies eqüipotenciais).
de qualquer outro referencial eqüipotencial ) seja igual
a zero. Qualquer outro valor escolhido também serve,
pois o que será fisicamente relevante é a diferença de
potencial.
Q 26-24.
1 q
I (a) Teria o mesmo valor V = 4π0 R .
Q 26-3.
Por que o elétron-volt é freqüentemente uma unidade (b) Se o condutor está isolado e carregado, terı́amos
mais convencional para energia do que o joule? igualmente E = 0 e V = constante no interior e
na superfı́cie, mas não poderı́amos determinar o valor
I Espaço reservado para a SUA resposta.....
numérico da constante.
Q 26-14.
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Donde se conclui que para duas superfı́cies eixo um fio de 1.3 × 10−4 cm de diâmetro. Se apli-
eqüipotenciais separadas por uma distância ∆z, a carmos 850 V entre eles, calcule o campo elétrico na
diferença de energia potencial é dada por: superfı́cie: (a) do fio e (b) do cilindro. (Sugestão: Use o
resultado do Problema 24, Cap. 25.)
σ
∆V = − ∆z. I Usando o resultado do problema 25-24, pag. 58, en-
20
contramos para o campo elétrico entre o fio e o cilin-
Portanto considerando apenas o módulo de ∆z, encon-
dro a expressão E = λ/(2π0 r). Usando a Eq. 26-11,
tramos a resposta:
pag. 68, encontramos para a diferença de potencial entre
20 ∆V o fio e o cilindro a seguinte expressão:
∆z = = 8.85 mm. Z rf Z rc
σ λ
∆V = Vf − Vc = − Edr = dr
rc rf 2π 0r
P 26-11. λ r
c
= ln ,
2π0 rf
O campo elétrico dentro de uma esfera não-condutora de
raio R, com carga espalhada com uniformidade por todo onde rf e rc representam os raios do fio e do cilindro, re-
seu volume, está radialmente direcionado e tem módulo spectivamente. Desta equação obtemos facilmente que
dado por 2π0 ∆V
qr λ= ,
E= 3
. ln[rc /rf ]
4πε R
0
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Dentro da distribuição, usamos uma superfı́cie Gaus- Uma casca esférica espessa de carga Q e densidade
siana esférica de raio r concêntrica com a distribuição volumétrica de carga ρ, está limitada pelos raios r1 e
de cargas. O campo é normal à superfı́cie e sua magni- r2 , onde r2 > r1 . Com V = 0 no infinito, determine o
tude é uniforme sobre ela, de modo que o fluxo através potencial elétrico V em função da distância r ao centro
da superfı́cie é 4πr2 E. A carga dentro da Gaussiana é da distribuição, considerando as regiões (a) r > r2 , (b)
qr3 /R3 . r1 < r < r2 , (c) r < r1 . (d) Estas soluções concordam
Com isto, a lei de Gauss fornece-nos em r = r2 e r = r1 ? (Sugestão: Ver o exemplo 25-7.)
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Vs = Q/(4πε0 r2 ). Substituindo-se este valor na ex- Um campo elétrico de aproximadamente 100 V/m
pressão acima e simplificando-a, obtemos é freqüentemente observado próximo à superfı́cie da
Terra. Se este campo fosse realmente constante sobre
Q 1 3r22 r2 r13 a superfı́cie total, qual seria o valor do potencial elétrico
V = − − .
4πε0 r23 − r13 2 2 r num ponto sobre a superfı́cie? (Veja Exemplo 26-5;
suponha V = 0 no infinito.)
