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O Homem que Nasceu Duas Vezes 1

O HOMEM QUE NASCEU DUAS VEZES

Anos atrás numa certa cidade da Inglaterra, uma menina


chamada Mary desapareceu. Os pais a consideravam o seu maior
tesouro; era sem dúvida a menina dos seus olhos. Agora ela
desaparecera. Os pais, os vizinhos e a polícia se puseram a campo para
descobri-la, mas sem sucesso.
Tarde já, um policial e o pai da menina estavam passando diante de
uma igreja, e o policial decidiu entrar para ver se porventura não estaria
ali a menina. Numa sala adjacente o ministro estava mostrando um filme
educativo a um grupo de crianças. O policial pediu ao ministro
permissão para fazer um anúncio ali mesmo, no escuro. Ele disse em alta
voz: "Se Mary Jones, a filha que se perdeu dos pais, estiver aqui, venha
comigo imediatamente. Seu pai está esperando fora."
Ninguém respondeu, e o policial e o pai saíram para procurar em
outra parte. Mas quando o filme terminou e as luzes foram acesas, o
ministro viu Mary entre as crianças. Ele lhe perguntou:
– Minha filha, por que não respondeu quando o policial a chamou?
Seus pais pensam que você está perdida.
Ela respondeu:
– Não estou perdida. Estou aqui na igreja, e sei onde estou.
Há muitos hoje que estão perdidos para a vida eterna sem o saber,
embora estejam indo às igrejas. Alguns se perdem por causa de uma ou
outra das muitas sutis filosofias religiosas de todos os tipos, seja de
origem cristã ou pagã.

Necessário Nascer de Novo

Todo ser vivente vem à existência pelo nascimento. Homens só


geram homens, e esta é a razão por que os filhos costumam parecer com
os pais. Mas a vida presente que nos é dada por nossos progenitores é
curta, cheia de problemas e conturbações. Disse o salmista:
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(Sal. 90:10): "...."
Mas o Criador, o onipotente Deus, deseja que cada ser humano
experimente também o segundo nascimento, mais sublime e mais
transcendente, que oferece vida eterna e imortalidade. Sim, o único
propósito legítimo da vida presente é obter a vida eterna. Com razão diz
o Senhor:
(S. Mat. 16:16): "...."
Este segundo nascimento é claramente ensinado por Cristo em Sua
conversação com Nicodemos, um dos mestres da Judéia:
(S. João 3:3): "...."
Era difícil para Nicodemos compreender isto do ponto de vista de
sua filosofia como também do seu conhecimento da ciência biológica.
Em sua perplexidade, respondeu: (Verso 4): "...."
A isto Jesus respondeu: (Verso 5): "...."
Que significa nascer da água? "Nascer da água" significa "batismo".
A palavra "batismo" vem do substantivo grego "baptizmos", e significa
em tradução literal "mergulhar ou submergir na água"
S. Paulo ilustra este fato claramente em: Romanos 6:4 e 6 – "...."
O nascer de novo implica primeiro que a pessoa aceitou por si
mesma a doutrina e a aplicação prática da morte de Cristo na cruz, Seu
sepultamento e ressurreição. A indicação externa desta grande e
maravilhosa verdade é que, assim como Cristo morreu por nossos
pecados, o batizando morre para os seus pecados, e ressuscita para uma
vida nova sem pecado. Assim, a palavra "batismo" se traduz bem por
sepultamento com Cristo, para perdão dos pecados, sendo a água,
portanto, um símbolo bem apropriado da sepultura para o velho homem
e o seu nascimento para "novidade de vida".

As Ordenações de Nosso Senhor Jesus Cristo

O divino Mestre, pouco antes de ser tomado numa nuvem gloriosa à


vista dos discípulos, deu-lhes a seguinte ordem:
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(S. Mat. 28:18-20): "...."
Nosso Senhor ordenou a Seus ministros em todos os séculos que
fossem a todo o mundo – toda nação, tribo, língua e povo – ensinando-os
a observar tudo que Ele ordenara. Os que concordam em conformar suas
vidas com as doutrinas e ensinos de Jesus deviam ser batizados em nome
do Pai, e do Filho, e do Espírito Sinto. Esta ordenação devia chegar até a
"consumação dos séculos", portanto, ainda em nossos dias.

Condições para o Batismo

Quais as condições para o batismo?


Em S. Marcos 16:16, Jesus disse: "...."

1) Em 1º lugar, para ser batizada a pessoa deve crer nas verdades


do evangelho, como expostas nas Santas Escrituras. Deve ela viver os
princípios da salvação, e isto por sua própria vontade. Diz ainda o texto
que quem não crer no evangelho e não escolher ser batizado, será
condenado.

