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Cálculo Diferencial
y f (x )
Definição da derivada: A derivada da função em relação a x é o limite para o qual tende a razão
do crescimento da função e o crescimento da variável independente quando este tende para zero.
dy
x f ( x)
, ,
Notações empregues:
y
dx
y f (x ) x é x x na variável dependente
Dada a função , o acréscimo da variável independente
y f (x ) y y f ( x x )
teremos e .
y y y f ( x x ) f ( x )
Pode-se calcular o acréscimo da função :
y f ( x x) f ( x)
Forma-se o quociente do acréscimo da função e da variável independente: x x
f ( x x ) f ( x ) y
x 0 : f ( x ) lim lim
,
esta chama-se
Calcule-se limite da fracção quando x x
derivada de y=f (x) em relação a x
y x 2 (1) num ponto qualquer x (2) bo ponto x=2
Exemplo 1: Calcule a derivada de
Resolução:
y y 2 x x ( x ) 2
1. y ( x x) 2 x 2 2 xx (x) 2 Forma-se o quociente : 2 x x
x x x
y
x 0 lim lim(2 x x) 2 x assim y , 2 x
Passando ao limite quando teremos x
y x3 2.3 6
,
2. Para x=3
Funções deriváveis
y f ( x 0 x ) f ( x 0 )
lim lim quando x 0 existe dir-se-á que a função é
Definição: Se o x x
derivável para x x0 .
Teorema: Se a função y f (x ) é derivável no ponto x x0 , ela é contínua neste ponto.
y y
f ( x) sendo que é uma grandeza que tende
, ,
Se lim f ( x) quando x 0 então
x x
para zero quando x 0
Nota: Nos pontos de descontinuidade uma função não pode ter derivada
y
Logo o limite quando x 0 y , lim 0
x
Teorema 3: A derivada da soma de um número finito de funções deriváveis é igual à soma das derivadas
destas funções.
y u ( x ) v ( x ) w( x ) y , u , ( x ) v , ( x ) w , ( x )
Por exemplo ,
Demonstração
y y u u (v v ) ( w w), y , u , v, w
São acréscimos de y, u, v, w,
y u v w
y u v w x 0
e x x x x e quando
y u v w
y , lim lim lim lim y , u , ( x) v , ( x) w, ( x)
x x x x ou
Teorema 4: A derivada do produto de duas funções deriváveis é igual ao produto da derivada da primeira
função pela segunda mais o produto da primeira função pela derivada da segunda, i.e. se
y uv então
y , u , v uv ,
Demonstração
Demonstração
u u u u u v u u v
y y y
v v , v v v v v v ,
v u u v u v
v
u
y x
x x
x v v v v v v
v u u v u v
v lim u lim
y x x x
x 0 lim lim
A derivada será o limite desta razão quando : x v v v v lim v v o
u , v uv ,
y,
que se resume em v2
Exemplos:
y senu u x 2 yu cos u.u , u , 2 x y 2 x cos( x 2 )
, ,
1.Achar a derivada da função , então x
x2 a2 x2 a
2
2
0
pois, resulta em
x 2 (a 2 x 2 ) a 2 0
. Da igualdade (2) foi possível
Tomemos a igualdade (2) e derivemo-la assumindo que y é função de x e seguimos a regra da derivação
x
2 x 2 yy , x 0 y,x
composta: o que é igual a y . Caso tivéssemos usado a expressão explícita
x
y a 2 x 2 a derivada seria y y a2 x2
,
o mesmo resultado assumido que
a x
2 2
2x
y6 y x2 0 6 y5 y, x y, x 2x 0 yx
,
Derive-se a implícita em relação a x: donde 6 y5 1
1 x2
Nota:Antes da raiz toma-se o sinal + porque a
função
y arcsenx toma seus valores sobre o
segmento y por consequência cos y 0
2 2
Exemplo 1. y arcsen (e x )
1 ex
y,x .(e x ) ,
1 (e x ) 2 (1 e 2 x )
2
1
Exemplo 2 y arcsen
x
,
1 1 1 1 1
y 2 arcsen
,
2 arcsen
x 1 x x x x2 1
1 2
x
2. A função
y arccos x
x arccos y ,esta função está definida no intervalo y . A função x cos y é
decrescente sobre o segmento 0 y e tem uma inversa assim designada y arccos x e
esta função definida sobre o segmento 1 x 1 e os valores desta função preenchem o
intervalo y 0
1
Teorema 2: A derivada da função y arccos x é isto é se y arccos x , então
1 x2
1
y,
1 x2
Demonstração: Em virtude de x cos y tem-se: x , y seny
1 x2
Exemplo: y arccos(tgx )
1 1 1
y, (tgx ) ,
1 tg 2 x 1 tg 2 x cos 2 x
3. A função y arctgx ,
Seja a função x tgy definida para todo o y menos para os valores tais que
y 2k 1 k 0,1,2.... . x tgy crescente no intervalo y e neste intervalo
2 2 2
admite uma função inversa designada por y arctgx
1 1 1
cos 2 y , como tgy x obtém-se y ,
sec y2
1 tg y
2
1 x2
4. A função y arcctgx ,
Seja a função x ctgy definida para to o y excepto y k ( k 0,1,2,...) .No intervalo
0 y a função x ctgy é decrescente e tem a sua inversa y arcctgx . Esta função é
definida no intervalo x e os seus valores pertencem ao intervalo y 0 .
