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Um Templo Misterioso e Seus Vastos Tesouros 1

UM TEMPLO MISTERIOSO E SEUS VASTOS


TESOUROS

O rei Dario da Medo-Pérsia, na presença de um grupo de homens


notáveis, perguntou a cada um de seus três jovens guardas: o que eles
consideravam ser o mais forte poder. O primeiro respondeu : "O vinho."
Disse o segundo: "É o rei." O terceiro disse: "A mulher." Isto levou a
uma discussão do assunto entre o rei e os seus nobres.
De repente, um homem chamado Orobabel disse:
"Senhores, a Terra é vasta e o céu é alto, e o Sol faz depressa o seu
curso, pois circula em torno do céu e volta ao seu ponto de partida em
apenas um dia. Não é grande quem faz estas coisas? Assim a verdade é
grande e maior que tudo. Toda a Terra proclama a verdade e o céu a
abençoa. O vinho não é justo, o rei não é justo, a mulher não é perfeita, e
todos os filhos dos homens também não são justos; não há neles verdade e
por sua injustiça perecerão. Mas a verdade permanece e é forte para
sempre, e para sempre vive e reina. Não há de sua parte parcialidade ou
preferência. Mas faz o que é justo, e não o que é errado e ímpio. Todos os
homens aprovam os seus feitos, e não há injustiça em seu julgamento. A ela
pertence o poder, a dignidade real, a autoridade e majestade em todos os
séculos. Bendito seja o Deus da verdade."
Quando ele parou de falar, todos aplaudiram e disseram: "A verdade
é grande, supremamente forte." Certamente a verdade de Deus é o maior
poder, a mais segura posse, o mais precioso tesouro. Assim vamos
aprender sobre a verdade de Deus com respeito a nossa salvação.

Salomão disse:
(Prov. 23:23): "...."

Esta noite, ao vocês verem a verdade de Deus em contraste com o


erro, entesourem a verdade, sigam a verdade em sua vida. Ela paga
grandes dividendos.
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Recapitulação