Como ρ = 3Q/[4π(r23 − r13 )], o potencial pode ser es-
crito de uma maneira mais simples e elegante como
I Usando o resultado do Exemplo 26-5, encontramos
ρ 3r22 r2 r3 para o potencial da esfera a seguinte expressão: V =
V = − − 1 . q/(4π0 r). Usando a Eq. 25-16, verificamos que o
3ε0 2 2 r
campo elétrico de uma esfera é dado por
(c) O campo elétrico anula-se na cavidade, de modo que
o potencial será sempre o mesmo em qualquer ponto
da cavidade, tendo o mesmo valor que o potencial de 1 q
E= .
um ponto qualquer sobre a superfı́cie interna da casca. 4π0 r2
Escolhendo-se r = r1 no resultado do item (b) e simpli-
ficando, encontramos Portanto, usando-se o valor para o raio médio da terra
r = 6.37 × 106 m, dado no Apêndice C, temos
Q 3(r22 − r12 )
V = ,
4πε0 2(r23 − r13 )
V = E r = 637 M V.
ou ainda, em termos da densidade de carga ρ,
ρ 2
V = (r − r12 ).
2ε0 2
(d) As soluções concordam para r = r1 e r = r2 .
P 26-26.
26.2.3 Potencial criado por uma carga puntiforme Uma gota esférica de água tem uma carga de 30 pC e
o potencial na sua superfı́cie é de 500 V. (a) Calcule o
raio da gota. (b) Se duas gotas iguais a esta, com mesma
E 26-19.
carga e o mesmo raio, se juntarem para constituir uma
Grande parte do material compreendido pelos anéis de única gota esférica, qual será o potencial na superfı́cie
Saturno (Fig. 26-27 na terceira edição do Halliday, desta nova gota?
ou Fig. 26-28 na quarta) tem a forma de minúsculas
partı́culas de poeira cujos raios são da ordem de 10−6 m. I (a) Usando a Eq. 26-12, temos V = q/(4π0 R) =
Estes pequenos grãos estão numa região que contém um 500 V, ou seja,
gás ionizado e diluı́do, e adquirem elétrons em excesso.
Se o potencial elétrico na superfı́cie de um grão for de q
−400 V, quantos elétrons em excesso foram adquiridos? R= = 0.539 mm.
4π V 0
I Usando o resultado do Exemplo 26-3, encontramos
para o potencial da esfera a seguinte expressão: (b) O raio r da nova gota esférica pode ser obtido da ex-
q pressão 4πr3 = 2(4πR3 ), ou seja, r = 21/3 R. A carga
V = . total sobre a nova gota é dada por 2q = 6 × 10−11 C.
4π0 R
Sendo n o número de elétrons em excesso, temos q = Supondo que haja0 uma distribuição uniforme, vemos
ne e, portanto, que o potencial V procurado é dado por
4π0 V R 2q 2q
n= = 2.78 × 105 elétrons. V0 = = = 794 V.
e 4π0 r 4π0 (21/3 R)
P 26-24.
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Kq
P 26-32. V1 = ,
r
Uma carga puntiforme q1 = 6e está fixa na origem de q −q
V2 = K +K
um sistema de coordenadas retangulares, e uma segunda r−d r+d
carga puntiforme q2 = −10e está fixa em x = 8.6 nm, r+d−r+d 2qd
= Kq 2 2
=K 2 ,
y = 0. O lugar geométrico de todos os pontos, no plano r −d r − d2
xy com V = 0, é um cı́rculo centrado sobre o eixo x,
como mostra a Fig. 26-31. Determine (a) a posição xc q 2qd
do centro do cı́rculo e (b) o raio R do cı́rculo. (c) A V = V1 + V2 = K + 2 .
r r − d2
seção transversal no plano xy da superfı́cie equipoten-
cial de 5 V também é um cı́rculo? Para r d temos, finalmente,
I (a) e (b) As equações que determinam xc e R são as q 2qd
seguintes, chamando de A o ponto em R + xc e de B o V =K + .
r r2
ponto em R − xc , onde o cı́rculo intersecta o eixo x:
q1 q2
4π0 VA = + = 0,
R + xc x2 − (R − xc )
q1 q2 E 26-34.
4π0 VB = + = 0.