1 1
Teorema: A derivada da função arcctgx é , isto é se y arcctgx então y ,
1 x 2
1 x2
1
Demonstração: Deduz-se de x ctgy : x y
,
por consequência
sen 2 y
1 1 1
y , x sen 2 y e é sabido que ctgy x então y ,
2
cos ec y 1 ctg y 2
1 x2
1 , t y ,t
colocada na igualdade (2) y x y t t x t (t ) x
, , , , ,
y
, t t , t x ,t
x a cost
Exemplo: A função de y de x é dada pelas equações paramétricas 0 t . Calcular dy
y asen t dx
t
: 1) para t arbitrário, 2) para 4
Resolução
asent , a cos t
y,x ctgt
1) a cos t , asent
2)
y
,
x t ctg 1
4 4
Função hiperbólica
1 x
As combinações da funções exponenciais como 2
e ex e
1 x
e e x originam novas funções
2
ex ex
senhx
2
designadas de hiperbólicas: x . A primeira função denomina-se seno hiperbólico e a
cosh x e e
x
2
segunda cosseno hiperbólico. Também define-se tangente e cotangente hiperbólico, resultante das
relações seno e cosseno hiperbólicos
senhx e x e x
tghx
cosh x e x e x
x
ctghx cosh x e e
x
senhx e x e x
Identidades análogas as verificadas nas funções trigonométricas:
cosh 2 x senh 2 x 1
cosh a b cosh a cosh b senh ( a ) senh (b)
senha b senh ( a ) cosh b cosh asenh(b)
Demonstração
Caso f seja uma função constante em [a, b], então para todo o c de [a, b] f´(c)=0.
Caso f seja uma função contínua e não constante sobre [a, b] então ela admite um máximo ou um mínimo
diferente de f(a) e de f(b). O valor é atingido para x=c logo f´(c)=0.
f ( x) x 2 3 x 2 sobre o segmento 1, 2
Exemplo
Resolução
1. f(x) é contínua e derivável sobre o segmento considerado.
2. f(1)=f(2)=0
1,2 1 2
3 3 3
f´(x) = 2x - 3 f´(c) = 2c - 3 = 0 c
3. 2 . Claramente 2 2
Se a função f(x) é contínua sobre o segmento [a, b], derivável em qualquer ponto interior deste segmento,
acb
existe, então, pelo menos um ponto c, tal que
f (b) f (a )
f (b) f (a ) f , (c)(b a ) f , (c)
ba
Observando a figura acima nota-se que a equação da secante que passa pelos pontos A e B é
f (b ) f ( a )
y
ba x a f (a)
Seja g(x) função dada pela diferença entre as funções f(x) e y tal
f (b ) f ( a )
g ( x) f ( x) y f ( x)
ba x a f (a)
f (b ) f ( a )
g (a ) f (a )
ba a a f ( a ) 0
f (b ) f ( a )
g (b ) f (b )
ba b a f ( a ) f (b ) f (b ) f ( a ) f ( a ) 0 portanto tem-se
g(a)=g(b)=0. A função f(x) é derivável g(x) é também derivável e a derivada é:
f (b ) f ( a )
g , ( x) f , ( x) .
ba
f (b) f (a )
f , ( x) cqd.
ba
f ( x ) 2 x 2 7 x 10
Exemplo: Verificar o teorema de Lagrange para a função definida sobre o
segmento
2,5 .
Resolução
f ( x) e ( x) ( x)
Sejam duas funções contínuas sobre o segmento [a, b] e deriváveis em ]a, b[ e seja
tal que , ( x ) 0x a, b , existe, então um ponto x=c no interior de [a, b], a<c<b, tal que
f (b ) f ( a ) f , ( c )
(b ) ( a ) , ( c )
Demonstração
f (b ) f ( a )
Considere-se a função h ( x ) f ( x ) f ( a ) ( x ) ( a ) . Uma vez que f ( x ) e ( x )
(b ) ( a )
são contínuas em [a, b] e deriváveis em ]a, b[, h ( x ) é também contínua em [a, b] e derivável em ]a, b[.
f b f a ,
Sua derivada é: h , ( x) f , ( x) g x
b a
h (a ) e h (b )
Calcule-se
f b f a
h ( a ) f a f a a a 0
b a
f b f a
h (b ) f b f a b a f b f a f b f a 0
b a
Sejam f(x) e g(x) duas funções que satisfazem as condições do teorema da Cauchy sobre um certo
segmento [a, b] e anulando-se no ponto x=a, i.e f(a)=g(a)=0.