Vocês se lembram da grande cadeia profética e matemática que no


ano 539 A. C. anunciou o ano do batismo e unção de Jesus, nosso
Senhor, e o ano de Sua morte na cruz. Recordam de que durante o tempo
do Império Romano, a verdade do evangelho de Jesus Cristo, os ensinos
da Palavra de Deus, foram lançados por terra. Esta profecia encontrou
completo cumprimento no quarto século, quando o imperador
Constantino amalgamou o cristianismo com o paganismo.
Quando a visão de todos aqueles fatos passou ante os olhos de
Daniel, como se projetados numa tela, o profeta ficou sobremodo
perplexo. Ele deve ter pensado: "Será possível que a pura verdade de
Deus como praticada e ensinada por Cristo será pouco depois lançada
por terra?" Até os próprios anjos estavam interessados neste fato. Dois
deles estabeleceram a seguinte conversação na presença de Daniel:
"Depois ouvi um santo que falava; e disse outro santo àquele que
falava: Até quando durará a visão... da transgressão assoladora?" (Dan.
8:13.) Em outras palavras: "Até quando ficará a verdade lançada por
terra e coberta com a tradição?" A resposta foi: "Até duas mil e trezentas
tardes e manhãs, e o santuário será purificado." (Dan. 8:14.) Segundo este
texto inspirado, no final dos 2.300 anos, em 1844, o evangelho puro
reapareceria no mundo como havia sido pregado nos primeiros séculos
da igreja cristã. Conseqüentemente, haveria dois acontecimentos
em1844: a purificação do santuário, ou o juízo, e a restauração da
pregação do evangelho puro, isto é, das santas doutrinas das Escrituras a
todo o mundo. Este reavivamento foi profetizado como devendo
acontecer no meio do século dezenove.
As palavras "santuário será purificado", referem-se na linguagem
hebraica ao juízo investigativo que devia ocorrer no Céu em 1844. O
outro acontecimento – a pregação do evangelho – teria lugar na Terra.
Estes dois acontecimentos paralelos foram também mencionados em
outra profecia, dada a João no ano 90 A. D. :
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(Apoc. 14:6 e 7): "...."
Para compreender o significado da purificação do santuário,
precisamos nos imaginar de novo no Éden. Adão e Eva haviam
desobedecido a Deus. Essa desobediência tinha que ser expiada e para
isto um sacrifício era levado à presença de Deus.
Imaginemo-nos agora 1.500 anos antes de Jesus Cristo, quando os
hebreus estavam sendo guiados por Moisés. Estudemos o significado do
seu sistema religioso de ritos e cerimônias. Muito aprenderemos de seu
culto simbólico. É um estudo fascinante. Leiamos o que Deus disse a
Moisés:
(Êxo.25:8, 9 e 40): "...."
Dada a falta de tempo, eu gostaria de comentar apenas brevemente
os capítulos 25 e 40 de Êxodo, que dão os pormenores da construção do
santuário. O livro de Levítico também dá minuciosa descrição dos
impressivos serviços religiosos realizados no santuário. E no livro de
Hebreus, no Novo Testamento, aprendemos o significado para a igreja
cristã deste sistema simbólico de culto. Ele mostra a relação do sistema
hebreu para com o culto da verdadeira igreja cristã de hoje.
