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Resumo: A guerra e o modo de se fazê-la são resultados dos fatores culturais das sociedades
humanas. Sendo assim, devido à heterogeneidade das culturas e de seus corpos sociais,
inevitavelmente a guerra e seu modus operandi apresentará contrastes bastante distintos, seja
em seu caráter teórico-conceitual, como em sua forma prática e técnica. Esse fenômeno pode
ser comprovado analisando as culturas ocidentais e orientais e seus direcionamentos
particulares sobre os aspectos inerentes ao dinamismo da guerra, ou seja, estratégia, tática,
tecnologia e pensamento militar sendo determinados pelas circunstâncias e características
culturais de cada grupo social.
A partir dessa constatação fenomenológica o presente trabalho tem como objetivo analisar o
contato entre japoneses e portugueses, durante o século XVI, e interpretar as consequências
ocorridas na organização militar nipônica após a difusão da espingarda pelo país, bem como
refletir se a arma de origem europeia foi responsável por revolucionar a arte da guerra
japonesa.
1 INTRODUÇÃO
1
Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização em História Militar, da
Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em
História Militar, com orientação do Prof. Armando Alexandre dos Santos.
2
Essa era uma prática comum dos portugueses com relação aos territórios de
seus interesses, mas ofendeu o sentimento de soberania chinês. Sem se
importar com suscetibilidades, Simão de Andrade também impediu
mercadores estrangeiros de comercializar antes de ele próprio concluir seus
negócios. Tudo isso causou indignação entre os oficiais chineses, pois, na
ótica deles, o capitão português ousava exercer poderes que só caberia ao
imperador. (PESTANA, 2006, p. 142)
2
PESTANA, 2006. p.113.
3
CURVELO, 2009. p.20.
4
SERRÃO, 1971. p. 581.
3
"Cipango é uma ilha do Levante, que está afastada da terra 1.500 milhas. É
uma ilha muito grande. Os indígenas são brancos, de boas maneiras e
formosos. São idólatras e livres, têm um rei próprio, que não é tributário de
nenhum outro. Têm ouro em abundância, mas o rei não deixa levar, e por
essa razão há lá poucos mercadores e poucas vezes vão ali as naus". (POLO,
2015, p. 200).
Polo denominou esse local de Cipango, cuja transliteração pode ser encontrada,
entre outras formas, como Sipangas, Zipangas e Zipangni, muito provavelmente através da
influência da língua chinesa que denominava a ilha de Ji-Pan-Ku, literalmente “terra do sol
nascente”.7
É somente em 1543, pelo menos de forma oficial, que o mundo europeu entrou
em contato direto com os japoneses, sendo essa tarefa levada a cabo pelos navegadores
5
SÁ, 2006. p.50.
6
ALBUQUERQUE, 1994. p.537.
7
SERRÃO, 1971. p. 581.
4
8
KASEDA, 2009. P. 17.
9
O título completo da crônica de Antonio Galvão publicada em 1563 é: Tratado que compôs o nobre &
notauel capitão Antonio Galuão, dos diuersos & desuayrados caminhos, por onde nos tempos passados a
pimenta & especearia veyo da India ás nossas partes, & assi de todos os descobrimentos antigos &
modernos, que são feitos até a era de mil & quinhentos & cincoenta. Pode ser encontrado digitalizado no
endereço virtual da Biblioteca Nacional de Portugal: < http://www.bnportugal.pt/>.
5
10
ALBUQUERQUE, 1994. p.537.
11
BOXER, 1951. p. 23.
12
YAMASHIRO, 1989. p.89.
13
BOXER, 1951. p.26.
6
[Oribenojô diz:] Não sabemos de que país vêm essas pessoas a bordo. Eles
parecem estranhos, não? Gohô escreveu em resposta: Eles são comerciantes
de entre os bárbaros do sudoeste (seinanban). Eles têm algum conhecimento
da relação entre superior e inferior, mas, não possuem boas maneiras (reibô).
