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TRANSMISSÃO DE ENERGIA

Modulo II

TRANSMISSÃO DE ENERGIA
Modulo III
Prof. Miguel Otávio B C Melo (Dr.)
TRANSMISSÃO DE ENERGIA
Modulo II

I-COORDENAÇÃO DOS ISOLAMENTOS


1-Surtos Atmosféricos
2-Surtos de Manobra
3-Freqüência Industrial 60 HZ e Poluição
II-SELEÇÃO DE CABOS CONDUTORES
III-SELEÇÃO DE CABOS PÁRA-RAIOS
IV-SELEÇÃO DE CABOS DE ATERRAMENTO
V-TRANSPOSIÇÃO DE LINHAS
VI-COMPATIBILIDADE ELETROMAGNÉTICA E
ASPECTOS AMBIENTAIS
1-Campos Elétricos e Campos Magnéticos
2-Rádio Interferência das Linhas de Transmissão
3-Ruído Audível das Linhas de Transmissão
4-Faixa de Passagem e Aspectos Ambientais
VII-CONSOLIDAÇÃO DOS ESTUDOS ELÉTRICOS DE
UM SISTEMA DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA
I-COORDENAÇÃO DOS ISOLAMENTOS

1-Surtos Atmosféricos
2-Surtos de Manobra
3-Freqüência Industrial
1-Surtos Atmosféricos

1. INTRODUÇÂO
2. ANÁLISE TEÓRICA
. O RAIO
. A DESCARGA ATMOSFÉRICA NAS LINHAS
. ONDAS VIAJANTES EM LINHAS DE TRANSMISSÃO
. MODELAGEM ADOTADA
. SUPORTABILIDADE DOS ISOLAMENTOS
.

3. CÁLCULO DO DESEMPENHO DAS LINHAS COMPACTAS


. QUEDA DIRETA
. QUEDA INDIRETA

4. ANÁLISE DOS RESULTADOS


5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
7. ANEXOS
1-Surtos Atmosféricos

Importância Redução dos custos de implantação


de uma linha sem comprometer o seu desempenho e
sua confiabilidade.

Custos US$250.000 /km a US$ 700.000 /km


Transformador = 5 a 10 km de linha
Disjuntor = 1km de linha
1.1 O RAIO
- Histórico
- Mecanismo de Formação de Cargas nas
Nuvens
+ + +
+ + ++ + +
+ +
(-20C) + + + + + +
_ _ _
+ + _ _ _
+ + + + + + + dir eção da nuvem
_ _
(-10C) _ _ _ _
__ _ __ __ ___
cristais de gelo _ _ _ _ _
__ _ _ _ _
__ __ _ _ _ _ _ + +
(0C)
_ _ _ _ _ _ + + +

Correntes de Ar

- Formação da Descarga Atmosférica

++++++++++
------------ w
+++ ++++

+ +
+++
_____+____________+ +
1.2-Tipos de Raios e seus Efeitos

Nuvem
+ + + + + + + + +
+ + + + + + + + +
+ + + + + + +
+ + +

I + + I
+
Canal de descarga +
Canal de descarga

++++++++++++ ____________

+ + +
______ + + + +++
_________
_ _ _ _ _ _ _ _ + + + + + +
_ _ _ _ _ _ _ _ _
_____
Nuvem + + + + + + +
_ _
___

Canal de descarga
+ + Canal de descarga
+ +
I I
+ + + + + + + + + _ _ _ _ _ _ _ _ _
www.cea.inpe.br/webdge
1.3 CARACTERÍSTICAS DOS RAIOS

-Corrente

Cauda
Frente
da
Onda

50 s
1 a 5 s t (s)
-Corrente
P( I  I0 )

I
P( I  I0 )  2
 I 
1  
 25 

Aproximação pela Curva


Log-Normal

I(k A )
-Ângulo do Raio

2
4
p(    0 ) 
  
cos2  ' d '

100
90
>) (%)

80
70
60
50
40
30
20
10
Probabilidade p(
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Ângulo do raio 0

