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Tipos de Estruturas em Construcao Civil
Tipos de Estruturas em Construcao Civil
Davidson Araújo
Guilherme Gomes
Gustavo Miglio
João Alan Ruas
Teófilo Otoni, MG
2012
Davidson Araújo
Guilherme Gomes
Gustavo Miglio
João Alan Ruas
Teófilo Otoni, MG
Outubro, 2012
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................3
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................5
2.1 Estruturas de Madeira........................................................................................ 5
2.1.1 Generalidades ............................................................................................. 5
2.1.2 Propriedades Físicas da Madeira ................................................................ 8
2.1.3 Considerações Básicas para Projeto de Construções em Madeira .......... 12
2.2 Estruturas Metálicas ........................................................................................ 14
2.2.1 Conceito de Aço ........................................................................................ 14
2.2.2 Características dos Aços........................................................................... 14
2.2.3 Produtos de Aço para uso Estrutural......................................................... 15
2.2.4 Vantagens e Desvantagens do Aço Estrutural .......................................... 16
2.2.5 Tipos de Estrutura de Aço ......................................................................... 17
2.3 Estruturas em Concreto ................................................................................... 18
2.3.1 Concreto.................................................................................................... 20
2.3.2 Concreto Armado ...................................................................................... 27
2.3.3 Concreto Protendido ................................................................................. 28
2.4 Estruturas Mistas ............................................................................................. 33
2.5 Alvenaria Estrutural.......................................................................................... 34
2.5.1 Histórico .................................................................................................... 34
2.5.2 Conceito .................................................................................................... 35
3. TEXTO COMPLEMENTAR ...............................................................38
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...............................................................40
4.1 Madeiras .......................................................................................................... 40
4.2 Metálicas.......................................................................................................... 41
4.3 Concreto Armado ............................................................................................. 41
4.4 Protenção ........................................................................................................ 41
4.5 Alvenaria Estrutural.......................................................................................... 41
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................43
3
1. INTRODUÇÃO
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1.1 Generalidades
3
1 tonelada de madeira consome 2,4x10 kcal de energia
3
1 tonelada de concreto consome 780x10 kcal de energia
3
1 tonelada de aço consome 3000x10 kcal de energia
Tabela 2.1.1 - Consumo de energia na produção de alguns materiais
(FONTE: LNEC, 1976)
Umidade
A umidade da madeira é determinada pela expressão
,
Densidade
A norma brasileira apresenta duas definições de densidade a serem
utilizadas em estruturas de madeira: a densidade básica e a densidade aparente. A
densidade básica da madeira é definida como a massa específica convencional
obtida pelo quociente da massa seca pelo volume saturado e pode ser utilizada para
fins de comparação com valores apresentados na literatura internacional.
A densidade aparente é determinada para uma umidade padrão de
referência de 12%, pode ser utilizada para classificação da madeira e nos cálculos
de estruturas.
,
Retratibilidade
Define-se retratibilidade como sendo a redução das dimensões em uma
peça da madeira pela saída de água de impregnação.
Como visto anteriormente a madeira apresenta comportamentos
diferentes de acordo com a direção em relação às fibras e aos anéis de crescimento.
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Durabilidade Natural
A durabilidade da madeira, com relação a biodeterioração, depende da
espécie e das características anatômicas. Certas espécies apresentam alta
resistência natural ao ataque biológico enquanto outras são menos resistentes.
Outro ponto importante que deve ser destacado é a diferença na
durabilidade da madeira de acordo com a região da tora da qual a peça de madeira
foi extraída, pois, como visto anteriormente, o cerne e o alburno apresentam
características diferentes, incluindo-se aqui a durabilidade natural, com o alburno
sendo muito mais vulnerável ao ataque biológico.
A baixa durabilidade natural de algumas espécies pode ser compensada
por um tratamento preservativo adequado às peças, alcançando-se assim melhores
níveis de durabilidade, próximos dos apresentados pelas espécies naturalmente
resistentes.
Resistência Química
A madeira, em linhas gerais, apresenta boa resistência a ataques
químicos. Em muitas indústrias, ela é preferida em lugar de outros materiais que
sofrem mais facilmente o ataque de agentes químicos. Em alguns casos, a madeira
pode sofrer danos devidos ao ataque de ácidos ou bases fortes. O ataque das bases
provoca aparecimento de manchas esbranquiçadas decorrentes da ação sobre a
lignina e a hemicelulose da madeira. Os ácidos também atacam a madeira causando
uma redução no seu peso e na sua resistência.
Durabilidade da Madeira
Segundo a norma brasileira NBR 7190/97, o projeto de estruturas de
madeira deve garantir a durabilidade da madeira, facilitando o escoamento das
águas, prevendo a ventilação das faces vizinhas e paralelas às peças em madeira e
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Dimensões Mínimas
A norma brasileira NBR 7190/97 estabelece dimensões mínimas para
seções transversais dos elementos estruturais. A Tabela 02 retrata as dimensões
mínimas para peças de madeiras, de acordo com a referida norma.