A Moisés foi mostrado no Monte Sinai o templo de Deus no Céu e
um modelo para a construção do templo dos hebreus. Deus queria que a
nação hebraica tivesse a certeza de que Ele, o Autor da Vida, estava com
eles. Queria dar aos israelitas uma idéia de quanto custou a Deus redimir
o pecador arrependido.
Observem, amigos, que há dois santuários: o celestial e o terrestre.
A fim de compreendermos a existência do santuário terrestre, leiamos:
Êxo. 25:8: "...."
E notemos agora o que Paulo diz sobre a existência do santuário
celestial:
(Heb. 8.1 e 2; 9:9 e 11): "...."
Podemos então dizer que o santuário terrestre era uma figura do
celestial. O templo e suas cerimônias eram todos uma figura ilustrada do
santuário do Céu. Posso dar este simples exemplo:
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Um menino pequeno gosta de brincar com o seu trenzinho elétrico,
que é na verdade apenas uma figura dos trens de verdade. Da mesma
maneira o antigo santuário, dado aos hebreus em miniatura, era apenas
um modelo ou figura do celestial.

O Santuário

O santuário foi logo construído em sua forma retangular, com seu


mobiliário e suas cortinas de linho. Ali estavam o altar sobre o qual se
ofereciam os sacrifícios, a pia para as abluções do sacerdote, etc. O
sacerdote lavava as mãos e os pés antes de entrar no lugar santo do santuário.
O santuário era, como já dissemos, retangular, e tinha dois
compartimentos. O primeiro compartimento tinha cerca de 5 metros de
largura por 10 de comprimento, e era chamado "lugar santo". O segundo,
separado do primeiro por uma cortina, tinha 5 metros por 5, e era
chamado "lugar santíssimo." Somente os sacerdotes podiam entrar no
lugar santo do santuário. Mas no segundo compartimento, o
"santíssimo," somente o sumo sacerdote podia entrar uma vez ao ano,
para a cerimônia da purificação do santuário.
Havia no lugar santo três móveis: a mesa com os pães da
proposição, o castiçal de ouro e o altar de incenso. Neste altar o próprio
Deus acendeu o primeiro fogo, que foi conservado aceso
permanentemente. No lado oposto do altar de incenso estava suspenso o
incensário de ouro, que o sumo sacerdote usava quando entrava no lugar
santíssimo. Ao entrar, ele balançava o incensário para que estivesse ele
próprio envolto na nuvem de fumo do incenso, na gloriosa presença de Deus.
No lugar santíssimo estava a arca do concerto, coberta por dentro e
por fora de fino ouro. Sobre ela estavam dois anjos, também de ouro, que
representavam os querubins no Céu junto de Deus. A arca é chamada o
trono de graça. Dentro da arca estavam as duas tábuas da lei, os Dez
Mandamentos.
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Nesta altura quero chamar sua atenção para outra lei escrita num
livro, e posta ao lado da arca. Esta lei era chamada "lei de Moisés," ou
"lei cerimonial." Deveria ser abolida com a morte de Jesus, que estava
ainda no futuro. Ela disciplinava o cerimonialismo sobre o sacrifício
expiatório de Jesus, Sua intercessão pelo pecador, a restauração deste
mundo para eterna felicidade dos salvos.