Graus
1.4 Mapa Isoceráunico do Brasil

40

60
40
80
80
60
100

120
140

140 60
100 60

40
40

60
3
80 120

40
30
60 120

40
80 140

0
14
100

80
60
100 80
40
120 20
60
80

30
100
20
20
60 30 10
40 5

60
80
60
100
A densidade dos raios é a
quantidade dos raios que 160 140
80 120

caem em uma determinada


120
40
80

60
área durante um período
60

5
60
40

estipulado. Este índice é


10
10

80
obtido através de medições
80 30

20
utilizando contadores de 30

descargas na região e sua


60
40

unidade é o números de
raios / km2 por ano. A 60

expressão que se relaciona


com o indice ceráunico é : 40

N g  0,1 I
40

20
30
20
Mapa Isoceráunico Mundial

20

10

5
10
100
140
120
20
180
140 10
5 100
100 5

140 100 10

10
120 140

1
1.5 A DESCARGA ATMOSFÉRICA NAS LINHAS DE
TRANSMISSÃO

1

2

l
1.6 MODELAGEM ADOTADA

- Modelo Eletrogeométrico da Linha

Nuvem Carregada

Túnel Ionizado

Trajetória do Raio
Distância Crítica Rs

Leque
Rs1 Rs1
Cabos Pára-Raios
Rs1

Rs1
Rs1
Rs  10 I 0.65 Rs1

Condutor

Condutores

A dimensão radial da região em leque, no instante em que ela atinge


um objeto, é denominada de “distância crítica de descarga” Rs, que é
função da carga da nuvem e, consequentemente, é o pico da corrente
do raio I, donde se conclui que, para cada raio, haverá uma distância
radial associada ao leque. A a relação entre I e Rs é da forma, onde Rs
é medido em metros e I em kA

Rs  10 I 0.65
- Onda de Corrente do Raio

Is

Is/2

Ts Td t(s)
- Linha de Transmissão

Zpr Zpr Zpr Zpr Zpr Zpr Zpr Zpr


Zpr Zpr Zpr Zpr Zpr Zpr Zpr

Zt Zt Zt Zt Zt Zt Zt
Zt Zt Zt Zt Zt
Zt Zt
Zt
Zat Zatt Zat Zat Zat Zat Zat
at Zat at at
Zat

Zpr1 I Z
pr1

Zpr Zpr Zpr Zpr Zpr Zpr


Zpr Zpr Zpr Zpr Zpr Zpr
Zpr Z
Zpr
pr
Zt Zt Zpr1 Zt Zt Zt
Zt
r1
Z Zt Zt Zt t Zt
Zt t
Zt
Ztat Zat Zat Zat Zat Zat
Zat Zat Zat Zat
- Impedância de Surto da Torre

2r
h

  2 
Z t  60. 
 Ln 2h   1

  r  
b

 h r
Z s  60.Ln   90   60
Z s  Zm r  h
Zt 
2  h  b
Z m  60.Ln   90   60
 b  h
- Impedância de Surto do Cabo Pára-Raios

2h
Z11  60 Ln
req

 b12 
Z12  60 Ln  
 4 h2  b12
2 
 

-Correção do efeito corona

Rcorr = k1v 2+ k2v+ r


- Aterramento

Rd
2l
(Zs-Rd) (Zs Rd )
v

t

Z c  t  Rd   Z s  Rd e 2l
- Aterramento

l'

Fio de contrapeso

  2l' 2l' s s2 s4
Rd  ' 
ln  ln  2.912  1071
.  0.645 '2  0145
.
2 l  a s l '
l l' 4
1.7. SUPORTABILIDADE DOS ISOLAMENTOS
1.8. CÁLCULO DO DESEMPENHO DAS LINHAS

Estudos de Ondas Viajantes


Programa EMTP(ATP)
Entrada

-Impedância de Surto das Torres Cálculo do Desempenho da Linha


-Impedância de Surto dos Cabos de Transmissão quanto a Descargas
Pára-Raios . Atmosféricas
-Modelo de Aterramento Programa LIGHT
. Dados das Torres e Linhas de
-Frente de Onda do Raio
. Transmissão -Comprimento da Onda do Raio Entrada
Saída
-Coordenadas Horizontais dos Cabos -Tabelas e Gráficos das Tensões no
Condutores e Pára-Raios -Ângulo de Descida da Descarga
Topo de Torre para as Diversas
-Coordenadas Verticais dos Cabos Atmosférica Índice de
Condições Paramétricas Solicitadas -Curva de Intensidade de Corrente
Condutores e Pára-Raios Desempenho
-Raio dos Cabos Condutores -Frente da Onda da Corrente do Raio Quanto a Descargas SIM
Inicio
-Raio dos Cabos Pára-Raios -Resistividade do Solo Atmosféricas OK
-Comprimento do Vão -Localização do Ponto de Queda do (Saída/100km.ano)
Cálculo dos Coeficientes de
-Espaçamento entre Sub Condutores Raio Índice Bom ?
. Acoplamento -Dados da Suportabilidade dos
-Tensão de Operação da Linha Programa COEF Isolamentos
Entrada -Número de Raios a serem Gerados
EMTP-ATP
-Dados Geométricos dos Cabos e da -Nível Ceráunico
Torre -Tabelas das Tensões das Torres
Modifica os Distanciamentos na -Altura Média da Linha -Matrizes dos Coeficientes de
Torre, Isolamentos, etc -Topografia do Terreno da Linha Acoplamento
Plano, Semi Ondulado, Ondulado e Saída NÃO
Montanhoso Índice de Desempenho quanto a
Saída Descargas Atmosférica Queda Direta
Matriz dos Coeficientes de e Indireta
Acoplamento [K]
b12=6,4

9,0
LT 230 kV (LPNE)
3 subcondutores por fase-SIL 320 MVA
1.9-Queda Direta
-Define-se o modelo eletrogeométrico.

-Fixa-se um determinado valor de corrente de raio e


sua probabilidade.

-Monta-se o modelo com as regiões e geram-se


números aleatórios e associam-se a eles as
variáveis do fenômeno.

-Verifica-se se o raio caiu no condutor e calcula-se a


probabilidade de ocorrência da corrente e compara-
se a tensão nos terminais das cadeias de
isoladores. Se for superior haverá um desligamento.

-Calcula-se a soma dos números de desligamentos


parciais.
1.10-Queda Indireta

Resistividade do Solo - 500 a 1500 ohm.m

Tempo de Subida - 1, 3 e 5 s

Localização da Queda - Torre e M.Vão

Tipos de Torre

Autoportante 500 kV 1 e 2 cabos pára-raios

Trapézio 500 kV

LPNE 230 kV
-Define-se o modelo eletrogeométrico.
-Fixa-se um determinado valor de corrente de raio e
sua probabilidade.

-Monta-se o modelo com as regiões e geram-se


números aleatórios e associam-se a eles as
variáveis do fenômeno.

-Verifica-se se o raio caiu no cabo pára-raios, e


associam-se as variáveis de distribuição
probabilística, localização da queda, resistividade
do solo e frente da onda.
-Efetua-se a correção do efeito corona e calcula-se
a tensão induzida através dos coeficientes de
acoplamento.
-Calculam-se os desligamentos parciais e em
seguida o índice total.
Torre
Torre

flecha do cabo pára raio


f

flecha do cabo condutor

Vão da Linha

A altura média Hmtotal de uma linha é:


Hmtotal=%Tplan Hmp+ %Tso Hmso + %To Hmo + %Tm Hmm
Onde: %T Percentual do perfil do terreno da linha
Hmp= Ht -2/3 f para terreno plano,
Hmso= Ht -1/3 f para terreno semi ondulado,
Hmo = Ht para terreno ondulado e
Hmm = 2 Ht para terreno montanhoso
Hm é a altura média da linha
Ht é a altura do cabo na torre
f é a flecha
Desempenho da Linha de Transmissão
Saídas/100km/ano
Topografia Autoport1 Autoport2 Trapézio LPNE
Plano 0,8 0,5 0,6 3,1
Semi Ondulado 0,7 0,3 0,4 2,7
Ondulado 0,7 0,2 0,3 2,4
Montanhoso 0,2 0,0 0,0 1,8
Típico 0,7 0,4 0,5 2,9
2-Coordenação dos Isolamentos - Surtos de
Manobra

•Distanciamentos inadequados entre fases e fase-terra


numa estrutura podem conduzir a elevados índices de
desligamentos.
•Aleatoriedade dos instantes de fechamento dos polos
do disjuntor na onda de tensão e da dispersão existente
entre os tempos de fechamento dos três polos destes
disjuntores.
•Estudos de sobretensão realiza-se diversas manobras
variando-se estes dois parâmetros, obtendo-se,
portanto uma curva estatística da solicitação.

Cauda
Frente
da
Onda

1000 a 2000 s
100 s t (s)
2.1 Suportabilidade dos Isolamentos

V  500kd 0.6
Onde :
V= Tensão de suportabilidade (kV)
d= Distância (m)
k= Fator de Gap
Suportabilidade dos Isolamentos

Dados e critérios normalmente assumidos:


•Valor Médio das sobretensões 2 a 3 pu
•Desvio Padrão 10 %
•Suportabilidade Desvio Padrão Fase Terra 6 %, Fase- Fase 3 %
•Risco de Falha : 10–2, Um descarga a manobras cada cem.
Considerando-se trinta manobras por ano, seria uma descarga
a cada três anos
3-Coordenação dos Isolamentos - Frequência
Industrial 60 Hz e Poluição dos Isoladores

-Distâncias a 60 HZ- Frequencia Industrial


230 kV d=0,45 m
500 kV d=0,85m
-Cadeia com Balanço Máximo devido ao Vento

Nível de Poluição Razão da Distância de


Escoamento para a Tensão
Fase-Terra (cm/kV eficaz)

Desprezível 2,0-2,5

Leve 3,0-3,5

Forte 4,0-4,5

Muito Forte Maior que 6

V 242
DT  .3,0  .3,0  420 cm
3 3
Nível de Ambiente Característico Desempenho das Linhas Existentes
Poluição

Áreas sem Indústrias e áreas Em condições de alta umidade (garoa,


com baixa densidade de neblina, etc)não ocorrem falhas em
indústrias, mas sujeitas a ventos linhas de 145 kV mesmo quando
e/ou chuvas frequentes. As áreas equipadas com menos de 9-10
Desprezível classificadas neste nível devem isoladores do tipo normal, nem em
estar localizadas longe do mar ou linhas de 245 kV mesmo quando
em altitudes elevadas e em equipadas com menos de 15 isoladores
nenhum caso podem estar sujeitas do mesmo tipo anterior.
a ventos marinhos.

Áreas com indústrias que não Em condições de neblina ocorrem


produzam fumaça particularmente falhas nas linhas de 145 kV com menos
poluente, áreas c / alta densidade de 9-10 isoladores do tipo normal e
de indústrias mas sujeitas a também nas LT de 245 kV equipadas
Leve frequentes ventos limpos e/ou com menos de 15 isoladores do mesmo
chuvas e áreas sujeitas a ventos tipo.
marinhos mas não muito próximas
da costa (afastadas no mínimo 1
km).

Áreas com alta densidade de Em LT com isoladores do tipo normal,


indústrias produzindo poluição, ocorrem falhas em condições de neblina
áreas próximas ao mar e de algum ou quando o vento sopra do mar, a
Forte modo expostas a ventos marinhos menos que o n de isol. seja
relativamente fortes. excepcionalmente alto, mais de 11-12
para 145 kV e 245 kV 18.

Áreas geralmente de moderada Em linhas de alta tensão ocorrem


extensão, sujeitas a fumaças falhas em condições de neblina ou
industriais produzindo camada durante tempestades marinhas, mesmo
Muito Forte condutora razoavelmente espessa, quando equipados com isoladores Anti-
áreas geralmente de moderada poluição a menos que o número de
extensão, muito próximas da costa isoladores por cadeia seja muito alto:
e expostas a ventos marinhos Mais de 11-12 AP em 145 kV e mais de
muito fortes e poluentes. 18 AP 230 kV.
II. -SELEÇÃO ECONÔMICA DOS CABOS CONDUTORES

•TIPOS DE CABO, BITOLA, NÚMERO DE CONDUTORES POR FASE


•CUSTOS DAS TORRES
•CUSTOS DAS PERDAS DE ENERGIA
•TAXA DE JUROS, FATOR DE CARGA E DE PERDAS
•CURVA DE CARGA, CARREGAMENTO DA LINHA AO LONGO DA VIDA ÚTIL

II.3.1 Custo das Perdas em Energia

As perdas são calculadas computando-se as perdas joule (Pj) na ponta


em cada ano (i). Em seguida calcula-se o fator de perdas (Fp) pela
expressão :

Fp= 0,8 Fc + 0,2 Fc2

Fc= Fator de Carga

As perdas em energia (Pe) em um determinada ano (i) são calculadas


pela expressão :
Pe= (Fp . Pj) 8760 (MWh)

O custo das perdas de energia em um determinado ano (i) será :

Cpe= Pe . Ce (R$)

Ce= Custo das perdas de energia no ano (i) (R$/MWh)

Obs .: (Valores médios de U$ 12 a U$ 16)


II.1-GRADIENTE ELETROSTÁTICO SUPERFICIAL

O gradiente eletrostático superficial de um cabo condutor é um vetor


que é função de diversos fatores como :
1-Altura média dos condutores
2-Espaçamento entre Fases, Sequência de Fases em Torres de circuito
duplo
3-Características dos condutores, raio etc.
4-Tensão da linha de transmissão,

O campo elétrico na superfície do condutor é dado por :

Q Onde : E= Vetor de Campo Elétrico ( V/m)


E Q= Vetor Complexo de Densidade de Carga
2  0 r Linear (coulomb/metro)
0 = Constante dielétrica = (Farad/m)
r = Raio do Subcondutor (m)

E =Campo Eletrostático Superficial


II.2 GRADIENTE CRÍTICO VISUAL

O Gradiente crítico visual E0 é o gradiente em que a partir deste valor


haverá a formação de “eflúvios de corona” no cabo.

30 0,426 (760  0,086 xAlt)


E0  m  (1  )   0,386
2 d 273  

= Densidade relativa do Ar ,

E0= Gradiente Crítico Visual (Kvef/cm), por Ex E0=636 MCM 20.8 kV/cm
d= Diâmetro do Subcondutor (cm)
= Temperatura Ambiente (oC)
Alt= Altitude em relação ao nível do mar (m)
m= Fator de Correção que depende das condições superficiais do
condutor. Na tabela a seguir são apresentados os valores
característicos de “m” para diversas condições superficiais dos
condutores. Valor do
Coeficiente
Característica do Cabo
“m”
Condutores cilíndricos, polidos e seco 1,00
Cabos novos, secos, limpos e sem abrasão 0,92
Cabos de cobre expostos ao tempo em atmosfera limpa 0,82
Cabos de Alumínio novos limpos e secos com condições de 0,53 a
0,73
superfície decorrente do grau de cuidado em que foram lançados
durante a construção da Linha
Cabos Molhados Novos e Usados 0,16 a
0,25
II.3-SELEÇÃO ECONÔMICA DOS CABOS CONDUTORES

II.3.1 Cálculo do Valor Presente

No cálculo do Valor Presente dos Custos das Perdas de Energia


(VPCPe), utiliza-se a seguinte expressão :

(1  i) n  1
VPCPe  CPe [ ]
i(1  i) n

VPCPe = Valor Presente do Custo das Perdas em Energia (R$)

n= Número de períodos (Anos)

Cpe= Custo das Perdas em Energia (R$)

i= Taxa de Juros

VPCPe

CPe(i)

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
II.3-SELEÇÃO ECONÔMICA DOS CABOS CONDUTORES

AO CUSTO TOTAL É A SOMA DOS CUSTOS DOS INVESTIMENTOS PARA CADA TIPO
DE BITOLA E DE CABO COM O CUSTO DAS PERDAS DESTE DETERMINADO

CONDUTOR. US$
3,4
X105 LT SJP/Picos

3,0 Custo Total

Custo das
perdas
2,0

Custo do Cabo e
Investimento

1,0

336 397 477 556 636 MCM


III-CABOS PÁRA-RAIOS

III.1-TIPOS DE CABOS PÁRA-RAIOS UTILIZADOS

AÇO HS e EHS
3/8-CHESF 230 kV E 500 kV
ACSR- Alumínio com Aço
176 MCM-Dotterel CHESF, ELETROSUL E ELETRONORTE
230 KV E 500 kV- Próximos a
subestações
211 MCM-Cochin CHESF LT 500 kV próximo a Xingó

ALUMÍNIO LIGA
313 MCM-Butte- 19 fios CHESF LT Compacta 230 kV-Um
cabo pára-raios

ALUMÍNIO REVESTIDO
3 n 7 Alumoweld- LT 230 kV

SUPORTABILIDADE DOS CABOS PÁRA RAIOS QUANTO AO NÍVEL DE


CURTO CIRCUITO

ACSR Dotterel 24,0 kA


ACSR COCHIN 28,8 kA
AÇO EHS 7,7 kA
ALUMOWELD 3n7 6,6 kA
III. 2-DIMENSIONAMENTO DOS CABOS PÁRA-RAIOS
Distribuição das Correntes durante um Curto Circuito na Torre

Distribuição de
Corrente

de Curto
Circuito ao longo
da LT

Fase do
 1

Curto
Circuito

 2

l
I1- Contribuição da extremidade 1
I2- Contribuição da extremidade 2
IE- Corrente que desce pela estrutura onde houve o curto
Iv1-Corrente em direção a extremidade 1 no pára-raios v
Iv2-Corrente em direção a extremidade 2 no pára-raios v
Iw1-Corrente em direção a extremidade 1 no pára-raios w
Iv2-Corrente em direção a extremidade 2 no pára-raios w
Curva de Curto Circuito ao Longo da Linha de Transmissão
Determinação do ponto de transição entre bitolas

Distribuição do Curto ao Longo da Linha de Transmissão

Corrente de Curto (kA)

50

40

30

I=Corrente de
20 Curto Total I1+I2

10

Iv=Iw

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Km
IV-CABOS DE ATERRAMENTO

• Tipo e Bitola
Cobre e Copperweld 4 AWG
• Tipos de Arranjos
V-TRANSPOSIÇÃO

Critérios e Definições
VI.1 Introdução

Devido a influência dos campos eletrostáticos e eletromagnéticos de


um sistema de transmissão, as tensões e correntes das linhas de
transmissão ficam desbalanceadas. O aparecimento da corrente de
sequência negativa acima de um valor traz problemas de
aquecimentos das máquinas, e a existência de corrente e tensão de
sequência zero ocasionam falhas nos relés.

VI.2 Critérios
Indicadores:

I0
m0  x 100 (%)
I1 desequilíbrio de corrente de sequência zero

I2
m2  x 100 (%)
I1 desequilíbrio de corrente de sequência negativa  5%

V0
d0  x 100 (%)
V1
desequilíbrio de tensão de sequência zero

V2
d2  x 100 (%) desequilíbrio de tensão de sequência negativa  2%
V1
Ciclo de Transposição-Casos Analisados
Linha Comprimento V0 V2
d0  x 100 (%) d2  x 100 (%)
V1 V1

