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UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ

DAGMAR DE CARVALHO LIMA


FELIPE FREITAS
JOSILAINE VIEIRA PEREIRA
MAIKON DULÇO MARQUES

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDICIPLINAR


Ipatinga - MG
2021
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................2
2 DESENVOLVIMENTO................................................................................3
2.1 SITUAÇÃO PROBLEMA 1 – GESTANTE...................................................3
2.1.1 Qual o diagnóstico nutricional de Yara?......................................................3
2.1.2 Quantos quilos ela poderá ganhar até o final da gestação?.......................4
2.1.3 Qual a classificação através da circunferência do braço e da prega
cutânea tricipital?..........................................................................................................4
2.1.4 Calcule as necessidades energéticas pelo Institute of Medicine (IOM,
2005), considerando que ela realiza atividades diárias comuns..................................5
2.1.5 Quais as orientações nutricionais a serem propostas para Yara
considerando todo o quadro clínico? Justifique sua resposta.....................................7
2.2 SITUAÇÃO PROBLEMA 2 – IDOSO........................................................10
2.2.1 Quais as orientações nutricionais devem ser realizadas de acordo com os
exames bioquímicos?.................................................................................................12
2.2.2 Hemoglobina, Ferritina e Ferro Sérico......................................................13
2.2.3 Colesterol Total, LDL-c e HDL-c...............................................................13
2.2.4 Triglicerídeos.............................................................................................14
2.3 EDUCACAO NUTRICIONAL – GESTANTES...........................................15
2.3.1 Quais questões imprescindíveis você deverá considerar para o
planejamento do grupo educativo?............................................................................16
2.3.2 Como realizar o aconselhamento nutricional?..........................................16
3 CONCLUSÃO............................................................................................18
REFERÊNCIAS.........................................................................................19
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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho realizou um estudo com base na situação geradora de


aprendizagem (SGA), onde Yara, gestante é atendida na Unidade Básica de Saúde
(UBS) e Sr. Antônio, idoso, está internado. Ambos receberão avaliação do
profissional nutricionista e deverão receber orientação nutricional na gestação e no
envelhecimento.
Pensando no consumo de uma alimentação saudável e também na realidade
social e financeira dos pacientes, torna-se necessário uma orientação nutricional
passível de aplicabilidade, dentro do estágio de vida dos pacientes – gestação e
idoso.
Diante da situação problema, nosso trabalho foi direcionado a realizar o
diagnóstico nutricional dos pacientes – Yara e Sr. Antônio e apresentar a orientação
nutricional.
Frente a esse contexto segue o desenvolvimento deste estudo de acordo com
os questionamentos apresentados na SGA.
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2 DESENVOLVIMENTO

No contexto da SGA, estudamos a paciente Yara, que vive em condições


precárias, sem acesso à água tratada e sistemas de esgotamento sanitário, na área
de abrangência da Unidade Básica de Saúde (UBS). Ela e o marido estão
desempregados e moram no mesmo quintal que Antônio, pai de Yara, que é viúvo,
aposentado e está com problemas de saúde. A única renda é da aposentadoria dele
e os vizinhos contribuem com cesta básica.
A triagem nutricional é o procedimento que busca identificar indivíduos
desnutridos ou em risco de desnutrição, com o propósito de verificar se uma
avaliação nutricional adicional, mais detalhada, é necessária. A triagem nutricional
identifica fatores que, se presentes, colocam o paciente em risco de desnutrição e
de apresentar complicações relacionadas a ela.

2.1  SITUAÇÃO PROBLEMA 1 – GESTANTE

 Em sua última consulta de pré-natal na UBS, Yara foi diagnosticada com
diabetes gestacional e síndrome hipertensiva, com proteinúria e não tem se
alimentado adequadamente. O ginecologista solicitou atendimento nutricional
urgente. Yara, 37 anos, está com 13 semanas de gestação, é tabagista há 8 anos,
relata constipação intestinal e ingestão diária de 2 copos de água. O peso relatado
no início da gestação foi de 60 kg, com ganho de 8kg até o momento da avaliação.

