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FRUSTRAÇÕES DAS CRIANÇAS?
Alzira Willcox
A frustração é inevitável para as crianças pequenas. Há prateleiras que não podem ser
alcançadas, sapatos que não podem ser amarrados, objetos que não podem ser
manipulados porque são inadequados a crianças pequenas e pais e outros adultos
dizendo “não” aos desejos mais fervorosos de uma criança.
A frustração não é necessariamente uma emoção negativa. Lidar construtivamente com
tais questões pode ajudar crianças a aprenderem a superar os obstáculos e tolerar
decepções.
O grande problema da maioria das crianças quando está frustrada é insistir e tentar mais,
continuar fazendo a mesma coisa repetidas vezes, aumentando a frustração.
Infelizmente, isso raramente resulta em sucesso e as emoções da criança podem se
transformar rapidamente em raiva e até em desespero, que são emoções negativas e
podem ser esmagadoras para as crianças pequenas. Cabe aos pais ajudarem a criança a
superar a frustração e encontrar soluções para os obstáculos que a confrontam.
Às vezes é mais fácil falar do que fazer. A inclinação imediata de um dos pais quando
uma criança está frustrada e perturbada é intervir e fazer o que for necessário para tornar
a criança feliz. Embora intervir seja a coisa certa a fazer antes que a frustração se
agrave, remover o obstáculo imediatamente ou ceder às demandas da criança pode não
ser a melhor estratégia. É melhor transformar o problema em uma oportunidade de
ajudar a criança a aprender como administrar a frustração.
Não deixar que a criança vivencie frustrações é desprepará-la para o futuro quando
papai e mamãe não estiverem a postos para evitá-las. Frustrações são inevitáveis e
arriscaria dizer que são educativas porque levam ou devem levar ao autocontrole, ao
comportamento social desejado, ao manejo de perdas, à resiliência em última instância.
Não existem receitas para educar, mas pesquisamos algumas sugestões de psicólogos
estudiosos do assunto.
Lidando com “Eu não posso”
Faça do seu próprio comportamento um modelo para o seu filho: deixe o seu filho ver
você gerenciar sua própria frustração mantendo-se positivo e procurando soluções.
Evite expressões vociferantes de impaciência e raiva. Encoraje a expressão da emoção:
informe ao seu filho que não há problema em expressar sua frustração verbalmente e até
mesmo em chorar, mas ajude-a a aprender a se acalmar, perguntando tranquilamente
qual é o problema e discutindo as soluções. Um abraço ou um abraço com um bichinho
de pelúcia favorito pode ajudar. Faça uma pausa: às vezes, continuar a atacar o
problema de frente só vai exacerbar a frustração. Sugira voltar atrás por um tempo.
Cante uma música, faça algum exercício físico, faça um lanche. Peça-lhe que faça algo
que ele possa fazer com sucesso para aumentar a confiança. Divida: Se o problema
original apresentar um obstáculo intransponível, tente novamente com apenas uma
única etapa que possa ser realizada com sucesso e construída. Lembre-se dos sucessos
do passado: lembre ao seu filho dos desafios anteriores que ele superou e como parecia
que ele nunca teria sucesso – e depois o fez. Lembre-se de que o objetivo é que a
criança aprenda a reconhecer sua própria frustração e seja capaz de lidar com ela
sozinha. Toda vez que você o ajuda a se acalmar e abordar um problema com calma, ele
está aprendendo uma valiosa lição de paciência e perseverança e está dando um passo
em direção a esse objetivo.
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Toda vez que ajudamos nossos filhos a lidar com a frustração, eles estão ganhando
experiência para reconhecer e compreender seus sentimentos e aprender uma habilidade
importante para a vida. As crianças que aprendem a administrar com sucesso a
frustração, que é inevitável em suas vidas jovens, desenvolverão a confiança de que
podem lidar com o desapontamento e enfrentar mais facilmente desafios e dificuldades
que mais tarde se apresentarão.
Trabalhar a frustração na criança é um benefício à sua educação e ao seu futuro.