SBD/S.Bonfim 163 0,4 0,8

S.Bonfim/Irece 200 0,6 2,0

Irece/BJLapa 280 0,7 2,6

Um Ciclo Completo S Bonfim/Irece/BJLapa


VI COMPATIBILIDADE ELETROMAGNÉTICA E
ASPECTOS AMBIENTAIS

VI.1-Campos Elétricos no Solo


VI.2-Campos Magnéticos no Solo
VI.3-Rádio Interferência das Linhas de
Transmissão
VI.4-Ruído Audível das Linhas de Transmissão
VI.5-Faixa de Passagem e Aspectos
Ambientais
LT 2X230 kV Duplo Transformável 2
subcondutores por fase

LT 2X230 kV LTFE (LPNE) 2 LT 500 kV Simples 4


subcondutores por fase subcondutores por fase
LT 230 kV (LPNE)
3 subcondutores por fase
VI.1 Campos Elétricos

• Método das Cargas Equivalentes (IEEE-EPRI-


CIGRÉ)

+Q

h (x,y)
0

d -Q

x d x d
E x  20 [ 
q
( x d ) 2 ( y h ) 2 ( x d ) 2 ( y h ) 2
]
y h y h
E y  20 [ ( x d )2 ( y h)2  ( x d )2 ( y h)2 ]
q
Perfil Lateral do Campo Elétrico devido a Linha de
Transmissão

12
Campo Elétrico(kV/m)

10
500kV

LPNE Transf.
6 LTFE 2x230kV
2x230kV 230kV

0
-30 -20 -10 0 10 20 30

Coordenada Lateral (m)

Valores Máximos adotados pelo IRPA E=5 kV/m (limite


da faixa)
Perfil Longitudinal do Campo Elétrico

LT 500 kV Simples 4subcond/fase-Vão : 500 m


VI.2 Campos Magnéticos

• Método IEEE-EPRI-CIGRÉ
n Condutor com Corrente In
P
B
0 Xn
Xp

I
0 ( Yp Yn ) j ( wt  .n )
Bx  2 0 n ( X p  X n ) 2  ( Yp Yn ) 2 e

I
 ( X p Yn ) j ( wt  n )
By  2
0
on ( X p  X n ) 2  ( Yp Yn ) 2 e

Bx 2  By 2
B
2
Perfil Lateral do Campo Magnético (T) de uma
Linha de Transmissão

Campo Magnético (microT)


80

70 500kV
2711 A/phase
60

50
LTFE Transf. LPNE
40 2x230kV 2x230kV
1354 A/phase 1354 A/phase 230kV

30 1160 A/phase

20

10

0
-30 -20 -10 0 10 20 30

Coordenada Lateral (m)

Valores Máximos adotados pelo IRPA B=100 T( limite


da faixa)
VALORES MEDIDOS

CampoE-field
Elétrico (kV/m)
(kV/m)
4

 Medido
Measured
3
-- Calculado
Calculated

0
-30 -20 -10 0 10 20 30

Coordenada Lateral (m)


Campos Magnéticos (T)

B-field (microT)
5 Measured

4
Calculated
3

0
-30 -20 -10 0 10 20 30

Coordenada Lateral (m)


CONCLUSÕES

Campo Elétrico:
-2 kV/m para 4,5 kV/m quando a linha
2X230 kV é convertida para LTFE. Esses
valores ainda são menores do que o valor
calculado para 500 kV que é 11 kV/m.

-Linha de 500 kV- Aumento de 2kV/m


na região próxima da torre para 11kV/m no
meio do vão.
Campo Magnético:
-20 µT para 30 µT quando a linha
2x230 kV é convertida para LTFE. Esses
valores ainda são menores do que o valor
calculado para 500 kV que é 70 µT .
-Os valores medidos e calculados
comprovaram que a metodologia é
adequada.
-Viabilidade técnica para a aplicação
de linhas compactas no que se refere a
estudos de campos elétricos e magnéticos.
Campo Elétrico