f , ( x) f ( x) f ( x)
existe quando x a então lim existe e é lim =
Se além disso o limite do quociente g ( x )
,
g ( x) g ( x)
f , ( x)
lim
g , ( x)
Indeterminação do tipo:
f ( x) 0
lim quando x a
1. g ( x) 0
f ( x)
lim quando x a
2. g ( x)
f ( x)
lim quando x
3. g ( x)
Fórmula de Taylor
Dada a função y=f(x), assumamos que tenha derivadas até ordem (n+1) inclusive na vizinhança do ponto
x=a. Nosso objectivo é procurar um polinómio y=Pn(x) de grau não superior a n , tal que o valor no ponto
x=a é igual ao valor da função f(x) neste ponto. Os valores no ponto x=a das derivadas sucessivas até a
ordem n são iguais aos valores neste ponto das derivadas correspondentes da função f(x)
..........................................................................
P n n ( x) n( n 1)....2.1C n
1 1 .2 1.2.3....n
No princípio assumimos que y=f(x) deriva-se até ordem n+1 e Pn(x) deriva-se até ordem n então existirá
uma diferença entre a função e o polinómio designada de Rn(x) tal que:
Rn ( x) f x Pn ( x) f x Pn ( x) Rn ( x )
e de forma mais explícita:
xa x a 2
x a n x a n 1
f ( x ) f a f (a )
,
f ( a ) ....
,,
f (n)
(a ) f ( n 1)
a x a
1 2! n! n 1!
esta cham-se fórmula de Taylor. Caso a=0 a tem-se:
x , x 2 ,, xn x n 1
f ( x ) f 0 f (0) f (0) .... f (n)
(0) f ( n 1)
(x ) 0 1
1 2! n! n 1! onde e estamos
perante um caso particular da fórmula de Taylor donhecida por fórmula de Maclaurin.
Proposição 1- Se a função derivável y=f(x) tem um máximo no ponto x=x 1 então a sua derivada anula-se
f , ( x) 0
nesse ponto i.e. .
Proposição 2 – Seja y=f(x) uma função contínua num intervalo contendo o ponto crítico x1 e derivável em
qualquer ponto desse intervalo (excepto talvez no ponto x1). Se a derivada muda de sinal positivo para
negativo quando passa pelo ponto crítico a função tem um máximo para x=x 1. Se a derivada muda de sinal
negativo para positivo quando passa pelo ponto crítico a função tem um mínimo para x=x 1.
Procedimento a seguir para o estudo dos extremos com o auxílio da primeira derivada
se f ( x) 0
,,
f ( x ) 2 senx cos 2 x
Exemplo: Determinar os máximos e mínimos da função
Resolução:
Definição 1: Diz-se que uma curva tem a convexidade voltada para baixo no intervalo (a, b) se todos
os pontos da curva se encontram por baixo da tangente em qualquer um dos pontos nesse intervalo.
Definição 2: Diz-se que uma curva tem a convexidade voltada para cima no intervalo (a, b) se todos os
pontos da curva se encontram por cima da tangente em qualquer um dos pontos nesse intervalo
Teorema 1: Se a segunda derivada da função f(x) é negativa em qualquer ponto do intervalo (a,b) i.e., se
f ,, ( x ) 0, y f ( x)
a curva tem , então a sua convexidade para baixo (a curva é convexa)neste
intervalo.
Teorema 1,: Se a segunda derivada da função f(x) é positiva em qualquer ponto do intervalo (a,b) i.e., se
f ,, ( x ) 0, y f ( x)
a curva tem , então a sua convexidade para cima (a curva é côncava) neste
intervalo.
Exemplos
y 2 x2
1. Determinar os intervalos de convexidade e de concavidade de
y ,, 2 0
Solução: A segunda derivada é portanto a curva é sempre convexa.
y ex
2. Determinar os intervalos de convexidade e de concavidade de .
y ex y ,, e x 0
Solução : A segunda derivada de é a curva é sempre côncava.
1. Domínio da função
2. Pontos de descontinuidade da função
3. Paridade e periodicidade
4. Intervalos de monotonia da função
5. Pontos críticos bem como os valores máximos e mínimos da função
6. Os domínios de convexidade e de concavidade do gráfico
7. Assímptotas do gráfico da função
Notas
Se a função for par basta construir o gráfico para os números positivos pois este é simétrico
em relação ao eixo das ordenadas.
Se a função for ímpar basta construir o gráfico para os números positivos pois, o gráfico é
simétrico em relação à origem.
Fonte: N. Piskounov,(1983) Cálculo Diferencial e Integral vol I
B. Demidovitch, (1978) Editora MIR, Problemas e Exercicios de Análise Matemática