Os Serviços do Tabernáculo

Deus deu ao homem a liberdade de escolha. Ao sair das mãos do


seu Criador, o homem era um ser moral livre, e podia escolher a vida
eterna ou a morte eterna. Se decidisse obedecer a Deus, teria vida eterna;
ao contrário, desobedecendo a lei de Deus pecaria, e a conseqüência
seria a morte. Lemos nas Escrituras:
(I S. João 3 :4): "...."
A guarda da lei divina não salva a ninguém; sua única função é
revelar o pecado, como foi dito por S. Paulo:
(Rom 7:7): "...."
Deus o Pai e Seu Filho Jesus Cristo não podiam Se conformar em
que o homem criado à Sua imagem e semelhança, para Sua glória,
morresse eternamente como conseqüência da transgressão. Assim, com o
consentimento do Filho, planejou a redenção do homem desde o início,
para que Jesus Cristo pagasse o preço da penalidade de nossos pecados.
Pudesse a lei de Deus que estava dentro da arca ter sido mudada, e
isso significaria a negação da Onipotência, Onisciência e perfeição do
Criador. Mudar a lei seria o mesmo que dizer que Deus havia
estabelecido uma lei que estava fora da possibilidade do homem guardar.
Se a lei pudesse ser posta de lado, não teria sido necessário a morte
expiatória de Jesus. Mas a lei é eterna e reclama a morte do pecado.
Sendo Cristo o Criador do homem, só Ele poderia cumprir tal requisito.
(Heb. 9 :22): "...."
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A lei de Moisés, ensinava que quando um israelita pecasse pela
transgressão dos Dez Mandamentos, devia levar uma oferta – um
cordeiro ou outro animal especificado – e colocando sua mão sobre a
cabeça do animal, confessasse o seu pecado. O próprio pecador tinha de
imolar o animal na presença do sacerdote, o qual colocava o sangue nos
cantos do altar. Isto era uma vívida lembrança ao pecador de como
Cristo, a inocente vítima, deveria morrer no futuro pelos pecados da
humanidade.
Mas além disto, o sacerdote oferecia pela manhã e pela tarde um
cordeiro em sacrifício pelo pecado de todo o povo. O sangue era então
levado para o santuário e espargido no véu que separava o lugar santo do
santíssimo. Simbolicamente ele estava levando perante Deus seu próprio
sangue e os pecados do povo. Assim os pecadores voltavam justificados
para suas tendas, e seis pecados em tipo ficavam no santuário.

