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PLANO DE NEGÓCIO

Constituição de sociedade empresária do ramo


de panificação e congêneres

Carlos Fernandes Gomes


Ilton Júnior Resende Soares
Leonardo Dias Moreira
Marcus José de Paula Lacorte
Waldivino Costa Mesquita

Belo Horizonte, maio de 2007


Carlos Fernandes Gomes
Ilton Júnior Resende Soares
Leonardo Dias Moreira
Marcus José de Paula Lacorte
Waldivino Costa Mesquita

PLANO DE NEGÓCIO

Constituição de sociedade empresária do ramo


de panificação e congêneres

Orientador : Prof. Evandro Toscano

Projeto Interdisciplinar apresentado à Faculdade Novos


Horizonte – Unidade Santo Agostinho, como requisito parcial
para aprovação nas disciplinas do curso de Bacharelado em
Ciências Contábeis ( 4º Período)

Belo Horizonte, maio de 2007


AGRADECIMENTOS

Agradecemos aos professores da Faculdade Novos Horizontes que de alguma forma, através
de suas experiências, contribuíram para a concretização deste trabalho e, em especial, à
Coordenadoria do Curso de Ciências Contábeis pelo brilhantismo da idéia da efetivação de
um trabalho acadêmico dinâmico e altamente edificante para os docentes desta disciplina.
SUMÁRIO

RESUMO 04
1 INTRODUÇÃO 05
2 DESENVOLVIMENTO 06
2.1 Empresa 06
2.2 Tipos de empresa 06
2.3 Definição de Plano de Negócio 06
2.4 Objetivos de um plano de negócio 07
2.5 Questões Contábeis e Tributárias 08
2.6 O Papel do contador em relação ao plano de negócio 13
3 DESENVOLVIMENTO DO PLANO DE NEGÓCIO REFERENTE AO
EMPREENDIMENTO IDEALIZADO NESTE TRABALHO 14
3.1 Procedimentos básicos na constituição de uma sociedade 14
3.2 Motivação para implantação da sociedade 15
3.3 Forma de constituição da sociedade 16
3.4 Localização e instalação 16
3.5 Legislação cabível ao empreendimento 17
3.6 Definição do layout da panificadora 17
3.7 Consumidor 18
3.8 Dimensionamento do mercado principal 18
3.9 Fornecedor 18
3.10 Pessoal 18
3.11 Plano de Marketing e Comercialização 18
3.12 Marca definida para a empresa 19
3.13 Investimentos 19
4 ANÁLISE DA PESQUISA DE CAMPO 20
5 CONCLUSÃO 23
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 24
APÊNDICE 25
ANEXOS 26
RESUMO

Este trabalho objetivou o levantamento das questões atinentes aos meios de constituição de
uma sociedade empresarial, sendo que o objeto principal do trabalho trata da elaboração de
um plano de negócios direcionado para a abertura de uma sociedade do ramo de panificação e
congêneres. As pesquisas científicas foram fundadas em acervos bibliográficos tais como
livros, revistas e material publicado por sites idôneos que versam sobre a matéria, na Internet.
Para embasar o material didático utilizou-se o método de pesquisa de campo, através de
entrevista com contador possuidor de ampla experiência na área de abertura de empresas.
Através dos estudos envidados, pudemos levantar as questões relativas às formalidades da
constituição da panificadora, propriamente dita; demonstrar, basicamente, as fases do
processo de comercialização e também ; identificar as questões referentes à gestão
contábil/financeira/tributária e, de recursos humanos/administrativas, afetas ao
empreendimento.
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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho refere-se à propositura da abertura de uma sociedade no ramo de panificação,


sendo que a escolha dessa atividade deveu-se à expectativa de sucesso da instalação desse
empreendimento num local de excelente perspectiva de bons negócios.

O objetivo perseguido, de imediato, foi a forma de estruturação da empresa em foco e;


especificamente, buscou-se outros conhecimentos acerca dos processos de efetivação do
negócio, tais como: fases de sua constituição, métodos de fabricação e comercialização de
produtos e, abordagens acerca das questões administrativas, de recursos humanos e demais
questões afetas à parte contábil/financeira/tributária.

O problema levantado, para posterior superação, fundamentou-se em questionamento sobre


quais conhecimentos são necessários para a constituição da pretendida panificadora, cujas
respostas pretendidas foram arrazoadas em matérias pesquisadas acerca de : Definição de
empresa; Constituição de empresa; Regime tributário para efeito de Imposto de Renda,
tributos e demais obrigações de responsabilidade da empresa; Infra-estrutura básica e Layout
básico de produção e área de vendas; Equipamentos básicos para produção; Loja; Mão-de-
obra mínima; Receituário básico.

Com relação à constituição de empresa e regime tributário mencionados no parágrafo anterior,


a pesquisa de campo efetuada com contador, cujas perguntas se encontram como apêndice
deste trabalho , foi de grande valia para ilustração do trabalho científico.
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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Definição de Empresa

A empresa pode ser definida como uma organização destinada à produção de algum bem,
sejam produtos ou serviços.

2.2 Tipos de empresa

Em sua obra, Chiavenato (2005) cita oito setores principais de empresas: Comércio atacadista
e varejista; Construção civil; Serviços diversos; Finanças, Seguros e Imobiliárias; Mineração;
Transporte e Utilidades Públicas e Manufatura.

