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Formato: e-book
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Modo de acesso: world wide web
ISBN: 978-65-87204-81-9
https://doi.org/ 10.37008/978-65-87204-81-9.18.11.20
Cleber Bianchessi
(organizador)
Revisão Os autores
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Práticas Pedagógicas e Saberes Curriculares
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A “PAIDEIA CRISTÔ DO MEDIEVO:
EXPERIÊNCIA[S] CRISTÃ[S] DE DEUS, IDEIAS E
INSTITUIÇÕES EDUCACIONAIS
INTRODUÇÃO
1
Pós-doutorando e Doutor em Teologia: Teologia Sistemático-pastoral pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro — PUC-Rio. Doutorando do Programa de Pós-
-Graduação em Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais — PUC
Minas. Reitor do Instituto Edith Theresa Hedwing Stein — ISTEIN. Docente da Faculdade
de Santa Cruz da Bahia—FSC. E-mail: ies.istein@gmail.com.
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AS ESCOLAS MONACAIS
[...]
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
[...]
Mas, no horizonte
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Do que é memória
Da eternidade,
Referve o embate
De antigas horas
De antigos fatos,
De homens antigos [MEIRELES, 1989, p. 279].
No mundo ocidental, até o século X a hegemonia das instituições
educacionais era monacal. Posteriormente, tornou-se episcopal. Não
obstante, desde o século IX, identifiquei uma cooperação entre as escolas
monacais e catedralícias, ocorrendo um intercâmbio de estudantes para
complementarem sua formação acadêmico-intelectual e contemplativa.
No século XII, as diferenças foram marcantes entre essas duas escolas:
a primeira marcada pelo exercício da contemplação e a segunda pelo
estudo das artes liberais. Jean Leclercq — em Humanismo e cultura
monástica [Umanesimo e cultura monástica, 1989] — reflete que a
formação do monge era feita em duas partes: a primeira constituída
pelo ensino de gramática, literatura, retórica e conteúdo filosófico da
antiguidade clássica [lógica, filosofia e dialética], compilados por autores
cristãos como Gregório Magno, Isidoro de Sevilha, entre outros; por
conseguinte, estudavam-se a Sagrada Escritura e as obras Patrísticas
[LECLERCQ, 1989].
No dizer de Jean Leclercq:
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[...] lo studio degli autori profani era necessario per i monaci e al tempo stesso peri-
culoso; necessario come strumento per imparare la língua cristiana del loro tempo, che
era Il latino; periculoso per la loro fede e per i loro costumi.
[.
..] La seduzione era sentita in modo più forte e immediato nel campo della morale.
Noi non leggiamo più con molta frequenza Plauto, Ovidio, Terenzio e facciamo fatica a
immaginare il turbamento che essi potevano provocare nell‘imagionazione di uomini nei
quali questa era viva, sopratutto negli adolescenti o anche nei copisti.
[.
..] il carattere concreto, reale, per così dire esistenziale che rivestiva il conflitto tra
litteratura e vita spirituale provocato dagli studi: era una questione di purezza del cuore
e del corpo. Non si trattava di un atteggiamento speculativo, che pretendeva di essere
oggettivo, nei confronti delle realtà profane. [...] anche di fronte alla litteratura profana,
sai durante gli studi preparatori sia in seguito, egli mette in gioco la sua vita monastica
[...] [LECLERCQ, 1989, p. 58-60].
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REFERÊNCIAS
BERNARDO DE CLARAVAL. Sermones super Cantica Canticorum. In: _____. S.
Bernardi Opera. Roma: Cistercienses, 1957-58.
DANIÉLOU, J.; MARROU, H. Nova história da Igreja. Petrópolis, RJ: Vozes, 1966.
3
Così da una parte e dall‘altra, nel chiostro e nella scuola, si cerca ― “l‘intelligenza della
fede”; ma essa non è esattamente la stessa nei due ambienti, né è ottenuta con mezzi
del tutto simili.[...] in entrambi i casi, si tratta di un‘attività teologale. E il procedimento
dell‘intelligenza non può essere essenzialmente diverso; essa fa appello da una parte e
dll‘altra, alla dialettica. Ma il contesto psicologico è diverso. L‘abuso della dialettica enera
una forma di curiosità che i monaci rifiutano: essa appare loro contraria a quell‘umiltà di
cui S. Benedetto aveva fatto il fondamento della vita monastica. I monaci amano citare le
parole di S. Paolo: Scientia inflat. A questa scienza vana, opponevano la ―semplicità‖, a
proposito della quale, però non bisogna ingannarsi [LECLERCQ, 2002, p. 269].
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JAEGER, W. Paideia: formação do homem grego. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
ROSA, V. G. Relembramentos: João Guimarães Rosa, meu pai. 2. ed. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1999.
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O ENSINO DA METODOLOGIA ATIVA NA
APRENDIZAGEM VISIVEL EM RELAÇÃO AO
PROFESSOR-ALUNO NA SALA DE AULA
INTRODUÇÃO
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Doutor e Mestre em Educação, Arte e História da Cultura, Letras, professor do Centro
Universitário Senac-SP. E-mail lusfernandoaraujo40@gmail.com.
5
Professora do Centro de Detenção Provisória 3 – Pinheiros-SP, Pedagogia. E-mail:
acmm5678@gmail.com.
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Professora do Centro de Detenção Provisória-Pinheiros-SP. Pedagogia e Letras. E-mail:
rosmes_17@yahoo.com.br.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
ABREU, M.C. & MASSETTO, M. T. O professor universitário em aula. São Paulo:
MG Editores, 1990.
BERGMANN, Jonathan & SAMS, Aaron. Sala de aula invertida: uma metodologia
ativa de aprendizagem. Rio de Janeiro: LTC, 2012.
FREIRE, Paulo. Extensão ou comunicação? 15. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2011.
MEIRIEU, Philippe. Aprender... sim, mas como? 7. ed. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1998.
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CONTEXTO ATUAL DO ENSINO REMOTO EM
TEMPOS DE COVID-19: UM ESTUDO DE CASO
COM ESTUDANTES DO ENSINO TÉCNICO
INTRODUÇÃO
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Mestranda em Administração Universidade Potiguar (UNP). Professora do Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – IFCE. E-mail: antunizia.gomes@
ifce.edu.br
8
Mestrando em Administração Universidade Potiguar (UNP). E-mail: epas727@gmail.com
9
Doutora em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Ceará -
UFC. Professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – IFCE.
E-mail: harine@ifce.edu.br
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que está presente hoje nas salas de aula. Uma geração definida pela
tecnologia que se expressa e comunica de forma instantânea, mas não
autônomos assim em tecnologia quanto suponhamos. Reconhece o
relatório que a alta probabilidade que a parte mais velha da geração
esteja refletindo sobre sua educação como resultado de uma pandemia
verdadeiramente global, enfrentando cancelamento de exames, eventos
esportivos, e até graduações. Continua o relatório do WEF, a crise do
Covid-19 pode muito bem mudar o mundo e nossa perspectiva global;
pode igualmente nos ensinar um novo modelo de educação para melhor
preparar jovens alunos para o futuro. Estas lições devem incluir: educar
cidadãos em um mundo interconectado; redefinir o papel do educador;
ensinar habilidades necessárias para a vida no futuro e franquear livre
acesso à tecnologia para a educação (LUTHRA; MACKENZIE, 2020).
Jandrić (2020) registra estarmos diante de momento histórico
desafiador e de posições comuns em pesquisa e educação, exigindo
repensar o futuro para o futuro. Kerres e Waffner (2019), estudam de
forma prática mudanças nas instituições de ensino, confrontando o uso
de tecnologia digital em sala de aula. Com a crise gerada pela pandemia
do Covid-19 repensam os modelos de mudança digital, questionando
estratégias, políticas, projetos, incentivos e práticas digitais anteriores
repensando seriamente nossos modelos de mudança digital. Antes da
pandemia Covid-19, não constava da pauta educacional, salvo raras
exceções, pesquisas sobre a interação digital e liderança educacional,
além da reação das instituições e alunos (DAVISD, 2017).
Para Hodges (2020), a Alemanha em resposta a sua história recente,
é uma das poucas nações do mundo onde a liberdade de pesquisa e
ensino faz parte do código de normas da instituição (BUNDESMINIS-
TERIUM DER JUSTIZ UND FUR VERBRAUCHERSCHUTZ, 2020: Art.
5), permitindo aos professores livremente escolher usar a tecnologia
digital, adotou rapidamente o ensino remoto.
O aprendizado online eficaz envolve planejamento instrucional
cuidadoso, com base no uso de um modelo sistemático (BRANCH;
DOUSAY, 2015). As decisões de projeto têm um impacto direto na qua-
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METODOLOGIA
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
BRANCH, R.M.; DOUSAY, T.A. Survey of Instructional Design Models. Association
for Educational Communications and Technology (AECT), 2015. Disponível
em: https://aect.org/docs/SurveyofInstructionalDesignModels.pdf?pdf=Sur-
veyofInstructionalDesignModels. Acesso em: 01.set.2020.
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A IMPORTÂNCIA DO PRÉ-TESTE NA PRODUÇÃO
DE JOGOS - RELATO DE EXPERIÊNCIA
INTRODUÇÃO
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Licenciado em Química (UFC). Professor da rede pública estadual de ensino do Ceará.
E-mail: rafael2_ufc@yahoo.com.br.
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Doutora em Química (UFSCar). Professora do Magistério Superior da UFC. E-mail:
gslopes@ufc.br.
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Doutora em Química (UFC). Professora do Magistério Superior da UFC. E-mail: elenir.
ribeiro@ufc.br.
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DESENVOLVIMENTO
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Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
Os resultados demonstraram que 55,9% dos alunos concordam
fortemente e 32,4% concordam que o jogo facilitou o entendimento
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fácil (Oliveira et. al, 2017). É necessário que o objeto possua uma escala
de dificuldade que se adeque ao nível de habilidade do jogador, possi-
bilitando a oscilação temporária no grau de desafio (Savi et. al, 2010).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
ALEVEN, Vincent et al. Toward a framework for the analysis and design of edu-
cational games. In: 2010 third IEEE international conference on digital game
and intelligent toy enhanced learning. IEEE, 2010. p. 69-76.
DE SOUZA, Elaine Santana. Uso de jogos de Role Playing Game (RPG) como uma
estratégia possível de aprendizagem de conteúdos de biologia na educação de
jovens e adultos. LINKSCIENCEPLACE-Interdisciplinary Scientific Journal,
v. 2, n. 3, 2015.