A Purificação do Santuário

Ao final do ano religioso a nação judaica celebrava uma cerimônia


muito solene chamada a Purificação do Santuário, que o moderno
hebreu chama de Dia do Perdão. Esta impressiva cerimônia com todo o
seu esplendor é descrita em pormenores em Levítico, capítulos 16 e 23.
Era celebrada no 10º dia do 7º mês, que corresponde à terceira semana
do nosso mês de outubro. Este era considerado pelos judeus como dia de
juízo, e se o pecador não confessasse todos os seus pecados cometidos
durante o ano antes do dia da expiação, ele era cortado do povo. (Lev.
23:29)
Uma vez, em certo país, uma vizinha de um evangelista, judia,
veio visivelmente agitada. Disse que tinha um problema que não sabia
como resolver. Disse: "Sou casada há sete meses, mas antes do
casamento eu disse a meu marido que eu era solteira, quando na realidade
sou viúva. Agora tenho medo que se contar a verdade a meu marido, ele me
abandone. Amanhã é o dia da expiação, e se eu não confessar este pecado
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a Deus e a meu marido, serei cortada do povo de Deus." Ela concluiu com
amargo pranto: "Mas se eu confessar, meu marido poderá deixar-me."
Ela lhe disse que seu esposo era bom para ela, e o evangelista
aconselhou-a que lhe dissesse a verdade. Aconselhou-a para lhe pedir
perdão, orar a Deus e assim preservaria o seu lar. Ela prometeu fazê-lo.
Não se sabe o resultado, pois na manhã seguinte o evangelista viajou.
Mas este relato dá uma idéia da importância do Dia da Expiação para o
antigo povo de Deus.
Já mencionamos que a purificação ocorria no 10º dia do 7º mês. O
primeiro dia desse mês era o "soar das trombetas", ou dia das trombetas,
em que os israelitas examinavam o coração, a fim de pôr sua vida em
harmonia com a lei divina antes do no 10º dia, que era o da expiação, ou
purificação do santuário.
Esta cerimônia era oficiada exclusivamente pelo sumo sacerdote.
No início deste solene ritual, o povo devia pôr-se de joelhos ao redor do
tabernáculo, examinando a consciência e confessando a Deus todos os
seus pecados.
Enquanto o povo orava a Deus, o sumo sacerdote, auxiliado pelos
sacerdotes e levitas, tomava dois bodes, um para Deus e outro para
Azazel, ou diabo. Depois de sobre eles lançar sorte para que se separasse
um para o Senhor e o outro para Satanás, o sacerdote colocava a sua mão
sobre a cabeça do bode que simbolizava Cristo, confessando todos os
pecados que em tipo haviam sido levados para o santuário durante todo o
ano. Então matava o animal, aparando o sangue numa vasilha.
Depois de lavar as mãos e os pés na pia de cobre como sinal de
purificação moral e espiritual, ele entrava no lugar santo. Tomava então
o incensário de ouro que estava ao lado do altar de incenso, abria as
cortinas que separava o santo do santíssimo, e entrava no compartimento
interior onde a nuvem de incenso o escondia da glória de Deus. Diante
da arca, ele aspergia o sangue sete vezes. Isto simbolizava o fato de a lei
requerer o sangue do pecador. Prefigurava esta cerimônia a morte de
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Jesus como satisfação à exigência da lei, havendo sido o Seu sangue
derramado em substituição de todos os pecadores arrependidos.
Então o sumo sacerdote retornava ao lugar santo onde aspergia sete
vezes o sangue sobre o altar de incenso. Depois de terminar esta parte da
cerimônia, saía para o pátio onde um sacerdote solenemente lhe
apresentava o bode que representava Satanás. Agora ele confessava
sobre a cabeça deste bode todos os pecados que o sumo sacerdote em
tipo havia tirado do santuário. Por esta cerimônia simbólica o santuário
ficava purificado de todos os pecados confessados durante o ano. Mais
tarde um levita era indicado para levar ao deserto o bode de Azazel, onde
era abandonado para morrer.
Vejam, amigos, que este bode – Azazel – não era sacrificado, mas
simplesmente abandonado.