2.3 Definição de Plano de Negócio

Conforme Chiavenato (2005), o plano de negócio trata-se de um planejamento antecipado


pelo qual um pretenso empreendedor, baseado em um conjunto de dados e informações sobre
um determinado negócio, procura viabilizar uma sociedade de seu interesse. Basicamente, o
plano segue uma rotina de: previsão, programação , coordenação e controle, de uma seqüência
lógica de eventos com o intuito de alcançar sucesso em determinado negócio.

Segundo Dornelas (2005) o índice de falência das micro e pequenas empresas brasileiras, nos
primeiros anos de sua abertura é de mais ou menos 70% - o que tem sido motivo de discussão
entre o meio acadêmico e empresarial - . Isso não acontece somente no Brasil pois também
ocorre nos Estados Unidos, país referência em empreendedorismo e criação de pequenas
empresas de sucesso., que tem mortalidade aproximadamente igual ao Brasil , na faixa de
50% delas. Pesquisa do SBA (Small Business Administration) órgão do governo Americano
de auxílio às pequenas empresas dos E.U.A aponta que a causa das falências é a falta de
planejamento. Portanto o que se aconselha aos empresários é a capacitação em
empreendedorismo e aplicação das teorias.

O brasileiro é admirado por sua capacidade de criatividade, mas por outro lado falta-lhe
estudo, cultura e planejamento. Então, se isto fosse somado, seria um verdadeiro sucesso para
7

o empreendedor brasileiro. Não basta apenas sonhar, deve-se transformar os sonhos em uma
coisa concreta, mensurável, planejar corretamente. Dornelas (2005).

O plano de negócio tem atraído, muitos empreendedores, sendo que, nos Estados Unidos e
Brasil, têm surgido várias matérias e livros sobre o assunto, onde são propostas “fórmulas
milagrosas”. O plano de negócio deve ser elaborado com responsabilidade, dentro de critérios
específicos através do uso de metodologias concretas e dentro da realidade do país, seguindo
um caminho lógico e racional, sendo este um documento que sintetiza e explora as
potencialidades do negócio, bem como os riscos inerentes; que seja roteiro para expor as
idéias em linguagem simples que todos os leitores entendam e, que mostre que o negócio
idealizado é realmente rentável e de sucesso. Dornelas (2005)

O plano de negócio, uma vez pronto, não deve ser esquecido, deve estar sempre sendo
atualizado porque a concorrência muda, o mercado muda, as pessoas mudam. É uma
ferramenta dinâmica que deve estar sempre sendo atualizada. Demonstrar aonde a empresa
quer chegar, mas também onde ela está no momento. Dornelas (2005).

Segundo Dornelas através do plano é possível:


- Entender e estabelecer diretrizes para o negócio;
- Gerenciar de forma mais eficaz a empresa e tomar decisões acertadas;
- Monitorar o dia-a-dia da empresa e tomar ações corretivas quando necessário;
- Conseguir financiamentos e recursos junto a bancos, governo, Sebrae, investidores,
capitalistas de risco;
- Identificar oportunidades e transformá-las em diferencial competitivo para a empresa;
- Estabelecer uma comunicação eficaz na empresa e convencer o público externo
(fornecedores, parceiros, clientes, bancos, investidores e associações).

2.4 Objetivos de um plano de negócio

Destaca ainda o autor supracitado que um plano de negócio objetiva :


- Cobrir aspectos internos e externos do empreendimento;
- Abranger aspectos atuais e futuros;
- Servir como um guia direcionador da condução do negócio;
- Informar o mercado (Investidores, bancos, financeiras etc.) sobre o respectivo negócio;
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- Funcionar como ferramenta de avaliação da realização do negócio.

2.5 Questões Contábeis e Tributárias

Para abertura de empresa, determinados aspectos devem ser seguidos com relação às questões
de ordem contábil e tributária, principalmente com referência às OBRIGAÇÕES, que podem
ser relativas a tributos, encargos trabalhistas e controle contábil, e que devem ser observadas
pelo empresário. Segundo informações do SEBRAE
(http://www.sebrae.com.br/br/parasuaempresa/obrigacoes.asp) fazemos destacar:

TRIBUTOS
Principais tributos federais das microempresas e empresas de pequeno porte:

A- SIMPLES:

Receita bruta acumulada em R$

A.1- Microempresa

Até 60.000;00.................................. 3%

60.000;01 a 90.000,00..................... 4%

90.000,01 a 120.000,00................... 5%

A.2- Empresa de pequeno porte

Até 240.000;00................................ 5,4%

240.000;01 a 360.000,00.................5,8%

360.000,01 a 480.000,00................. 6,2%

480.000,01 a 600.000,00................. 6,6%

600.000,01 a 720.000,00................. 7%

720.000,01 a 840.000,00................. 8,4%

840.000,01 a 960.000,00................. 7,8%

960.00,01 a 1.080.000,00................ 8,2%

1.080.000,01 a 1.200.000,00........... 8,6%


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Obs: Percentual incidente sobre a receita bruta mensal. Empresas contribuintes do IPI terão

um acréscimo de 0,5% na alíquota.

Vencimento: Pagamento até dia 10 do mês seguinte.

