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FACULDADE DE ENGENHARIA

CÂMPUS DE ILHA SOLTEIRA


Economia de Transportes

Profo Luzenira Alves Brasileiro

Projeto – Parte II

Discente: RA.:
Leonardo Takeo Tokuhara 171052137

Ilha Solteira
Maio - 2021
Sumário
1. Introdução ............................................................................................................................................... 2
2. Cálculo do Custo Fixo............................................................................................................................... 5
2.1. Depreciação ..................................................................................................................................... 5
2.1.1. Método Linear ......................................................................................................................... 5
2.1.2. Método Exponencial................................................................................................................ 5
2.1.3. Método da soma dos dígitos ................................................................................................... 6
2.1.4. Cálculo da Depreciação ........................................................................................................... 6
2.2. Remuneração do Investimento (RI)................................................................................................. 7
2.3. Despesas com peças e acessórios ................................................................................................... 7
2.4. Despesas com pessoal de operação ................................................................................................ 7
2.5. Despesas administrativas ................................................................................................................ 8
2.6. Frota de veículos ............................................................................................................................. 8
2.7. Cálculo do custo fixo........................................................................................................................ 8
3. Cálculo do Custo Variável ........................................................................................................................ 9
3.1. Custo de combustível ...................................................................................................................... 9
3.2. Custo de óleos e lubrificantes ......................................................................................................... 9
3.3. Custo de rodagem ........................................................................................................................... 9
3.4. Quilometragem percorrida............................................................................................................ 10
3.5. Cálculo do custo variável ............................................................................................................... 10
4. Cálculo do Custo Total ........................................................................................................................... 11
5. Referências Bibliográficas...................................................................................................................... 12
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1. Introdução
Uma das preocupações que uma empresa de transportes deve ter, é em relação aos seus custos.
Os custos de segmento de transporte, podem ser resumidos em 3 partes:

➢ Usuários: O custo de segmento de transporte referentes aos usuários são oriundos do custo da
passagem.
➢ Empresas: O custo de segmento de transporte para as empresas provém do custo de oferta do
serviço.
➢ Governo: O custo de segmento de transporte destinados ao governo, são originadas do custo de
manutenção e conservação das facilidades públicas de transporte. [1]

Em relação aos tipos de custo de transporte, tem-se:

➢ Custo Fixo: Representa a parcela do custo que a empresa de transporte tem, mesmo sem
nenhuma produtividade.
➢ Custo Variável: Representa a parcela do custo que varia com a produção da empresa de
transporte.
➢ Custo Total: Soma das parcelas do custo fixo com o custo variável.
Figura 1- Custo total

Fonte: Brasileiro (2021). [1]

➢ Custo Médio: É o custo total, decorrente da produção de um bem, dividido pela quantidade de
transporte produzida ou oferecida. Pode ser calculado através da seguinte equação:
𝐶𝑇
𝐶𝑚𝑒𝑑 = 𝑄
[1]
Sendo:
𝐶𝑚𝑒𝑑 =Custo médio do transporte
𝐶𝑇 = Custo total de transporte
𝑄 = Quantidade de transporte produzida [1]
Uma outra forma de se calcular o custo médio é pegando a inclinação em cada ponto da
reta na curva de custo total:
3

Figura 2- Custo médio

Fonte: Brasileiro (2021). [1]


➢ Custo Marginal: É o acréscimo no custo total pela produção de uma unidade adicional. Em outras
palavras, o custo marginal é a derivada de primeira ordem da curva de custo total.
Figura 3- Custo marginal

Fonte: Brasileiro (2021). [1]


➢ Custo Direto: É a parcela diretamente ligada ao custo de implantar e operar o sistema de
transporte. Como exemplo, tem-se: Custos com Infraestrutura, frota, equipamentos e mão de
obra.
➢ Custo Indireto: É a parcela do custo para implantar a empresa. Como exemplo, tem-se custos:
Administrativos, financeiros, de apresentação e de propaganda. [1]

Além dos tipos de custos, pode-se citar os componentes dos custos de um sistema de transporte:

❖ Componentes dos Custos Fixos


➢ Depreciação: É a perda do valor que um bem tem, devido ao uso e do tempo.
4

➢ Remuneração do Investimento: Valor que se ganharia se o dinheiro utilizado no investimento


fosse aplicado no mercado de capitais.
➢ Despesas com Peças e Acessórios: Custos com a compra de peças e acessórios complementares
do veículo.
➢ Despesas com Pessoal de Operação: Pagamento de motoristas, cobradores, fiscais, despachantes
e mecânicos.
➢ Despesas Administrativas: Incluem seguro obrigatório, despesas com pessoal administrativos e
outras despesas (água, energia, telefone, internet, etc)
❖ Componentes dos Custos Variáveis
➢ Custo de Combustível: É o custo de combustível por quilômetros rodado.
➢ Custo de Óleos e Lubrificantes: É o custo com óleo de cárter, caixa de mudança, diferencial, fluido
de freio e graxa.
➢ Custo de Rodagem: É o custo com pneus, câmara e protetores. [1]

Este projeto, terá como objetivo fazer o cálculo dos custos Fixos, Variáveis e total da empresa. A
empresa fictícia escolhida foi uma empresa de ônibus que faz o transporte intermunicipal de pessoas e o
nome dado a empresa foi “LIU Express”. A sua sede está localizada no município de Bauru-SP e o seu
trajeto é entre as cidades de Bauru-SP e Lins-SP. O percurso dos ônibus será feito por meio da Rodovia
Marechal Rondon, o maior trecho da SP-300. Durante este trajeto, o ônibus fará uma parada no município
de Pirajuí-SP.
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2. Cálculo do Custo Fixo


O custo fixo pode ser calculado pela seguinte equação:

𝐶𝐹 = (𝐷 + 𝑅𝐼 + 𝐷𝑃𝐴 + 𝐷𝑃𝑂 + 𝐷𝐴) ∗ 𝐹 [2]

Sendo:

𝐶𝐹- Custo Fixo (R$/ano)

𝐷- Depreciação (R$/ano)

𝑅𝐼- Remuneração do Investimento (RS/ano)

𝐷𝑃𝐴 - Despesas com peças e acessórios (R$/ano)

𝐷𝑃𝑂 - Despesas com pessoal de operação (R$/ano)

𝐷𝐴- Despesas Administrativas (R$/ano)

𝐹- Frota de veículos [1]

2.1. Depreciação
A depreciação é o valor correspondente ao desgaste do veículo pelo tempo e pelo uso. Este valor
pode ser calculado através de 3 métodos: o método linear, o método exponencial e o método da soma
dos dígitos. [1]

2.1.1. Método Linear


Neste método, a carga de depreciação é igual para todos os anos da vida útil do projeto. Para o
cálculo da depreciação por este método, é utilizado a seguinte equação:
𝐶𝑂 −𝑅
𝐷= [3]
𝑁

Sendo:

𝐷- Depreciação (R$/ano)

𝐶𝑂 - Custo original (R$)

𝑅- Valor residual, é o valor do veículo no último ano da vida útil do projeto (R$)

𝑁- Vida útil do projeto, é o período de tempo durante o qual a empresa foi planejada para operar (ano)
[1]

2.1.2. Método Exponencial


Neste método, a carga de depreciação é decrescente ao longo dos anos da vida útil do projeto.
Diferentemente do método linear que se encontra o valor da depreciação direta, neste método, deve-se
calcular primeiro o valor contábil (𝐶𝑛 ) e posteriormente a depreciação (D).

O valor contábil (𝐶𝑛 ) é o valor do veículo em cada ano da vida útil, ou seja, é o valor atual do
veículo considerando a desvalorização pelo uso dos anos anteriores e pode ser calculado através da
seguinte equação:

𝐶𝑛 = 𝐶𝑂 (1 − 𝑇)𝑛 [4]

Sendo:

𝐶𝑛 - Valor contábil do veículo no ano n (R$)

𝐶𝑂 - Custo original (R$)

𝑇- Taxa anual de depreciação (%)


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Após determinar o valor contábil (𝐶𝑛 ) pelo método exponencial, pode-se calcular a depreciação
(D) pela seguinte equação:

𝐷𝑛 = 𝐶𝑛−1 − 𝐶𝑛 [5]

Sendo:

𝐷𝑛 - Depreciação do veículo no ano n (R$)

𝐶𝑛−1 - Valor contábil do veículo no ano n-1 (R$)

𝐶𝑛 - Valor contábil do veículo no ano n (R$) [1]

2.1.3. Método da soma dos dígitos


Neste método, a carga de depreciação também é decrescente ao longo dos anos da vida útil do
projeto. A depreciação pelo método da soma dos dígitos pode ser calculada através da seguinte equação:
[𝑁−(𝑛−1)]
𝐷𝑛 = 2 ∗ 𝑁∗(𝑁+1)
∗ (𝐶𝑂 − 𝑅) [6]

