Você está na página 1de 30

Eletrostática

Lei de Coulomb
Intensidade do campop elétrico e densidade de fluxo
elétrico
Distribuições de carga
Lei de Gauss
Potencial elétrico

Lei de Coulomb Charles-Augustin


Ch l A
físico francês
ti de
d CCoulomb,
l b

1736-1806

 Descreve a interação
ç eletrostática entre partículas
p carregadas
g
eletricamente
 Partículas elementares carregadas: eletrão e protão (cargas de igual
intensidade mas de sinal contrário)
intensidade,
Carga elementar qe  1,6021  1019 C

 Força elétrica ou força de Coulomb


 Força entre dois objetos carregados eletricamente, separados por uma
di tâ i r no vácuo
distância á
• A dimensão dos objetos é desprezável face à distância que os separa
 Força proporcional ao produto das duas cargas
 Força inversamente proporcional ao quadrado da distância entre elas
 A força atua sobre a linha que contém os dois objetos carregados
• Repulsiva,
Repulsiva se as cargas tiverem o mesmo sinal
• Atrativa, se as cargas forem de sinais opostos
2
Lei de Coulomb
 1 Q1Q2 
F12  ur

F21
Q1
4 0 r12 2


 r
ur  12
r12

r12  1 Q1Q2 
Q2
F12  r12

F12
4 0 r12 3

 
F12   F21
F12  F21

Lei de Coulomb
Q1
 Quantidades invariantes que definem o

F21 vazio no sistema SI
permitividade  0 1
 c02
 1 Q1Q2 

r12
Q2
permeabilidade 0  0 0
F12  ur
4 0 r12 2  velocidade da luz c0
F12
109
 Permitividade do vazio  0  8,854  10 12
 F/m
36
1
 9  109 Nm2 C2
4 0
Exemplo: Calcule a força exercida por uma carga localizada na origem,
Q1  100 nC,
C sobre
b outra t carga Q2  3 nC,
C llocalizada
li d em (4;
(4 33; 0) m.
  
Solução: F12  86, 4i  64,8 j nN 4
Lei de Coulomb
 Princípio da sobreposição
 Traduz a natureza linear das equações que regem o fenómeno
Q1


r1
Q2 
Fk

r2

F3     

Q  F2 t t l  F1  F2  F3  ...  Fk
Ftotal
 
Q3 r3 F1


ri  AP i
rk
 k 
Qk 1 Qr
Ftotal  Q 2i i
40 i1 ri ri
5

Intensidade do campo elétrico


 A intensidade do campo elétrico num ponto P é a força que
se exerce por unidade de carga positiva colocada nesse
ponto.
p 
 F12 1 Q1  Unidade SI: N/C ou V/m*
E1   u
Q2 4 0 r12
Q1 2 r * A ver posteriormente


r1
Q2 
Ek
 
r2 E3  Princípio da sobreposição
Q  E2
Q3 
r3 E1
 k 
1 Qi ri

rk
EP 
4 0
 2
i 1 i ri
r
Qk
6
Intensidade do campo elétrico
Exemplo: para a distribuição de cargas da figura figura, determine:
a) O campo elétrico nos pontos P1=(-2; 0) m, P2=(3; 0) m e P3=(7; 0) m.
b) A força elétrica exercida numa carga Q=10 nC colocada no ponto P3.
c) Determine o ponto sobre o eixo xx onde o campo elétrico é nulo.

Linhas do campo elétrico

Campo criado por uma carga pontual

 As linhas de campo ou linhas de força são


são, em cada ponto
ponto, tangentes ao
vector campo elétrico
 Permitem visualizar o campo elétrico
 As linhas de campo partem de cargas positivas e chegam às cargas
negativas 8
Linhas do campo elétrico

 Duas cargas iguais e


positivas, Q, separadas de
uma pequena distância
 Nas proximidades de cada
uma das cargas o campo
elétrico é devido quase
exclusivamente aquela carga
isolada
 Em pontos afastados das
cargas o campo elétrico é
semelhante ao campo criado
por uma única carga de valor
2QQ