Formulário: DARF-SIMPLES

B1- INSS para o SIMPLES e não optantes:

Desconto de

7,65%....................... Até R$752,62

8,65%....................... De R$758,63 a R$780,00

9,00%....................... De R$780,01 até R$1254,36

11,0%....................... De R$124,37 até R$2508,72

% retido do salário do empregado. (dados de Março/2007)

Lei 5326 de 16/09/1999 em virtude da CPMF.


Vencimento: Até o dia 10 do mês seguinte.
Formulário: GPS

B2- INSS para empresas não optantes do SIMPLES:

Autônomos, empresários e facultativos (inclusive aposentados) devem contribuir ao INSS de


acordo com a escala de salário-base, vigente para cada mês. A alíquota é de 15%.

OBS.: O diretor-sócio é considerado contribuinte individual. Neste caso a empresa desconta


11% deste, ao invés de 15% como se informa acima. Com relação ao pró-labore do sócio, a
empresa recolhe 20% como custo da empresa.

Vencimento:
Sócios: até o dia 15 do mês seguinte. No caso do dia 15 não ser dia útil, o pagamento deverá
ser antecipado.
Formulário: GPS
Obs: Não se aplica a microempresas e empresas de pequeno porte.
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C- FGTS:

8% da remuneração paga ou devida a cada trabalhador no mês anterior (inclusive o 13º salário
deverá ser antecipado)
Vencimento: Até o dia 07 de do mês seguinte.
Formulário: Guia de recolhimento do FGTS e informações a previdência social.

ENCARGOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS

A- INSS
- Empresas optantes pelo SIMPLES:
Não há encargos previdenciários

- Empresas não optantes pelo SIMPLES:


20% - INSS sobre Folha de Pagamentos
5,8% - Contribuição para o Sistema "S"
1 a 3% - Seguro de acidentes de trabalho

B- FGTS
Alíquota de 8% sobre a remuneração mensal paga ao empregado.

C- PIS
Alíquota de 0,65% sobre a receita bruta. Não é cobrado pelos optantes pelo SIMPLES.

D- COFINS
Valor: 3% - Não é cobrado pelos optantes pelo SIMPLES.

E- CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
Não é cobrado pelos optantes pelo SIMPLES.
Descontada dos empregados: anualmente, um dia de salário.
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F- CONTRIBUIÇÃO PATRONAL: (ver alíquota em tabela progressiva no respectivo


sindicato.)
Não é cobrado pelos optantes pelo SIMPLES.

H- AVISO PRÉVIO
Período anterior à demissão ou pedido de dispensa do empregado. Deve manter redução de
horas diárias ou de sete dias consecutivos, sem redução salarial.

I- FÉRIAS VENCIDAS
Salário do mês em que o empregado gozar as férias, a ser pago adiantado, acrescido de 1/3
(um terço).

J- FÉRIAS PROPORCIONAIS
1/12 sobre o salário do empregado, para cada mês ou fração superior a 15 dias trabalhados,
contados a partir do dia
de admissão até completar-se um ano, e assim sucessivamente.

K- 13º SALÁRIO
Valor correspondente a um mês de salário, a ser pago 50% até o dia 30 de novembro de cada
ano e 50% até o dia 20 de dezembro do mesmo ano.

L- 13º SALÁRIO PROPORCIONAL


1/12 sobre o salário do empregado, para cada mês ou fração superior a 15 dias trabalhados,
contados a partir de 1º de janeiro do ano correspondente até 31 de dezembro do mesmo ano.

OBRIGAÇÕES CONTÁBEIS
Independentemente do porte, as empresas estão sujeitas a diversas obrigações contábeis:
“seleção, organização e guarda dos documentos negociais e demais papéis base para a
escrituração dos livros comerciais, fiscais e trabalhistas (pelo prazo determinado nas diversas
legislações vigentes)”.
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Escrituração de livros obrigatórios


São obrigatórias a escrituração e a manutenção dos seguintes livros pelas empresas:

Livros Comerciais:
- Diário
- Razão
OBS: A legislação do Imposto de Renda tem dispensado a escrituração comercial para
empresas optantes pelo Simples ou pela tributação com base no Lucro Presumido, desde que
seja escriturado o Livro Caixa, contendo toda a movimentação financeira da empresa,
inclusive bancária.

Entretanto, é importante alertar que, além de uma necessidade gerencial, a escrituração


comercial é uma exigência expressa em outras legislações vigentes, como Código Comercial
Brasileiro, Código Tributário Nacional, Lei das Sociedades por Ações (que atende também a
outros tipos de sociedades), Lei de Falências e Concordatas, Legislação Previdenciária, bem
como na Legislação Profissional da Contabilidade (constante das Normas Brasileiras de
Contabilidade, emitidas por meio de Resoluções do CFC - Conselho Federal de
Contabilidade).

Livros Fiscais:
- LRE - Livro Registro de Entradas
- LRS - Livro Registro de Saídas
- Livro de Registro de Apuração do IPI
- Livro de Registro de Apuração do ICMS
- LRI - Livro Registro de Inventário
- Livro Registro de Controle da Produção e do Estoque (industriais, equiparados a industriais
e atacadistas)
- Livro Registro de Selo Especial de Controle (utilizado nas hipóteses previstas na legislação
do IPI)
- Livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências.
- Livro de Impressão de Documentos Fiscais (em geral, estabelecimentos gráficos)
- LMC - Livro de Movimentação de Combustíveis (postos revendedores de combustíveis)
- Livro Registro da Prestação de Serviços
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- Livros Trabalhistas
- Livro de Inspeção do Trabalho
- Livro Registro de Empregados

* Há muitos casos em que as legislações estaduais e municipais prevêem dispensa ou


facilidades na escrituração de vários livros fiscais.