Portanto, quando bebem, não usam copos, e quando comem, usam os dedos
e não os pauzinhos, como fazemos. Eles mostram seus sentimentos sem
qualquer autocontrole e não utilizam a nossa escrita. Tais comerciantes têm
o hábito de vagar de um lugar para outro, trocando coisas que têm por
aquelas que não têm. Eles não são tão estranhos e são muito inofensivos.
(LIDIN, 2002, pp. 36-37, tradução nossa do inglês). 14
14
Na obra de Olof G. Lidin, Tanegashima: the arrival of Europe in Japan publicado em 2002 em Copenhagen
pelo Nordic Institute of Asian Studies, há a tradução completa para o inglês do registro histórico Teppô-Ki,
escrito por Nanpo Bunshi em 1606.
7
nipônica recaiu sobre ela, principalmente quando a viram sendo utilizada. No Teppô-ki, de
forma magistral, está relatado assim:
15
Unidade de medida japonesa.
8
Vale lembrar que a crônica japonesa em questão, o Teppô-Ki, foi escrita algumas
décadas depois do desembarque português, mais precisamente em 1606. Então talvez o
cronista, que leva o nome de Nanpo Bunshi, tivesse uma similaridade bem maior com a
espingarda que seus antecessores em 1543, podendo assim relatá-la de forma bem mais
apurada.
Frente à descoberta de algo tão poderoso e surpreendente para a mentalidade
nipônica vigente da época, o mandatário da ilha de Tanegashima, o daimyô16 Tokitaka
Tanegashima, após declarar que a espingarda era a “maravilha das maravilhas”, desejou
ardentemente aprender a manuseá-la. Esse fato, que representa o início da utilização da
espingarda pelos japoneses, figura devidamente registrado no Teppô-Ki e na crônica
Peregrinaçam de Fernão Mendes Pinto. Na crônica japonesa pode-se notar claramente uma
forte influencia da filosofia oriental durante o diálogo, realizado por meio de interpretes, entre
o daimyô e os portugueses. Assim, o trecho apresenta mais um caráter filosófico esotérico
oriental, que é inerente à cultura tradicional japonesa, do que uma instrução prática sobre o
uso da espingarda. Segue o trecho em questão:
Um dia, Tokitaka disse aos dois bárbaros por meio de interpretes (jûyaku):
Eu não acho que sou capaz, mas eu gostaria de aprender [a atirar]. Os dois
bárbaros, também usando interpretes, responderam: Se você, senhor, gostaria
de aprender [como atirar], gostaríamos de ensinar-lhe todos os seus
segredos. Tokitaka disse: Posso realmente aprender todos os seus segredos?
Os bárbaros disseram: Os segredos consistem apenas em purificar seu
coração e em fechar um olho. Tokitaka disse: Os sábios antigos ensinaram as
pessoas a purificarem seus corações, e eu aprendi. [...] O que você quer dizer
com purificar o coração, no entanto, é algo diferente? Se você fechar um
olho, você não será capaz de ver o que está longe. Por que deveria, portanto,
fechar um olho? Os bárbaros responderam: Aqui é onde a concentração é
necessária. Manter uma visão longa não é necessário. Fechando um olho não
significa que não se pode ver claramente, mas que está se concentrando e
16
Daimyô, ao pé da letra, grande myô, é o grande proprietário e dominador de sua população, o senhor feudal
por excelência. Verdadeiro rei dentro de seus domínios.
9
deseja atingir o que está longe. Isto é o que você deve considerar, senhor.
Encantado, Tokitaka disse: Isso corresponde ao que Lao Tzu disse:
Capacidade de ver o que é pequeno é clareza. É sobre isso que estão
falando? (LIDIN, 2002, pp. 38-39, tradução nossa).
