2021

DIÁRIO DE INTINERÂNCIA

Jeovana Camily de Brito Gomes

Sociologia da Educação II Professora: Maria do Socorro
Borges da Silva.
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DIÁRIO DATA:
Atualmente moro com minha irmã mais velha, Maria
Jordana de Brito Gomes, que também é graduanda do curso
Então vamos lá, eu gostaria de iniciar falando o clássico “oi
de pedagogia na UFPI. Costumo falar que tenho um pouco
querido diário”, pois quando ouvi a proposta da professora
de sorte, pelo motivo de ingressar no mesmo curso que ela e
já me veio na cabeça que terei você como meu
poder garantir mais conhecimentos, e com certeza esse já é
companheiro, meu ouvinte e olha que esse papel e ocupação
uma grande vantagem ter ao lado alguém que já tem uma
deveria ser chata por que eu falo muito. Então já adianto
experiência no curso. Chamo ela e minha tutora, pois ela me
meu querido diário, você vai ouvir muito daqui para o final
ajuda em tudo relacionado a universidade. Sem mais
desse período.
delongas, vamos iniciar o desenvolvimento do meu diário.
Ah, antes que eu esqueça, eu preciso me apresentar! Meu
Vou deixar uma foto minha pra você me conhecer e deixar
nome é Jeovana Camily, tenho 18 anos, talvez eu seja até
tudo mais íntimo.
uma das mais novas da turma e de uma certa forma no
começo da graduação isso me assustou um pouco, mas já
superei isso pois entendi que todos nós estamos lá com o
mesmo objetivo: adquirir conhecimento. Sou portadora de
uma deficiência física congênita, sou filha de Anselmo
Alves Gomes e Maria Pereira de Brito, tenho 5 irmãos, 4
mulheres e 1 homem, costumo falar que sou a filha do meio,
sou natural de Piracuruca-PI, porém cresci em Teresina-PI,
aos meus 14 anos de idade aconteceram alguns problemas
na minha família e tivemos que retornar à minha cidade
natal (Piracuruca-PI), onde passei a conviver com meus pais
e meus dois irmãos mais novos. Ao concluir o ensino médio
e respectivamente passar no Exame Nacional do Ensino
Médio (ENEM), garantindo uma vaga no curso de
pedagogia na Universidade Federal do Piauí- UFPI, voltei
para Teresina-PI, cidade pela qual sou apaixonada, onde
cresci e passei o maior tempo da minha vida, para ingressar
no ensino superior.
 DATA:
25/03/2021
Hoje foi o primeiro dia de aula, e eu confesso que fiquei
bem nervosa, isso é clássico no início de cada período.
Fiquei apreensiva e ansiosa em conhecer a professora e a
turma. Finalmente ela se apresentou e podemos conhece-la
melhor. De cara já observei que ela tinha um gosto e amor
pela arte, pois ela abriu a aula e nos recebeu com uma
música. E logo criei um afeto, pois eu sou amante da arte e
tento expressa-la por meio da música.
A professora trouxe um texto para darmos início ao período
de título “Notas sobre a experiência e o saber de
experiência”, do autor Jorge Larrosa Bondia. Com a
finalidade de nos apresentar o conceito de experiência e
abrir um espaço para falar sobre a produção deste diário.
Vou agora falar um pouco do que eu compreendi a partir do
texto e também da contribuição da professora durante a
exposição do mesmo.
Esse texto é bem curto, muito rápido de ler e também com
uma facilidade de compreensão. No texto eu destaquei
quatro pontos interessantes. O primeiro é o conceito de
experiencia, o autor trás diversas línguas para falar sobre
isso. Em português a definição de experiencia é “O que nos
acontece” e então ele diferencia a experiencia de
informação. Informação não é o mesmo que experiencia,
por exemplo quando eu falo “A moça foi agredida” eu não
posso falar que isso é uma experiencia minha porque não
aconteceu comigo, isso aconteceu com o outro, portanto é
uma experiencia do outro, e pra mim não passa de uma
DATA:
informação. É importante destacar que nós vivemos em uma
sociedade da informação e não da experiencia, nós temos
uma hipervalorizarão da informação e uma subvalorizarão
da experiencia. Olhando pelo lado do âmbito educacional,