HAUGE, Jannicke Baalsrud et al. Study design and data gathering guide for seri-
ous games’ evaluation. In: Psychology, Pedagogy, and Assessment in Serious
Games. IGI Global, 2014. p. 394-419.
LIBÂNEO, J. C. Pedagogia e pedagogos, para quê. 12ª. Ed. São Paulo, Cortez, 2010.
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TOOMEY, Anne H.; KNIGHT, Andrew T.; BARLOW, Jos. Navigating the space
between research and implementation in conservation. Conservation Letters,
v. 10, n. 5, p. 619-625, 2017.
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DIMENSÕES SOCIAIS, AFETIVAS E
DE APRENDIZAGEM: REPENSANDO
COMPORTAMENTOS EM UM
REFEITÓRIO INFANTIL
Lucas Collito13
INTRODUÇÃO
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Mestrando em Desenvolvimento Comunitário pela Universidade Estadual do Centro
Oeste do Paraná (PPGDC/UNICENTRO). Nutricionista especialista em Educação e Socie-
dade. Bolsista CAPES. E-mail: lucascollito@gmail.com
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PERSPECTIVA DOCENTE
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Foram acompanhadas neste trabalho todas as turmas de um CMEI (Centro Municipal
de Ensino Infantil) no refeitório por quinze dias ao total da observação no município de
Guarapuava-PR no ano de 2019. Esta pesquisa fez parte de um projeto maior no âmbito
educacional.
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PRÁTICA
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CONSIDERAÇÕES
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REFERÊNCIAS
CARVALHO, Rosita Edler. Diversidade como Paradigma de ação Pedagógica na
educação infantil e séries iniciais. SUMÁRIO, 2005, p. 29.
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COMPREENDENDO O PROCESSO DA AVALIAÇÃO
DA APRENDIZAGEM ESCOLAR
INTRODUÇÃO
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Mestre em Ciências da Educação pelo Instituto Superior de Educação Lúcia Dantas
– ISEL (DF), Pedagoga nas redes municipais de Educação de Guamaré e de Macau (RN).
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CONSIDERAÇOES FINAIS
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REFERÊNCIAS
ARENDT, H. A dignidade da política. Tradução de Helena Martins. Rio de
Janeiro: Relume Dumará, 1993.
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MOBILE LEARNING NO ENSINO
MÉDIO INTEGRADO
INTRODUÇÃO
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definir a aprendizagem móvel, que pode ser feita de forma isolada ou com
uso de outras tecnologias de informação e comunicação. A aprendizagem
móvel é onipresente, podendo o aluno aprender em qualquer lugar e
a qualquer momento. A potencialidade do uso de dispositivos móveis
na educação é vasta, o aluno pode realizar uma consulta rápida no seu
dispositivo móvel para sanar uma dúvida que surgiu em sala de aula.
O EMI também faz uso do aparato tecnológico disponibilizado
pelas TICs. A contribuição de TICs no EMI é vasta, em sua maioria
implantada em Institutos Federais (IFs) espalhados pelo território
brasileiro. As políticas públicas que aceleram a inserção das TICs na
educação brasileira, foram de grande importância e facilitam o processo
de ensino e aprendizagem. Algumas dessas políticas contribuíram para
a inserção ou renovação de computadores nos laboratórios de informá-
tica das instituições de ensino públicas; além de proporcionar diversas
ferramentas tecnológicas para professores e alunos, como computado-
res, tablets e lousas digitais interativas. Na Figura 1 pode ser observado
um dispositivo móvel, tablet educacional, disponibilizado aos docentes
dos IFs do Brasil, com a finalidade de servir de apoio como ferramenta
para preparação e organização do trabalho docente. O uso do tablet
educacional, também, proporciona uma ferramenta onde os docentes
podem se qualificar. Tal ferramenta é um exemplo de M-Learning no
EMI, na perspectiva docente.
DESENVOLVIMENTO
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
EXAME, 2016. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/negocios/
dino/o3b-e-ozonio-levam- conectividade-de-banda-larga-para-a-remota-cidade-
-amazonica-de-tefe-atraves-de-rede-inovadora-via- satelite-dino890103797131/>.
Acesso em: 03 de março de 2018.
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Ó, Ana Paula de Souza do. M-Learning: desafios aos docentes no contexto escolar.
Dissertação de Mestrado, Universidade Estadual da Paraíba, 2016.
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OS DISPOSITIVOS MÓVEIS COMO
FERRAMENTA EDUCACIONAL: UM ESTUDO
JUNTO À UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
INTRODUÇÃO
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DISPONIBILIDADE DE TECNOLOGIAS E
INFRAESTRUTURA DA ESCOLA
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REFERÊNCIAS
BARBOSA, Tatiana Péret. Tecnologias digitais: desafios e perspectivas no ensino
superior em saúde. Percurso Acadêmico, v. 6, n. 12, p. 450-68, 2016.
OLIVEIRA, Edson Luis de Almeida; NARDIN, Ana Claudia de. O uso do Moodle
como suporte as atividades de ensino/aprendizagem presencial em cursos
técnicos integrados. Disponível em <http://jne.unifra.br/artigos/4848.pdf>.