2.6 O Papel do contador em relação ao plano de negócio


O contador exerce papel fundamental na concepção da empresa na elaboração do aspecto
societário bem como no registro da futura empresa junto aos órgãos competentes. Cabe
também a esse profissional o planejamento fiscal e tributário na gestão de negócios,
auxiliando de forma preventiva e oferecendo soluções racionais quanto a tais procedimentos
ao empresário no exercício de sua atividade.
14

3 DESENVOLVIMENTO DO PLANO DE NEGÓCIO REFERENTE AO


EMPREENDIMENTO IDEALIZADO NESTE TRABALHO

3.1 Procedimentos básicos na constituição de uma sociedade

Conforme Manual de procedimentos contábeis para micro e pequenas empresas (Silva, et al.),
as providências básicas a serem adotadas quando da constituição de uma Micro-Empresa-ME
e Empresa de Pequeno Porte-EPP referem-se a :

Na Legalização da Empresa :

- Elaboração da declaração de Firma Individual, Contrato Social ou Estatuto Social;


- Registro do Instrumento de Constituição no órgão competente. Registro na Fazenda
Estadual quando a atividade for comercial, industrial ou agropecuária;
- Registro na Prefeitura Municipal;
- Registro na Vigilância Sanitária, se necessário;
- Registro em outros órgãos públicos em que a atividade da empresa estiver obrigada.

Livros Obrigatórios :

a) Livros Contábeis : - Diário; - Razão

b) Livros Fiscais : - de entrada de mercadorias; - de saída de mercadorias; - de apuração do


IPI; - de apuração do ICMS; - de apuração do ISS; - de inventário; - de Termos de Ocorrência
e Documentos Fiscais.

c) Livros Trabalhistas : - de Registro de empregados; - de inspeção do Trabalho.

Documentos Fiscais : - Talonários de notas fiscais; - Legalização de máquinas registradoras


ou PDVs.
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Os autores listam também as obrigações principais e acessórias que são:

Obrigações Fiscais : - Guias de Informações para as áreas Federal, Estadual, Municipal; -


Guia de Recolhimento de ICMS; - Guia de Recolhimento de ISS; - Guia de Recolhimento de
IPI; - Guia de Recolhimento de IRPJ; - Guia de Recolhimento de IRRF; - Guia de
Recolhimento de PIS; - Guia de Recolhimento de COFINS; - Guia de Recolhimento de
Contribuição Social.

Obrigações Trabalhistas e Previdenciárias : - Registro de empregados; - Folha de Pagamento;


- Guias de Recolhimento de INSS; - Guias de Recolhimento de FGTS; - Guias de
Recolhimento de C. Sindical; - Guia de Informações de FGTS; - Relação de Demitidos e
Admitidos.

Finalizam os autores, indicando a lista de serviços contábeis :

- Seleção de documentação; - Classificação contábil; - Digitação; - Conciliação; - Emissão de


Relatórios para análises; - Análises das operações; - Emissão de Relatórios Gerenciais; -
Emissão de Demonstrações Contábeis Obrigatórias.

3.2 Motivação para implantação da nossa sociedade.

A empresa a ser implantada será uma Panificadora – Setor Secundário da Economia – cuja
Razão Social será TUDO DE BOM COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE PANIFICAÇÃO LTDA
- EPP, nome fantasia PANIFICADORA TUDO DE BOM, representada por 05 (cinco) sócios
que, após pesquisa mercadológica, concluíram pela viabilidade de tal empreendimento. Os
resultados da pesquisa apontaram para uma expectativa de crescimento demográfico no Bairro
Camargos no município de Belo Horizonte/MG e também, devido a não existência de um
estabelecimento que forneça tais serviços e produtos. Os produtos oferecidos pela sociedade
serão pães em geral, doces, salgados, bebidas e artigos de varejo ligados à indústria de
panificação.
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Sócios CPF Participação por quotas


Carlos Fernandes Gomes 123.456.789-00 20%
Ilton Júnior Resende Soares 234.567.890-00 20%
Leonardo Dias Moreira 345.678.901-00 20%
Marcus José Paula Lacorte 456.789.012-00 20%
Waldivino Costa Mesquita 567.890.123-00 20%

3.3 Forma de constituição da sociedade


A empresa será constituída sob a forma de sociedade personificada simples, mediante
Contrato Social (Apêndice 01) em cujo bojo estarão descritos , além das cláusulas estipuladas
no contrato, os dispositivos constantes do Art. 997, incisos I a VIII, do Código Civil
Brasileiro.