nós podemos observar que a escola é um lugar onde há
informação e pouca experiencia, aquilo que os estudantes de
fato vivenciam é completamente secundário em relação ao
acumulo de informação que os mesmos tem que conhecer.
A informação não é conhecimento e conhecimento não é o
mesmo que sabedoria. A sabedoria é o resultado da
experiencia, é transformar o conhecimento adquirido com a
experiencia em algo legal, é sobre o que você vai fazer a
partir da corporificação desse conhecimento.
O segundo ponto interessante que o autor trás é o excesso de
informação. Onde essa circunstância gera um excesso de
opinião, ou seja, as pessoas acham que ter opinião indica
que você é uma pessoa consciente e crítica, quando na
verdade o que faz você ser um indivíduo crítico é saber usar
o seu conhecimento adquirido na experiencia em um
momento certo e com sabedoria.
O terceiro e quarto ponto estão muito interligados, pois o
autor fala que a gente não tem experiencia pela falta de
tempo e pelo excesso de trabalho temos, nós somos
sobrecarregados de afazeres e o tempo passa rápido e não dá
tempo de absorver uma experiência.
Então a nossa percepção de experiencia está ligado ao
tempo que você passou trabalhando e isso empobrece
brutalmente aquilo que te toca, que te transforma e o
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excesso disso impede que você perceba e viva outras coisas DATA:
08/04/2021
no mundo, ouras relações e afetos porque você não tem
Hoje foi orientado que seria aula assíncrona, a professora
tempo. Então o empobrecimento da experiencia se deu pelo
excesso de informação/opinião, excesso de trabalho e falta pediu que nós fizéssemos um mapa conceitual ou mapa
de tempo. mental sobre um texto chamado “Entre as linhas abissais do
Nós podemos observar isso na sociedade que vivemos hoje, pensamento e da formação” de autoria da própria professora
onde tudo acontece rápido. Eu costumo falar que eu queria Socorro Borges. Apesar de eu ter tido um pouco de
que meu dia tivesse 48 horas kkkk porque tudo passa muito dificuldade para interpretar e entender o texto, achei muito
rápido e eu queria aproveitar muito mais do que só fazer as
interessante ser um texto escrito pela professora. Abaixo
obrigações como por exemplo passar um tempo vendo o pôr
do sol ou conversar por muito tempo com meus amigos e vou colocar a imagem do meu mapa mental.
família, porém eu sei o quanto é difícil ter essas
experiências sempre. Quando tenho oportunidade faço de
tudo pra aproveitar e tornar aquele momento único. Vou até
deixar aqui uma foto linda do pôr do sol que eu registrei
alguns dias atrás.
15/04/2021
DATA:
Boa noite querido diário, hoje meu dia foi bem cansativo,
porém consegui assistir aula. Hoje a professora fez apenas
considerações sobre o mapa mental e o texto que usamos
para produzir o mesmo.
06/05/2021
Hoje a professora fez uma orientação de como vai ser o
cronograma até o final da disciplina e falou sobre os
seminários que acontecerão nas próximas aulas. Ainda hoje
ela fez a distribuição dos temas para os seus respectivos
grupos. Os temas serão sobre os pensadores da
modernidade, são eles: Bourdieu, Foucault e Bauman . O
meu grupo apresentará uma roda de conversa sobre o
pensamento e a contribuição do pensamento de Bauman
para entender o que nós estamos vivendo hoje durante a
pandemia. Teremos o livro “Medo liquido” como apoio e
nossa apresentação será dia 24 de junho, o último grupo.
Estou um pouco aliviada por ser último, terei mais tempo
para me preparar e consequentemente farei tudo com mais
confiança. De todo modo, nas próximas aulas farei uma
exposição do que entendi da apresentação dos outros grupos
e também vou dá minha opinião acerca dos temas propostos
pela professora para que seja realizado as apresentações.
20/05/2021
Boa noite meu querido diário, hoje começaram as
apresentações dos seminários e roda de conversa. O