O Fim dos Sacrifícios Terrestres

Todos os tipos e cerimônias diárias como anuais foram ordenadas


pela lei cerimonial e apontava para a morte de nosso Senhor Jesus Cristo
no ano 31 A. D. Jesus foi o cumprimento desses tipos. Quando da Sua
crucifixão, no preciso momento em que o sacerdote estava para imolar o
cordeiro pascoal, o véu do templo rasgou-se de alto a baixo, houve um
grande terremoto, e a vítima escapou da mão do sumo sacerdote. Jesus
havia então rendido o espírito, dando fim aos símbolos. (Mat. 27:50, 51)
E o apóstolo S. Paulo é quem afirma: (I Cor. 5 :7): "...."

Aplicação ao Santuário Celestial

O átrio interior no qual o santuário estava construído simbolizava a


obra de Cristo na Terra, e o templo, ou santuário simbolizava Sua obra
no Céu. O altar do sacrifício estava localizado no átrio exterior, onde a
vítima era oferecida. Falando deste ponto, o apóstolo S. Paulo diz:
(Heb. 8:1 e 2): "...."
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A pia entre o altar de sacrifício e a entrada do templo, onde o
sacerdote devia lavar as mãos e os pés antes de entrar no lugar santo,
simbolizava o seguinte: Antes de entrar nas mansões eternas, depois de
haver aceito o sangue de Cristo como meio de perdão dos pecados, cada
um de nós deve purificar a consciência.
Analisemos o significado deste símbolo terrestre em relação com o
santuário celestial. S. Paulo diz:
(Heb. 9:1-5): "...."
E falando dos ritos que celebravam no santuário terrestre, o
apóstolo acrescenta:
(Heb. 9:6 e 7): "...."
O significado de todas estas cerimônias é claramente explanado nas
seguintes passagens:
(Heb. 9:8, 8, 11 e 12): "...."
Os pães da proposição representavam duas coisas:
1º: Cristo, o Pão da vida;
2º: A Palavra de Deus, as Sagradas Escrituras. De suas páginas
recebemos nosso diário alimento espiritual que nos torna imunes ao vírus
do pecado.
O castiçal com as sete lâmpadas tinha dois significados:
(1) Todo verdadeiro filho de Deus deve ser uma luz em meio das
trevas do pecado.
(2) Os sete braços do castiçal representam as sete épocas da igreja
cristã apostólica até o fim do mundo. Podemos ler isto nos
primeiros três capítulos do livro de Apocalipse.
O altar de incenso era um símbolo do santuário celestial onde são
recebidas as petições dos filhos de Deus, enviadas pela fé ao trono da
graça. Esta verdade é maravilhosamente descrita nas seguintes
passagens:
(Heb. 8:3, 4; 4:14-16): "...."
Consideremos o lugar santíssimo. Ele representava o trono de Deus,
e a lei como fundamento do Seu governo – os Dez Mandamentos. Neste
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compartimento, santo e glorioso mais do que se possa dizer, está
prefigurado o juízo investigativo, tendo a lei divina como norma.
Vocês lembram que o serviço terrestre do juízo tinha lugar uma vez
ao ano, ao passo que no Céu será uma vez por todo o tempo. De acordo
com a profecia dos 2.300 anos, este juízo começou em 1844. Terminará
justo antes da 2ª Vinda de Cristo. É o que se confirma nas seguintes
passagens:
(Heb. 9 :23-27): "...."
Portanto temos estado vivendo há 156 anos no soleníssimo tempo
do juízo investigativo que se processa no tribunal do Céu. Este juízo
precede o fim de todas as coisas.
Meus amigos, vocês estão preparados para tão importante
acontecimento? De acordo com as Escrituras, com a morte de Cristo
nosso Senhor, o sacerdócio levítico foi anulado com todas as suas leis e
cerimônias. Isto é testificado pelo fato de que ao morrer Jesus, o "véu do
templo rasgou-se de alto a baixo." (S. Mat. 27:51)
O rompimento do véu tipifica também que da morte de Cristo até o
fim do tempo, não há mais necessidade de sacerdotes para irmos à
presença de Deus, mas que o caminho para o santuário celestial, onde
Cristo Jesus é nosso Sumo Sacerdote, está aberto a cada pessoa pela
oração através da fé.
Com a mudança do sacerdócio da Terra para o Céu, Cristo não
abandonou o Seu povo fiel, Ele organizou a Sua igreja própria, como
lemos no Livro inspirado:
(Col. 1:17 e 18): "...."
Estes textos declaram sem sombra de dúvida que Cristo é a única
cabeça da igreja visível. Ele é a cabeça invisível da igreja visível. Cristo
guia a Sua igreja por intermédio do Espírito Santo e os ensinos da Bíblia.
Ele disse que o Seu reino não é deste mundo. Cristo era muito sábio e
não deixou Sua obra na Terra nas mãos dos homens falíveis, cheios de
opiniões pessoais. Ele enviou Seu próprio representante na Pessoa do
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Espírito Santo – a 3ª Pessoa da Trindade. Ele guia em toda a verdade
com respeito às coisas que devem acontecer.
Ao subir para o Céu, Cristo passou a ocupar as seguintes posições
do anulado sacerdócio terrestre:
(Efés. 4:8, 11-13): "...."
Cristo colocou apóstolos na igreja. Mas além de apóstolos, Ele pôs
também profetas, que são homens ou mulheres por intermédio de quem
Deus fala à Sua igreja. Evangelistas são os que estão espalhando o
evangelho da salvação a multidões. Sua missão é cuidar da igreja de
Deus na Terra, e levar a multidões o arrependimento.