3.4 Localização e instalação


A sociedade será instalada na Rua Joaquim Pimenta, nº 836, Bairro Camargos / Belo
Horizonte – M.G. em uma loja que se encontra desocupada cuja infra-estrutura interna será
elaborada pelos sócios. A escolha do local deve-se aos fatores pesquisados segundo uma
escala de um a cinco,em ordem crescente de classificação (sendo 5 o valor mais favorável à
empresa), conforme tabela abaixo :
Fatores 1 2 3 4 5
Área comercial movimentada x
Concorrente mais próximo x
Entrada de serviço para entregas x
Estado do imóvel x
Facilidade de entrada e saída x
Facilidade de estacionamento x
Fluxo de tráfego x
Localização da rua x
Passagem de pedestres x
Preço do aluguel x
Tempo de contrato do aluguel x
Zoneamento adequado x
3.5 Legislação cabível ao empreendimento

Legislação específica

Torna-se necessário tomar algumas providências para a abertura do empreendimento, tais


como:
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- registro na Junta Comercial;


- registro na Secretária da Receita Federal;
- registro na Secretária da Fazenda;
- registro na Prefeitura do Município;
- registro no INSS;(Somente quando não tem o CNPJ – Pessoa autônoma Receita Federal;
- registro no Sindicato Patronal;
O novo empresário deve procurar a prefeitura da cidade onde pretende montar seu
empreendimento para obter informações quanto às instalações físicas da empresa (com
relação a localização) e também o Alvará de Funcionamento. Além disso, deve consultar o
Procon para adequar seus produtos às especificações do Código de Defesa do Consumidor
(Lei nº. 8.078 de 11.09.1990). O futuro empreendedor deve ter conhecimento de algumas
outras leis.

A Lei nº. 6.437/77 configura infrações à legislação sanitária federal, estabelece as sanções
respectivas e dá outras providências.
O Decreto-Lei nº. 986/69 institui normas básicas sobre alimentos.

A Portaria nº. 326/SUS/MS/97 prova o regulamento técnico: "Condições Higiênico-sanitárias


e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos produtores / Industrializadores de
Alimentos".
(Para maiores informações consultar o site da Anvisa)

3.6 Definição do layout da panificadora

A alocação e distribuição de seus diversos recursos (mercadorias, estantes, gôndolas, vitrines,


prateleiras, depósitos e outros) em suas instalações também são importantes para a integração
das atividades a serem executadas para a conquista de níveis de produtividade satisfatórios ao
seu negócio. O benefício que um bom arranjo físico (layout) pode trazer é, por exemplo: uma
maior facilidade de localização dos itens por parte do cliente, um fluxo mais ágil dos
materiais, uma disposição mais adequada, etc.
18

3.7 Consumidor

O perfil dos consumidores foi identificado como sendo o público principal formado por
moradores de condomínios das proximidades, pequenas empresas, e escolares.

3.8 Dimensionamento do mercado principal.


Em se tratando de uma empresa de pequeno porte, seu raio de atuação se restringirá ao bairro
e adjacências, no intuito de prestar um serviço de certa forma personalizado e diferenciado
em qualidade.

3.9 Fornecedor

Os fornecedores foram previamente identificados através de consulta ao sindicato da


categoria, sendo que a metodologia aplicada buscou basear-se nos seguintes quesitos:
-Distância física entre a empresa e o fornecedor; - Referências; - Custo de frete; - Qualidade; -
Capacidade de fornecimento; - Preço; - Prazo; - Forma de pagamento e de entrega.

3.10 Pessoal

A sociedade decidiu, inicialmente, por contratar 02 funcionários especializados : um


padeiro e um salgadeiro/confeiteiro, sendo que as demais atividades afetas ao negócio
serão executadas pelos sócios. Os termos da contratação ficaram sob a responsabilidade
do contador da empresa.

3.11 Plano de Marketing e Comercialização


As estratégias de marketing, para alavancagem da venda dos produtos a serem
comercializados, se sustentarão na divulgação do negócio através dos meios de comunicação
(bicicletas sonorizadas, carro de som, faixas, jornal do bairro e panfletos), devido ao baixo
custo desses investimentos.
3.12 Marca definida para a empresa
A marca será composta das letras P , T , B (iniciais de Panificadora Tudo de Bom), escritas
de forma estilizada, e sobrepostas a um ramo de trigo (matéria-prima básica de produtos do
ramo de negócio).
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3.13 Investimentos
Os investimentos necessários para a implantação do negócio se restringiram, basicamente, aos
itens relacionados no quadro abaixo.

Total de Investimentos R$ 82.000,00

Equipamentos Valores em R$

Máquinas e equipamentos para loja: balcão em formato 10.950,00


U,balcão refrigerado,armário de prateleiras, cabine de
caixa,máquina registradora,armários p/ auto-
serviços(2),freezers verticais(2),mesa inox de centro

Máquinas e equipamentos de panificação: 25.850,00


amassadeira,mesa inox,balança digital,divisora de
coluna,modelador,esteiras,formas,armários 20
esteiras,batedeira,forno a gás,resfriador de
água,cilindro,câmara de crescimento,forno de
confeitaria,fatiadeira
Veículo de carga (usado) 15.0000,00

Banco / Estoque
Banco 5.200,00

Estoques :
Mercadorias 15.000,00
Insumos 10.000,00
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4 ANÁLISE DE PESQUISA DE CAMPO