primeiro grupo que seria o seminário não pode apresentar
DATA:
hoje, por isso o grupo de roda de conversa se adiantou e
conseguiram se apresentar com o tema “Bourdieu:
dominação masculina. Vou colocar aqui o meu
entendimento sobre o tema a partir da apresentação dos
meus colegas.
O livro de Pierre Bourdieu “Dominação Masculina” foi
lançado em 1998, e tem o objetivo principal do livro é
analisar a dominação masculina que persiste até os dias
atuais. Bourdieu deixa claro que tudo que acontece na
sociedade é histórico, nada é atual e os dominantes sempre
tentam explicar que a dominação é algo da natureza, porém
todo tipo de dominação foi construído em uma determinada
época.
Eu observando a roda de conversa, percebi que não falavam
somente daquela dominação domiciliar, da relação homem e
mulher, pois na verdade a unidade domiciliar reproduz algo
que é criado e imposto muitas vezes por entidades do
estado, pela igreja e também pela escola. É muito fácil
encontrar pessoas ainda no século 21 com pensamentos tipo
“é normal essa dominação, o homem tem mesmo que ser
maior e superior que a mulher, não tem como mudar, é algo
normal e natural”. Um exemplo dessa supremacia masculina
é quando um homem se ofende quando é comparado com
uma mulher, o homem ver isso como humilhação.
Essa violência simbólica está presente no nosso dia a dia.
Nós mulheres vivemos dentro dessa sociedade patriarcal e
de uma certa forma faz nós acharmos que esse tipo de
comportamento dos homens é algo normal. Por já estarmos
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acostumadas com essas atitudes. E quando a gente vive isso
e não nos questionamos o que está acontecendo coma
sociedade, nós reforçamos e faz com que vá apenas
passando de geração para geração, e com isso a dominação
ganha força e potência.
Por isso, na minha visão o que tem que mudar é justamente
esse pensamento de que é “normal”. É importante e
necessário que exista um ensinamento primeiro por parte da
família com o objetivo de conscientizar a criança desde
muito cedo.
Vou deixar em baixo uma foto do mapa mental produzido
pelo próprio grupo da roda de conversa, só para
complementar e entendimento desse tema tão importante
para a nossa sociedade.
DATA:
27/05/2021
Meu querido diário, hoje a aula foi legal. Assistimos o
primeiro seminário, que tinha o tema Bourdieu e educação.
Fiquei triste pelo grupo, pois nem todos conseguiram estar
presentes na aula de hoje, porém com a complementação da
professora ficou muito claro o assunto do seminário. Vou
colocar o que eu entendi sobre a apresentação e a fala da
professora.
Bourdieu trata da reprodução social numa perspectiva
relacional a partir da reprodução cultural. Pensar na
reprodução social com Bourdieu implica pensar nas relações
entre poder e (econômico e simbólico). Para ele essa
reprodução social não se dá somente pela posse pelo capital
econômico e simbólico, mas também pela detenção do
capital cultural visto que, esse capital cultural é a principal
estratégia de reprodução nas sociedades avançadas. O
capital cultural é a bagagem de tudo aquilo que você
aprende e carrega durante toda sua vida (formação,
conhecimento externos, certificados) quem obtém o mesmo,
na sociedade atual, garantem vantagens em relação aqueles
que não carreguem o capital cultural bem qualificado.
Para que ocorra o processo de reprodução social acirram-se
modos de dominação. Na sociedade em si fica muito fácil de
observar uma relação entre dominantes e dominados, onde
existe uma naturalização de que essa relação é normal
dentro da sociedade. Para Bourdieu o sistema escolar é um
grande exemplo para entender essa reprodução de
desigualdade. As formas de dominação pela escola são
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indiretas, é escolhendo o melhor estabelecimento escolar segundo sentido foi o “ouvir”, tínhamos que lembrar de uma
DATA:

para seus filhos que a família – enquanto detentora de música que marcasse nossa infância e consequentemente
capital econômico ou cultural – assegura a relação de nossa herança cultural. O terceiro sentido foi o “gosto”,
dominação que a une objetivamente ao mundo social, tínhamos que escolher um gosto que representasse algo que
garantindo as chances objetivas de reprodução da posição marcou nossa herança cultural. O quarto sentido foi cheiro,
social da família na estrutura de distribuição das classes. da mesma forma escolhemos um cheiro que lembrasse algo
que marcou muito toda nossa infância e herança cultural. O
Para Bourdieu a reprodução da estrutura de distribuição do
último sentido, foi o “toque”, escolhemos alguém que teve
capital cultural se dá na relação entre as estratégias das
um papel significante na nossa formação como pessoa e na
famílias e a lógica da instituição escolar. As famílias
formação da nossa herança cultural. Logo após ela pediu para
representam corpos com tendência a perpetuar seu ser
que nós colocássemos tudo isso dentro da caixa e por fim
social, com todos seus poderes e privilégios, que é a base
estava feita a nossa caixa de herança cultural. No final da
das estratégias de reprodução. Sendo assim, elas investem
aula, a professora pediu para que produzíssemos um texto,
tanto mais na educação escolar quanto mais importante for
falando sobre cada sentido e cada experiência, relacionando
seu capital cultural e quanto maior for o peso deste em
com os pensamentos de Bourdieu. Eu confesso que deixei
relação a seu capital econômico.
muito a desejar nessa produção, pois foi feito tudo em pouco
“Oficina de experiência e produção sobre Bourdieu e tempo, porém vou deixar fotos aqui de como ficou esse texto
educação” e também fotos do objeto escolhido para representar minha
herança cultural. Logo após as fotos irei explicar como foi
Essa parte da aula foi bem interessante para nós alunos, minha experiência fazendo a dinâmica.
gostei que a professora usa esses métodos mais dinâmicos
para nós termos uma maior experiencia daquilo que foi
vivido, é algo bem legal para nós alunos poder vivenciar
coisas diferentes na sala de aula, se torna uma aula mais
leve.
Ela pediu para que nós pegássemos uma caixa, papéis e
canetas. A professora orientou cada passo dessa dinâmica, ela
pediu para nós pensarmos nos 5 sentidos. O primeiro foi a
“visão”, ela orientou que nos procurássemos dentro da nossa
casa um objeto que representasse a nossa herança cultural. O
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Foi muito emocionante poder relembrar da minha infância
durante essa produção, estava escrevendo o texto e chorando
porque hoje já tinha sido um dia bastante nostálgico porque
choveu e sempre quando chove eu fico mais quietinha.
Então eu gostei muito de poder viver alguns momentos
novamente.
17/06/2021
Boa noite querido diário, hoje meu dia foi bem tranquilo,
não tive muitas atividades e então aproveitei bastante o dia
fazendo coisas que eu gosto como por exemplo assisti
filmes e olhar o pôr do sol. A noite eu tive aula, e hoje foi
dia de seminário e roda de conversa. O tema de hoje era
sobre o filósofo Michael Foucault e a educação.
O grupo abortou alguns temas estudados por Foucault,
especificamente as três linhas de seu pensamento:
Arqueologia do Saber, Genealogia do Poder e Estética da
Existência.
Pelo meu entendimento a arqueologia do saber seria onde
Foucault observa e destaca os discursos criados ao longo
dos séculos pela sociedade que são impostos como saberes
concretos, absolutos e verdadeiros aos indivíduos,
moldando-os conforme a sociedade deseja e necessita. O
segundo domínio é a Genealogia do poder, explica que por
DATA:
meio dos saberes se constituiu o poder, a partir disso o
poder se fez presente e dividiu a sociedade em classes. O
terceiro domínio é a estética da existência, que consiste em
um olhar do indivíduo para si mesmo.