Sendo:

𝐷𝑛 - Depreciação do veículo no ano n (R$)

𝑁- Vida útil do projeto (ano)

𝑛- ano atual do projeto

𝐶𝑂 - Custo original (R$)

𝑅- Valor residual (R$) [1]

2.1.4. Cálculo da Depreciação


Para o cálculo da depreciação neste projeto, foi escolhido o método linear. Por se tratar de um
método mais simples e ser o mais usado para este tipo de cálculo. [2]

Conforme determinado no projeto 1, o modelo de ônibus escolhido foi o ônibus Marcopolo


Paradiso New G7 1600 Ld 2020, pois este ônibus é ideal para viagens de médias e grandes distâncias,
oferecendo para a empresa um veículo com alto grau de tecnologia. Outra vantagem deste modelo é que
ele proporciona maior segurança aos passageiros e gera maior conforto devido ao espaço para
acomodação de bagagens de turismo e excursões. Além disso se trata de um modelo 2020, 0 km e
comporta até 48 passageiros. O modelo encontrado a venda, segundo o anunciante, está sendo vendido
por R$ 880.000,00. Portanto:

𝐶𝑂 = R$ 880.000,00
Para obter o valor residual e à vida útil, seguiu-se os valores estabelecidos pela Receita Federal.
Que são:

• Taxa de depreciação de veículos de carga: 20% ao ano;


• Prazo de depreciação de veículos de carga: 5 anos;
• Valor residual: 20%.

Seguindo estas informações, tem-se:

𝑅 = 20% ∗ 𝐶𝑂 = 0,2 ∗ 880000 = 𝑅$ 176.000,00


𝑁 = 5 𝑎𝑛𝑜𝑠
Substituindo estes valores na equação [3]:
880000−176000
𝐷= 5
= 𝑅$ 140.800,00/ano
7

2.2. Remuneração do Investimento (RI)


A remuneração do Investimento (RI) é o valor referente ao investimento capitalizado da empresa
que é considerado como custo para ser repassado legalmente aos usuários, pois é considerado no cálculo
da tarifa. Além disso, a remuneração do investimento é um componente de incentivo financeiro aos
empresários para investirem em empresas de serviços e pode ser calculada através da seguinte equação:
𝐶𝑂 𝑁−1 𝐶 +𝑅
𝑅𝐼 = [ +( ) ∗ ( 𝑂 )] ∗𝑖 [7]
𝑁 𝑁 2

Sendo:

𝑅𝐼- Remuneração do Investimento (R$/ano)

𝐶𝑂 - Custo original (R$)

𝑁- Vida útil do projeto (ano)

𝑅- Valor residual (R$)

𝑖- Taxa de juros (%) [1]

Os valores do custo original, vida útil do projeto e valor residual serão os mesmos citados no
subtópico 2.1. Para o valor da taxa de juros, foi considerado as sugestões da Agência Nacional de
Transportes Terrestres (ANTT) e da Empresa Brasileira de Planejamento de Transportes (GEIPOT). Nas
duas referências, considera-se uma taxa de juros de 12% ao ano. [3]

Substituindo estes valores na equação [7], tem-se:


880000 5−1 880000 + 176000
𝑅𝐼 = [ +( )∗( )] ∗ 0,12
5 5 2
𝑅𝐼 = 𝑅$ 71.808,00/𝑎𝑛𝑜

2.3. Despesas com peças e acessórios


De acordo com a GEIPOT, o consumo das peças e acessórios variam de acordo com a quantidade
de quilômetros rodados, regime de operação, condições de pagamento, topografia, clima e o modo como
o motorista conduz o veículo. Para os casos em que não é possível fazer o levamento do consumo de
todas essas variáveis, é recomendado a adoção de parâmetros mensais, que variam entre 0,0033 e
0,0083. [4]

Para este projeto, foi considerado o valor de 0,0083, devido à ausência de informações para fazer
outro levantamento com todas as variáveis citadas anteriormente. E por ser resultar em um valor mais
crítico.

