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GOTAS DE REFLEXÃO – 03/02/2021

RETORNAMOS!!! AINDA DE FORMA VIRTUAL!!!

Feliz e boa QUARTA-FEIRA a todas e todos do Grupo!!

HOJE estamos enviando o estudo acerca das Questões 34 e 34-a – Propriedades da Matéria, acompanhada de
Considerações acerca das perguntas feitas por Kardec e das respostas dadas pelo Espíritos.

34. As moléculas têm forma determinada?

“Certamente, as moléculas têm uma forma, porém não sois capazes de apreciá-la.”

a) – Essa forma é constante ou variável?

“Constante a das moléculas elementares primitivas; variável a das moléculas secundárias, que mais não são do
que aglomerações das primeiras; porque o que chamais molécula longe ainda está da molécula elementar.”

CONSIDERAÇÕES (I): Tal nas as perguntas 33 e 33-a, em virtude do entrelaçamento dos temas, necessário
se faz apreciar em conjunto as questões 34 e 34-a, as quais são uma continuidade das perguntas anteriores (29 a
33-a).

Conforme já estudado na questão n. 31, antigamente o átomo também era designado pelo nome de “molécula
elementar”. As “moléculas secundárias”, como se refere o próprio texto da questão em estudo, constituem um
aglomerado de átomos.

O estudo sobre a forma das moléculas confirma o notável poder de síntese dos Espíritos superiores. Enunciado
numa época anterior ao desenvolvimento da teoria quântica, explica de forma racional e simples os meandros de
um tema complexo e praticamente inacessível aos leigos em ciência.

Alguns físicos contemporâneos, inadvertidamente, criticam a resposta dos Espíritos a estas questões. Dizem eles
que haveria erro científico pelo fato de que seria possível, na atualidade, identificar a forma das moléculas.

De fato, a Ciência elaborou modelos para a estrutura e a forma dos átomos e moléculas. Exemplo disso é o modelo
do átomo de Rutherford, que é formado por pequenas esferas (elétrons) que circulam em torno do núcleo,
semelhantemente a um sistema solar, todavia, segundo a teoria quântica, é impossível determinar com precisão
absoluta a forma, o tamanho ou as dimensões de um átomo ou partícula.

Os críticos das respostas das questões 34 e 34-A baseiam-se nos resultados de experimentos com os chamados
microscópios de tunelamento e estudos teóricos sobre a geometria molecular.

Segundo o físico espírita Alexandre Fontes da Fonseca, em artigo publicado na Revista Reformador, de dezembro
de 2008, Editora FEB, o equívoco desta conclusão estaria justamente na interpretação dos resultados desses
experimentos e dessas previsões teóricas.

Atentemos para o que o mencionado pesquisador diz a respeito:


“O microscópio de tunelamento é um aparelho desenvolvido para estudar-se a superfície de materiais em escala
atômica. Ele se baseia no fenômeno conhecido como tunelamento quântico, no qual elétrons da ponta do
microscópio atravessam o vácuo entre a ponta e a superfície do material, em decorrência da probabilidade quântica
de tal travessia ocorrer, e não por ter energia suficiente para isso.

Assim, através da medição da corrente elétrica que flui através da ponta do microscópio, um programa de
computador constrói, com base na teoria quântica, uma imagem artificial do que seria a densidade de elétrons dos
átomos da superfície da amostra, na medida em que a ponta se move sobre ela.

Portanto, a imagem que se vê não é uma imagem real dos átomos, mas sim um modelo criado pela Ciência para
a compreensão dos fenômenos físicos em escala atômica.

A questão da forma das moléculas necessita de uma análise cuidadosa. O conceito de forma está ligado à
aparência, feição, configuração, o que é algo fácil de definir para um objeto macroscópico por causa da facilidade
em delinearmos sua superfície. No caso de uma molécula, o que delimita a sua superfície? Suponha que a forma
de uma molécula seja definida pela região do espaço ocupada pelos elétrons dos átomos dessa molécula, a
chamada nuvem eletrônica. A teoria quântica prevê qual região do espaço é mais provável de se encontrar tais
elétrons. Tal região poderia ser tomada, então, como sendo a forma mais provável da molécula, mas nunca a forma
absoluta da mesma.

(...)

Ter uma forma que não se pode apreciar ou medir com precisão é equivalente a dizer que as moléculas não
possuem uma forma bem definida.”(Sublinhei).

De fato, a resposta dos Espíritos sobre a forma das moléculas está em sintonia com os estudos atuais da
Física, porquanto o homem continua incapaz de identificar, com precisão, a forma das moléculas por causa
da natureza probabilística da teoria quântica, ou seja, não há certeza sobre a posição dos elétrons de uma
molécula e, consequentemente, da sua forma (princípio da incerteza de Heisenberg). (negritamos)

Em suma, se mesmo na atualidade, com todos os avanços da física, é difícil penetrar a complexidade dos
estudos sobre a estrutura da matéria, é forçoso reconhecer e admirar a sabedoria dos Espíritos nas
respostas, dadas em linguagem objetiva, às questões 34 e 34-a de “O Livro dos Espíritos”, que antecipou
em mais de meio século as descobertas da teoria quântica. (negritamos e sublinhamos)

CONSIDERAÇÕES (II): Na pergunta 34 Kardec questiona os Espíritos se as moléculas têm forma


determinada e se esta forma é constante ou variável.

