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SAMUEL LIMA MORAIS – TESTE 2 – ECONOMIA AGRÁRIA

1- A base lucrativa da agricultura, diferente da industrial é formada partir de grande


massa de lucro, em vez de altas taxas de lucro, havendo uma relação inversa preços
dentre os produtos do primeiro e segundo setor da economia. Esse setor da economia
assim funciona em função da baixa rotatividade do capital, cujo produtor investe
quase em sua totalidade no início do ciclo de plantio e só aufere receitas após a
colheita. Esse ciclo conclui-se em demanda esporádica de mão de obra (possuindo
ciclos entre trabalho de plantio e colheita das safras), não justificando trabalho
assalariado mensal. Outra conclusão possível é a dificuldade que existe ao armazenar
produtos agrícolas, que em sua maioria são perecíveis. Esse fator pode levar a falência
de um agricultor, caso ele não tenha como armazenar seu produto e ele tenha que
vender ao preço (baixíssimo) de mercado que o produto pode chegar em momento de
supersafras.
Dessa forma, o alto custo de produção (pesticidas, herbicidas, adubo, transporte),
combinado com alta volatilidade entre as safras e o custo fixo do produto agrícola no
mercado, definem regras de maior insegurança ao produtor rural e consequentemente
encarecedor.

2- As economias de escala da agricultura possuem a uma curva com ponto de pico


próximo a mediana.
A relação lucratividade x Q de terras possui a sua concavidade invertida, pois é

relacionada a análise micro de ampliação de produtividade via diminuição de custos. O


que se conclui que conforme se ampliam as terras do produtor mini-fundista, seu
custo marginal tende a aumentar, tendendo a se encontrar com o custo médio, ponto
no qual o custo médio tem seu ponto de mínimo. Essa inferência permite concluir a
variação de produtividade nos extremos, pois uma vez ultrapassado o ponto em que o
custo médio é mínimo, há perda na taxa de lucro do produtor a preços constantes.
No entanto, os extremos da curva continuam existindo. O pequeno produtor pode se
especializar em artigos agrícolas, como tomate, que exige baixo espaço de produção,
devido à sua dificuldade. O grande produtor, por sua vez, sobrevive vendendo em
quantidade e auferindo em massa de lucro.

3- O preço do alimento será igual ao custo da pior terra, o que demonstra que o mercado
está arcando com o custo produtivo. Os proprietários das terras, as arrendam seu
espaço rural cobrando mais caro de acordo com a sua produtividade, tendo o preço
decrescente conforme o aumento de custo no espaço arrendado. A ideia apresentada
por Ricardo para solucionar a alta de preços dos alimentos é que a renda da terra está
em conflito com o valor dos lucros e salários. Por fim, as terras de menor
produtividade somem com a abertura comercial dos produtos em que o país possuía
competitividade internacional, ao gerar consistente queda nos preços agrícolas,
eliminando a maior parte das propriedades de menor produtividade, fazendo-os
muitas vezes migrar para o ambiente urbano, onde ele provavelmente será absorvido
por um setor secundário da economia mais lucrativo, cujos salários nominais estarão
mais valorizados frente a queda de preços dos produtos primários.

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