2.1.1 Qual o diagnóstico nutricional de Yara?

Após o estudo nutricional de Yara, utilizando cálculos de CB e PCT, em


observância paralela com a CURVA de Atalah (representada abaixo), apontamos
que o diagnóstico é sobrepeso.
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Imagem 1 — Gráfica para monitoramento da evolução ponderal em gestantes

Fonte: https://abeso.org.br/wp-content/uploads/2019/12/5521b01341a2c.pdf

2.1.2 Quantos quilos ela poderá ganhar até o final da gestação?

Yara poderá ganhar em média de 11 a 16kg, no entanto ela já ganhou 8kg, só


no 1° trimestre. Desta forma no 2° e 3° trimestre ela poderá ganhar de 3 a 8kg, o
equivalente a um ganho de peso semanal de no máximo 300gr.

2.1.3 Qual a classificação através da circunferência do braço e da prega cutânea


tricipital?
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De acordo com os cálculos de Circunferência de Braço (CB) e Prega Cutânea


Tricipital (PCT) a classificação é obesidade, conforme a tabela 1.12 - classificação
do EN (Estado Nutricional), na página 54 do livro de Avaliação Nutricional.

2.1.4 Calcule as necessidades energéticas pelo Institute of Medicine (IOM, 2005),


considerando que ela realiza atividades diárias comuns.

Formula utilizada EER:


354-(6,91xI) +PA x(9,6xp [kg]) +726xEstatura(m) + Adicional de energia
+Energia para depósito
I = IDADE
PA = COEFICIENTE DE ATIVIDADE FÍSICA
P = PESO
CALCULANDO
354-(6,91x37) +1,00x(9,6x60) +726x1,56 = 1.806.89 +160+180 = 2.146,89
Yara poderá consumir diariamente 2.146,89 kcal/dia, distribuídos da seguinte
maneira:

Tabela 1 — Consumo de Macronutrientes

Macronutrientes Porcentagem  Kcal


Carboidratos  60%  1.284 
Lipídeos  25%  535
Proteínas 15%   321
Fonte: Os autores (Josilaine Vieira e Dagmar de Carvalho)

Tabela 2 — Consumo de Macronutrientes

Macronutrientes Gramas
Carboidratos  321
Lipídeos 59
Proteínas 80 
Fonte: Os autores (Josilaine Vieira e Dagmar de Carvalho)
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Quais as orientações nutricionais a serem propostas para Yara considerando


todo o quadro clínico? Justifique sua resposta.
A orientação ou aconselhamento nutricional é o processo pelo qual os
pacientes são auxiliados a selecionar e implementar comportamentos desejáveis de
nutrição e estilo de vida.
A gestação é uma fase extremamente importante e que necessita de
cuidados especiais. Dietas restritas não são recomendas para mulheres que já
iniciam a gestação com sobrepeso ou obesidade. Neste caso, é feita uma
adequação das calorias.
Na assistência Pré-natal da paciente Yara, ponderamos a seguinte realidade:
• Diabetes Gestacional
• Síndrome Hipertensiva, induzida pela gravidez, com proteinúria.
• Fumante há 08 anos
• Constipação intestinal
• Ingestão diária de 02 copos de água.
Diante do exposto, propomos as seguintes orientações, com base no
recordatório 24 horas da paciente:
• Faça pelo menos três refeições (café da manhã, almoço e jantar) e dois
lanches saudáveis por dia, evitando ficar mais de três horas sem comer.
Entre as refeições, beba água, pelo menos 2 litros. Beber água entre as
refeições é importante para o organismo, pois melhora o funcionamento do intestino
e hidrata o corpo.
Fazendo todas as refeições, você evita que o estômago fique vazio por muito
tempo, diminuindo o risco de sentir náuseas, vômitos, fraquezas ou desmaios. Além
disso, contribui para que você não sinta muita fome e exagere na próxima refeição.
Bebidas açucaradas, como refrigerantes e sucos industrializados, e bebidas
com cafeína, como café, chá preto e chá mate, não substituem a água. Além disso,
essas bebidas dificultam o aproveitamento de alguns nutrientes e precisam ser
evitadas durante a gestação.