Os Espíritos dizem a Kardec que “sim as moléculas têm forma, mas não sois capazes de apreciá-las.”

Ora, com o avanço da Física, especialmente das técnicas de difração de raios X, hoje as estruturas das moléculas
são muito bem determinadas e ainda sabemos que muitas moléculas podem se apresentar com estruturas diferentes
tendo o mesmo arranjo atômico (os isômeros = partes semelhantes da massa). Estes isômeros têm propriedades
diferentes. Estas estruturas apesar de bem determinadas, permitem oscilações atômicas como vibrações e rotações
que dão uma visão dinâmica destas. Estes movimentos moleculares dependem da temperatura a que as moléculas
estão submetidas. Estes movimentos tendem a desaparecer a medida que a temperatura abaixa.

Por meio da Física Atômica sabemos que os próprios átomos podem se apresentar com diferenças de massas,
mantendo as mesmas propriedades químicas (os isótopos = cada um dos átomos cujo núcleo atômico contém o
mesmo número de prótons, mas seus nêutrons têm a numeração diferente), mas com propriedades físicas distintas.

Como exemplo, o elemento atômico mais leve que é o Hidrogênio tem dois isótopos, o Deutério e o Trítio que
diferem um do outro pelo número de nêutrons no núcleo (H igual a um próton e um elétron; D igual a um próton,
um nêutron e um elétron; T igual a um próton, dois nêutrons e um elétron).

Afirmam ainda os Espíritos que só as “moléculas elementares” têm forma constante e o que a Ciência da época
de Kardec chamava de molécula longe estava de ser a molécula primitiva. E isto era certo, pois de lá para cá
aprendemos muito sobre a estrutura da matéria. Os Espíritos sabiam o que estavam dizendo. (sublinhamos e
negritamos)

NASCIMENTO, Otaciro Rangel. Das Causa Primárias, 1ª edição, 2016, FEEGO, Parte 2, págs. 80 e 81.

CONSIDERAÇÕES (III):

FORMA MOLECULAR

Ainda focalizaremos o elemento primitivo. A matéria primitiva, devemos dizer novamente, está longe das análises
humanas. Escapa aos aparelhos físicos porque se encontra configurada em dimensões diferentes das de ordem
material. O elemento primitivo pulsa na dimensão espiritual do Espírito, como elemento sutil. Ele foge mesmo às
vistas dos Espíritos, a não ser daqueles que se encontram em alta escala, como sendo Espíritos perfeitos.

Deus, pelo seu atributo divino, a inteligência, coloca nas mãos de cada criatura, somente o que pode suportar, e
esconde o que ela ainda não pode ver, para o bem e a felicidade de todos os seus filhos.

A humanidade se encontra num fechamento de ciclo evolutivo, onde a terapia da dor não pode faltar. Somente ela
desperta nos corações os mais profundos sentimentos de fraternidade, no entanto, podem ser aliviada. A
moderação das catástrofes já se encontra nas cogitações do Mestre, desde quando os homens empreendam o
esforço próprio em todos os rumos do aprimoramento espiritual. As religiões estão surgindo no mundo, por vezes
com divisões para atender a todos, na qualidade de socorro espiritual.

A política se afoga em um mar de sangue, usando a própria ciência que deverá ser pacífica e benfeitora, para o
morticínio devastador. Esperamos que o entendimento surja, porque mesmo a custo exorbitante ele virá. Enquanto
isso, trabalhemos, e para tanto chamamos a atenção dos espiritualistas de todo o mundo, para que deem serviço
às mãos na caridade, e que isso seja na sua expressão verdadeira de amor. Antes de acender a luz no mundo
exterior, erro de todos os aprendizes do Evangelho, despertemos essa chama divina dentro do coração. De outra
forma não conheceremos a paz.

A ciência é uma divisão da sabedoria muito elevada, da qual todos precisamos; todavia, ela, sem amor, nada
conseguirá de bom. Sem o amor ela se perderá em emaranhados de difícil recuperação. A pergunta em pauta é se
as moléculas têm forma. No sentido determinado dessa partícula, pelos homens descoberta e balizada como
molécula, a sua forma é transitória. O elemento primitivo que vibra no seio da natureza, não constatado pelo
homem, tem forma determinada imutável, por ser uma energia pulsante como elemento além da luz, como sendo
a fonte desta.

A molécula física secundária, que é formada de aglomerações da primitiva, como podemos dizer, acúmulos
atômicos, se reúnem por afinidade, na formação das segundas e por determinação dos agentes altamente
inteligentes da criação. Esses elementos fazem e desfazem de acordo com as necessidades do ambiente, das coisas,
dos homens, e mesmo dos Espíritos em serviço na grande casa de Deus.

Conhecer a composição das formas materiais não irá nos salvar dos infortúnios que os descuidos geraram. A
tranquilidade imperturbável surge na fonte do amor e da caridade, está na educação íntima das criaturas de Deus.
As trevas estão cheias de inteligências e cientistas de renome, sofrendo as consequências das suas invigilância
acerca da ciência mal aplicada e do desenvolvimento mental mal dirigido. Mas não existe um sequer, preso nas
correntes inferiores, porque amou, porque fez caridade e porque usou o bom senso na sua perfeita educação
espiritual.

Devemos conhecer, em primeiro lugar, a forma molecular do amor, pois é ele que nos garante a paz de
consciência.

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