Acesso em 10 jul 2017.
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WEISS, Alba Maria Lemme; MARA Lúcia Reis Monteiro da Cruz. A Informática
e os problemas escolares de aprendizagem. Rio de Janeiro: DP&A editora,
2001. 3◦ edição.
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OS MÚLTIPLOS SABERES EM INTERAÇÃO NA
CONSTRUÇÃO DO CURRÍCULO
INTRODUÇÃO
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indica que todas têm como questão central a definição de qual conhe-
cimento deve ser ensinado e que o resultado dessa seleção de saberes
indica que pessoa se quer formar. Quando se privilegia determinado
conhecimento em detrimento de outro, se exerce um poder que não
se situa no âmbito puramente científico, mas adentra pelo político. As
teorias críticas e pós-críticas do currículo, fazendo um contraponto às
tradicionais, argumentam que nesse campo não há neutralidade, visto
que cada escolha é baseada em determinados interesses.
Em uma perspectiva histórica, Moreira e Silva (1994) demons-
tram que mudanças sociais, políticas e econômicas se sucederam para
a consolidação da ordem capitalista e provocaram o surgimento de
um novo campo de estudos curriculares, voltado para a construção de
um currículo que inculcasse valores e condutas considerados adequa-
dos às novas necessidades da economia. Após terem se considerado
derrotados na corrida espacial, quando a Rússia lançou o Sputinik em
1957, os americanos empreenderam políticas educacionais visando a
reforma curricular, dando ênfase no conteúdo científico (CHASSOT,
2004). Até os dias atuais, as políticas educacionais atuam diretamente na
estrutura curricular, ora associando-a às exigências de uma formação
científica, ora de uma formação tecnicista, mas sempre de acordo com
os interesses do Estado em atendimento ao discurso político que lhe
convém. Nesse cenário, as reformas curriculares passam a ser instru-
mentos de intervenção governamental no cotidiano escolar. Todavia,
a sua expressão na prática pedagógica não se dá sem resistência dos
atores sociais. Conforme Moreira e Silva (1994, p. 29): “O currículo está,
assim, no centro de relações de poder. Seu aspecto contestado não é
demonstração de que o poder não existe, mas apenas de que o poder
não se realiza exatamente conforme suas intenções”.
Os professores são apontados como “intelectuais transforma-
dores” por Giroux (1997), em contraposição à visão do profissional
docente como técnico e executor de políticas educacionais. Para o autor,
professores têm papel fundamental na legitimação de interesses, por
meio das suas práticas pedagógicas, portanto, suas reflexões e seus
posicionamentos deveriam ser considerados no debate que precede as
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CONSIDERAÇÕES
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REFERÊNCIAS
BALL, S. J. What is policy? Texts, trajectories and toolboxes. Discourse, London,
v. 13, n.2, p. 10-17, 1993.
124
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SILVA, T. T. da. (Org.). Alienígenas na sala de aula: uma introdução aos estudos
culturais em educação. Rio de Janeiro: Vozes, 1995.
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POR UMA PEDAGOGIA DA AUTONOMIA:
REFLEXÕES SOBRE AS FERRAMENTAS
DIGITAIS NA EDUCAÇÃO
INTRODUÇÃO
22
Acadêmico do Curso de Letras na Universidade de Passo Fundo (UPF). E-mail: wes-
leywph@gmail.com.
23
Professora do Curso de Engenharia de Alimentos na Universidade do Estado de Mato
Grosso (UNEMAT) E-mail: raquelloss@unemat.br.
24
Acadêmica do Curso de Letras na Universidade de Passo Fundo (UPF). E-mail:
95701@upf.br
25
Professora do Curso de Engenharia de Alimentos na Universidade do Estado de Mato
Grosso (UNEMAT). E-mail: claudigeraldi@onda.com.br
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Propagandas em
Conversas em grupos com aplicativos serviços como o
Youtube
Descrições
Jornais televisivos de Jogos para
Smartphone
Textos de Fóruns
Propagandas na Televisão e comunidades
virtuais
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília,
DF: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br>. Acesso
em 20 jun. 2020.
DE ALENCAR, Anderson Fernandes. O pensamento de Paulo Freire sobre a
tecnologia: traçando novas perspectivas. Recife: V Colóquio Internacional
Paulo Freire, 2005.
DIAS, Ângela AC et al. Tecnologias na educação e formação de professo-
res. Brasília: Plano, 2003.
FREIRE, Paulo. Ação cultural para a liberdade e outros escritos. Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 1968.
FREIRE, Paulo. Cartas a Guiné-Bissau: registros de uma experiência em pro-
cesso. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.
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tiva. 46ª edição–Rio de Janeiro. Paz e Terra, 2013.
KELLNER, D.. Novas tecnologias: novas alfabetizações. Portal Brasileiro de
Filosofia da Educação. Disponível em <http://www.filosofia.pro.br>. Acesso
em 20 abril.2020.
PRODANOV, Cleber Cristiano; DE FREITAS, Ernani Cesar. Metodologia do tra-
balho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico-2ª
Edição. Editora Feevale, 2013.
ROJO, Roxane. Multiletramentos na escola. Parábola Ed., 2012.