O que mais me chamou atenção foi sobre a Genealogia,
quando o grupo falou do panoptismo. O dispositivo
panóptico baseia-se em três elementos: um espaço fechado,
de preferência em formato de círculo, divido em celas e com
uma torre central. Da torre pode-se enxergar todas as celas,
porém de nenhuma cela pode-se enxergar quem está vigiando
da torre. A intenção é fazer com que aquele vigiado saiba que
a todo tempo está sendo observado pelo vigilante. E isso pode
ser observado em muitas instituições da nossa sociedade,
como por exemplo as escolas, onde os alunos estão sempre
sendo vigiados pelos superiores e seguem regras de
comportamento e disciplina, vemos isso no fardamento, nas
cadeiras enfileiradas, na permissão para ir ao banheiro e
muitas outras formas de controle. Vou deixar aqui o mapa
mental que foi produzido pelo grupo que apresentou esse
trabalho que achei tão interessante.
 DATA:
24/06/2021
Muito boa noite meu querido diário, finalmente hoje foi a
apresentação do meu grupo. Meu dia já foi movimentado,
passei o dia revisando o assunto pelo google meet junto com
minhas colegas. Foi um tema muito bom e ao mesmo tempo
muito difícil de falar, foi muito emocionante pra todas nós e
pra professora também pois ela se emocionou com o
assunto, porque realmente é um tema que meche com o
nosso lado emocional ainda mais no meio de tudo isso que
estamos vivento durante a pandemia. O tema era sobre o
primeiro capítulo do livro de Bauman “o pavor da morte”
explicamos como Bauman trata esse assunto e nos
assustamos com tamanha relação com o com texto da
DATA:
pandemia. Nós falamos do medo e quais são as ameaças do
medo, falamos sobre a neblina em que estamos vivendo sem
saber o que está por vim, falamos também do exemplo do
titanic onde devemos aproveitar a vida até o último
momento e por último falamos como Bauman fala que
devemos lidar com o medo da morte através da
desconstrução e banalização. Foi muito difícil falar porque
sabemos o quanto todo mundo está afetado com o que está
acontecendo, eu por exemplo sempre acordo pensando no
que pode acontecer hoje, tenho muito medo desse vírus
matar alguém próximo ou minha família, esse é o meu
maior medo hoje. Mas acredito muito em Deus, tenho
certeza que ele está cuidado de tudo e sei que isso vai passar
e vamos todos nos recuperar desse trauma e ficar bem.
O mapa mental do meu grupo vai ficar abaixo.
 DATA:
01/07/2021
Olá querido diário, hoje a professora fez a oficina de
Bauman. Primeiramente pra nós imaginarmos um lago,
depois deu a orientação para que pensássemos num sujeito
moderno de acordo com os pensamentos de Bauman e
colocasse esse sujeito em forma de desenho dentro do lago,
logo em seguida ela pediu pra imaginarmos e desenhar
como são as relações na sociedade para Bauman e por
último como era a educação para Bauman. Vou deixar a foto
da minha produção dessa oficina de experiência.
DATA:
Eu desenhei um sujeito onde pensa um homem dentro do
capitalismo, um homem que pensa no trabalho, um homem
que é imerso dentro da tecnologia. E da mesma forma são as
relações entre os indivíduos, pessoas sem tempo,
preocupadas apenas com dinheiro e vaidosos.
No filme “O retrato de Dorian Gray” vemos com muita
clareza essa vaidade da modernidade líquida que Bauman
fala. O Retrato de Dorian Gray fala sobre a vida de Dorian e
as consequências terríveis que se acometem sobre ele após a
confecção de um quadro que lhe dá a possibilidade de não
envelhecer. Dorian tinha medo de envelhecer esse medo do
tempo passar e envelhecer fez Dorian ser capaz de vender
sua alma em troca da beleza eterna. Isso é um retrato do que
acontece na vida real, as pessoas não se importam com seu
interior contato que por fora esteja sempre belo, muitas
vezes deixam se levar por toda a riqueza e não e importam
com o seu caráter e sua alma. Viver bem, ter uma vida bela
não é apenas ter dinheiro, mas sim ter a paz interior.
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09/07/2021 DATA:

Boa noite querido diário, hoje foi a oficina de Foucault. Foi

muito legal porque a professora usou tinta guache, me fez
lembrar a infância. Ela fez duas perguntas a primeira foi: O
que é o sujeito para Foucault? E a segunda foi: O que pode a
relação saber-poder para Foucault?
Vou deixar abaixo a minha produção.

Nessa segunda pergunta eu coloquei uma sala de aula que

Nessa primeira pergunta eu imaginei primeiro um sujeito
“preso” que é quando o sujeito não conhece a Estética da
representa o saber e para representar o poder eu imaginei as
fileiras de carteiras que é uma forma de poder sobre os
alunos, e coloquei uma carteira de cor azul para representar
aquele aluno que não segue as regras de disciplina, aquele
que tem seus próprios pensamentos e esse é justamente
aquele que a escola taxa de “bagunceiro”.
O filme “Febre do rato” nos fala de experiências estéticas,
políticas e afetivas em que se formam a vida comunitária e

Existência, um sujeito que é assujeitado a todos os
dispositivos de poder da sociedade, por isso o passarinho na
gaiola. E depois fiz um passarinho fora gaiola que é quando
o sujeito conhece a Estética da Existência e prática as
tecnologias de si e passa a ser um sujeito livre das sujeições
e se torna um ser humano ético.
questionamento do sujeito identitário de direitos. Foucault e
o filme nos ajudam a compreender melhor essa dimensão
simultaneamente ética, estética e política, que caracteriza
certos movimentos sociais de nosso tempo.
 DATA:
Trabalho de campo: A sociedade de máscaras:
cartografando modos de existências e resistências educativas
na pandemia.
O presente trabalho de campo será uma autodescrição de
como foi a minha vivência e minha experiência durante a
pandemia e também as minhas expectativas para a pós
pandemia.
Meu nome é Jeovana Camily, entrei na universidade no
período 2020.1, tive a oportunidade de conhecer os
professores e os meus colegas de classe, infelizmente tivemos
apenas duas semanas de aula, pois fomos todos surpreendidos
com a chegada do covid-19, logo foi decretado pelo
ministério da saúde que se tratava de uma pandemia e foi
orientado que todos entrasse de quarentena. No começo da
quarentena eu fiquei muito desmotivada em relação aos meus
estudos, 2 meses depois eu resolvi não ficar parada, comecei
a fazer cursos online, fiz curso de inglês, fiz noções
administrativa pela segunda vez, e fiz práticas pedagógicas.
Em julho de 2020 eu voltei pra minha cidade Natal que é a
que me encontro agora no mês de julho do ano de 2021. A
pandemia trouxe pra minha vida alguns pontos negativos e
DATA:
alguns pontos positivos. Em primeiro lugar, duas pessoas da
minha convivência contraíram a covid, felizmente todos
se recuperaram e se encontram bem. O desemprego se tornou
presente na minha família, duas pessoas ficaram
desempregadas e tivemos que nos reinventar abrindo um
novo negócio, graças a Deus esse novo negócio foi um
sucesso e ficou tudo bem. Mas um ponto negativo foi o atraso
do nosso curso de pedagogia que só tivemos retorno em
setembro com a abertura do período 2020.3, mas mesmo
assim acredito que ainda ficaremos no prejuízo. Mas de modo
geral, o coronavírus trouxe alguns ensinamentos pra todos
nós. Como por exemplo a saúde física e mental que devemos
colocar como prioridade na nossa vida, o compartilhamento
de saberes (o que vemos nas lives nas diversas plataformas
digitais), a cautela no consumismo, a valorização da
educação e a importância do modelo EAD no ensino. E vale
lembrar que tudo foi possível através da internet, acredito que
ficou claro a importância do mundo digital na vida das
pessoas. Mas de fato, esse momento marcou nossa geração e
irá redesenhar a forma como vamos viver daqui a diante.
Tenho muito medo do que pode vim nessa pós pandemia,
medo das relações entre as pessoas, medo de vir outro
 DATA:
desastre e acontecer tudo de novo, medo de não conseguir DATA:

recuperar a saúde mental. É exatamente o que Bauman fala,

vivemos numa sociedade da neblina, onde não sabemos o que
pode acontecer, não temos previsão de nada, o que nos resta
é ter a fé e acreditar que tudo vai dá certo e tudo vai mudar.
Vou deixar algumas imagens, print de chamadas de vídeos
que fiz durante a quarentena com amigos e família que
moram distantes, e sem dúvidas as chamadas de vídeos me
salvaram em muitos momentos de tristeza nesse período.
 DATA:
Despedida DATA:

Meu querido diário, isso não é literalmente um adeus, pode

ser que eu volte a escreve-lo em breve, só queria agradecer
ao tempo que passamos juntos e por toda experiência
adquirida compartilhada. Agradeço também a minha
professora Socorro pelo ensinamento, pela orientação
durante o período e pelo tempo dedicado a nós alunos. Até
em breve!

“Loucos são apenas os significados não compartilhados.

A loucura não é loucura quando compartilhada”
Zygmunt Bauman