Linhas do campo elétrico

 Duas cargas iguais em módulo e


de sinais opostos,
opostos +Q e –Q Q,
separadas de uma pequena
distância
 Numa p posição
ç muito ppróxima de
cada carga as linhas de campo são
igualmente espaçadas e saem ou
entram na carga positiva ou
negativa
negativa, respectivamente
respectivamente, de
forma radial
 A uma distância grande das
cargas, o detalhe da estrutura do
sistema não é importante

10
Linhas do campo elétrico

11

Linhas do campo elétrico

12
Linhas do campo elétrico

13

Linhas do campo elétrico


 O traçado das linhas de um campo elétrico começa nas cargas positivas
(ou no infinito) e termina nas cargas negativas (ou no infinito)
O número de linhas que saem de uma carga positiva ou entram numa
carga negativa é proporcional ao valor da carga
A densidade das linhas em q
qualquer
q ponto é p
p proporcional
p à intensidade
do campo naquele ponto
Para g grandes distâncias a um sistema de cargas
g p pontuais, as linhas de
campo são igualmente espaçadas e radiais; as cargas comportam-se
como se fosse uma única carga pontual com valor igual à carga resultante
do sistema
 As linhas de campo não se cruzam

14
Distribuições de carga
 A carga elétrica é quantificada a uma escala microscópica
Cargas muito próximas umas das outras, permite modelá-las
como cargas uniformemente distribuídas
A carga elétrica por unidade de volume é representada
através
t é da d densidade
d id d volumétrica
l ét i d de carga

Q dq
q
  lim
li  C/m3 
V  0 V dv

dq  ρ dv  Q    dv C V

V V
15

Distribuições de carga
Carga distribuída numa camada muito fina sobre a
superfície de um corpo
A densidade superficial de carga é definida como a carga
por unidade de área

Q dq
  lim  C m2 
S  0 S ds

dq  σ ds  Q    ds C S
S S
16
Distribuições de carga
 Carga distribuída ao longo de uma linha no espaço
A densidade linear de carga é definida como a carga por
unidade de comprimento

Q dq
  lim   C m
L  0 L dl
L
dq   dl  Q    dl C
L
L

17

Distribuições de carga
 Campo elétrico devido a distribuições contínuas de carga
 Os elementos infinitesimais de carga dq são suficientemente pequenos
e podem ser considerados cargas pontuais
 É possível
í l recorrer à L
Leii d
de C
Coulomb
l b para calcular
l l o campo elétrico
lé i
num ponto P do espaço

a) O domínio é um volume

 
    r dE
1 dq r 1  dv r
dE   dE  N C dq   dv
4 0 r 2 r 4 0 r 2 r dV
P

V
   
1 dq
qr 1  dv r
N C
4 0 V r 2 r 4 0 V r 2 r
E E
18
Distribuições de carga
 
b) O domínio é uma superfície r dE
   
1 dq r 1  ds r dq   ds P
dE   dE  N C dS
4 0 r 2 r 4 0 r 2 r

    S
1 dq r 1  ds r
N C
4 0 S r 2 r 4 0 S r 2 r
E  E 

c) O domínio é uma linha 


  
 1 dq r  1  dl r r dE
dE   dE  N C dl
4 0 r 2 r 4 0 r 2 r dq   dl P
   
1 dq r 1  dl r
N C
4 0 L r 2 r 4 0 L r 2 r
E E L

19

Distribuições de carga
b) O domínio é composto por um volume e por uma superfície

 
1  dv r1 
dE1  V
 dE2
4 0 r12 r1 r1 
dE1
dq   dv P
dV 
r2
  q   ds
1  ds r2 dq
dE2  dS
4 0 r2 2 r2
S

  
1  dv r1 1  ds r2
Pi í i d
Princípio da sobreposição:
b i ã E
4 0 V r1  2
r1
+
4 0 
S
r2 2 r2
20
Campo elétrico devido a uma linha
Campo elétrico à distância a de uma linha de comprimento suposto
infinito, com uma densidade linear de carga λ [C/m]
y
Por simetria, verifica-se que o campo elétrico se anula segundo a
componente y, resultando apenas uma componente segundo x

dq  dy    1 dq 
dy  E   dE   dE cos   i   cos   i 
r 4π 0 y r 2
y y y
 2  2
  1  a sec 2  d  1  
a 
dE
x E 
 2
4 0  a cos 
2 cos i  
4 0  2 a
cos d i 
Variável de integração,   2
a  1   1   2  1 2 
a  r cos    r   
4 0 a  2
cos   E cos  d i  sin  i  i
y
4 0 a  2
4 0 a
tan    y  a tan 
a
dy
 a sec 2   dy  a sec 2  d
d  1 
Limites de integração E i
2 0 a
 y        2
 21
y     2