Flexão
Peças fletidas são peças solicitadas por momento fletor. Acontecem na
maioria das peças estruturais disponíveis, tais como, em terças, ripas e caibros de
telhados, tabuleiros de pontes, etc. Mesmo em barras das chamadas treliças existem
o efeito de flexão, que usualmente é desconsiderado.
É comum acontecer numa mesma seção transversal efeitos de flexão em
duas direções perpendiculares entre si. É o caso da chamada flexão oblíqua.
Também pode acontecer efeitos de flexão combinados com solicitações axiais de
compressão ou tração, tendo-se então o caso de flexocompressão ou flexotração.
Cisalhamento
O cisalhamento de peças fletidas de madeira pode ser entendido como
um esforço existente entre as fibras, na direção longitudinal da viga, causado pela
força cortante atuante. Este efeito é mais significativo em vigas com alta relação
vão/altura, acima de 21.
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O aço pode ser definido como uma liga metálica composta por 98% de
ferro, e com pequenas quantidades de carbono (de 0,02% até 2%). (Dias, 1997).
Entretanto pode-se adicionar elementos de liga.
Vantagens:
Fabricação das estruturas com precisão milimétrica, possibilitando um alto
controle de qualidade do produto acabado;
Garantia das dimensões e propriedades dos materiais;
Material resistente a vibração e a choques;
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Desvantagens:
Limitação de execução em fábrica, em função do transporte até o local de sua
montagem final;
Necessidade de tratamento superficial das peças contra oxidação, devido ao
contato com o ar atmosférico;
Necessidade de mão-de-obra e equipamentos especializados para sua
fabricação e montagem;
Limitações de fornecimento de perfis estruturais.
2.3.1 Concreto
Concreto endurecido
Resistência aos esforços mecânicos;
Propriedades técnicas;
Deformações;
Permeabilidade;
Boa resistência à compressão;
Baixa resistência à tração;
Durabilidade diante da ação do meio ambiente.
Misturas
A mistura poderá ser manual ou mecânica:
Amassamento manual - a Norma NB-1, item 12.3, recomenda: “O
amassamento manual do concreto, a empregar-se excepcionalmente em pequenos
volumes ou em obras de pouca importância, devera ser realizado sobre um estrado
ou superfície plana impermeável e resistente. Misturar-se-ao primeiramente a seco
os agregados e o cimento de maneira a obter-se cor uniforme; em seguida adicionar-
se-á aos poucos a água necessária, prosseguindo-se a mistura ate conseguir-se
massa de aspecto uniforme. Não será permitido amassar-se, de cada vez, volume
de concreto superior ao correspondente a 100 kg de cimento”.
Transporte
A norma NB 1 (item 13.1) recomenda que o concreto deve ser
transportado do local do amassamento para o de lançamento tão rapidamente
quanto possível (prazo Maximo de uma hora) e o meio de transporte deve ser tal que
não acarrete separação de seus elementos (segregação) ou perda sensível de
qualquer deles por vazamento ou evaporação.
O sistema de transporte devera permitir o lançamento direto nas formas,
evitando-se deposito intermediário.
O transporte do concreto na direção horizontal ou inclinada (através de
rampas) e feito através de carrinhos providos de rodas de pneus; na direção vertical
por meio de estrados acionados por guinchos. Existem outros métodos de
transporte: correias transportadoras, concreto bombeado, calhas, etc. O importante e
cuidar-se para evitar trepidações que acarretariam a segregação.
Lançamento
A norma NB 1 (item 13.2) recomenda:
O concreto deve ser lançado logo após a mistura, não sendo permitido entre o
fim deste e o do lançamento, intervalo superior a uma hora.
Em nenhuma hipótese se fará lançamento após o inicio da pega. (A
especificação EB 1 sobre cimento Portland diz que o inicio da pega deve
verificar-se no mínimo, uma hora após a adição da água de amassamento).
O concreto devera ser lançado o mais próximo possível de sua posição final,
evitando-se incrustação de argamassa nas paredes das formas e nas
armaduras.
A altura de queda livre não poderá ultrapassar 2 m. Para pecas estreitas e
altas, o concreto devera ser lançado por janelas abertas na parte lateral, ou
por meio de funis ou trombas.
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Adensamento
O adensamento tem como objetivo obrigar o concreto a preencher os
vazios formados durante a operação de lançamento, eliminando as locas e retirando
o ar aprisionado.
Os processos de adensamento podem ser manuais e mecânicos.