Fernão Mendes Pinto descreve de forma diferente o primeiro contato japonês com
a arma. Na sua história, que difere da do monge Nanpo Bunshi, Diogo Zeimoto desempenha
um papel fundamental para que os japoneses se apaixonem pela arma.
Pinto registra que o local de seu desembarque no Japão, Tanixumaa, era
governado por um senhor local que ele denomina de nautoquim17. Segue sua narração:
17
Nautoquim (ou nautakim como também consta) refere-se à Tokitaka Tanegashima, 14º governador da ilha
de Tanegashima. in: PIRES, Benjamim Videira. Taprobana e mais além-: presenças de Portugal na Asia. Macau:
Instituto Cultural de Macau, 1995, p.417.
10
por peça de muito preço e lhe afirmou dar por ela mil taéis de prata, e lhe
rogou muito que lhe ensinasse a fazer pólvora, porque sem ela ficava a
espingarda sendo um pedaço de ferro desaproveitado, o que o Zeimoto lhe
prometeu e lho cumpriu. E como dali por diante todo o gosto e passatempo
do nautoquim era no exercício desta espingarda, vendo os seus que nenhuma
cousa o podiam contentar mais que naquela de que mostrava tanto gosto,
ordenaram de mandarem fazer por aquela, outras do mesmo teor, e assim o
fizeram logo. (PAULINO, 1993. p.46).18
18
A narrativa da Peregrinçam de Fernão Mendes Pinto foi retirada da obra de PAULINO, Francisco Faria. O
Japão visto pelos portugueses: Comemorações descobrimentos portugueses. Lisboa: A Comissão, 1993, p 46.
19
KINDERSLEY, 2012. p.14.
20
CONLAN, 2013 p.155.
21
KINDERSLEY, 2012. p.150
11
22
KINDERSLEY, 2012. p.156
23
DAEHNHARDT in: Introdução das armas de fogo na Ásia pelos Portugueses. Disponível em: <
https://www.youtube.com/watch?v=CQro0kkievs> Acesso em: 01/03/2017.
24
CONLAN, 2013. p.156.
25
CONLAN, op.cit.
26
LIDIN, 2002. p.149.
12
É correto afirmar que a arma de fogo teve sua essência absorvida pelos japoneses
que, fascinados pelo poder destrutivo dela, aprenderam a desenvolver todos os processos
operacionais do fabrico. Tornam-se armeiros especialistas e aprimoram o equipamento. Além
disso, aprendem como utilizá-las devidamente em combate, por mais que isto seja um
processo à parte mais devido à visão tática do comandante das tropas. No Teppo-Ki consta
que o senhor de Tanegashima, Tokitaka Tanegashima, adquiriu duas espingardas por um
27
CONLAN, 2013. p.162.
28
YAMASHIRO, 1989. p.93.
13
29
LIDIN, 2002. p.40.
30
DAVIS, 2013. p. 248.
31
YAMASHIRO, 1982. p.126.
14
camponesa que seria incorporado aos exércitos dos senhores feudais devido à necessidade que
estes tinham de se fortalecerem em uma era de guerras generalizadas. 32
O Japão nesse período ficou refém dos inúmeros conflitos que se iniciaram e os
daymiô que conseguiram manter seus feudos, ou expandi-los, receberam o título de sengoku
33
daimyô. Na necessidade de formar um exército que possibilitasse prover à segurança e à
manutenção dos interesses políticos, os sengoku daimyô passaram a incorporar, em grande
escala, os ashigaru em seus contingentes militares. Essa medida fornecia aos sengoku daimyô
a capacidade de aumentar a força de seu exército e diminuir o número de baixas entre seus
samurais. 34
Com a incorporação camponesa no campo de batalha, os exércitos aumentaram de
tamanho causando uma alteração no modo de se fazer a guerra no mundo nipônico. As
batalhas com enfrentamentos individuais dispersos que imperavam nos séculos anteriores ao
sengoku jidai foram suplantadas pelo grupo de batalha em uma unidade militar coesa.