2) A 2º condição encontramos é: Arrependimento.


Lemos em Atos 2:38 – "...."
Que significa arrependimento? Arrependimento significa tristeza
por ter vivido longe da vontade de Deus pela incredulidade, indiferença,
etc. Significa ainda um profundo desejo de viver no futuro em comunhão
com Cristo.

A Forma do Batismo

Em sua carta aos Efésios Paulo faz a seguinte afirmação:


(Efés. 4:5): "...."
Esta categórica afirmação declara que há um só Deus, uma só fé
religiosa e um só tipo de batismo. Sim, a Santa Bíblia nos fala de uma
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única forma de batismo, e esta é por imersão, o que está em harmonia
com o significado da palavra.
Leia-se também a seguinte afirmação de S. João:
(I S. João 2:6): "...."
Isto prova que em matéria de fé e prática nosso único exemplo é
Cristo. Todo verdadeiro cristão deve ser batizado pelo método com que
Cristo também o foi.
Diz S. Mateus que Jesus veio a João para ser batizado no Rio
Jordão. Anotem o seguinte texto:
(S. Mat. 3:16 e 17): "...."
Vemos aqui que havendo sido batizado, Jesus saiu do rio. Isto
indica claramente que Ele foi batizado por imersão.
Em S. João 3:23 encontramos o seguinte texto: "...."
Havia uma razão por que João batizava próximo a Salim: ali havia
suficiente quantidade de água para permitir a imersão.
Vejamos outro exemplo dos tempos apostólicos. Certa ocasião
Filipe, ministro de Deus, ensinou o evangelho de Jesus a um rico etíope,
ministro das finanças de seu país. Eis aqui a narrativa:
(Atos 8:35-39): "...."
Vemos que Filipe consentiu em batizar o eunuco, e para isto
"desceram ambos à água". E havendo sido batizado por imersão, "saíram
da água". Todos os outros batismos mencionados na Bíblia são por
imersão também.

Por que Batismo por Imersão?

A razão para o batismo por imersão é tornada clara em Romanos:


(Rom. 6:3, 4 e 6): "...."
Paulo sustenta que quando o crente aceita a morte de Cristo na cruz
para expiação dos seus pecados, crê no sepultamento e conseqüente
ressurreição do Senhor e em Sua intercessão como Sumo Sacerdote no
santuário celestial, ele o demonstra mediante o rito do batismo.
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Por este sepultamento simbólico na água, ele testifica que morreu
para os pecados, e ao erguer-se da tumba líquida, declara que ressuscita
como candidato a uma vida nova sem pecado em Cristo Jesus.

Os Benefícios do Batismo

Vocês se lembram que S. Pedro disse: (Atos 2:38): "...."


Este texto menciona dois benefícios deste tipo de batismo, se
praticado no devido espírito.
1) Primeiro: o perdão dos pecados passados.
2) Segundo: o Espírito Santo toma posse da vida. Isto significa
que o homem novamente nascido humildemente reconhece e segue em
todos os caminhos a guia do Espírito Santo.
3) Um 3º benefício encontramos em: I S. Pedro 3:21 – "...."
Portanto o batismo é um degrau necessário na escada da salvação.
4) Quarto benefício: Em Atos 2 lemos do batismo de cerca de três
mil crentes na dia do Pentecostes, e como resultado do batismo
"agregaram-se à igreja". (Atos 2:41 e 47) O batismo, portanto, é a porta
de entrada para a igreja de Deus.
5) O 5º benefício é sobremodo precioso:
(Gál. 3:26, 27 e 29): "...."
Aqui está a promessa de que os que se batizam são feitos filhos de
Deus, sendo propriedade de Deus e semente de Abraão, estando assim
incluídos entre os herdeiros do reino celestial com toda a sua glória. Que
maravilhosa esperança aguarda aquele que segue o Senhor na única
forma autorizada de batismo que existe na Santa Bíblia!

