Erros macro geométricos são os erros de forma, verificáveis por meios de
instrumentos convencionais de medição, como micrómetro, relógios comparadores, projetores de perfil etc.
Erros microgeométricos são os erros ocasionados pela direção de trabalho das
ferramentas de corte e acabamento. Esses erros, também conhecidos como rugosidade, são geralmente imperceptíveis ao olho humano. São necessários equipamentos especiais para uma verificação precisa.
A rugosidade de uma superfície é basicamente quantificada através de
parâmetros relacionados à altura (amplitude) e largura (ou espaçamento) das irregularidades, ou uma combinação desses atributos.
Essas irregularidades podem ser avaliadas com aparelhos eletrônicos como o
rugosímetro. O rugosímetro é um equipamento que permite a detecção bidimensional de uma superfície. A caneta (ponta) atravessa normal à superfície com velocidade constante.
1.2 Aplicações
A rugosidade, e as dezenas de parâmetros utilizados para identifica-las, serve
para diversas aplicações. Conceitos de projeto, desgaste, atrito e lubrificação são profundamente influenciados pela rugosidade.
O projeto em engenharia necessita de propriedades superficiais estabelecidas
por valores descritos em normas para definir critérios de ajuste, vedação, interferência e dinâmica dos elementos de um conjunto.
A ABNT – NBR 8404/1984 fixa os símbolos e indicações complementares para
a identificação do estado de superfície em desenhos técnicos. 1.3Tipos de Rugosímetros
O rugosímetro é um aparelho eletrônico amplamente empregado na indústria
para verificação de superfície de peças e ferramentas. Assegurando um alto padrão de qualidade nas medições.
Podem ser classificados em dois grandes grupos:
Aparelhos que fornecem somente a leitura dos parâmetros de rugosidade
(analógico ou digital). São empregados em linhas de produção. Aparelhos que, além da leitura, permitem o registro, em papel, do perfil efetivo da superfície. São utilizados em laboratórios, onde os gráficos apresentados pelo aparelho são importantes para uma análise mais profunda da textura superficial.
Os aparelhos para avaliação da textura superficial são compostos das
seguintes partes: Apalpador, Unidade de acionamento, Amplificador e registrador.
Apalpador ou “pick-up”, desliza sobre a superfície que será verificada, levando
os sinais da agulha apalpadora, de diamante, até o amplificador.
Unidade de acionamento , desloca o apalpador sobre a superfície de um
indicador de leitura que recebe os sinais da agulha, amplia-os, e os calcula em função do parâmetro escolhido.
Registrador é um acessório do amplificador e fornece a reprodução, em papel,
do corte efetivo da superfície. 1.4 Tipos de rugosidade
Para cada tipo de peça,material, usinagem, utiliza-se diferentes meios de
parâmetro de rugosidade. Estes parâmetros são usados para verificar a conformidade da superfície após utilizar equipamentos como o rugosímetro eletrônico que gera gráficos. Uma superfície é, regra geral, caracterizada pelos parâmetros de rugosidade mais comuns, especificamente: Ra (Desvio médio aritmético do perfil avaliado) Este parâmetro é o mais utilizado na medição do acabamento de superfície. Define-se Ra como o desvio médio aritmético dos valores absolutos das ordenadas de afastamento (yi) Em um comprimento amostral, o valor de Ra representa a média da rugosidade, e portanto, caso um pico ou um vale atípico esteja presente na superfície, o valor da rugosidade média não sofrerá grande alteração, ocultando assim tal defeito. O valor de Ra não define a forma das irregularidades do perfil, ou seja, pode-se ter um mesmo valor de Ra para superfícies obtidas por diferentes processos de fabrico.
Rz (Altura máxima do perfil)
É um parâmetro de fácil obtenção em equipamentos de medição atuais. corresponde ao somatório dos cinco valores de rugosidade parcial de cinco amostragens, respectivamente. Ao representar graficamente uma amostragem, é traçado uma linha chamada de linha média, que se trata de uma divisão paralela à divisão geral do perfil em que a soma das áreas nos picos superiores a linha é igual à soma das á reas nos p icos inferiores. Ao somar a altura entre os pontos máximos e mínimos (Zi) de cada amostragem e dividir por cinco, obtemos a rugosidade média (rz).
Rq (Desvio quadrático médio do perfil avaliado)
Está definido como a raiz quadrada da média dos quadrados das
ordenadas do perfil efetivo em relação à linha média dentro do percurso de medição lm. Ao fazermos analogia com o parâmetro Ra, pode-se dizer que é similar, aos valores y das ordenadas, elevados ao quadrado, e depois extraída a raiz quadrada da média. 2.Formas de Controle Dimensional em Máquinas operatrizes de Usinagem
Podemos encontrar diversos métodos para a medição e controle dimensional
das Maquinas operatrizes de Usinagem. Contudo, nesse trabalho iremos abordar brevemente dois métodos. Método diferencial e Método Absoluto tendo como base o Torno Mecânico.
Método Diferencial:
No método diferencial associa-se as coordenadas do ponto de referência do
apalpador (ponto A) com a deflexão AS indicada, obtidas após o contato do sensor com a peça e a parada do movimento de aproximação. A partir da posição da máquina (ponto F), informada pelos seus sistemas de medição de deslocamento (posição), e que é corrigida pelos parâmetros do apalpador e origem da peça; - pela própria posição programada N, caso a aproximação tenha resultado de um posicionamento programado, pois aqui A = N. Medição diferencial é bastante comum em processos de usinagem, servindo-se de instrumentos como relógios comparadores.
Método Absoluto
No método absoluto associa-se as coordenadas do ponto de referência do
apalpador (ponto A) com a constante de comutação ÃS do apalpador. Esta constante é um parâmetro metrológico do apalpador que corresponde à deflexão do sensor, relativamente à sua posição de referência, necessária para habilitar a leitura0 método absoluto traz como grande vantagem o uso do apalpador ligador, cuja configuração mecânica é em geral mais simples, de menor custo do que o tipo medidor, e seu uso é bastante generalizado em máquinas de medir por coordenadas.
2.1 Deslocamento de Partes Móveis de Máquinas Operatrizes para
Usinagem
2.3 Referências e medições em equipamentos
2.4 Diferenças Básicas Entre as formas de Registro de Medidas
Referências
Representação de Rugosidade,Telecurso 2000. Disponível em: