1- O agronegócio possui ampla expressividade na economia brasileira
representando em sua cadeia aproximadamente 22% do volume de empregos do país. Este tamanho remete à ampla capacidade tecnológica absorvida pelo setor nos últimos 49 anos, que ampliou em 4 vezes a sua produção total. Como tudo, esse fator é acompanhado de ressalvas, incluindo aquela que expressa a ampliação da concentração empresarial e em alguns casos, como o da soja, que apesar de ser exemplo de distribuição fundiária (devido ao tamanho do mercado), representa a ampliação do modelo monocultor e de área cultivada. Por outro lado, sendo um produto cujo maior objetivo é a produção total para ser exportada, a soja, possui baixa elasticidade dos impactos de políticas sobre a produtividade, principalmente as de caráter vertical. Estando a exportação ao lado das pesquisas, ambas se contrastam com o mercado de crédito e a relação de preços ao consumidor, que possuem maior elasticidade e consequentemente maior concentração do fator capital em modelos de distribuição, design, armazenamento oligopolistas. Como tudo, esse fator é acompanhado de benefícios, nesse caso de confiança internacional, sendo o aumento da concentração, a condução a fatias maiores do mercado de capitais relacionados ao agronegócio, as corporações tomaram dimensões capazes de concorrer no mercado exterior com propaganda e controle de preços via capacidade de armazenamento. “Essas cooperativas se dedicam em sua maioria ao mercado interno sendo que apenas 5 cooperativas vendiam ao exterior na década de 1990. De fato, a maior parte da comercialização tanto doméstica como para o exterior, vem sendo operada por empresas privadas, que são as que concentram de fato o negócio da soja e seus subprodutos no Brasil.” (Agronegócio no Brasil: perspectivas e limitações; Carlos Enrique Guanziroli - p. 50)