Campo elétrico devido a um anel


Campo elétrico devido a um anel de raio a com uma densidade linear de
carga λ [C/m] centrado na origem no plano xy, num ponto do eixo z em
(0, 0, h)
 1 dqd 
  E  ud
Ez E 'z 4 0 d 2
h
dq   dl  ad
 
  
d  aur  huz ; d   a2  h2  , então
Er E 'r 12

  1 ad  
E 3 2  aur  huz 
d
4 0  a  h 
2 2
 dl

Como as componentes
p na direção
ç ur
 dl ' a se cancelam por simetria,

 1 ahuz 2  ah 
E
4 0  a2  h2  03 2  d   E 
2 0  a2  h2 
3 2 uz

22
Densidade de fluxo elétrico
 Fluxo elétrico  : grandeza matemática correspondente à
quantidade de linhas de campo que atravessam um dada
superfície [C] 
 Densidade
D id d d lét i D: fluxo
de flfluxo elétrico fl elétrico
lét i por unidade
id d dde
superfície [C/m2]
 Considerando uma superfície esférica em torno de uma
carga pontual:
   
D u
2 r  
r
Q
4 r  
D  0E
 Q  
E ur
4 0 r 2 
23

Densidade de fluxo elétrico


 A vantagem de usar a densidade de fluxo em detrimento do campo elétrico é
que a primeira
i i se relaciona
l i com o número
ú d
das lilinhas
h d de flfluxo iindependentemente
d d t t
do meio
 Se a densidade de fluxo for constante ao longo da superfície:
  
  D.S D
E

  DS cos  
SA
 O fluxo
fl elétrico
lét i através
t é d de uma superfície
fí i que forma
f um ângulo
â l com a direção
di ã
do fluxo é menor do que o fluxo através de uma superfície equivalente normal à
direção do fluxo
 
E; D  
 
E; D
  S  Sds
S  Sds 

24
Densidade de fluxo elétrico
 Se a densidade de fluxo variar ao longo da superfície
 
   D.ds

 Por convenção, a direção do vetor elemento de superfície ds é para
fora do volume a que pertença

Exemplo    
Considere a densidade de fluxo elétrico D  3rur  9ru  6u C/m2 . Calcule o
fluxo elétrico através da superfície esférica com r  2 m.

25

Lei de Gauss
 O fluxo elétrico através de uma superfície fechada é igual à
carga total envolvida pela superfície.

Carga
  carga
totalno interior
 
 D.ds  Qi da superfície
d dsu
ds
ds

ddsn
n
  Qi
 E.ds  d  E  d s
0 Superfície
S fí i Gaussiana
G
de volume v
i

 Aplicação: cálculo do campo elétrico em problemas com elevada


simetria, através de uma seleção adequada da superfície “gaussiana”

26
Lei de Gauss
A superfície “gaussiana” a escolher deve obedecer às seguintes
condições:
1. Tem que constituir uma superfície fechada
2. Em cada ponto da superfície o vector campo elétrico deve ser
perpendicular ou tangencial à superfície “gaussiana”
3. A intensidade do campo elétrico deve ser constante ao longo de toda
a superfície “gaussiana”, nomeadamente onde é perpendicular à
superfície
A lei de Gauss é aplicável a sistemas que possuam múltiplas cargas
  Q1  Q2
Q2  E.ds  0
Q1 Q3
S O fluxo
fl d id a Q3 na superfície
devido fí i em questão
tã é
nulo porque cada linha de fluxo devido a ela
entra e sai da superfície 27

Lei de Gauss – exemplos de aplicação


Intensidade do campo elétrico devido a uma carga pontual colocada na
origem
1. O problema tem uma simetria esférica
2. Em todos os pontos, o campo tem direcção radial a partir da carga na
origem e não é função de  ou de  (coordenadas esféricas…)
 