R − xc x2 − (R + xc )
I Temos que, uma carga −5q está a uma distância 2d de
Resolvendo este sistema de equações para R e xc en-
P , uma carga −5q está a uma distância d de P , e duas
contramos
cargas +5q estão cada uma a uma distância d de P , de
q12 x2 (6e)2 (8.6) modo que o potencial elétrico em P é
xc = 2 2 = 2 2
= −4.8 nm,
q1 − q2 (6e) − (−10e)
q h 5 5 5 5i 5q
q 1 q 2 x2 (6e)(−10e)(8.6) V = − − + + =− .
R = = = 8.1 nm. 4πε0 2d d d d 8πε 0 d
q12 − q22 (6e)2 − (−10e)2
(c) Não. A única equipotencial que é um cı́rculo é O zero do potencial foi tomado como estando no in-
aquela para V = 0. finito.
P 26-33.
E 26-39.
Para a configuração de cargas da Fig. 26-32 abaixo,
mostre que V (r) para os pontos sobre o eixo vertical, I (a) Toda carga está a mesma distância R de C, de
supondo que r d é dado por modo que o potencial elétrico em C é
1 q 2d 1 h Q 6Q i 5Q
V = 1+ . V = − =− ,
4π0 r r 4πε0 R R 4πε0 R
(Sugestão: A configuração de cargas pode ser vista
como a soma de uma carga isolada e um dipolo.) onde o zero do potencial foi tomado no infinito.
√
(b) Toda a carga está a mesma distância R2 + z 2 de
P de modo que o potencial elétrico é
1 h Q 6Q i
V = √ −√
4πε0 R2 + z 2 R2 + z 2
5Q
= − √ .
4πε0 R2 + z 2
I V = V1 + V2 onde V1 = potencial da carga do centro
e V2 = potencial do dipolo.
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O potencial total em P é a soma dos potenciais de todos (b) Partindo deste resultado, obtenha uma expressão
anéis: correspondente para E, nos pontos axiais, e compare
Z R com o resultado do cálculo direto de E apresentado na
σ r dr σ p 2 R
V = √ = r + z2
seção 24-6 do Cap. 24.
2ε0 0 2
r +z 2 2ε0 0
σ hp 2 i I (a) Seja d` um elemento de linha do anel. A densi-
= 2
R +z −z .
2ε0 dade de carga linear do anel é λ = q/(2πR). O po-
tencial dV produzido por um elemento infinitesimal de
O potencial Vmq , devido a meio quadrante, em P é carga dq = λd` é dado por
V σ hp 2 i 1 dq
Vmq = = R + z2 − z . dV =
4 8ε0 4π0 r
1 (q/2πR)d`
= .
4π0 (R2 + z 2 )1/2
26.2.6 Cálculo do campo a partir do potencial O potencial no ponto P considerado é dado pela integral
Z Z
1 q d`
V = dV = .
E 26-45. 4π0 2πR (R2 + z 2 )1/2
Na seção 26-8, vimos que o potencial para um ponto Note que R e z permanecem constantes ao longo do
sobre o eixo central de um disco carregado era anel, fazendo com que a integral se reduza a
σ p 2
Z
1 (q/2πR)
V = R + z2 − z . V = d`.
20 4π0 (R2 + z 2 )1/2
Use a Eq. 26-34 e a simetria para mostrar que E para Como a integral de d` é igual a ` = 2πR, o compri-
um tal ponto é dado por mento do anel, obtemos
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Uf = 6.884 J.
E 26-56.
Determine uma expressão para o trabalho necessário
para colocarmos as quatro cargas reunidas como está in-
I (a) A distância r entre o ponto C e qualquer uma das
dicado na figura abaixo.
duas cargas é dada por
r
d 2 d 2 d
r= + =√ .
2 2 2
(b) Sabendo-se o potencial no ponto C fica fácil calcular I A energia total da configuração é a soma das energias
o trabalho para deslocar a carga q3 (= q) até tal ponto: correspondentes a cada par de cargas, a saber:
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1 h q1 q2 i mv 2 1 1 Qq
VA = + = 6.0 × 104 Volts. K= = .
4πε0 ` w 2 2 4π0 r
A variação da energia cinética entre as órbitas de raios
(b) Analogamente,
r1 e r2 é
1 h q1 q2 i
VB = + = −7.8 × 105 Volts. 1 Qq h 1 1i
4πε0 w ` K1 − K2 = − .
2 4π0 r1 r2
(c) Como a energia cinética é zero no inı́cio e no fim
da viagem, o trabalho feito pelo agente externo é igual
à variação da energia potencial do sistema. A energia P 26-64.
potencial é dada pelo produto da carga q3 e o potencial Uma partı́cula de carga q é mantida fixa num ponto P e
elétrico. Sendo UA a energia potencial quando q3 está uma segunda partı́cula de massa m com a mesma carga
em A e UB quando está em B, o trabalho feito para q está inicialmente em repouso a uma distância r1 de P .
mover-se q3 de B para A é A segunda partı́cula é, então, liberada, sendo repelida
pela primeira. Determine sua velocidade no instante em
W = UA − UB que ela se encontra a uma distância r2 de P . Dados:
= q3 (VA − VB ) q = 3.1 µC; m = 20 mg; r1 = 0.90 mm e r2 = 2.5
mm.
= (3.0 × 10−6 ) 6.0 × 104 + 7.8 × 105
I Pela lei da conservação da energia, temos:
= 2.5 J.
1 q2 1 q2 mv 2
(d) O trabalho feito pelo agente externo é positivo e, +0= + .
portanto, a energia do sistema de três cargas aumenta. 4π0 r1 4π0 r2 2
(e) e (f) A força eletrostática é conservativa. Portanto, o Donde se conclui que
trabalho é sempre o mesmo, independentemente da tra-
jetória percorrida. 2 q2 h 1 1i
v2 = − .
m 4π0 r1 r2
Substituindo os dados numéricos, obtemos a seguinte
P 26-61.
resposta:
Uma partı́cula de carga Q (positiva) é mantida num
ponto P fixo. Uma segunda partı́cula de massa m v = 2.48 × 103 m/s.
e carga (negativa) −q move-se com velocidade con-
stante, num cı́rculo de raio r1 , cujo centro é o ponto
P . Obtenha uma expressão para o trabalho W que deve P 26-65.
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Duas pequenas esferas de metal de massa m1 = 5 g e elétrons fixos e use o princı́pio de conservação da ener-
massa m2 = 10 g têm cargas positivas iguais, q = 5 gia.
µC. As esferas estão ligadas por uma corda de massa A energia potencial final é Uf = 2e2 /(4πε0 d), onde d
desprezı́vel e de comprimento d = 1 m, que é muito é a metade da distância entre os elétrons.
maior que o raio das esferas. (a) Calcule a energia po- A energia cinética inicial é Ki = mv 2 /2, onde v é a
tencial eletrostática do sistema. (b) Qual é a aceleração velocidade inicial e m a massa do elétron que se move.
de cada uma das esferas no instante em que cortamos o A nergia cinética final é zero.
fio? (c) Determine a velocidade de cada uma das esferas Portanto, Ki = Uf ou, isto é, mv 2 /2 = 2e2 /(4πεd), de
muito tempo depois do fio ter sido cortado. onde se obtém
I (a) A energia potencial inicial é dada por s
4e2
v= = 3.2 × 102 m/s.
1 q2 4πε0 md
Uinicial = = 0.225 J.
4π0 d
1 q2
F = = 0.22475 N. P 26-75.
4π0 d2
De acordo com a Terceira Lei de Newton, esta força é a Qual é a carga sobre uma esfera condutora de raio
mesma (em módulo) para as duas esferas. Portanto, as r = 0.15 m sabendo-se que seu potencial é 1500 V e
magnitudes das acelerações são dadas por que V = 0 no infinito?
P 26-70.