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TECNOLOGIAS DIGITAIS, MEDIAÇÃO
PEDAGÓGICA E PRÁXIS EDUCATIVA NA
CULTURA DIGITAL
INTRODUÇÃO
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Mestrando no Programa de Pós-graduação em Educação e Diversidade (PPED/UNEB).
Docente da Educação Básica pública no estado da Bahia (SEC/BA).
27
Doutora em Educação (PPGE/UFPB). Docente do Departamento de Educação (DEDU),
no Programa de Pós-graduação em Estudos Linguísticos (PPGEL) e no Programa de Pós-
-graduação em Educação (PPGE) na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).
28
Mestra em Educação pelo Programa de Pós-graduação em Educação e Diversidade (PPED/
UNEB). Docente da Educação Básica na rede municipal de ensino em Monte Santo (BA).
29
Esta informação foi extraída dos resultados da Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias
de Informação e Comunicação nos Domicílios Brasileiros – TIC Domicílios 2019, cuja
publicação se encontra disponível no endereço eletrônico https://cetic.br/pt/arquivos/
domicilios/2019/domicilios/. Acesso em 01 out. 2020.
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“A interação é entendida como um processo interpretativo em que os intervenientes
negociam uma definição comum da situação com recurso a interpretação recíprocas”
(HABERMAS, 2010, p. 286 apud ANECLETO, 2016, p. 141).
31
Lévy (1999) também chama o ciberespaço de “rede”. A concepção de ciberespaço
engloba “[...] não apenas a infraestrutura material da comunicação, mas também o uni-
verso oceânico de informação que ela abriga, assim como os seres humanos que navegam
e alimentam esse universo” (LÉVY, 1999, p. 17).
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dos objetivos de atuação que cada ser cognoscente deve ter, indepen-
dentemente de quais sejam seus propósitos de aprendizagem. Para Lévy
(1999), na constituição da inteligência coletiva, essas tecnologias com
suporte digital são basilares para o estabelecimento de ações interativas
entre sujeito-sujeito para a troca e produção de saberes e a valoração
mútua das qualidades dos interactantes.
Arrazoamos ser possível entender o espaço escolar, em face da
partilha de saberes e da construção coletiva de conhecimento, como
um Espaço de saber. Esse foi concebido por Lévy (2015) enquanto um
espaço virtual (a ser desenvolvido, desterritorializado) capaz de unir
os processos de subjetivação individuais e coletivos, sendo o saber um
savoir-vivre e não apenas o conhecimento científico; aqui, valoriza-se
o saber empírico e entende-se que quando um indivíduo (re)organiza
as suas (rel)ações e interage com o outro, o mesmo está inserto em ato
produtor de conhecimento.
No Espaço do saber, a inteligência coletiva se origina “[...] em
mundos vivos continuamente engendrados pelos processos e interações
que neles se desenrolam” (LÉVY, 2015, p. 129), nos quais os indivíduos
cooperam entre si, a partir do uso mais acentuado das TD para negociar
continuamente as suas relações/interações e a conjuntura que possibi-
lita significações coletivas. Os indivíduos que povoam e animam esse
espaço são integrantes de coletivos inteligentes, os quais correspon-
dem a comunidades humanas virtuais (com contatos e interações das
mais variadas tipificações) que atuam no ciberespaço com o objetivo
de encontrar novas maneiras de estabelecer comunicação, animando
espaços desterritorializados, intentando encontrar novas qualidades e
modos de ser, pautados em uma interatividade fundada no diálogo e
na reciprocidade dos participantes.
Em face das características do Espaço do saber, a
[...] produção e distribuição do saber dependem
não apenas das especificidades do sistema cognitivo
humano, mas também dos modos de organização
coletiva e dos instrumentos de comunicação e tra-
tamento da informação (LÉVY, 2015, p. 173).
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CONCLUSÃO
Na cultura digital, as TD firmaram-se socialmente por meio de
interfaces alimentadas pela rede mundial de computadores; inúmeros
grupos/coletivos intelectuais consolidaram-se a partir dessas redes pro-
motoras de atos de comunicação marcados pela interação. Com isso,
a produção de conhecimento apresenta, atualmente, uma dinâmica
coletiva em detrimento da individualizada. Agora, cada indivíduo pode
tornar-se um (co)produtor de conhecimento e difusor de saberes, haja
vista ter o ciberespaço tornado as relações de comunicação interativas,
multidirecionais e com amplitude universal.
Em uma perspectiva de entrelaçamento, Guimarães (2016) destaca
uma forte influência das TD32 na educação escolar, ao tornar-se um elo
para a ligação entre os atos formativos e de currículo, professores, alu-
nos, mundo físico e mundo virtual, otimizando a produção de saberes
e contribuindo para a autonomia do aluno para pensar e protagonizar
32
Conforme ressalta Levy (1999), a técnica e a tecnologia não são boas ou más. Dependem
do contexto e do objetivo de uso, de como foram concebidas e, especialmente, do uso
humano para adquirir as dimensões sociais e culturais e criar possibilidades de comu-
nicação e interação. Sendo assim, a utilização das TD no espaço escolar está atrelada,
dentre vários aspectos, à concepção de ensino e ao modo de aplicação dessa concepção
pelos atores educacionais.
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REFERÊNCIAS
ANECLETO, Úrsula. Ação linguístico-comunicativa e a interação na esfera
pública comunicacional. Tese (Doutorado em Educação). Universidade Federal
da Paraíba. João Pessoa, 2016.