O Juízo Investigativo

Como já vimos, no final do período dos 2.300 anos, em 1844,


começou a purificação do santuário no Céu, ou seja o juízo investigativo
que precede a Segunda Vinda de Cristo. Então, como foi predito pela
mesma profecia de Daniel capítulo 8, a verdade do evangelho, que tinha
sido lançada por terra, seria vindicada.
Em prosseguimento consideraremos outra profecia dada quase 600
anos mais tarde, por intermédio do apóstolo S. João, que diz a mesma
coisa em linguagem diferente:
(Apoc. 14:6 e 7): "...."
Estes versos inspirados nos dizem claramente que o evangelho
eterno seria pregado a todas as nações do mundo. Por quê? Porque vinda
é a hora do Seu juízo. Este solene juízo começou em 1844 com Abel, o
primeiro ser humano que perdeu a vida no mundo. E continua com todos
os que morreram através dos séculos, chegando afinal até nós, os vivos.
Oh! quantos estão deixando de se preparar para esta hora solene!
A Bíblia descreve o juízo. (Ver Dan. 7:9-14 e Apoc. 20:12; 3:5.)
Deus está assentado em Seu trono. Em Sua presença está o Salvador,
nosso Senhor Jesus Cristo, nosso Mediador. Milhões de anjos assistem
em Sua presença nessa solene ocasião. O Livro da vida está aberto, no
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qual se encontram escritos os nomes de todos os que aceitaram a Cristo
como Salvador pessoal. Durante o juízo o nome de todos é assinalado.
Ao ser lido o nome, o anjo consulta os livros. Se verificam que todos os
pecados foram perdoados pela graça de Deus, Jesus Se ergue e estende
as mãos para o Pai exclamando: "Pai, Meu sangue por ele!" Este nome
permanece no Livro da Vida.
Ora, o fato de o juízo ter lugar antes do fim do mundo, pressupõe
que os homens não entram na bem-aventurança ou na condenação após a
morte. Tão logo seja concluída a consideração do último nome na
suprema corte do lugar santíssimo celestial, será pronunciado o decreto:
(Apoc. 22:11): "...."
Imediatamente após este decreto final, as sete terríveis pragas cairão
sobre a Terra, e o último conflito, do Armagedom, dará na 2ª vinda de
Cristo a recompensa a cada um segundo as suas obras.
Deus vê a todos e conhece tudo. Devemos viver em todo o tempo
como se na Sua santa presença. Muitos crêem que podem ocultar não
somente dos homens, mas também de Deus. Mas o Céu tem o mais
perfeito sistema de registo, alcançando o íntimo dos pensamentos e do
coração humano. Mais cedo ou mais tarde todo pecado é descoberto, e
algumas vezes pagamos na Terra mesma pelas injustiças cometidas.
Em certa vila do sul da Alemanha, no fim do último século,
vivia um forte jovem ferreiro. Ele não sabia que sua esposa vivia em
relações ilícitas com o mestre de sua oficina. Nas tardes o ferreiro se
reunia com os outros amigos da vila para beberem numa taverna e
discutirem sobre os acontecimentos do dia.
Uma tarde ele veio para a casa como de costume, aparentemente
são e feliz. Na manhã seguinte toda a vila foi surpreendida com a notícia
de sua morte súbita enquanto dormia. Como não fosse requerido atestado
de óbito, o ferreiro foi sepultado no terceiro dia, segundo o costume.
Algum tempo mais tarde a esposa se casou com o novo amor, o qual
assumiu as responsabilidades da direção da oficina.
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Vinte anos se passaram. Certa manhã, o coveiro foi ao cemitério
abrir uma nova sepultura para ser usada nesse dia. Ao chegar à
profundidade de uns tantos palmos, ele encontrou uns ossos, que pôs de
lado para posteriormente levar à vala comum. Era hora do almoço, e
assentando-se junto a uma lápide começou a comer. Alguns garotos
chegaram ao cemitério e se aproximaram da sepultura aberta.
Imediatamente começaram a gritar: "A caveira está mexendo!" O
coveiro enxotou a meninada e decidiu ver o que acontecia. Surpreso
verificou que um sapo estava dentro da caveira, procurando sair de sua
estranha prisão. Levantando a caveira para libertar o sapo, o homem
notou que um prego estava encravado no crânio, o que indicava que a
pessoa ali sepultada tinha sido assassinada.
Ele era o coveiro da vila por mais de 30 anos, e agora se lembrava
de que esta sepultura era a do ferreiro misteriosamente morto uma noite
sem que tivesse estado enfermo. Levou então a caveira à polícia, que
investigando descobriu o tenebroso crime. Quando a esposa do ferreiro
foi chamada à polícia e lhe mostraram o crânio, ela quase desfaleceu. Ela
e o atual marido confessaram que haviam assassinado o ferreiro quando
este dormia, encravando-lhe um prego no crânio.
Durante um quarto de século este casal havia escondido o seu crime
da população da vila, mas não puderam escondê-lo de Deus!
Se no mundo crimes secretos são descobertos e punidos, não será
possível que os registos do Céu descobriram todas as ações?
Nenhum de nós pode ocultar um pecado sequer. É melhor, portanto,
confessar nossos pecados a Deus, em tempo de podermos alcançar o
perdão. O Senhor nos convida, dizendo: "Vinde a Mim, todos que estais
cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei."
Por que não confessamos todos os nossos pecados agora, neste
momento? Querem que eu ore a Deus para que Ele tire toda a má
tendência, livrando-os do pecado?
Vamos então ficar de joelhos para a oração.
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"Amado Pai, Te damos graças esta noite pela Tua verdade e pelo
Teu amor, que permitiu Jesus morrer por nossos pecados. Tu nos
garantes que não importa termos caído em pecado, mas que Tua graça é
suficiente para todos nós. Ó Deus, Te suplicamos que perdoes nossos
pecados. Hoje de noite, pela fé no sangue de Cristo, levamos todas as
nossas preocupações ao altar no santuário celestial, pedindo a Ti que
quando nossos nomes forem considerados no juízo, não sejam apagados
do Livro da Vida. Ajuda-nos a sempre desejar fazer o que é reto, como
Tua Palavra o revela. No bendito nome de Jesus o pedimos. Amém."

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