Desta forma, as despesas com peças e acessórios podem ser obtidas fazendo a multiplicação do
parâmetro adotado com o custo original do veículo:

𝐷𝑃𝐴 = 0,0083 ∗ 880000 ∗ 12 = 𝑅$ 87.648,00/𝑎𝑛𝑜

2.4. Despesas com pessoal de operação


Primeiramente, para determinar as despesas com o pessoal de operação, deve-se estabelecer
quais profissionais serão considerados. Para este projeto, será considerado um motorista de ônibus, um
fiscal de linha, um despachante e um mecânico de manutenção, que tem os seguintes salários mensais:

➢ Motorista de ônibus intermunicipal: ganha em média R$2.417,00 no Brasil. [5]


➢ Fiscal de linha: ganha em média R$ 1.599,35 no Brasil, para uma carga horária de 43 horas
semanais. [6]
➢ Despachante nos transportes: ganha em média R$ 1.383,84 no Brasil, para uma carga horária de
43 horas semanais. [7]
8

➢ Mecânico de manutenção de ônibus: ganha em média R$ 1.912,83 no Brasil, par uma carga
horária de 44 horas semanais. [8]

Fazendo a soma destes salários mensais e multiplicando pelo número de meses no ano, chegou-se
ao seguinte resultado para as despesas com o pessoal de operação:

𝐷𝑃𝑂 = (2417 + 1599,35 + 1383,84 + 1912,83) ∗ 12 = 𝑅$ 87.756,24/𝑎𝑛𝑜

2.5. Despesas administrativas


Como dito anteriormente, as despesas administrativas contemplam os gastos com seguro
obrigatório, despesas com pessoal administrativo e outras despesas (água, energia, telefone, internet e
outros).

Para o valor do seguro obrigatório, considerou-se um plano do Seguro ANTT de Responsabilidade


Civil da corretora de seguros VELSEG. Nesta corretora, tem-se 3 tipos de planos: Básico, Pleno e Maxi.
Para este projeto, foi considerado o plano Maxi, pois este era o mais completo e envolvia os seguintes
itens:

➢ Capital exigido pela ANTT;


➢ Dano material;
➢ Dano corporal;
➢ Danos causados aos tripulantes;
➢ Assistência em caso de acidente ou pane.

Nesta corretora, o valor deste plano é de R$ 4.762,80. [9]

Para as despesas com o pessoal administrativo, tem-se que o valor máximo não poderá ser maior
que 10% da despesa com o pessoal de operação (𝐷𝑃𝑂 ), calculado no subtópico anterior. [10]

Considerando o caso mais crítico, tem-se:

𝐷𝑃𝐴 = 0,1 ∗ 87756,24 = 𝑅$ 8.775,63/𝑎𝑛𝑜


Para as outras despesas, tem-se que o valor máximo não poderá ser maior que 2% do preço do
veículo novo. [10]

Considerando o caso mais crítico, tem-se:

𝐷𝐷 = 0,02 ∗ 880000 = 𝑅$ 17.600,00/𝑎𝑛𝑜


Fazendo a soma de todos estes gastos, obteve-se as despesas administrativas (DA):

𝐷𝐴 = 4762,8 + 8775,63 + 17600 = 𝑅$ 31.138,43/𝑎𝑛𝑜

2.6. Frota de veículos


A frota de veículos, foi determinada no projeto 1 para fazer o levantamento do custo da frota
total. Desta forma, o número da frota de veículos neste projeto é:

𝐹 = 2 𝑣𝑒í𝑐𝑢𝑙𝑜𝑠

2.7. Cálculo do custo fixo


Substituindo os valores encontrados no subtópicos anteriores na equação [2], foi obtido o valor
do custo fixo anual:

𝐶𝐹 = (140800 + 71808 + 87648 + 87756,24 + 31138,43) ∗ 2


𝐶𝐹 = 𝑅$ 838.301,34 / 𝑎𝑛𝑜
9

3. Cálculo do Custo Variável


O custo variável do sistema de transporte do projeto pode ser calculado pela seguinte equação:

𝐶𝑉 = (𝐶𝐶 + 𝐶𝑂𝐿 + 𝐶𝑅 ) ∗ 𝑄 [8]

Sendo:

𝐶𝑉- Custo Variável (R$/ano)

𝐶𝐶 - Custo de combustível (R$/km)

𝐶𝑂𝐿 - Custo de óleo e lubrificante (R$/km)

𝐶𝑅 - Custo de rodagem (R$/km)

𝑄- Quilometragem total percorrida pela frota (km/ano) [1]

3.1. Custo de combustível


O ônibus utilizara o diesel como combustível. E para a categoria do tipo de “veículo convencional
pesado” (categoria em que o ônibus se enquadra), tem-se que o índice de consumo de óleo diesel é de
0,376 L/km.[11] Além disso, sabe-se q eu recentemente o diesel atingiu um valor médio de R$ 4,41/L. [12]