Membros das diferentes camadas sociais japonesas passaram a lutar lado a lado no campo de
batalha, e por mais que os nobres samurais ainda detivessem seus privilégios e uma grande
importância dentro da organização militar, os camponeses formavam o grosso da tropa. Os
ashigaru inicialmente integraram o corpo de arqueiros e a infantaria de lanceiros, sendo esta
última a espinha dorsal do contingente militar e a unidade que conferia coesão à tropa.
Cada sengoku daimyô organizou seu exército de forma particular e por mais que
houvesse semelhanças (principalmente na incorporação dos camponeses no campo de
batalha), não se pode generalizar as organizações militares do período sengoku jidai como um
todo equivalente. Essa especificidade de cada organização militar ocorre também com a
incorporação das armas de fogo. Não foram todos os daimyôs que puderam, ou foram capazes
de formar unidades de espingardeiros entre seus componentes militares, ou utilizá-las de
maneira eficaz. 35
O responsável por utilizar com primazia as vantagens que a espingarda concedia
ao cenário militar foi Oda Nobunaga. Este compreendeu a importância da espingarda mais do
que qualquer outro comandante e elaborou uma nova forma de utilizá-las no campo de
batalha. 36 A genialidade militar de Oda Nobunaga foi comprovada na Batalha de Nagashino,
em 1575, quando ele conseguiu exterminar quase que completamente as forças dos Takeda,
pelo uso da saraivada das espingardas. Nobunaga, para se proteger do ataque da cavalaria de
Katsuyori Takeda, dispôs seus espingardeiros atrás de barricadas e paliçadas de bambus. Seus
atiradores compunham uma força de três mil homens e estavam empregados em três fileiras.
37
35
CONLAN, 2013. p.165
36
DAVIS, 2013. p. 251
37
TURNBULL, Stephen. Nagashino 1575: slaughter at barricades. New York: Osprey Publishing, 2000.
16
atrás das barricadas que serviam de escudo, possibilitando o recarregamento da arma com
38
segurança. Nagashino é o marco da utilização tática da arma de fogo e demonstra que
mesmo uma experiente cavalaria samurai não foi páreo para o fogo concentrado. 39
Segundo Turnbull, as espingardas usadas em Nagashino tinham um alcance
máximo de 500 metros, mas a essa distancia o disparo fazia pouco dano. O alcance máximo
para causar dano era 200 metros, que era a distancia entre as barricadas e o local onde a
cavalaria Takeda iniciaria sua carga. A 50 metros de distância os efeitos seriam muito mais
danosos. Isso demonstra que a ordem para se iniciar os disparos aconteceram logo após a
cavalaria partir ao ataque e assumir uma posição vulnerável perante aos projéteis.
Como havia três mil espingardeiros, isso significa que cerca de oito mil
projeteis (falhas devem ter ocorrido) foram disparadas em três saraivadas. É
possível que a carnificina e a confusão infligidas aos Takeda pelas duas
primeiras salvas tenham dado tempo suficiente para que primeira fileira de
espingardeiros recarregasse e disparasse uma segunda salva [...](TURNBULL,
2000, tradução nossa).
38
CONLAN, 2013. p. 174.
39
YAMASHIRO, 1982. p.159.
40
CONLAN, 2013. p.177
41
CONLAN, op. cit.
17
Os sucessivos conflitos que ocorreram no Sengoku Jidai têm seu fim em 1603,
42
quando se inicia o Xogunato Tokugawa. Em 1615, o xogum destrói todos os seus rivais e
inicia uma nova era no Japão, onde o porte das armas se tornaria privilégio dos nobres
samurais. O período que ficou marcado pela relativa paz no mundo japonês restaurou o uso
das armas tradicionais japonesas e a katana passou a ser considerada a alma do samurai 43.