GÓMEZ, Pérez Angel I. Educação na era digital: a escola educativa. Trad. Marisa
Guedes. Porto Alegre: Penso, 2015.
146
Práticas Pedagógicas e Saberes Curriculares
147
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E O USO DE
TECNOLOGIAS DIGITAIS DE INFORMAÇÃO
E COMUNICAÇÃO: UM OLHAR PARA A
UNIVERSIDADE DE MINERVA
Bruno Massinhan33
Maria Alzira Leite34
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
33
Mestrando em Educação (UTP) Linhas de Pesquisa Prática Pedagógica e Elementos
Articuladores. Instrutor do American College of Surgeons, programa ATLS. Especialista
em Medicina do Trabalho pela UFPR. Graduado em Medicina (PUCPR).
34
Pós-doutora em Linguística Aplicada. Mestre e doutora em Letras: Linguística e Lín-
gua Portuguesa. Docente no Programa de Pós-Graduação em Letras (UTP). Graduada
em Letras (PUCMINAS).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
ALVES-MAZZOTTI, Alda Judith. O planejamento das pesquisas qualitativas em
educação. Cadernos de pesquisa, São Paulo, n. 77, p. 53-61, maio, 1991.
BERGMANN, J.;SAMS, A. Flip your classroom: reach every student inevery class
every day. EUA: ISTE, 2012.
CARR, Wilfred. Uma teoria para la educación: hacia uma investigacíon educativa
crítica. Madrid: Morata, 1996.
COSTA, A.L.; KALLICK, B. Habits of mind across the curriculum: practical and
creative strategies for teachers EUA, São Francisco: ASCD, 2009.
MARX, K. Teses sobre Feurbach. Trad. Castro e Costa. L. C. São Paulo: Marins
Fontes, 2002.
161
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MAZUR, E. Peer instruction: a user’s manual. 1 Ed. Upper Saddle River, New
Jersey: Prentice Hall, Inc. Simon & Schuster, 1997.
MINERVA, U. Minerva Project. EUA, São Francisco: 2020. Versão online. Dis-
ponível em: https://www.minerva.kgi.edu/graduate-programs/mda/. Acesso
em 10 out. 2020.
SOUZA, M.A. de. Sobre o Conceito de Práticas Pedagógicas. In: Maria Cristina
Borges da Silva. (Org.). Práticas Pedagógicas e Elementos Articuladores. 1ed.
Curitiba: Universidade Tuiuti do Paraná, 2016, v., p. 38-65.
Wood, D., Bruner, J. S., & Ross, G.The Role ofTutoring in Problem Solving. Journal of Child
Psychology and Psychiatry, n. 17, pg 89-100. EUA: 1976.Versão online.Disponível em:
http://dx.doi.org/10.1111/j.1469-7610.1976.tb00381.x Acesso em 10 out. 2020.
162
EVARISTO E O QUIMBALAUE – OLHOS DÁGUA E MÃOS DE
VENTO: POR UMA ESCREVIVÊNCIA DO CORPO
Denise Bussoletti35
Thalita Moreira36
INCOMODAÇÕES INICIAIS
163
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dêmica indica. Isto em parte como busca pelo método, ou por aquilo
que pode ser compreendido como uma tentativa de apropriação das
técnicas que caracterizam o processo da escrita autoral pelos caminhos
da pesquisa e da vida.
Método e técnicas, que ao mesmo tempo que buscam o diálogo,
pretendem também dizer dos limites que, por vezes, a escrita de pes-
quisa confere aos seus produtos (capítulos, artigos, teses, dissertações,
entre outros). Trabalhos e trabalhos, cuja ênfase e motivo se restringem,
ou atestam somente, da utilização/correção da técnica pela norma
acadêmica, aquilo que nós, do Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em
Narrativas, Arte e Linguagem (GIPNALS)40 nomeamos como o sentido
“abenitável”41 do termo.
O que virá a seguir, não se trata, pois, de uma pura rejeição da
norma, ou do sentido “abenitável”, mas muito mais uma recusa ao empo-
brecimento da experiência narrativa42 que, não raramente, encarcera
as “pesadas estabilidades” do acadêmico mundo, através de palavras
esvaziadas e carentes da significação necessária às produções de conhe-
sua teoria da cultura e que em sua historiografia, podem ser vistas, entre outras, como:
arcaicas, de desejo, oníricas, de pensamento, dialéticas, alegóricas, fantasmagóricas
(BUSSOLETTI, 2010).
40
Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Narrativas, Arte e Linguagem (GIPNALS). Disponí-
vel em: http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/493857. Acessado em 26 de setembro de 2020.
41
Como referência as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.
A ABNT é a entidade responsável pela elaboração das Normas Brasileiras (ABNT NBR),
elaboradas pelos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS) e Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE)” [...] Através desta entidade,
por exemplo, o conceito de norma pode ser assim apreendido: “Norma é o documento
estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido, que fornece
regras, diretrizes ou características mínimas para atividades ou para seus resultados,
visando à obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto. A norma é,
por princípio, de uso voluntário, mas quase sempre é usada por representar o consenso
sobre o estado da arte de determinado assunto, obtido entre especialistas das partes inte-
ressadas. ABNT. Disponível em: http://www.abnt.org.br/normalizacao/o-que-e/o-que-e.