A pesquisa de campo foi baseada nos tópicos constantes do referencial teórico estudado,
sendo realizada através de entrevista gravada com Contador/Administrador de extensa
experiência na atividade relativa à abertura de empresas. As perguntas foram transcritas e
compõem o APÊNDICE 1 deste trabalho. Através dessa pesquisa qualitativa o entrevistado
respondeu-nos que trabalha com contabilidade há 25 anos, aproximadamente e, que nesse
tempo tem presenciado grandes mudanças no relacionamento entre contador e empresário,
principalmente em decorrência do Novo Código Civil que passou a vigorar em 2003. Revela
que depois do Novo Código civil a responsabilidade do contador ficou diretamente
relacionada como se sócio fosse, ou seja, a responsabilidade do contador é tanto quanto do
sócio. Se o contador tiver que ser chamado a um processo, ele será solidário na
responsabilidade, respondendo por todos os atos praticados. Informa que o contador deve
organizar : documentação dos sócios; documentação do imóvel onde será a sede da empresa;
elaboração do contrato social sendo que na elaboração deve estar previsto o capital e o ramo
de atividade. Depois de assinado o contrato pelas partes e por duas testemunhas, far-se-á a
entrada a documentação na Junta Comercial ; depois Receita Federal para tirar CNPJ e;
depois na Prefeitura para tirar-se o Alvará de Funcionamento, consecutivamente. Se for firma
comercial entra-se na Receita Estadual para obter a Inscrição Estadual. Este procedimento
pode ser na Junta ou no Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas – Cartório Jero Oliva em
Belo Horizonte e Cartório Massote em Contagem. No caso de prestador de serviços não há
necessidade de ser na Junta pois estas empresas não têm inscrição estadual; mas a maioria das
empresas são registradas na JUCEMG.
Na seqüência seria então: Junta Comercial; Receita Federal; Prefeitura; e Receita Estadual.

Na prática a abertura de empresa não ocorre num prazo de 08 dias conforme alegado pelos
órgãos públicos. Veja-se : O município de Belo Horizonte concentrou num só órgão as
unidades: Junta Comercial, Corpo de Bombeiros, Prefeitura, Receita Federal, mas eles não
atendem ao prazo estipulado. Em suma, não se abre uma firma no Brasil (pelo menos aqui em
Minas!) com menos de 40 a 45 dias.

O procedimento básico para abertura de uma empresa é comum a todas seja bar, lanchonete,
padaria etc , até mesmo para se abrir uma multinacional , com raras exceções de problemas
contratuais. No caso da padaria, a única coisa que a difere de outra atividade é que por ser do
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ramo da alimentação necessita do Alvará Sanitário além do Alvará de Localização e


Funcionamento. No resto - o trâmite de documentos, a documentação, o contrato - o que vai
mudar é o objetivo definido como Panificadora.

A maioria dos empresários não procura informação do contador acerca da formalização de seu
negócio por se acharem experts no mercado, somente buscando auxílio quando da ocorrência
de algum problema já está configurado.

Em algumas oportunidades o contador faz o papel de consultor ao cliente, até mesmo antes de
abrir a empresa; explicando-lhe sobre o tipo do comércio,sobre a demanda etc, sendo que em
muitas vezes o cliente prevendo que o negócio não dará certo , desiste em prosseguir. Hoje é
importante o empresário iniciar com um diferencial, com uma coisa nova, pois em toda
atividade que se vai lidar hoje já se tem concorrente e, se o novo empresário não atentar para
isto está fatalmente fadado ao fracasso.

A razão de muitas empresas ter pouca vida está ligada ao fato de que geralmente elas são
abertas por pessoas que eram empregados de determinado ramo e procuram gerir seu próprio
negócio, sem a devida competência e tino comercial.

Uma empresa familiar, normalmente não tem empregados estando na classificação de micro e
pequena empresa.
As empresas que contratam empregados , primeiramente, têm que fazer a Folha de Pagamento
juntamente com o holerite; devem ainda recolher FGTS, INPS, sendo que isto faz parte das
despesas do cliente.
Na área trabalhista é levado muito em conta o problema de Dissídio Sindical, ela envolve os
salários e encargos trabalhistas. Com referência a parte tributária, é em função de Nota Fiscal
emitida e compras. Cada empresa é classificada no Estado para efeito tributário e na Receita
Federal de acordo com o seu enquadramento e os impostos são recolhidos conforme cada sua
atividade. Por exemplo, para a Receita Federal: se a empresa for optante pelo SIMPLES , ela
terá somente uma guia de DARF que começa com 3% sobre o Faturamento e tem uma escala.
Se for com referência ao ICM depende do enquadramento dela no Estado , se é SIMPLES
MINAS ou se é DÉBITO E CRÉDITO. Enfim , há uma série de variáveis dependendo do
grau ou dependendo da classificação da empresa nesses Órgãos.
22

Com relação à área trabalhista ela é comum para todos, não há o que diferenciar, já a área
tributária é diferenciada a nível federal e estadual dependendo do enquadramento da empresa
nesses Órgãos.
Enfim, o contador se responsabiliza pela organização da área trabalhista e tributária da
empresa, além da contábil que compreende aí o Diário, Razão, Balancete, Livro-Caixa,
demonstrativos financeiros e gerenciamento contábil. Na parte fiscal temos Entrada/Saída,
Operação de ICM. Da Prefeitura cuidamos do Livro de ISS. Totalizando uma média de 6 a 7
livros.
23