Visando se perpetuar no poder, o governo Tokugawa, em 1607, passou a controlar a
fabricação das armas de fogo e iniciou o país em um período de total reclusão, expulsando
todos os estrangeiros que lá se encontravam.
42
Chefe de governo
43
.
- , 1993.
44
O termo bakufu refere-se à base central do governo do xogun.
45
CONLAN, 2013. p.200.
18
evitou que essa tecnologia se difundisse rapidamente, por temer que tais
armas viessem a ameaçar o regime. (CONLAN, 2013, p.211).
O rígido controle dos armamentos evidencia que a paz no país nipônico veio
como uma imposição governamental. As armas passam a ser propriedade exclusiva dos
nobres, medida que evitava rebeliões contra o governo centralizador. As espingardas que
podiam ser facilmente utilizadas em uma possível revolta política, passaram a ser regidas por
um forte controle estatal, sendo essa a garantia de uma paz reinante.
6 CONCLUSÃO
Em síntese, não se pode dizer que as armas de fogo, que foram introduzidas no
Japão pelos portugueses, revolucionaram a arte da guerra deste país, pois quando elas se
disseminaram e foram incorporadas aos campos de batalha, a organização militar japonesa já
estava passando por um processo de adaptação às circunstâncias políticas e sociais da época.
E dessa adaptação surgiu um exército, composto pelas diversas castas sociais, que combatia
de forma unificada sob as ordens de um comandante, diferentemente do que ocorria antes,
quando a guerra era privilégio dos nobres e os de classe inferior eram apenas coadjuvantes.
Foi essa nova organização militar que aceitou e sustentou a utilização das armas de fogo em
conjunto com os armamentos tradicionais dos guerreiros japoneses, como o arco, a lança e a
espada.
46
Camponeses que se revoltaram contra o governo samurai.
19
REFERÊNCIAS
KASEDA, Anderson Kenji. Sengoku Jidai Oda Nobunaga. São Paulo: All Print Editora,
2009.
KINDERSLEY, Dorling. Armas: uma história visual de armas e armaduras, São Paulo:
Editora Lafonte, 2012.
LIDIN, Olof G. Tanegashima: the arrival of Europe in Japan. Copenhagen: Nordic
Institute of Asian Studies, 2002.
LISBOA, Luiz Carlos; ARAKI, Mara Rúbia
. São aulo: liança Cultural rasil-Japão, 1993.
PAULINO, Francisco Faria. O Japão visto pelo portugueses: Comissão Nacional para as
Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, Lisboa: A Comissão, 1993.
PESTANA RAMOS, Fábio. No Tempo das especiarias. 3.ed. São Paulo: Contexto, 2006.
PIRES, Benjamim Videira. Taprobana e mais além: presenças de Portugal na Asia. Macau:
Instituto Cultural de Macau, 1995.
POLO, Marco, O Livro das Maravilhas. Porto Alegre: L&PM, 2015.
SÁ, Michele Eduard Brasil de. Primeiras relações comerciais entre Portugal e Japão
(1543-1639): convergência de interesses, choque de culturas. Textura (Canoas): revista de
educação, ciências humanas e letras, Canoas, n.13, p.49-55, jan./jun. 2006.
SERRÃO, Joel. Dicionário de História de Portugal. Volume II, Lisboa: Mirandela, 1971.
TURNBULL Stephen, Nagashino 1575: slaughter at barricades. New York: Osprey
Publishing, 2000.
TURNBULL, Stephen. Samurai Armies 1550-1615. New York: Osprey Publishing, 2012.
TURNBULL, Stephen. War in Japan 1467-1615. New York: Osprey Publishing, 2002.
YAMASHIRO, José. Choque Luso do Japão dos Séculos XVI e XVII. São Paulo:
IBRASA, 1989.
YAMASHIRO, José. História dos Samurais. São Paulo: M. Ohno-R. Kempf Editores, 1982.