3. E  E  r  ur
r
Q
 
4. ds i  d d ur
d  r 2 sin
   2  Q
5.  E .d
ds   E  r  u . r sin
i  d d  u   E  r  r 2
sin
i  d d  
r r
0
6. Superfície gaussiana: superfície da esfera centrada na origem com
raio r fixo (o campo elétrico é constante ao longo desta superfície) 28
Lei de Gauss – exemplos de aplicação
Intensidade do campo elétrico devido a uma carga pontual colocada na
origem

   2
Q

7.             
2 2
E .ds Er sin d d E r sin d d
0 0
0
  Q

8.    
2
E .ds E 4 r
0
r
 Q  Q
9. E  u
4 0 r 2 r

29

Lei de Gauss – exemplos de aplicação


Intensidade do campo elétrico devido a uma folha de carga de extensão
infinita e densidade superficial de carga  [C/m2]
1. O problema tem uma simetria plana
2. Superfície gaussiana: cilindro que intersecta o plano uniformemente
 y 
carregado 
E E

ds ds
 
E E
 
ds ds  C/m2 

x
 
ds ds
 
E E

 
ds ds
  30
E E
Lei de Gauss – exemplos de aplicação
Intensidade do campo elétrico devido a uma folha de carga de extensão
infinita e densidade superficial de carga  [C/m2]
  Qi       Q
3.  E  ds    E  ds   E  ds   E  ds  i 
S
0 base1 base 2 lateral
0
Qi
  Eds cos  0    Eds cos  0    Eds cos  90º   
base1 base 2 lateral
0
   R2
Qi
 E  ds  E  ds   E  R  E  R   2 2  y
E

E
base1 base 2
0 0 
ds

ds
 
 R 2 
N/C
E E
 2 E R  2
E  
0 2 0 ds ds  C/m2 

     
E j N/C  , y  0 e E   j N/C , y  0 x
2 0 2 0 
ds

ds
 
E E

 
ds ds 31
 
E E

Lei de Gauss – elemento de volume


 Ponto P ((x,, y, z)) no sistema de coordenadas cartesianas


y D Densidade de fluxo elétrico (C/m2)
P(x,y,z)  
D   0 E válido para o vácuo
 
D   E para um meio material genérico
 
y z Vantagem de D sobre E : a densidade de fluxo
x
elétrico relaciona-se com o número de linhas de
x fluxo, independentemente do meio.

   
D  P   Dx 0i  D y 0 j  Dz 0 k
32
Lei de Gauss – elemento de volume
 Ponto P ((x,, y, z)) no sistema de coordenadas cartesianas
 
 Aplicação da lei de Gauss
  ds  Qi
D
y
P(x,y,z)

y z
x

z
             
 S
D  ds  
frente
D  ds  
atrás
D  ds   D  ds   D  ds  
esq dir topo
D  ds  
base
D  ds

33

Lei de Gauss – elemento de volume


 Ponto P ((x,, y, z)) no sistema de coordenadas cartesianas
 
 Aplicação da lei de Gauss
  ds  Qi
D
             

S
D  ds  
frente
D  ds  
atrás
D  ds   D  ds   D  ds  
esq dir topo
D  ds  
base
D  ds

   
frente D  ds  D frente  s frente
y  
P(x y z)
P(x,y,z)  D frente  xyk
 Dz , frente xy
y z
x A face frontal está a uma distância z/2 de P:
x
z z D
Dz , frente  Dz 0    taxa de variação de Dz com z   Dz 0   z
z 2 2 z 34
Lei de Gauss – elemento de volume
 Ponto P ((x,, y, z)) no sistema de coordenadas cartesianas
 
 Aplicação da lei de Gauss
     

 D  ds  Qi
       

S
D  ds  
frente
D  ds  
atrás
D  ds   D  ds   D  ds  
esq dir topo
D  ds  
base
D  ds

   z Dz 
y
atrás D  ds 

-
 z0D 
2

z
 xy

P(x y z)
P(x,y,z)

