TEMA GERAL

A TEMÁTICA MOBILIÁRIO FOI ESCOLHIDA PARA O

DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO NA MATÉRIA DE PD7 E EM
TCC

TEMA ESPECÍFICO
O PRODUTO A SER DESENVOLVIDO SERÁ UM MÓVEL
MULTIFUNCIONAL FOCADO EM RESIDÊNCIAS DE TAMANHO
REDUZIDO

Matheus Menezes Abrita - 217096069- matheusabrita@id.uff.br

Universidade Federal Fluminense – Escola de Engenharia –

Departamento de Desenho Técnico – Graduação em Desenho
Industrial – Habilitação Projeto de Produto

Turno Integral

2021.2

Professores: Luiza Helena Boueri Rebello; Giuseppe Amado De

Oliveira; Liliane Iten Chaves;
APRESENTAÇÃO

Ao longo dos anos, é perceptível a mudança no tamanho das residências.

Casas e prédios espaçosos deixam de ser os favoritos no setor imobiliário e dão
lugar a pequenos apartamentos, como lofts e studios. Essas residências, que
variam entre 18 a 30 metros quadrados ( com alguns chegando a apenas 10m2)
ganharam força no mercado a partir de 2010.. Em São Paulo, por exemplo, os
apartamentos abaixo de 30m2 representam mais de 60% das vendas. Mas, o
que gerou essa popularização dos “ microapartamentos”?

1- Centros Urbanos lotados e repletos de oportunidades

Com a verticalização das grandes cidades e o aumento da população, os terrenos

disponíveis para construção ficaram cada vez menores e mais raros, o que obrigou
a construção de prédios menores. Mas, para compensar essa redução dos
tamanhos dos apartamentos, foi popularizado o conceito de “condomínio clube”,
onde o “espaço da casa se estende ao prédio”: Áreas de serviço e lazer
comunitárias, espaços de co-working e proximidade a serviços externos. Essas
mudanças e tornaram extremamente chamativos para uma grande parcela do que
se tornaria o público-alvo: Jovens de até 35 anos que adentraram o mercado de
trabalho, são estudantes ou trabalhadores vindos de outras cidades, solteiros ou
membros de famílias simples) que possuem uma rotina de vida mais movimentada,
assim tendo em vista a praticidade como principal objetivo na hora de adquirir um
imóvel.

2- Mudanças socioculturais da sociedade

Para se entender a redução do tamanho dos ambientes residenciais, é preciso

primeiro entender que a sociedade apresenta constantemente mudanças em seus
comportamentos, que reflete diretamente na maneira em que vivem:

Famílias são menores: Diferente das famílias de décadas passadas, que

possuíam vários membros, as atuais optam por ter filhos mais tardiamente ou não
ter filhos (A média de filhos por mulher no Brasil em 2020 chegou a 1.77, de acordo
com a ONU, bem abaixo da média de 2- 2.5 da América Latina);

Homens e mulheres no mercado de trabalho: Com a ascensão da mulher no

mercado de trabalho, foi se perdendo a função de dona de casa, e com isso não se
buscam mais residências enormes, mas sim algo prático para morar ( Em 2019,
mulheres representam 54,9 e homens 73,7 no mercado de trabalho)

Número de solteiros/ divorciados é maior: Com pessoas que buscam família mais
tardiamente, não é mais relevante a “casa dos sonhos”, mas sim um ambiente
pequeno e prático. Uma outra parcela do público que busca esses apartamentos
menores é o público mais idoso, por não terem mais condições físicas de
administrarem um ambiente maior;

Casas são vistas como um local apenas de dormir e descansar: a rotina exige
praticidade e houve um aumento da externalidade ( muitas tarefas e atividades são
feitas em outros lugares), assim desmotivando a pessoa a ter uma casa grande, por
ser mais custosa e mais difícil de se ambientar;

Segurança: A presença do quarto de empregadas vai sumindo do ambiente

residencial com o passar dos anos, já que o aumento da violência nos centros
urbanos gera uma preocupação maior com a segurança, fazendo assim que os
residentes evitem ter uma pessoa estranha morando no seu lar;

Migração pendular: Pessoas que moram longes dos centros urbanos, alugam
apartamentos menores para ficarem mais próximos do trabalho durante a semana,
assim evitando inconveniências como trânsitos e atrasos;

Reorganização familiar extingue costumes: Com famílias menores e mais

conectadas à tecnologia, a sala de jantar, onde a família se reunia para fazer as
refeições foi desaparecendo, já que os membros da família apresentam rotinas
diferentes e fazem suas refeições na frente da TV ou do computador;

Preocupação Ambiental: Questões ecológicas cada vez mais relevantes faz com
que pessoas sejam menos materialistas e adquiram menos coisas, assim tirando a
necessidade de grandes ambientes;

Gig Economy: A popularização da Gig Economy nos grandes centros urbanos, que
são os trabalhos por temporada (empregos estilo freelancer que não possuem
carteiras assinada, e tem curta duração, como o Uber e AirBnb) estimulam que haja
mudança de residência mais frequentes, assim obrigando à um menor materialismo
e residências de fácil administração;