O adensamento manual e o modo mais simples e antigo e consiste em
facilitar a colocação do concreto na forma mediante golpes na massa com uma
haste (vergalhão), ou por apiloamento da superfície com soquetes.
O adensamento mecânico usualmente e feito através de vibradores de
imersão e apresenta varias vantagens sobre o adensamento manual: - aumento da
compacidade - aumento da resistência - maior homogeneidade - economia de
cimento e mão de obra - diminuição da retração - redução da permeabilidade -
aumento da durabilidade.
Entretanto, apesar de todas estas vantagens, o excesso de vibração (que
causa a segregação) ou a consistência não adequada da mistura, pode levar a
concretos de péssima qualidade. Para a utilização de vibradores, a consistência do
concreto deve ser, logicamente, menos plástica do que a consistência para vibração
manual.
Para se evitar o excesso de vibração, ela deve ser paralisada quando o
operador observar na superfície do concreto o surgimento de uma película de água
e o termino da formação de bolhas de ar. A formação dessas bolhas era intensa no
inicio da vibração, mas decresce progressivamente ate quase se anular.
A norma NB1 (item 13.2.2.) faz as seguintes recomendações quanto ao
adensamento de concreto:
Durante e imediatamente após o lançamento, o concreto devera ser vibrado
ou secado continua e energicamente com equipamento adequado a
trabalhabilidade do concreto. O adensamento devera ser cuidadoso para que
o concreto preencha todos os recantos da forma. Durante o adensamento
deverão ser tomadas as precauções necessárias para que não se formem
ninhos ou haja segregação dos materiais; dever-se-á evitar a vibração da
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armadura para que não se formem vazios a seu redor, com prejuízo da
aderência.
No adensamento manual as camadas de concreto não deverão exceder 20
cm. Quando se utilizarem vibradores de imersão a espessura da camada
devera ser aproximadamente igual a 3/4 do comprimento da agulha; se não
se puder atender a esta exigência não devera ser empregado vibrador de
imersão.
Cura
Logo após a concretagem procedimentos devem ser adotados com a
finalidade de evitar a evaporação prematura da água necessária a hidratação do
cimento. A este conjunto de procedimentos dar-se o nome de “cura” do concreto.
A cura alem de promover e proteger a perfeita hidratação do cimento,
evita também o aparecimento de fissuras devidas a retração.
Na obra, a cura do concreto pode ser feita pelos seguintes metodos:
1) Manutenção das superfícies do concreto constantemente úmidas, através de
irrigação periódica (ou ate mesmo por inundação do concreto), após a pega;
2) Recobrimento das superfícies com sacos de aniagem, areia, palha, sacos de
cimento mantidos constantemente úmidos;
3) Aplicação de aditivos (agente de cura).
A protensão do concreto é feita por meio de cabos de aço, que são esticados
e ancorados nas extremidades.
Os cabos de aço, também denominados armaduras de protensão, podem ser
pré-tracionados ou pós-tracionados.
Os sistemas com armaduras pré-tracionadas são geralmente utilizados
em fábricas, onde a concretagem se faz em instalações fixas, denominados leitos de
protensão. Os leitos são alongados, permitindo a produção simultânea de diversas
peças.
Fig.2.3.3 – As armaduras (1) são colocadas atravessando os montantes (2), e fixando-se em placas
de ancoragem (3), por meio de dispositivos mecânicos (4), geralmente constituídos por cunhas. A
placa de ancoragem da esquerda é fixa, a da direita é móvel. Com auxílio de macacos de longo
curso, esticam-se as armaduras, empurrando-se a placa de ancoragem móvel, até se alcançar o
esforço de protensão desejado; a placa de ancoragem móvel é então fixada por meio de calços(5)
mantendo as armaduras esticadas. O concreto (6) é compactado dentro das fôrmas, envolvendo as
armaduras protendidas, que ficam aderentes. Após a cura do concreto, os macacos são recolocados
em carga na placa de ancoragem móvel, retirando-se lentamente a tensão nas armaduras. A seguir,
as armaduras são cortadas, junto às faces de viga. Como o encurtamento das armaduras é impedido
pela aderência das mesmas com o concreto, resulta que as vigas ficam protendidas. No desenho da
figura, são fabricadas simultaneamente três vigas de concreto protendido (6).
Figura 2.3.8 - Ancoragens ativas no Ed. Melbourne com detalhes da armadura de fretagem das
cadeiras de apoio dos cabos.
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2.5.1 Histórico
2.5.2 Conceito
Alvenaria Protendida
Alvenaria reforçada por uma armadura ativa (prétensionada) que submete a
alvenaria à tensões de compressão.
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3. TEXTO COMPLEMENTAR
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
4.1 Madeiras
4.2 Metálicas
4.4 Protenção
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bellei, lldony Hélio. Edifícios Estruturais em Aço. 3ª ed. São Paulo: Pini, 2000.