     Dz 
y z  frente
D  ds  
atrás
D  ds  
 z
 xyz

x

z 35

Lei de Gauss – elemento de volume


 Ponto P ((x,, y, z)) no sistema de coordenadas cartesianas
 
 Aplicação da lei de Gauss   ds  Qi
D
             

S
D  ds   D  ds
frente
  D  ds   D
atrás
 ds    ds  
D
esq dir topo
D  ds  
base
D  ds
     Dx 
dir D  ds  esq  ds   x  xyz
D

e
y
     Dy 
topo base  ds   y  xyz
P(x y z)
P(x,y,z)
D  ds  D

   D Dy Dz 
y z então  D  ds   x     xyz
x
S
 x dy dz 
ou
x
   Dx Dy Dz 
z  S D  ds  Q  
 x

dy

dz
  v

36
Lei de Gauss – elemento de volume
 Ponto P ((x,, y, z)) no sistema de coordenadas cartesianas
 
 Aplicação da lei de Gauss   ds  Qi
D
             

S
D  ds  
frente
D  ds  
atrás
D  ds   D  ds   D  ds  
esq dir topo
D  ds  
base
D  ds

então
y    Dx Dy Dz 
P(x y z)
P(x,y,z)  S  ds   x  dy  dz   xyz
D

ou
y    Dx Dy Dz 
x
z
 S D  ds  Qi  
 x

dy
   v
dz 
x

z 37

Lei de Gauss – elemento de volume


 Ponto P ((x,, y, z)) no sistema de coordenadas cartesianas
 Divergente  
Dx Dy Dz
  
S
D  ds

Qi
x dy dz v v
 Fazendo o volume tender p para zero,, a relação
ç fica mais exacta ((a
aproximação é substituída por uma igualdade)
 
Dx Dy Dz
 

 lim S
D  ds
 lim
Qi
x dy dz v 0 v v  0 v

 Utilizando a densidade volumétrica de carga


 
Dx Dy Dz
 

 lim S
D  ds

x dy dz v 0 v 38
Lei de Gauss – elemento de volume
 Divergência de um campo vetorial
 
   
Divergência de D  divD  .D  lim

S
D  ds

v
v  0

  
Forma diferencial da lei de Gauss .E 
0

 A divergência de um campo vetorial diz-nos a quantidade de fluxo que


está a deixar um volume infinitesimal
 Não é associada nenhuma direção ao conceito de divergência

39

Lei de Gauss – elemento de volume


 Divergência de um campo vectorial

Operador "nabla" ou "del"


E coordenadas
Em d d cartesianas
t i
      
 i  j k
x y z
           
.D   i 
 x  y z 

j  k  . Dx i  Dy j  Dz k 
  Dx Dy Dz
.D
.D   
x y z

40
Lei de Gauss – elemento de volume
 Divergência de um campo vetorial

Operador "nabla" ou "del"


Em coordenadas cilíndricas
  1  1 D Dz
.D  rDr  
r r r  z
Em coordenadas esféricas
  1  1  1 D
.D  2  r 2 Dr    D sin   
r r r sin   r sin  

Exemplo
  
A densidade de fluxo elétrico no espaço é D  xi  y 2 j C/m2
Determine a densidade volumétrica de carga no ponto P  (2, 3, 4) m
41

Potencial elétrico
 Trabalho realizado p
para mover um objeto
j de um p
ponto a ppara um pponto
b
 
b: W   F .dl
 a
 - vector
dl t diferencial
dif i ld
de lilinha
h d t aeb
do percurso entre
F - vector força aplicada para mover o objecto
 
 Da
D lei
l i de C l b F Q
d Coulomb: QE
 Trabalho realizado pelo campo elétrico para mover a carga de a para b:
 
b
W  Q  E.dl

E
a
 Se uma força externa move a carga bcontra o campo, o trabalho
 
realizado por essa força é: W  W   Q E.dl
E  a

42
Potencial elétrico
Exemplo
Calcule o trabalho necessário para mover uma carga de 10 nC da origem do
sistema de coordenadas para o ponto P  (1, 1, 0) m sabendo que no meio existe
 
um campo elétrico estático E  5i N/C . z

y

E
P
x

43

Potencial elétrico
 Diferença potencial elétrico Vba
ç de p
 Trabalho realizado pela força externa para mover uma carga do
ponto a para o ponto b num meio onde existe um campo elétrico,
por unidade de carga:
W
b
 