A Origem do Batismo por Aspersão

Vocês se lembram de que a Bíblia diz que há "um só Senhor, uma só


fé, um só batismo". A Bíblia jamais mencionou batismo por aspersão.
Durante a era apostólica o batismo era administrado por imersão, e
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durante o segundo século os Pais da Igreja seguiram a forma bíblica de
batismo. Mas a transição de batismo de adultos e adolescentes para
batismo infantil, começou no terceiro século. Encontramos a primeira
prova disto nos escritos de Tertuliano, no início do terceiro século. Ele
escreveu contra o batismo de crianças, e disse que o batismo só deve ser
ministrado quando o candidato tem suficiente conhecimento do seu
profundo significado na própria vida.
No livro Fé dos Nossos Pais, do cardeal Gibbon, encontramos a
seguinte afirmação:
"Os batistas estão muito errados em afirmar que a única forma
válida de batismo é por imersão. O batismo pode ser administrado de três
maneiras diferentes: por imersão, ou introdução do catecúmeno da água;
por infusão, ou derramamento da água; e por aspersão, ou seja o
borrifamento de água sobre a criança. Como nosso Senhor não
prescreveu uma forma determinada de administrar o sacramento, a igreja
tirou vantagem de sua discrição para adotar a forma mais conveniente,
tendo em conta as circunstâncias de lugar e de tempo.
"Durante alguns séculos após o estabelecimento do cristianismo, o
batismo foi conferido usualmente por imersão, mas a partir do século XII
prevaleceu na igreja católica a prática do batismo por aspersão."
O mesmo cardeal reconhece que durante os primeiros séculos da era
cristã o batismo era administrado segundo a forma bíblica, ou seja por
imersão. Pela história eclesiástica nós sabemos que o batismo de crianças
começou no III século de nossa era, mas era administrado também por
imersão.
Mais tarde foi substituído pelo batismo por infusão, pelo qual o
ministro oficiante e o candidato entravam na água, e esta era pelo
ministro derramada sobre a cabeça do candidato. E a partir do terceiro
século o batismo foi reduzido a pura aspersão de água sobre a cabeça do
infante. Mas ainda retém o nome "batismo", embora a aspersão não
traduza o significado nem do rito e nem do nome.
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O cardeal Gibbon erra quando diz que nosso Senhor não prescreveu
a forma de batismo. A Bíblia, a Palavra de nosso Senhor, declara que a
única forma de batismo é a de imersão, como temos provado.
Estão lembrados de que o profeta Daniel havia profetizado da
verdade que seria lançada por terra. (Dan. 8:12.) A forma do batismo foi
uma dessas verdades. Mas vocês devem estar lembrados também que
essas verdades seriam restauradas, começando com o juízo em 1844, a
fim de preparar um povo para a Segunda Vinda de Cristo.
O batismo que não cumpre os requisitos não tem valor algum aos
olhos de Deus. O crente sincero e convertido, que aprecia o dom da
sa1vação feito na cruz, desejará ser batizado da mesma forma como
Jesus o foi e como ele ordenou aos Seus discípulos.

Devem as Crianças Ser Batizadas?

O Novo Testamento ignora completamente o batismo de crianças,


bem como o de aspersão. As Santas Escrituras ensinam enfaticamente
que quem vai ser batizado deve primeiro crer no evangelho de nosso
Senhor Jesus Cristo, arrepender-se de seus pecados e desejar morrer
para o pecado através do batismo, ressurgindo da água como criatura
novamente nascida para uma vida cristã nova. Uma criança não tem
noção do pecado, e consequentemente não tem pecado; portanto não tem
necessidade de batismo.
Em Deut. 1:39 encontramos as palavras de Moisés aos filhos de
Israel no deserto de Moabe, depois que os tirara da escravidão egípcia.
Em virtude de sua rebelião deveriam morrer no deserto, e não veriam o
cumprimento da promessa de viverem em Canaã. Mas concernente às
crianças, disse:
(Deut. 3:39): "...."
Este texto claramente revela que as crianças de Israel eram
inocentes e como tais candidatos à Canaã celestial, da qual a terrestre era
um tipo. O próprio Jesus quando na Terra disse com respeito às crianças:
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(S. Mat. 19:13 e 14): "...."
Aqui o Senhor categoricamente afirma que as crianças, como tais,
são cidadãos do reino do Céu, visto que são inocentes.
Outro texto de nosso Senhor sobre este ponto encontramos em:
S. Mat. 18:2 e 3 – "...."
As características e personalidade das crianças são de tal natureza
que os fazem herdeiros do reino de Deus; elas não sabem distinguir entre
o bem e o mal, porque são inocentes. S. Tiago afirma que "aquele que
sabe fazer o bem e não o faz comete pecado." Isto significa que as
crianças nascem inocentes. S. Paulo fala de certos problemas que surgem
no matrimônio e de como resolvê-los. Então apresenta ele o dever dos
esposos em relação aos filhos:
(I Cor. 7:14): "...."
Este texto afirma que se a esposa é incrédula, ou pagã, mas o
marido é crente, os filhos são santos. Ao reverso, se o esposo é incrédulo
e a esposa crente, os filhos são santos. Isto significa que se ambos são
incrédulos, os filhos não são santos, e portanto não são herdeiros do
reino do Céu. Se morrerem enquanto crianças, não são condenados, nem
punidos; serão condenados como não tivessem existido. Esta asserção é
provada pelas palavras do apóstolo Paulo:
(Rom. 2:12): "...."
Este texto fala claramente que todos os que viveram e não
conheceram a lei de Deus, como por exemplo, as crianças, que não
sabem distinguir entre o bem e o mal, perecerão sem ser condenados, ou
punidos. Serão considerados como não tendo existido.
Nos tempos do Velho Testamento os pais eram responsáveis pelos
filhos durante os primeiros doze anos, quando eram então apresentados
no templo e consagrados, sendo daí por diante responsáveis diante de
Deus. No Novo Testamento não temos esta cerimônia, mas temos em seu
lugar o batismo.
Justino Mártir, Pai da igreja, escreveu de Roma cerca do ano 150,
com respeito ao batismo:
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"Eles são levados por nós onde há água ... para, em nome de Deus, o
Pai, Senhor do universo, e de nosso Senhor Jesus Cristo, e do Espírito
Santo, receberem a lavagem da água." – First Apology, cap. 6.
Quer dizer que eram batizados em adultos. Também S. Jerônimo, o
tradutor da Bíblia do hebraico e do grego para o latim, foi batizado após
os vinte anos de idade. – The Catholic Encyclopedia, Vol. VIII, pág.
341.