Contexto Pandêmico

Apesar das mudanças de comportamento citadas ainda serem de extrema

importância, elas sofreram um impacto abrupto com a chegada da pandemia: Com
costumes cada vez mais externos e uma ressignificação do que é moradia, a
pandemia de COVID 19 reverteu alguns desses conceitos ao fazer com que a
população voltasse a passar mais tempo dentro de casa, para evitar a
contaminação e disseminação do vírus. “Presos”, foi observado a necessidade da
otimização do espaço, devido a multifuncionalidade que foi agregada residência (
além de moradia, a casa se tornou o local de lazer, trabalho alimentação e
descanso) e o impacto mental negativo ( a questão de ser um período estressante,
devido a necessidade de ficar em casa e a falta de socialização se alia aos
problemas já comuns de pequenos ambientes como claustrofobia e frustração)

Com um possível retorno da normalidade nos meses seguintes, os costumes

antigos descritos tendem a voltar, mas alguns que se popularizaram nesse período
(EX: Home Office) ainda continuarão comuns, assim tornando a relação do homem-
residência algo a ser levado em consideração.
 Móveis multifuncionais e área de atuação

Devido a esse espaço reduzido, foi necessário a criação de um mobiliário

que se adaptasse , otimizando a área que ele ocupa e evitando a poluição do
ambiente. As peças que se tornaram sucesso nesse quesito foram os móveis
multifuncionais: Peças de mobiliário, que em uma única estrutura, apresentam
função de dois ou mais móveis. Como exemplo, podemos citar o sofá-cama, a
escada com gaveteiros e os bancos com baú para armazenamento. Essas
peças, apesar de populares no mercado, ainda não preenchem todas as lacunas
no problema. Portanto, irá ser desenvolvido uma peça multifuncional para sala de
estar em residências que apresentam um espaço reduzido

A sala de estar é um dos ambientes que mais frequentamos na residência,

por possuir inúmeras funções: Serve como área de lazer, área para alimentação,
área de trabalho e espaço de socialização

PROBLEMAS

Como citado anteriormente, o espaço que irá ser trabalhado será a sala de
estar. Essa área, com um espaço mal otimizado, gera um impacto na vivência do
morador, ao atingir diretamente o seu bem estar. Por ser um espaço de socialização
e lazer, o encolhimento e a falta de um mobiliário ideal pode vir a impedir um
descanso adequado ou o acolhimento de visitas. Esses impedimentos físicos geram
estresse, claustrofobia e frustração com a própria moradia, impactando em outras
áreas, como trabalho e socialização. Estudos recentes ligam casos de dependência
química (ex:alcoolismo) e violência doméstica nos pequenos apartamentos.
Outro ponto a ser levantado é a falta de variedade de mobiliários para essa
área, já que no mercado se encontram em sua maioria sofás-camas ou algum
mobiliário com armazenamento interno
Logo a necessidade de otimizar o espaço terá um impacto positivo na saúde
e bem estar do morador

OBJETIVO

O objetivo do produto a ser desenvolvido é criar uma peça de mobiliário que

auxilie na otimização do espaço em ambientes de espaço reduzido. Será levado em
conta na concepção do produto durabilidade, estética e preço, já que inicialmente, o
produto se destina ao público mais jovem, que entraram no mercado de trabalho,
estudantes, solteiros ou de famílias simples.
O produto, um móvel modular, inicialmente, seria a fusão de 3 móveis: Rack
de Tv, Mesa e banco. A estrutura base seria o rack de tv, para ser usada como
apoio de TV e outros eletroeletrônicos. A segunda parte seria a mesa (estilo mesa
de centro), que poderia ser removida da peça base de maneira independente. Esta
poderia ser utilizada para apoiar refeições, copos, computadores e decorações. A
última peça, o banco, viria em duas unidades, se assemelhando a bancos estilo
“poof” e formato retangular. Podem ser usadas como apoios ou bancos para visitas,
e assim como a mesa podem ser armazenadas na peça base.
Será desenvolvido um modelo rústico, para entender sua relação com o
ambiente e o contexto ergonômico, além de um modelo renderizado em 3d

TÉCNICAS DE LEVANTAMENTOS DE DADOS

● Formulários virtuais dedicado para entender o público alvo, com

perguntas sobre faixa etária, qual a tipo/dimensão da residência, quais
tipos de mobiliário se interessa, quais problemas são vistos no ambiente,
etc
● Observação com registro fotográfico do espaço a ser estudado
● observação com registro fotográfico do usuário/ modelo rústico
● Análises de concorrentes diretos e indiretos disponíveis no
mercado
● levantamento de tendências do mercado de móveis

CRONOGRAMA ( Planilha mais detalhada será enviada em anexo)

As fases são as seguintes (observe que a Ergonomia não está incluída

nas fases

de forma explícita, pois ela entra em diversas fases do projeto, e

dependendo do

projeto):

• Proposta com definição do tema; ( Junho/ Início de Julho)

• Problematização ( Junho/ Início de Julho)

• Levantamento de dados ( Primeira dezena de Julho)

• Análise e Síntese ( 1a e 2a quinzena de Julho)

• Geração de Alternativas ( 2a quinzena de Julho)

• Construção e testes com modelos rústicos ( final de Julho/ Primeira

quinzena de Agosto)

• Seleção de alternativas ( Primeira quinzena de agostos)

 • Desenvolvimento ( primeira quinzena de Agosto)

• Detalhamento técnico ( Primeira quinzena de Agosto/ Segunda

Quinzena de agosto)

• Construção do modelo final (segunda quinzena de Agosto)

• Testes com o modelo final (com documentação ( segunda quinzena de

Agosto/ Início de Setembro)

• Apresentação final ( Início de Setembro)

• Elaboração do relatório ( desenvolvido durante o prosseguimento do

período)

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MORAES, Anamaria de; MONT’ALVÃO, Cláudia. Ergonomia: conceitos e
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