5 CONCLUSÃO

Sintetizando, os resultados da pesquisa nos leva a concluir que não há como empreender
qualquer tipo de negócio sem a formatação de um plano bem estruturado e de concepção nos
limites da realidade. A importância desse documento se faz patente, haja vista a existência,
inclusive, de órgãos governamentais e não-governamentais direcionados a amparar os
pretensos empresários no planejamento e formalização de seu negócio. A título
exemplificativo podemos citar o SEBRAE. Observamos que em virtude da importância dessa
matéria até mesmo as universidades nos Estados Unidos, onde se ensina o empreendedorismo,
vêm promovendo concursos com o auxilio de empresas ligadas a determinado ramo, visando
com isto identificar negócios rentáveis com prêmios em dinheiro para a devida motivação.
No Brasil alguns concursos já começaram a ser implantados para os estudantes de engenharia,
ciências da computação, administração e, também, a negócios da Internet, sendo esses :
Concurso do Instituto E-cobra para plano de negócio de empresas de Internet; Concurso
Engenheiro Empreendedor, da UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina e; Concurso
nacional de plano de negócios para estudantes de administração, promovido pela FENEAD –
Federação Nacional de Estudantes de Administração. A nosso ver esses esforços despendidos
pelos citados órgãos auxiliadores e incentivadores aos futuros empresários, influenciará
diretamente na economia da nação, quando do resultado positivo alcançado, em razão do
aprendizado conferido nestas instituições.

Verificamos, por intermédio da pesquisa de campo, que no tocante à parte burocrática de


constituição de sociedades, praticamente a rotina é a mesma para qualquer tipo de empresa,
sendo que apenas no ramo de gêneros alimentícios, que se trata do foco deste trabalho
(Panificadora e congêneres) existe ainda a exigência de expedição de alvará sanitário além
dos demais exigidos às demais empresas.

A título de observação, constatamos pelo trabalho realizado que apesar do alardeamento dos
órgãos públicos a respeito da diminuição de prazo de abertura de empresa ( 08 dias , conforme
www.minasfacil.mg.gov.br), isto na verdade ainda não ocorre. Na realidade, segundo
informações do contador entrevistado, a média de dias ultrapassa 45 dias.
24

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHIAVENATO, Idalberto–Empreendedorismo–Dando asas ao espírito empreendedor–São


Paulo: Ed. Saraiva, 1ª. Ed. 2005;

DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo transformando idéias em negócios-Rio


de Janeiro: Elsevier Editora Ltda, 2ª.Ed.2005;

SILVA, Daniel Salgueiro da [et al.]- Manual de procedimentos contábeis para micro e
pequenas empresas – Brasília: CFC : SEBRAE, 2002;

Código Civil - Lei nº 10.406, de 10-1-2002, atualizada pela lei nº 10825, de 22-12-2003, e
acompanhada de legislação complementar, súmulas e índices – São Paulo: E. Saraiva, 19ª Ed.,
2004.

Sites :

www.sebrae.com.br;

www.padariaonline.com.br/html/pol/monte_sua_padaria/index.html
25

APÊNDICE 1

FACULDADE NOVOS HORIZONTES

Curso : Ciências Contábeis – 4º Período Noturno – Grupo IV


Referente : Entrevista elaborada com a finalidade de subsidiar as pesquisas bibliográficas
efetuadas para o Projeto Interdisciplinar, sobre Abertura de Sociedade Empresarial.
Tema do Projeto Interdisciplinar : Plano de Negócio

Entrevistado: Paulo Galdino Quirino – Contador/Administrador de Empresas


Organização: Escritório de Contabilidade Horizonte – Rua Humberto de Moro, 391, Bairro
Inconfidentes – Contagem / MG – Fone: 3398-8868

1) Há quanto tempo o Sr. Trabalha como contador ?

2) O Sr. Tem notado alguma mudança no relacionamento entre empresário e contador após o
advento da reformulação do Código Civil (Lei 10406-2002), qual a sua visão da
responsabilidade civil dos contadores em relação às empresas para as quais o Sr. presta
serviços ?

3) Basicamente, quais são as primeiras providências que o contador deve realizar para
legalizar uma sociedade ? O Sr. pode descrever numa ordem seqüencial aproximada ?

4) Realmente, tem ocorrido a desburocratização nos procedimentos para abertura de um


negócio, como se tem noticiado pelos órgãos públicos ? Em média, qual o tempo necessário
para se legalizar um empreendimento ?

5) Nosso trabalho acadêmico se refere à abertura de uma padaria, o Sr. já abriu alguma
empresa deste ramo ? Quais seriam os procedimentos próprios ou privativos do ramo ?

6) Além, logicamente, do trabalho contábil, o Sr. tem sido consultado pelos clientes acerca de
opiniões sobre melhores maneiras de condução de seus negócios ?

7) Independentemente de ser consultado pelo cliente, é usual o contador tentar mostrar ao seu
cliente alguma conduta de trabalho mais moderna e eficiente para aplicação em seu negócio ?

8) Finalizando, basicamente, como é feita pelo contador, a regularização e acompanhamento


para fins de pagamento dos tributos sociais e previdenciários, dos funcionários de uma
panificadora ?
26

ANEXO 1

Equipamentos Básicos para Produção

Produção de até 600 pães de 50g por hora

(2) Mesas de Inox


Para colocar e manipular a massa. 1,90x1,0
R$ 350,00
Para uso como mesa de centro na lanchonete. 0,90x0,60
R$ 250,00

Amassadeira Rápida 2 Velocidades


Para preparar a massa. A ideal é a de garfo espiral e capacidade de 25 Kg.
R$ 3500,00

Balança Digital
Para pesagem dos ingredientes
R$ 500,00

Divisora de Coluna
Para dividir a massa em pedaços (peças) iguais (a mais utilizada é a de 30
peças). Agiliza a produção, evitando a divisão e pesagem manual.
R$ 1500,00.
27