Utilizando estas informações, é possível calcular o custo de combustível por km rodado:

𝐶𝐶 = 0,376 ∗ 4,41 = 𝑅$1,66/𝑘𝑚

3.2. Custo de óleos e lubrificantes


Para determinar os custos de óleos e lubrificantes, foram considerados os valores do óleo de
transmissão, óleo de caixa e óleo de cárter. Segundo a referência [4], estes óleos tem os seguintes preços:

➢ Óleo de transmissão: R$ 0,0012/km


➢ Óleo de caixa: R$ 0,001/km
➢ Óleo de cárter: R$ 0,012/km

Fazendo a soma desses valores, tem-se o custo de óleos e lubrificantes:

𝐶𝑂𝐿 = 0,0012 + 0,001 + 0,012 = 𝑅$0,0142/𝑘𝑚

3.3. Custo de rodagem


De acordo com a referência [11] temos as seguintes informações:

➢ Vida útil de um pneu novo é equivalente a 90000km;


➢ Vida útil de uma recapagem é equivalente a 90000km. Considerando duas recapagens por pneu,
tem-se uma vida útil de 180000km;

Fazendo a soma destes dois valores, é obtido que a vida útil total do pneu. Portanto sua vida útil é
de 270.000km.

Além disso, a referência [11] fornece as seguintes informações:

➢ Preço ponderado de um pneu novo para a categoria de “tipo de veículo convencional pesado”: R$
1.980,00;
➢ Preço de uma recapagem para a categoria de “tipo de veículo convencional pesado”: R$ 464,00;
➢ Preço ponderado de uma câmara de ar para a categoria de “tipo de veículo convencional pesado”:
R$ 59,53;
➢ Preço ponderado de um protetor para a categoria de “tipo de veículo convencional pesado”: R$
62,00.
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Fazendo a multiplicação da somatória dos custos encontrados anteriormente pela quantidade de


pneus e dividindo o valor obtido pela vida útil total do pneu, é possível obter o custo de rodagem. Para
este projeto, o número de pneus é equivalente a 8.
8 ∗ (1980 + 2 ∗ (464 + 59,53 + 62))
𝐶𝑅 = = 𝑅$ 0,0934/𝑘𝑚
27000
3.4. Quilometragem percorrida
Os custos calculados anteriormente, foram obtidos em função dos quilômetros percorridos, desta
forma é necessário fazer o cálculo da quilometragem percorrida.

➢ Distância entre Bauru-SP e Pirajuí-SP: 57,4km;


➢ Distância entre Pirajuí-SP e Lins-SP: 51,1km.
Somando estes dois trechos, tem-se o valor do percurso total de uma viajem, que é de 108,5km.

Neste projeto, será considerado que ocorrerão duas viagens de ida (Bauru->Lins) e duas viagens
de volta (Lins->Bauru), sendo uma no período da manha e outra no período da noite. Desta forma,
considerando 365dias em um ano, tem-se que a quilometragem total percorrida pela frota, será de:

𝑄 = 4 ∗ 108,5 ∗ 365 = 158410 𝑘𝑚/𝑎𝑛𝑜

3.5. Cálculo do custo variável


Substituindo os valores encontrados nos subtópicos anteriores na equação [8], tem-se que o custo
variável é:

𝐶𝑉 = (1,66 + 0,0142 + 0,0934) ∗ 158410


𝐶𝑉 = 𝑅$ 280.005,52/𝑎𝑛𝑜
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4. Cálculo do Custo Total


O custo total de operação e manutenção do sistema de transporte do projeto, pode ser calculado
pela seguinte equação:

𝐶𝑇 = 𝐶𝐹 + 𝐶𝑉 [9]

Sendo:

𝐶𝑇- Custo total (R$/ano)

𝐶𝐹- Custo fixo (R$/ano)

𝐶𝑉- Custo variável (R$/ano) [1]

Substituindo os valores encontrados nos itens 2 e 3 na equação 9, tem-se que o custo total de
operação e manutenção do sistema de transporte deste projeto é:

𝐶𝑇 = 838301,34 + 280005,52
𝐶𝑇 = 𝑅$1.118.306,86
Portanto, a empresa terá um custo total de R$ 1.118.306,86.
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5. Referências Bibliográficas
[1] BRASILEIRO, L. A. Notas de Aula da disciplina Economia de Transportes. Faculdadede Engenharia de
Ilha Solteira, Unesp. Ilha Solteira, SP. 2021.