Acessada em 27 de setembro de 2020.
42
O sentido da expressão empobrecimento da experiência narrativa é benjaminiano
naquilo que ele se faz como denúncia ao caráter que a experiência foi assumindo no
mundo moderno e na era capitalista como um declínio acentuado da experiência cole-
tiva, de aniquilamento da memória e por consequência da capacidade de intercambiar
experiências e de narrar (Benjamin, 1994.
164
Práticas Pedagógicas e Saberes Curriculares
A ENCRUZILHADA NARRATIVA
Leda Martins auxilia a ver que é pela via das encruzilhadas que
os saberes e fazeres negros produzem identidades:
[...] é pela via dessas encruzilhadas que também
se tece a identidade afro-brasileira, num processo
móvel, identidade esta que pode ser pensada como
um tecido e uma textura, nos quais as falas e os
gestos mnemônicos dos arquivos orais africanos,
no processo dinâmico de interação com o outro,
43
Evaristo utiliza a Casa Grande como referência ao processo histórico de escravidão onde,
entre outras coisas, as mulheres negras escravas, tinham por obrigação contar histórias
para adormecer as crianças, filhas dos senhores da Casa Grande. Escrevivência que fazia
com que essas mulheres negras, se apropriassem, também e por outro lado, de outra
forma de escrita da história. Estas mulheres negras foram tomando para si, um modo
de fazer literário, um modo de despertar e ao mesmo tempo de acordar uns e atordoar
outros, principalmente os que dormem em “seus sonhos injustos”.
165
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44
MARTINS, 1997, p. 26
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Práticas Pedagógicas e Saberes Curriculares
45
Falar alegoricamente significa, nesta perspectiva, o uso de uma linguagem acessível
a todos e que remeter a outro nível de significação, dizendo uma coisa para significar
outra (BENJAMIN, 1984). Escrita alegórica no sentido que Walter Benjamin empresta ao
termo possui como pressuposto uma concepção de linguagem que não se limita a uma
função designadora das coisas e onde uma palavra remete sempre a algo diferente, para
além da função simbólica e como mero instrumento de comunicação.
46
A noção de fragmento também é cara ao método de escrita. que se apoia em Walter
Benjamin. Para ilustrar tal perspectiva buscamos, em um fragmento de Rua de Mão Única
denominado “Canteiro de Obras” onde Benjamin chama a atenção para a necessidade de
atentar na para a forma como as crianças reconhecem em produtos residuais o rosto do
mundo, colocando materiais de espécies diferentes em novas relações, ou seja, através
do pequeno no grande, as crianças vão aos poucos formando para si seu mundo de coisas
(Benjamin, 2000). Mirar este pequeno mundo de coisas, nos parece necessário também
a fabricação dos objetos (livros e escritas) do adulto mundo.
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mal contada, que insiste em querer dizer que a escrita só possui uma
grafia - branca, europeia e feita por homens.
47
14 EVARISTO, 2016, p.15
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49
IDEM. p. 15-16.
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50
IDEM. p. 16
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IDEM.
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IDEM.
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IDEM. p. 16-17
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IDEM. p.18
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REFERÊNCIAS
BENJAMIN, WALTER. Experiência e Pobreza. In: Magia e Técnica, Arte e Polí-
tica. Obras Escolhidas. São Paulo, 1994.
__________________. Rua de Mão Única. Obras Escolhidas. VII. São Paulo, 2000.
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Nota: este texto dialoga com o trabalho de pesquisa relacionado com a dis-
sertação de mestrado em educação de autoria de Thalita Moreira e intitulado
“OQUIMBALAUE: Negra sim! Negra Sou! Escrita, teatro, resistência e educa-
ção”. A dissertação foi orientada pela professora doutora Denise Bussoletti e
defendida em junho de 2020, no programa de Pós Graduação em Educação da
Universidade Federal de Pelotas (Pelotas/Brasil) e contou com o financiamento
das agências de pesquisa CAPES/CNPQ.
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AS MISSÕES JESUÍTICAS E A HISTÓRIA DA
RESISTÊNCIA INDÍGENA: CONTRIBUIÇÕES
DE UMA PRÁTICA EDUCATIVA NA FORMAÇÃO
INICIAL DE PROFESSORES
INTRODUÇÃO
64
Mestranda no Programa de Pós-graduação em Educação Científica e Ambiental da
UFLA. Licenciada em ciências biológicas pela Universidade Federal de Lavras.
65
Doutoranda em Educação para Ciência na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mes-
quita Filho. Mestre em processos socioeducativos e práticas escolares pela Universidade
Federal de São João Del Rei.
66
Doutor em Educação para a Ciência pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita
Filho. Professor adjunto do departamento de Biologia da Universidade Federal de Lavras.
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CONTEXTO DA PRÁTICA
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ANÁLISE DE DADOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
apropriação das terras, assim como, mostrar que cada povo exibe uma
cultura diferente.
Nesse contexto, podemos perceber uma das potencialidades das
práticas educativas na formação inicial, como janela de conversa entre
essas questões que não são discutidas normalmente.