• Inclua diariamente nas refeições alimentos do grupo de cereais (arroz, milho,


pães e alimentos feitos com farinha de trigo e milho), tubérculos, como as batatas, e
raízes, como a mandioca – também conhecida como macaxeira, aipim.
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Dê preferência aos alimentos na sua forma mais natural, pois são boas fontes
de fibras, vitaminas e minerais.
Esses alimentos são a fonte de energia mais importante da nossa
alimentação e devem estar em maior quantidade nas refeições.
• Procure consumir diariamente pelo menos três porções de legumes e
verduras como parte das refeições e três porções ou mais de frutas nas sobremesas
e lanches.
Frutas, legumes e verduras são boas fontes de vitaminas, minerais e fibras.
Esses alimentos devem estar presentes em todas as refeições e lanches do dia,
porque são essenciais para a formação saudável do feto, além de proteger a saúde
materna.
Monte um prato colorido. Varie o tipo de frutas, legumes e verduras
consumidos durante a semana. Consuma hortaliças verde-escuras se possível.
Dê preferência a frutas, verduras e legumes crus, assim você obtém mais
fibras na sua alimentação.
• Não se esqueça do feijão com arroz. Esse prato brasileiro é uma
combinação completa de proteínas e excelente para a saúde.
Consuma uma parte de feijão para duas partes de arroz cozido.
O feijão não deve ser preparadas com carnes gordas e salgadas ou
embutidos, pois isso eleva muito a quantidade de gorduras e sal. Para aproveitar
melhor o ferro consuma junto a eles frutas ricas em vitamina C, como: acerola,
laranja, caju, limão, goiaba e outros.
• Leite e derivados são as principais fontes de cálcio na alimentação. Esse
nutriente é necessário para o crescimento e desenvolvimento dos ossos e dentes.
Evite acrescentar café ou achocolatado ao leite, pois esses alimentos também
reduzem o aproveitamento do cálcio do leite.
Consuma mais peixe, frango e sempre prefira as carnes magras, retirando a
pele e a gordura visível.
• Reduza o consumo de alimentos gordurosos, como carnes com gordura
visível, embutidos (salsicha, linguiça, salame, presunto, mortadela), queijos
amarelos, salgadinhos, chocolates e sorvetes para, no máximo, uma vez por
semana.
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O consumo excessivo desses alimentos está associado ao surgimento de


obesidade, pressão alta e outras doenças do coração.
Para cozinhar, use óleos vegetais (canola, girassol, milho ou algodão) ao
invés de margarina ou manteiga. Além disso, no lugar das frituras, prefira
preparações assadas, cozidas, ensopadas e grelhadas.
Dê preferência ao azeite de oliva para temperar saladas, sem exagerar na
quantidade.
• Evite refrigerantes e sucos industrializados, biscoitos recheados e outras
guloseimas no seu dia-a-dia.
O consumo frequente e em grande quantidade de sobremesas aumenta o
risco de complicações na gestação, como excesso de peso, obesidade, diabetes
gestacional e pressão alta, que prejudicam o adequado crescimento do feto.
• O consumo excessivo de sódio (presente no sal de cozinha) aumenta o risco
de pressão alta, doenças do coração e rins, além de causar ou agravar o inchaço
comum na gravidez.
Evite conservas de vegetais, sopas prontas, molhos e temperos prontos.
• Evite o fumo e o consumo de álcool, pois prejudicam a sua saúde, o
crescimento do feto e aumentam o risco de nascimento prematuro.
• Pratique, seguindo orientação de um profissional de saúde, alguma atividade
física. A alimentação saudável, a atividade física e a prática corporal regular são
aliadas fundamentais no controle do peso, redução do risco de doenças e melhoria
da qualidade de vida. Torne o seu dia-a-dia mais ativo sempre com a orientação do
profissional da saúde.
Orientamos ainda as seguintes substituições, levando em consideração a
situação econômico-financeira de Yara:
- Leite integral - Leite desnatado ou semidesnatado.
- Nescau - se possível usar cacau em pó alcalinizado.
- Mortadela - não utilizar nenhum tipo de embutido.
- Suco em pó - substituir por suco natural ou água.
- Macarrão instantâneo (Miojo) - usar macarrão convencional.
- Ovo frito - substituir por omelete, ovo cozido ou mexido.
- Refrigerante - excluir da alimentação. Substituir por suco natural ou água.
- Bolacha recheada – biscoito de sal (tipo cracker) com manteiga.
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2.2  SITUAÇÃO PROBLEMA 2 – IDOSO

Sr. Antônio, 76 anos, é hipertenso e diabético, nos últimos dias tem


apresentado intolerância aos alimentos, dores no corpo, dor abdominal, olhos e
peles amarelos, urina escura, fezes amarelada, náuseas e vômitos. Há dois dias não
se alimenta adequadamente, consegue deambular mas com dificuldade, precisando
ser hospitalizado devido ao quadro, mas não é considerado um paciente gravemente
doente, a gravidade da doença é considerada leve. Foi diagnosticado com hepatite
A.