25

20

15 1

kV/m
2
3
10 4

0
1 2 3 4

1 – Valor considerado seguro pela IRPA para exposição do público em geral 24


horas por dia por tempo indeterminado
2 – Campo Elétrico Natural do Planeta Terra (valor Máximo)
3 – Campo Elétrico Máximo medido dentro da faixa de passagem da LT 230 kV
Fortaleza / Delmiro Gouveia (similar à LT 230 Fortaleza / Pici)
4 – Campo Elétrico Máximo medido a 10 metros do eixo da LT 230 kV
Fortaleza / Delmiro Gouveia (similar à LT 230 kV Fortaleza / Pici)
Campo Magnético

900

800

700

600 1
2

miliGauss
500 3
400 4
5
300 6

200

100

0
1 2 3 4 5 6

1 – Valor considerado seguro pela IRPA para exposição do público em geral 24


horas por dia por tempo indeterminado
2 – Campo Magnético Natural do Planeta Terra (valor Máximo)
3 – Campo Magnético Máximo medido dentro da faixa de passagem da LT 230 kV
Fortaleza / Delmiro Gouveia (similar à LT 230 Fortaleza / Pici)
4 – Campo Magnético Máximo medido a 10 metros do eixo da LT 230 kV Fortaleza
/ Delmiro Gouveia (similar à LT 230 kV Fortaleza / Pici)
5 – Campo Magnético a 30 cm de um Secador de Cabelo
6 – Campo Magnético a 30 cm de um Aspirador de Pó
Os dados de medição de campos magnéticos
produzidos por um liquidificador, tendo detectado
níveis de 300 mG, valores estes superiores ao campos
magnéticos constatados na faixa de passagem da LT
230 kV.
VALORES DE CAMPOS ELÉTRICOS E MAGNÉTICOS
VALORES MEDIDOS x VALORES PERMITIDOS

LT FORTALEZA / DELMIRO GOUVEIA PERCENTUAL


RECOMENDADO
DE FOLGA
PELAS NORMAS
MEDIDOS NA PARA O LIMITE
VALORES DO DO IRPA(*)
FAIXA PELO DO IRPA(*)
PROJETO CHESF
CEPEL

CAMPO ELÉTRICO (kV / m) 1,9 2,4 <5 163%


CAMPO MAGNÉTICO (mG) 35,2 130 < 1000 2740%

* IRPA - International Radiation Protection Association (USA).


Obs.: Exposição permanente sem danos para a Saúde.
VI.3.RADIO INTERFERÊNCIA DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO

Critérios: Sinal 66 dB Relação Sinal Ruído SR=24 dB Ruído=


Sinal-SR=66-24=42 dB
VI.4.RUÍDO AUDÍVEL DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO

Critério=59 dB
VI.5. FAIXA DE PASSAGEM E ASPECTOS AMBIENTAIS

• LICENCIAMENTO AMBIENTAL
• PROGRAMAS AMBIENTAIS

 PROGRAMA DE CONTROLE DOS PROCESSOS EROSIVOS

 PROGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DA FAIXA DE SERVIDÃO

 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA FAIXA DE SERVIDÃO

 PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL E EDUCAÇÃO


AMBIENTAL
ASPECTOS AMBIENTAIS

• AUTORIZAÇÃO PARA PASSAGEM EM RODOVIAS,


TRAVESSIA EM FERROVIAS E REDES DE ÁGUA E ESGOTO
• ALVARÁS DE CONSTRUÇÃO
• LICENÇA PRÉVIA – SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE
• LICENÇA DE INSTALAÇÃO - ÓRGÃO DO MEIO AMBIENTE
• AUTORIZAÇÃO PARA SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO - IBAMA
• LICENÇA DE OPERAÇÃO- ÓRGÃO DO MEIO AMBIENTE
CONSOLIDAÇÃO DOS ESTUDOS ELÉTRICOS DE
UMA LINHA DE TRANSMISSÃO
Torre Autoportante Metálica Torre Autoportante Metálica
Circuito Simples 230 kV Circuito Duplo 230 kV

Torre Autoportante
Concreto “Tipo Y” 230 kV
Torre Autoportante Concreto
Circuito Simples 230 kV

Torre Estaiada Metálica


Circuito Simples 230 kV

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