Rebatismo

Deve uma pessoa ser rebatizada por imersão se já foi batizada por
aspersão na infância, ou por imersão na adolescência ou em adulto,
depois de receber mais luz da Palavra de Deus sobre o plano da salvação
e dos deveres cristãos? Sim. Esta é a recomendação bíblica. Temos a
experiência de certos discípulos de S. João Batista que haviam sido
batizados por ele, e muitos anos mais tarde foram rebatizados por S.
Paulo. Leiamos este fato no livro de Atos:
(Atos 19 :1-6): "...."
Em seu primeiro batismo eles ignoravam a obra e os benefícios
do Espírito Santo na vida dos crentes; quando receberam nova luz,
estes homens desejaram ser batizados pela segunda vez.
Hoje, muitos que receberam nova luz sobre a verdade do sábado do
sétimo dia, ou sobre a doutrina da reforma de saúde que capacita os
homens para um viver saudável, têm manifestado o desejo de morrer
para os erros do passado e ressurgir pelo batismo para uma nova vida
num novo nascimento em Cristo nosso Senhor.

Conclusão

S. Paulo, antes de sua conversão, era inimigo da igreja cristã. Ele


perseguiu os seus membros, e tomou parte ativa na prisão e perseguição
a milhares dos que abraçaram a fé cristã, havendo tomado parte no
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apedrejamento de Estêvão. Mas um dia, quando a caminho de Damasco
com o propósito de aprisionar os crentes desta cidade, o Senhor Se lhe
revelou em pessoa. Este encontro motivou seu sincero arrependimento e
conversão, e o Senhor chamou o perseguidor de sua igreja para ser
ministro e apóstolo dessa mesma igreja que ele tinha tanto odiado. Ao
mesmo tempo o Senhor lhe disse:
(Atos 22:16): "...."
Aceitando a Cristo, foi ordenado a S. Paulo que fosse batizado. E
assim ele fez. Este grande apóstolo testificou de sua fé no batismo por
imersão. Todo cristão deve seguir o seu exemplo.
No interior de nosso país, cerca de 150 quilômetros longe da estrada
de ferro mais próxima, um fazendeiro foi visitado por um vendedor de
literatura evangelística que lhe ofereceu livros sobre os sinais da
Segunda Vinda de Cristo, como também as Escrituras Sagradas. Este
fazendeiro disse que não podia comprar os livros porque não eram
autorizados pela igreja, mas compraria as Sagradas Escrituras, porque o
seu pároco lhe permitia isto.
Nessa distante região o povo sabe muito pouco ou quase nada sobre
cinema, danças ou outros tipos de entretenimento. Como a família estava
agora na posse das Sagradas Escrituras, devotaram-se à leitura à noite, à
luz de uma lamparina de querosene. Por esta leitura verificaram logo que
não deviam comer alimentos impuros, e assim se desfizeram dos porcos.
E eis que de repente descobrem que o sétimo dia da semana é o sábado e
não o primeiro dia, e começam a observar o sábado como dia santo.
Pensavam eles serem os únicos que seguiam os ensinos da Bíblia.
Depois de várias semanas, ao chegarem ao Novo Testamento,
descobriram que tinham de ser batizados por imersão para receberem a
remissão dos pecados e o batismo do Espírito Santo, como um ato
necessário de fé para salvação. Ficaram especialmente impressionados
ao lerem as palavras de Jesus a S. Paulo: "E agora, por que te demoras?
Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados, invocando o nome
dele." (Atos 22:16)
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Um sábado de manhã, estando guardando este dia santo como
melhor compreendiam, o esposo disse: "Precisamos nos batizar." Assim
foram a um rio, e o marido disse a esposa: "Eu batizarei você, e então
você me batizará." Assim batizaram-se um ao outro. E voltaram para o