Tabela 3 — DADOS ANTROPOMÉTRICOS

DADOS ANTROPOMÉTRCOS VALOR  CLASSIFICAÇÃO 


Peso habitual (kg)  70,0kg Paciente apresentava quadro de subnutrido ou
abaixo do peso.
Peso atual (kg)  60,08kg Porcentagem de perda de peso de 16,51%. 
Altura (m)  1,81m  
IMC atual  18,33 Subnutrido ou abaixo do peso.
Circunferência do braço  28cm Apresenta quadro de desnutrição leve, com base no
percentil.
Circunferência da panturrilha  35,5cm Considerada adequada.
Prega cutânea subescapular  14mm  
Altura do joelho  46cm  
Fonte: Situação Geradora de Aprendizagem (SGA)

Tabela 4 — PARÂMETROS LABORATORIAIS

PARÂMETROS LABORATORIAIS   VALOR


Hemoglobina 9,0g/dL
Ferritina 9,0g/L
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Ferro Sérico 25ug/dL


Colesterol Total 250mg/dL
Triglicerídeos  200mg/dL
LDl-c 180mg/dL
HDL-c 20mg/dL
Fonte: Situação Geradora de Aprendizagem (SGA)

A NRS-2002 é um instrumento de triagem nutricional para adultos e idosos no


âmbito hospitalar, para detectar a desnutrição ou o risco de desenvolvê-la durante a
internação hospitalar, classificando os pacientes segundo a deterioração do estado
nutricional e a gravidade da doença, ajustado à idade, quando superior a 70 anos.
Ao final, sugere a indicação de intervenção de nutrição para os pacientes
desnutridos.
De acordo com a NRS-2002 o paciente encontra-se em Risco Nutricional,
visto que maior ou igual a 3 o paciente necessita ser iniciado em um plano
nutricional.  
Com base nos dados informados do paciente, foi calculado a Estimativa de
Peso (EP) baseando-se na Circunferência de Braço (CB), Circunferência de
Panturrilha (CP), Altura do Joelho (AJ) e na Prega Cutânea Subescapular
(PCSE). Com esses dados e usando a equação, chegamos ao peso estimado de
60,08kg como informado na equação abaixo:

[(0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x PCSE) - 81,69]


[(0,98 x 35,5) + (1,16 x 46) + (1,73 x 28) + (0,37 x 14) - 81,69]
[ 34,79 + 53,36 + 48,44 + 5,18 - 81,69]
Estimativa de Peso: 60,08kG
Foram calculados o Índice de Massa Corporal (IMC) do paciente utilizando o
peso habitual (kg),  peso atual (kg) e o cálculo do Peso Ideal (PI), sendo o IMC
desejado (homens): (22 kg/m²) e IMC desejado (mulheres): (21 kg/m²), para que se
pudesse ter uma base da porcentagem de peso perdido e obter uma classificação
mais precisa das condições de saúde do paciente, que resultou em abaixo do peso. 
O IMC quando se apresenta com valores superiores às faixas da normalidade
representa um aumento no risco de doenças cardiovasculares, câncer e diabetes,
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enquanto um valor inferior à estas faixas associa-se positivamente com doenças


infecciosas e desnutrição.

IMC Habitual = peso/ (altura x altura)


IMC Habitual = 70/ (1,81 x 1,81)
IMC Habitual = 70/ (3,2761)
IMC Habitual = 21,31kg/m²

IMC Atual= peso/ (altura x altura)


IMC Atual = 60,08/ (1,81 x 1,81)
IMC Atual = 60,08/ (3,2761)

IMC Atual = 18,33kg/m²

PI = IMC desejado x (Altura x Altura)


PI = 22 x (1,81 x 1,81)
PI = 22 x 3,2761
PI = 72,0742 kg

2.2.1 Quais as orientações nutricionais devem ser realizadas de acordo com os


exames bioquímicos?