Vba     E.dl
Q a

 Relação entre diferença de potencial e potenciais “absolutos” ou


potenciais eletrostáticos Vba  Vb  Va
 O potencial elétrico é um campo escalar, função da posição
 A diferença
dif d potencial
de t i l também
t bé é chamada
h d de
d tensão
t ã
 No trabalho realizado para mover um par de cargas pontuais, uma contra o
p da outra,, fornece-se energia
campo g p potencial ao sistema qque é recuperada
p na
forma de energia cinética se permitirmos que as cargas voltem à posição inicial.
44
Potencial elétrico
 Diferença potencial elétrico Vba
ç de p
 Para o cálculo do potencial absoluto é necessária uma referência : “a terra” ou,
para um conjunto de cargas próximas da origem, admite-se que a referência é obtida
num raio infinito; o valor escolhido para o potencial de referência é geralmente nulo
 A referência pode ainda ser um ponto de potencial conhecido

Exemplo
p
Calcule a diferença de potencial VPO do exemplo anterior. Calcule o potencial
absoluto no ponto P sabendo que na origem aquele vale 8 V.
z
 
P  (1, 1, 0) m E  5i N/C

y

E
P
45
x

Potencial elétrico
 Unidades SI do potencial elétrico
W
Vba 
Q
[1J "joule"]
[1V "volt"] 
[1C "coulomb"]
 A unidade SI do campo elétrico pode ser expressa em função da unidade do
potencial b
 
Vba    E.dl
a

[1V "volt"]  [1V/m "volt por metro"][1m "metro"]


 O campo elétrico pode ser definido como a força por unidade de carga ou como a
taxa de variação do potencial relativamente a uma distância, sendo equivalentes as
unidades
[1V/m "volt por metro"]=[1N/C "newton por coulomb"]
46
Potencial elétrico
 
 Campo elétrico conservativo E E

 
b Percurso1

Vba
b    .dl
E
a
Percurso2

Percurso3

 O resultado do integral avaliado entre a e b é independente do percurso escolhido,


ou seja do ponto inicial 1 e do ponto final 2
 O campo elétrico
lét i estático
táti (i.e.,
(i não
ã variante
i t no tempo)
t ) é conservativo
ti
 Se os pontos inicial e final coincidirem (ou seja, se o percurso for fechado) o
integral de linha do campo elétrico é nulo

  Traduz a lei das malhas de Kirchhoff:


 .dl  0
E A queda de tensão ao longo de uma “malha”
malha (um percurso)
fechada é nula
47

Potencial elétrico
 Campo elétrico e potencial
 Uma carga positiva livre na presença de um campo elétrico, acelera no sentido das
linhas de força do campo
 A energia cinética da carga aumenta e a sua energia potencial diminui
 A carga move-se no sentido de uma região de menor potencial
 As linhas de campo elétrico estático apontam no sentido dos potenciais
decrescentes

Exemplo
Um campo elétrico com intensidade E  10 x V/m aponta no sentido positivo do
eixo dos xx. Determine o potencial em função de x, admitindo que V  0 V em x  0
.

48
Potencial elétrico
 Potencial elétrico devido a uma carga pontual
 Campo elétrico devido a uma carga pontual, situada na origem do sistema
de coordenadas
 1 Q 1 Q
E u  r
4 0 r 2 4 0 r 3
r

 Variação de potencial para um deslocamento infinitesimal


  1 Q   1 Q 1 Q
dV   E  dl   u  dl   dl cos    dr
4 0 r 2 r
4 0 r 2
4 0 r 2  
ur
 Só o movimento na direção do
dr 
dl
campo elétrico influencia o potencial 
r

Q 49

Potencial elétrico
 Potencial elétrico devido a uma carga pontual

  1 Q  
dV   E  dl   dr ur
4 0 r 2
d
dr 
 Potencial do ponto P é calculado como o dl

trabalho por unidade de carga para trazer uma r
carga do infinito (referencia do potencial) até P