[2] Cálculo de depreciação: como fazer e qual sua importância. Capital Research, 2019. Disponível
em: <https://www.capitalresearch.com.br/blog/investimentos/calculo-de-
depreciacao/#:~:text=O%20m%C3%A9todo%20linear%2C%20ou%20em,da%20vida%20%
C3%BAtil%20do%20bem.>. Acesso em: 31 de maio 2021.

[3] Custo de oportunidade no transporte: Qual é a fórmula e como calcular? Frete com Lucro, 2021.
Disponível em: <https://fretecomlucro.com.br/custo-de-
oportunidade/#:~:text=ANTT%20%E2%80%93%20Ag%C3%AAncia%20Nacional%20de%
20Transportes,valor%20te%C3%B3rico%20m%C3%A9dio%20do%20investimento.>. Acesso em: 31 de
maio 2021.
[4] Nota Técnica DT 17/2007. AGERGS, 2017. Disponível em:
<https://agergs.rs.gov.br/upload/nt1707DT(2).pdf>. Acesso em: 31 de maio 2021.

[5] Motorista intermunicipal. Vagas, [21--]. Disponível em:

<https://www.vagas.com.br/cargo/motorista-intermunicipal>. Acesso em: 31 de maio 2021.

[6] Fiscal de Linha - Salário 2021 - São Paulo, SP - Mercado de Trabalho. Cargos e Salários,2021.
Disponível em: <https://www.salario.com.br/profissao/fiscal-de-linha-cbo-511205/sao-paulo-
sp/#:~:text=R%24%201.599%2C35&text=Sal%C3%A1rio%20m%C3%A9dio%20bruto%20
mensal%20calculado,desligados%20pelo%20mercado%20de%20trabalho.>. Acesso em: 31 de maio 2021.

[7] Despachante Nos Transportes - Salário 2021 e Mercado de Trabalho. Cargos e Salários,2021.
Disponível em: <https://www.salario.com.br/profissao/despachante-nos-transportes-cbo-
511210/#:~:text=A%20faixa%20salarial%20do%20Despachante,CLT%20de%20todo%20o%20Brasil.>.
Acesso em: 31 de maio 2021.

[8] Mecânico de Manutenção de Ônibus - Salário 2021 e Mercado de Trabalho. Cargos eSalários, 2021.
Disponível em: <https://www.salario.com.br/profissao/mecanico-de-manutencao-de-onibus-cbo-
914425/#:~:text=A%20faixa%20salarial%20do%20Mec%C3%A2nico,CLT%20de%20todo%20o%20Brasil.>.
Acesso em: 31 de maio 2021.

[9] Seguro ANTT de responsabilidade civil para ônibus e van. 10x parcelado. VELSEG, [21--]. Disponível em:
<https://www.velseg.com.br/seguro-antt-responsabilidade-civil/>. Acesso em: 31 de maio 2021.

[10] EMPRESA BRASILEIRA DE PLANEJAMENTO DE TRANSPORTES – GEIPOT; EMPRESA BRASILEIRA DOS


TRANSPORTES URBANOS – EBTU. Instruções práticas para cálculo de tarifas de ônibus urbanos. Ministério
dos Transportes, 1983. Disponível em:
<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/175901/mod_resource/content/1/Instru%C3%A7%
C3%B5es%20pr%C3%A1ticas%20para%20c%C3%A1lculo%20de%20tarifas%20de%20%C
3%B4nibus%20urbanos%20%28GEIPOT%20-%20EBTU%29.pdf>. Acesso em: 31 de maio 2021.

[11] LEAL, R. S.; SOARES, I. M.; SANTOS, A. S. dos; RIBEIRO, L. F. Um estudo dos custosna empresa de
transporte coletivo de passageiros de Boa Vista-RR. XV Convenção de
13

Contabilidade do Rio Grande do Sul, 2015. Bento Gonçalves-RS. Disponível


em:<http://www.crcrs.org.br/convencao/arquivos/trabalhos/cientificos/estudo_dos_custos_e
mpre sa_transporte_coletivo_803.pdf>. Acesso em: 31 de maio 2021.

[12] ARAUJO, G. Preço do diesel sobe 5% nos postos após fim de isenção de tributos. CNN
Brasil, 2021. Disponível em: <https://www.cnnbrasil.com.br/business/2021/05/08/preco-do-
diesel-sobe-5-nos-postos-apos-fim-de-isencao-de-tributos>. Acesso em: 31 de maio 2021.

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