Diversos exames bioquímicos são os marcadores mais objetivos do estado


nutricional, utilizados para detectar deficiências subclínicas e para confirmação
diagnóstica, com a vantagem de possibilitar seguimento de intervenções nutricionais
ao longo do tempo.
Com base nos exames bioquímicos, o paciente Antônio se encontra com
níveis acima dos valores de referência recomendados, o que poderia ocasionar
problemas de saúde mais sérios devido ao seu estado atual. 
Os exames bioquímicos utilizados neste caso, foram base para que se
pudesse formar uma orientação nutricional mais precisa, visto que o paciente
encontra-se acamado e sem muita mobilidade.
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2.2.2 Hemoglobina, Ferritina e Ferro Sérico

O resultado do seu exame está abaixo do valor mínimo recomendado que é:


13. O intervalo de referência normal é entre 13 e 18.
Esse tipo de anemia é caracterizado pelos baixos níveis de ferro no sangue,
havendo não só a diminuição do número de hemácias, mas também de
hemoglobina. Nesses casos, a pessoa pode sentir cansaço frequente, fadiga,
vertigem, sensação de desmaio, queda de cabelo, unhas fracas e quebradiças e
falta de apetite, por exemplo.
Após o diagnóstico, pode ser recomendada alteração na alimentação, de
modo a incluir mais alimentos ricos em ferro, ou até mesmo suplementação como
complemento.

2.2.3 Colesterol Total, LDL-c e HDL-c

O colesterol alto não provoca sintomas. Cansaço, dor de cabeça, falta de ar,
dor no peito, palpitações podem indicar doenças cardiovasculares que tem grande
correlação com altos níveis de colesterol.
O colesterol alto pode estar ligado a alguns fatores, são eles:
- Alimentação; 
- Genética; 
- Falta de exercícios físicos;
- Excesso de bebidas alcoólicas.
O colesterol HDL também conhecido como colesterol bom, é uma lipoproteína
de alta densidade que retira uma porcentagem do colesterol das artérias otimizando
o fluxo sanguíneo, e ajudando a evitar o infarto e o AVC. Sua produção é estimulada
pela atividade física e também a utilização de “gorduras boas”, como oleaginosas,
ômega-3 entre outras.
O colesterol LDL também conhecido como colesterol ruim, é uma lipoproteína
de baixa densidade que pode se acumular nas artérias dificultando o fluxo de
sangue para os órgãos, podendo causar infarto e AVC.
O colesterol tem uma ligação direta com a nossa alimentação. Uma dieta
adequada, rica em fibras, permite reduzir os níveis de colesterol ruim no nosso
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organismo. A atividade física também contribui para a redução do LDL e dos


triglicérides, além de elevar o HDL. A seguir, saiba um pouco do que pode ser feito
para diminuir o LDL:
- Ingerir alimentos cozidos, assados ou grelhados;
- Substituir o açúcar por adoçantes naturais;
- Comer carboidratos, preferencialmente integrais, em quantidades
adequadas;
- Comer cereais integrais;
- Comer legumes, verduras e frutas.
O colesterol tem sua produção feita no fígado e também vêm da alimentação.
A seguir saiba o que você pode fazer para manter o colesterol em níveis saudáveis:
- Não comer alimentos gordurosos em excesso;
- Não consumir bebida alcoólica;
- Fazer exercícios físicos regularmente;
- Evitar alimentos com alto teor de açúcar.
Sexo (mulheres podem ter o nível de LDL alto após o início da menopausa).
Reduzir consumo de gorduras de origem animal.

2.2.4 Triglicerídeos

Triglicerídeos são as principais gorduras do nosso organismo e a reserva de


energia do nosso corpo. Esse exame faz parte do perfil lipídico, também composto
por colesterol total e suas frações HDL, LDL e VLDL.
Todos nós possuímos triglicerídeos e isso é normal. Devemos nos atentar
quando se encontra acima do valor de referência de 150ml/dL em jejum, pois está
atrelado à formação das placas de gordura nos vasos do coração, podendo
acarretar diversas doenças cardiovasculares, como por exemplo o infarto.
Quando o nível no sangue está alto, aumentam as chances de o paciente
desencadear doenças como: aterosclerose (placas de gordura nos vasos
sanguíneos), esteatose hepática (gordura no fígado), pancreatite (inflamação do
pâncreas) e até mesmo acidente vascular cerebral (AVC).
O nível de Triglicerídeos alto pode se manifestar através da produção do
nosso próprio organismo ou por conta da nossa alimentação.
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Na alimentação, eles estão presentes nos alimentos ricos em carboidratos e


gorduras saturadas, como: farinha branca, açúcar, refrigerantes, leite integral,
queijos amarelos, carne vermelha entre outros.
A falta dos exercícios físicos também é um dos fatores, pois os triglicerídeos
são a reserva de energia do corpo humano que, quando não utilizada, pode
acarretar no desenvolvimento de complicações, como por exemplo, o
armazenamento no tecido adiposo em forma de gordura.
Além disso, a genética também é um fator a se atentar, pois mesmo o
indivíduo mantendo a alimentação saudável e realizando exercícios físicos, o nível
de triglicerídeos pode permanecer alto. Isso é conhecido como hipertrigliceridemia
familiar.