REFERÊNCIAS
DARROZ, L. M.; DOS SANTOS, F. M. T. Astronomia: uma proposta para promover
a aprendizagem significativa de conceitos básicos de Astronomia na formação
de professores em nível médio. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 30,
n. 1, p. 104-130, 2013.
189
SOBRE O ORGANIZADOR
Cleber Bianchessi
190
ÍNDICE REMISSIVO currículo 7, 21, 55, 68, 113, 114, 115,
116, 118, 119, 120, 121, 122, 123, 125, 145,
149, 152, 154, 155, 157, 160, 180, 187, 188
A
D
afetivo 22, 31,36
desafios 1, 3, 7, 19, 29, 34, 50, 60, 61, 62,
aluno 7, 8, 29, 32, 33, 35, 37, 38, 44, 55, 73, 97, 98, 109, 111, 129, 136, 156
56, 57, 60, 61, 70, 74, 76, 77, 78, 79, 80,
81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 91, 92, 93, 94, dimensões sociais 68, 145
100, 101, 106, 107, 108, 117, 118, 138, 143, dispositivos móveis 8, 9, 86, 87, 88, 89,
144, 145, 146, 156, 158, 159, 160 90, 91, 92, 93, 97, 98, 99, 100, 101, 103,
aprendizagem 2, 7, 8, 21, 28, 29, 30, 33, 104, 105, 106, 109, 110, 127
35, 36, 37, 38, 39, 40, 44, 45, 46, 47, 50, docente 7, 9, 10, 46, 48, 65, 67, 70, 74,
52, 54, 55, 56, 57, 60, 61, 62, 63, 68, 76, 78, 87, 98, 99, 100, 102, 103, 105, 108,
77, 78, 79, 80, 81, 82, 84, 85, 86, 87, 88, 115, 116, 117, 119, 131, 142, 144, 145, 150,
89, 90, 91, 92, 94, 97, 99, 100, 102, 103, 180, 181, 189
105, 106, 107, 108, 109, 110, 111, 112, 113,
125, 126, 135, 138, 139, 140, 141, 142, 143, E
144, 145, 146, 148, 159, 160, 166, 180, 189 educação 7, 8, 16, 18, 22, 25, 26, 30, 31,
aprendizagem escolar 8, 76, 78 32, 33, 34, 35, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 51,
52, 55, 63, 65, 66, 67, 68, 69, 71, 73, 74,
aprendizagem móvel 85, 87, 89, 75, 80, 83, 85, 86, 87, 88, 90, 91, 93, 94,
90, 91, 97 96, 105, 108, 110, 111, 112, 113, 114, 116,
ato educativo 143 117, 121, 123, 124, 125, 129, 134, 139, 144,
145, 146, 147, 148, 149, 151, 152, 153, 154,
avaliação 8, 44, 45, 56, 57, 58, 59, 60, 155, 161, 162, 166, 178, 187, 189
61, 62, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84
ensino 7, 8, 9, 15, 19, 20, 21, 23, 28, 29,
C 33, 36, 38, 40, 41, 42, 43, 45, 46, 47, 48,
competência 35, 97, 117, 118, 49, 50, 51, 52, 54, 55, 56, 60, 63, 64, 65,
130, 142, 144 67, 72, 75, 78, 79, 80, 81, 85, 86, 87, 88,
89, 90, 91, 92, 94, 95, 96, 97, 98, 99, 100,
conquistas 1, 2, 3, 7 102, 104, 105, 107, 109, 110, 111, 113, 114,
cotidiano 7, 9, 15, 38, 94, 99, 106, 108, 119, 120, 124, 125, 126, 129, 135, 139, 141,
109, 110, 115, 118, 120, 122, 125, 131, 143 142, 143, 144, 145, 146, 149, 151, 154, 155,
156, 158, 159, 160, 179, 180, 181, 185, 186
covid 44, 45, 48, 52, 53
ensino médio 8, 67, 88, 94, 95, 96
cultura digital 135, 136, 142,
143, 144, 145 ensino remoto 8, 40, 41, 42, 43, 45,
48, 50, 51, 52
cultura indígena 184, 189
ensino técnico 40, 45, 51
191
Cleber Bianchessi (org.)
escola 8, 9, 15, 17, 20, 21, 22, 24, 28, Jogos 55, 56, 57, 58, 59, 60, 61, 62, 63,
29, 30, 32, 33, 34, 38, 39, 43, 55, 65, 67, 64, 146, 158, 170
68, 75, 77, 79, 80, 81, 82, 84, 88, 96, 99,
M
100, 101, 103, 108, 109, 110, 113, 116, 117,
119, 120, 122, 123, 127, 128, 134, 136, 138, Mediação 9, 13, 38, 39, 69, 96, 132, 137,
139, 143, 146, 184 138, 141, 143, 144, 145, 146, 147, 150
escrevivência 163, 165, 166 Metodologia Ativa 8, 28, 29, 30, 32,
33, 34, 37, 38, 39
Evaristo 9, 163, 165, 167, 168, 169, 171,
172, 173, 176, 177 Missões Jesuíticas 9, 181, 183
saberes curriculares 2, 7, 9, 10
J
sala de aula 7, 29, 32, 36, 37, 38, 41, 42,
jogos 45, 46, 50, 56, 63, 69, 70, 74, 86, 87, 94,
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Este livro foi composto pela Editora Bagai.
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