Q
P
  P
1 Q Q  1
P
1 Q
V  VP    E  dl    dr   
 
4 0 r 2
4 0  r   4 0 r

 Energia potencial associada a uma carga Q0 a uma distância r de


Q 1 QQ0
W  Q0V 
4 0 r
50
Potencial elétrico
Exemplo de aplicação
 Na fissão nuclear um núcleo de urânio 235 ao capturar um neutrão divide-
-se em dois núcleos mais pequenos, um núcleo de bário (56p) e um núcleo
de criptónio (36p).
(36p)
 Admite-se que após a divisão, esses núcleos transformam-se em cargas
pontuais positivas separadas de uma distância r =14
14.6×10
6×10-15 m
 A distância de separação corresponde à soma dos raios dos 2 núcleos

 Energia potencial do sistema de cargas

1 Q1Q2 56 1, 6 1019  36 1, 6 1019


W  9 109  3,18 1011 J
4 0 r 14 6 10
14, 15

 Após a fissão, os 2 núcleos repelem-se devido à força de repulsão entre eles


 A energia potencial é convertida em energia cinética, que, por colisão com os
outros átomos, é convertida em energia térmica
51

Potencial elétrico
 Potencial elétrico devido a um sistema de cargas pontuais
 Princípio da sobreposição: soma dos potenciais devidos a cada uma das
carga consideradas separadamente
1 n
Qk
V
4 0
r
k 1 k

 Potencial elétrico devido a uma distribuição volumétrica de cargas


1  dv
4 0 V r
V

 Potencial elétrico devido a uma distribuição superficial de cargas


1  ds
4 0 S r
V

 Potencial elétrico devido a uma distribuição linear de cargas


1  dl
V
4 0 
L
r 52
Potencial elétrico
Exemplo
Duas cargas pontuais de 5 nC estão colocadas sobre o eixo dos xx, uma na
origem e a outra em x=8 cm . Determine o potencial no ponto P1 situado sobre o
eixo dos xx num ponto P2 situado sobre o eixo dos yy.

 O potencial elétrico não é nulo no


ponto médio entre as duas cargas
 É necessário realizar trabalho
para trazer uma carga de prova
para este ponto, pois o campo
elétrico é nulo apenas
p no final.

Q1  5 nC Q2  5 nC
53

Potencial elétrico
 Determinação do campo elétrico a partir do conhecimento do potencial
 Consideração de um pequeno deslocamento numa região onde existe um
campo elétrico arbitrário
 
dV   E  dl   Edl cos    Et dl
 
Et  E cos  corresponde à projecção de E na direcção de dl
dV
 Daqui, conclui-se que Et  
dl
 
dl  E , cos   0, então dV  0
 Se   
 dl / / E , cos   1, verifica-se maior decréscimo em V
 O campo elétrico pode ser determinado pela taxa de variação
espacial máxima do campo escalar potencial, na direcção em que
ela ocorre, no sentido da maior taxa de decréscimo
54
Potencial elétrico
 Em notação vetorial, e para o sistema de coordenadas cartesianas, com
a função escalar potencial a depender de x, y e z, obtém-se
 
E  gradV  V
V V V
Ex   ; Ey   ; Ez  
x y z
   V  V  V  
E  V    i  j k
  x  y  z 
 Em coordenadas cilíndricas
 V  1 V  V 
V  ur  u  uz
r r  z
 Em coordenadas esféricas
 V  1 V  1 V 
V  ur  u  u
r r  r sin   55

Potencial elétrico
Exemplo
Cálculo do potencial num ponto P do eixo de um anel de raio a com uma
densidade linear de carga .

r
P

z 1  dl
a V 
4 0 l r
r
2
1 1 1 1
dq  dl
V
4 0
  ad  4  a  2
a2  z2 0 0 a2  z 2
1 l 1 Q
V 
4 0 a2  z2 4 0 a2  z 2
56
Potencial elétrico
5
x 10
10

6
V)
V (V

2
V anel
VQ
0
0 1 2 3 4 5
r (m)

Quando z>>a,
z>>a o potencial devido ao anel é igual ao potencial devido a uma
carga pontual de valor Q situada na origem
57

Potencial elétrico
 Superfícies equipotenciais

58
Potencial elétrico
 Superfícies equipotenciais

59

Potencial elétrico
 Superfícies equipotenciais

60

Você também pode gostar