2.3 EDUCAÇÃO NUTRICIONAL – GESTANTES

Supondo que iniciaremos um grupo de educação nutricional na UBS com as


gestantes que apresentam várias dúvidas relacionadas à alimentação, desde o
primeiro trimestre até o fim da gestação, incluindo sintomas comuns e ganho de
peso em excesso, analisaremos:

2.3.1 Quais questões imprescindíveis você deverá considerar para o planejamento


do grupo educativo?

• Definir a quantidade máxima de gestante por grupo;


• Local adequado, mínimo de conforto possível (ventilação, cadeiras,
banheiro e água);
• As reuniões devem acontecer em roda de conversa, para incentivar a
participação de todas;
• Realizar as reuniões de forma dinâmica (exemplos de pratos, jogos e
etc...);
• Estabelecer vínculo com cada uma do grupo;
• Motiva-las a participar das reuniões.

2.3.2 Como realizar o aconselhamento nutricional?


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Aconselhando sobre alimentação saudável (enfoque na prevenção dos


distúrbios nutricionais e das doenças associadas à alimentação e nutrição como
baixo peso, sobrepeso, obesidade, hipertensão e diabetes; e suplementação de
ferro, ácido fólico e vitamina A);
Abordar assuntos sobre a prática de atividade física na gestação, de acordo
com os princípios fisiológicos específicos para cada gestantes.
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3 CONCLUSÃO

Sob a óptica do campo da Nutrição, preconiza-se a adoção de ações de


promoção de práticas alimentares saudáveis em todas as fases do ciclo de vida e
respostas às principais demandas assistenciais quanto aos distúrbios alimentares,
deficiências nutricionais e desnutrição, bem como os planos terapêuticos,
especialmente nas doenças e agravos não transmissíveis (Brasil, 2008).
Após a elaboração deste trabalho, adquirimos grandes conhecimentos sobre
as propriedades funcionais dos alimentos.
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REFERÊNCIAS

ACUÑA, Kátia; CRUZ, Thomaz. Avaliação do estado nutricional de adultos e


idosos e situação nutricional da população brasileira. Arq Bras Endocrinol
Metab. São Paulo, 2004. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?
pid=S0004-27302004000300004&script=sci_arttext. Acesso em: 13 abr. 2021.

AVANTE NESTLÉ HEALTH SCIENCE. Disponível em:


https://www.avantenestle.com.br/servicos/calculadoras. Acesso em: 24 mar. 2021.

BEGHETTO,  Mariur Gomes. Triagem nutricional em adultos hospitalizados.


Revista Nutrição. Campinas, 2008. Disponível em:
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732008000500011.
Acesso em: 13 abr. 2021.

BRASIL TELEMEDICINA - INTERAÇÃO DIAGNÓSTICA ONLINE. Avaliação do


Estado Nutricional de Idosos. Brasil telemedicina. Campinas, 2015. Disponível
em: https://brasiltelemedicina.com.br/artigo/avaliacao-estado-nutricional-de-idosos/.
Acesso em: 13 abr. 2021.

EXAME IMAGEM E LABORATÓRIO . Triglicerídeos altos: entenda o que é e


como evitar. Laboratório Exame. Brasília, 2020. Disponível em:
https://laboratorioexame.com.br/saude/triglicerideos-alto. Acesso em: 13 abr. 2021.

EXAME IMAGEM E LABORATÓRIO. Colesterol Alto: sintomas que indicam que


algo não está certo. Laboratório exame. Brasília, 2020. Disponível em:
https://laboratorioexame.com.br/saude/colesterol-alto. Acesso em: 13 abr. 2021.

GUMBREVICIUS, Iara. In: GUMBREVICIUS, Iara. Avaliação Nutricional: Medidas


Antropométricas. 2. ed. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A, v. 1,
2018. 224 p. cap. Unidade 01, p. 26-47.

MICHELLE Thiemi: Miwa. In: MIWA, Michelle Thiemi. Nutrição e dietoterapia


obstétrica e pediátrica. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A, 2018.
208 p. cap. Unidade 2, p. 53-83. Disponível em: https://docero.com.br/doc/nn155ne.
Acesso em: 13 abr. 2021.

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