lar alegres.
Cerca de um ano mais tarde, outro vendedor ali chegou com livros
contendo a mensagem de Apocalipse 14, que contém o evangelho de
salvação para o mundo hoje. Quando o vendedor chegou à porta deste
fazendeiro para lhe oferecer o livro, o homem lhe disse: "Preciso fazer-
lhe algumas perguntas antes que lhe compre este livro." O vendedor
concordou.
– Que dia da semana o senhor guarda como santo: o sábado ou
domingo?
– Guardo o sétimo dia da semana, o sábado - respondeu o
vendedor.
– Como o senhor foi batizado?
– Por imersão - respondeu o evangelista.
– O senhor tem a mesma fé que eu tenho. Entre – disse o
fazendeiro.
Ele comprou vários livros. Conversaram sobre as verdades bíblicas,
e o fazendeiro ficou sabendo que não era o único no mundo que
guardava o sétimo dia da semana, o sábado, como dia santificado, e que
cria no batismo por imersão. Ficou sabendo que há uma igreja que crê
tudo que a Bíblia ensina, e que seus membros estão pregando a
mensagem a todo o mundo, como resultado ele convidou os vizinhos de
perto e de longe para reuniões em sua casa. Posteriormente foi enviado
para já um ministro, e hoje temos ali uma florescente igreja com cerca de
cinqüenta membros. Todos foram batizados por aspersão quando
crianças, mas agora desejaram ser rebatizados, isto por imersão,
conforme a ordenação de Cristo.
Mas este batismo foi realizado porque eles creram em Cristo como
seu Salvador, e voluntariamente deram o coração a Deus, e porque
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desejaram morrer para o pecado e ser de novo nascidos como filhos de
Cristo. Sim, o Senhor disse:
(S. João 3:5): "...."
E S. Pedro tem diretamente para vós esta mensagem:
(Atos 2:38) "...."
Não esperem até que o mês seguinte, ou quando vocês forem mais
velhos; façam isso agora. É um privilégio e uma bênção para cada
homem e cada mulher, seguir a Cristo na única forma real de batismo:
por imersão.
Sim, não se esqueçam que o Senhor disse:
(S. João 3:5): "...."
Entreguem seu coração ao Senhor. Então poderão dizer com o
apóstolo S. Paulo:
(Gál. 2:20): "...."
Alguns pensam que ainda há muito tempo e que não precisam
tomar esta decisão muito depressa.
Certa noite, antes dos serviços da igreja, um ministro sonhou
que estava numa reunião de espíritos malignos que deliberavam como
poderiam levar as almas a ficarem contra Deus. Um dos demônios
levantou-se e disse:
– Vamos afirmar que Deus não existe. Mas o chefe Belzebu
respondeu:
– Jamais crerão isto, pois toda a Natureza afirma o contrário.
Então outro demônio propôs:
– Vamos convencê-los de que tudo termina na morte; não há
qualquer espécie de vida após a morte.
E o chefe dos demônios ponderou:
– Não; sua consciência não os deixaria em paz.
Então um terceiro demônio, muito malicioso, levantou-se e fez a
seguinte proposta:
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– Vocês os levarão a crer que tudo que a Bíblia diz é verdade; mas
lhes dirão que há muito tempo ainda para se arrependerem e
viverem a vida cristã.
– Excelente! – exclamou Belzebu. Meus amigos demônios, entrem
em todas as reuniões e espalhem esta sugestão. Com esta
fórmula triunfaremos em nosso propósito de separar os homens
de Cristo.

Sim, neste mesmo momento cada um deve decidir de que lado


deseja estar. Decidam agora, antes de voltarem para sua casa, a
acompanhar a Cristo na experiência do batismo, o novo nascimento,
como sinal de morte para o pecado e ressurreição como filhos de Deus
para uma vida nova.

Deus abençoe vocês nesta decisão.

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