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As pesquisas são claras quanto a idade em qual o Transgênero tem início da consciência de
que seu corpo é indisposto com sua mente. Maiores pesquisas feitas nos trazem uma média de
idade, entre 4 e 12 anos, porém isso pode variar conforme o sujeito. Isso falando em termos
de consciência de que ele não é ela ou ela não é ele. Relatos de crianças de 3, 4 anos que já
diziam ao seus pais: Mamãe, eu sou menina (Isso no caso do menino). A persistência dessas
atitudes levam a crença dessa contrariedade. A população Trangênero em geral nos traz que a
identificação foi muito cedo e aqueles quais após os 7 anos começaram a se identificar, já
sabiam desde muito cedo, porém houve supressão de sua condição. Isso deu-se pelo ambiente
social ou familiar, qual o preconceito foi maior que aos outros. Os relatos são claros, a
identificação do Trangênero se dá na infância. Muitos contestam, porém os estudos estão
avançando mais nesta área comparado há outras do gênero (como modo de ser o nascer).
Hoje existem dois estudos caminhando juntos para um entendimento dessa questão. Os
fatores pré-disposto a genética, quais foi notado que em algumas famílias a incidência dessa
ocorrência é muito maior que em outras. A segunda, é a explicação que mais toma forma nos
estudos científicos, é de que o órgão sexual (genitália), é formado a partir do 4º mês de
gestação, e as estruturas do cérebro que compreende o desenvolvimento comportamental,
cognitivo e de personalidade, são formadas a partir do 5º mês de gestação. Essa disparidade
pode estar relacionada com o nascimento de pessoas Trânsgêneros. Não podemos nos
aprofundar no tema, pois a síntese não nos permite.
Apesar de muito precário o atendimento a esse público, o Brasil conta com dois grandes
hospitais referência, um em Porto Alegre no RS e outro em São Paulo SP. Esses centros
oferecem tratamentos a essas crianças e pais, que vão desde atendimento psicológico,
psiquiátricos, neurológicos a parte relacionada aos hormônios, mudança física e até mesmo
cirurgia de resignação sexual.
Desde 1992 a OMS juntamente com o CFP não consideram mais o Transgênero como uma
doença mental ou psicológica. Hoje A literatura Psiquiatra trata, em seu código, como Disforia
de gênero, o que seria o mesmo que mal estar.
Infelizmente a sociedade ainda tem muito o que aprender em relação a essa população, e as
outras também, aos que tratam como diferente. Quem sabe a ciência nos ajude a quebrar
alguns paradigmas sociais e dogmas. O importante é sermos persistentes e abraçar as causas,
a empatia, mesmo que aprendida, poderá nos levar há uma grande evolução.
Aqui termino com uma frase do famoso Cartunista e Transgênero Laerte:
“Uma sociedade existe quando reconhece todos os seres que são possíveis dentro de sua
existência.”