(b) Como d é muito maior que r, para calcular o po-
I Considere a energia potencial como sendo zero tencial de cada esfera podemos desprezar a influência
quando o elétron que se move estiver muito distante dos mútua entre as esferas. Portanto,
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Rr
I (a) Seja Q a carga total contida na camada esférica. Para integrar Vr − V2 = − r2 E·ds note que o campo
Para r > r2 é claro que o potencial V é dado pelo po- elétrico E é orientado para fora enquanto que o percurso
tencial de uma carga puntiforme, portanto, escolhido (de r2 até r) está orientado para dentro. Note
também que ds = −dr (porque quando s aumenta a
Q distância até o centro r diminui). Portanto, levando em
V = .
4π0 r conta a relação tirada da Eq. 8 e a acima citada, temos:
A carga total também pode ser expressa em função da
densidade de cargas ρ de seguinte modo: Z rh
ρ 3 3
i
Vr = Vr2 − 2
(r − r1 dr,
)
r2 30 r
Z
Q = ρdV = ρ × (volume da camada esférica) ρ h r2 r2 1 1 i
= Vr2 − − 2 + r13 − .
30 2 2 r r2
4
= ρ × π(r23 − r13 ).
3 Substituindo o resultado encontrado anteriormente para
Sobre a superfı́cie da camada esférica, o potencial V V2 na relação acima, encontramos a seguinte resposta
calculado acima fornece para o potencial Vr em função de r para a região entre
r1 e r2 :
Q ρ h 2 r13 i
V r2 = = r − . ρ h 3r22 r2 r3 i
4π0 r2 30 2 r2 Vr = − − 1 .
30 2 2 r
(b) Para determinar o potencial Vr na região entre r1 e
r2 , é conveniente utilizar a Eq. 26-8, Caso você deseje obter Vr em termos da carga total Q
Z f da camada esférica, basta substituir ρ por Q usando a
V −V =− E · ds. relação encontrada entre estas grandezas no item (a).
f i
i
(c) Em todos os pontos da cavidade, como não existe
Considere um caminho retilı́neo ligado a um ponto da nenhuma carga nesta região e levando em conta a sime-
superfı́cie a um ponto situado a uma distância r do cen- tria esférica, concluimos que o potencial é constante e
tro da esfera. Logo, integrando a Eq. 26-8 entre estes igual ao potencial na superfı́cie esférica de raio r1 . Em
limites, encontramos: outras palavras, concluimos que todo o volume delim-
Z r itado pela superfı́cie esférica de raio r1 é um volume
Vr − Vr2 = − E·ds. eqüipotencial. Este potencial comum é igual ao poten-
r2 cial na superfı́cie esférica de raio r1 , ou seja, fazendo
Para determinar o campo elétrico entre r1 e r2 é conve- r = r1 na relação encontrada para Vr encontramos a
niente utilizar a Lei de Gauss. Construa uma superfı́cie resposta:
gaussiana esférica de raio igual a r. De acordo com a
figura indicada na solução deste problema, vemos que ρ h 2 i
V r1 = r2 − r12
existe uma carga total Q1 no interior desta superfı́cie 20
gaussiana esférica. Portanto, aplicando a Lei de Gauss,
Caso você deseje obter V1 em termos da carga total Q
podemos escrever a seguinte relação:
da camada esférica, basta usar a relação para ela, encon-
Q 1 ρ trada no item (a).
E(4πr2 ) = = × Vcamada ,
0 0
(d) Faça r = r2 na expressão para Vr , item (b), e você
onde Vcamada representa o volume da camada esférica que encontrará o potencial na superfı́cie esférica de raio r2 ,
contém a carga Q1 . ou seja, você encontrará o potencial na superfı́cie ex-
Portanto, podemos escrever a seguinte relação para o terna da camada esférica pela relação V2 [item (a)]. Faça
módulo do campo elétrico: r = r1 na expressão para Vr e você encontrará o po-
ρ tencial na superfı́cie esférica de raio r1 , ou seja, você
E= 2
(r3 − r13 ). encontrará o resultado V1 (item (c)).
30 r
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