Modeladora
Utilizada para para modelar (enrolar) a massa, para dar o formato de pão.
R$ 1800,00

Esteiras (50 esteiras)


Para colocar as peças após a modelagem, utilizada para peças pequenas,
como pãozinho francês (50 g). As com tiras de aço inox são as de melhor
custo benefício
R$ 1000,00

Formas
Para pães de forma e produtos de confeitaria
R$ 300,00

(2) Armários de 20 Esteiras


Para deixar a massa crescer e o pão esfriar depois de pronto
R$ 700,00

Batedeira
Utilizada na confeitaria para produção de bolos e tortas
R$ 1000,00

Forno Turbo Gás - 8 esteiras


Utilizado para cozimento dos produtos. R$ 3500,00
28

Equipamentos Complementares de Produção

Resfriador de Água
Garantir água gelada para obtenção da massa na temperatura adequada.
R$ 1800,00.

Cilindro
Para produção de massas sovadas e pães especiais.
R$ 2200,00.

Câmara Crescimento
Garantir crescimento uniforme, independente das condições do ambiente,
proporcionando a produção de pães alta qualidade e padrão uniforme.
R$ 3800,00.

Forno Confeitaria
Para produção de produtos de confeitaria como bolos, biscoitos, folhados, etc.
R$ 1800,00.

Fatiadeira
Agilizar o fatiamento de pães de forma e pães de sanduíche
R$ 1400,00.
29

Equipamentos Básicos para Loja

Balcões Secos
Para exposição frontal de pães e salgados
R$ 2.000,00

Balcões Refrigerados
Para exposição frontal de produtos de confeitaria
R$ 1.500,00

Armários de Prateleiras

Para exposição atrás dos balcões. Prefira os de madeira


R$ 1.500,00

Cabine do Caixa
R$ 1.000,00
Registradora
R$ 400,00

(2) Armários para Auto-Serviços


R$ 700,00

(2) Freezers Verticais

Para produtos congelados e refrigerantes


R$ 1.200,00
30

ANEXO 2-A

LAYOUT BÁSICO DA PANIFICADORA

Especificações: Área da Produção: 40m² - Área de Vendas : 60m² - Área Total : 100m²
Legendas :
Área da Produção
1-Amassadeira rápida e velocidades;
2-Mesa de Inox (1,0x1,90);
3-Balança digital;
4-Divisora de coluna;
5-Modeladora;
6-Armários de 20 esteiras (2);
7-Batedeira;
8-Forno turbo a gás-8 esteiras;
9-Resfriador de água;
10-Cilindro;
11-Câmara de crescimento;
12-Forno confeitaria;
13-Fatiadeira

Área de Vendas
A1-Cabine de caixa [1,0x1,0];
A2-Registradora;
B1-Mesinha de centro [0,90x0,60];
B2-Balcão em Formato “U” com expositor inferior de vidro[3,80x1,90; alt.1,20 com tampo de
0,25];
C-Balcão refrigerado [1,90x0,60; alt.1,90];
D-Armário de prateleiras madeira [4,0x0,60;alt.1,90];
E1 e E2-Armários de auto-serviços (2) [1,50x0,60;alt.1,90];
F1 e F2-Freezers verticais (2) [0,60x0,60;alt. 1,90]
31

ANEXO 2-B
32

ANEXO 3

CONTRATO SOCIAL

Os abaixo assinados, Carlos Fernandes Gomes, brasileiro, casado, comerciante, residente na


Rua Amparo, Nº 12, Capital, portador da Carteira de Identidade – RG nº 254.879 e do CIC nº
123.456.789-00; Ilton Junior Resende Soares, brasileiro, solteiro, comerciante, residente na
Rua Catete, nº 34, Capital, portador da Carteira de Identidade – RG nº 015.452 e do CIC nº
234.567.890-00; Leonardo Dias Moreira, brasileiro, casado, comerciante, residente na Rua
Contria, nº 56, Capital, portador da Carteira de Identidade – RG nº 2.653.578 e do CIC nº
345.678.901-00; Marcus José de Paula Lacorte, brasileiro, casado, comerciante, residente na
Rua Contendas nº 78, Capital, portador da Carteira de Identidade – RG nº 2.658.547 e do CIC
nº 456.789.012-00 e Waldivino Costa Mesquita, brasileiro, casado, comerciante, residente na
Rua Viamão, nº 90, Capital, portador da Carteira de Identidade – RG nº 542.895 e do CIC nº
567.890.123-00, por este instrumento particular e na melhor forma de direito, constituem
entre si uma SOCIEDADE POR QUOTAS DE RESPONSABILIDADE LTDA, que se regerá
pelas seguintes cláusulas:

Primeira: A firma girará sob a denominação social de TUDO DE BOM COMÉRCIO E


INDÚSTRIA DE PANIFICAÇÃO LTDA - EPP, nome de fantasia - PANIFICADORA
TUDO DE BOM, e terá sede nesta Capital, na Rua Joaquim Pimenta, nº 836, Bairro
Camargos, ficando eleito o foro desta Comarca para ação fundada no presente contrato.

Segunda: O objeto da sociedade será a exploração do ramo comercial varejista de pães e


congêneres de fabricação e comercialização própria e de produtos de mercearia em geral.
t
Terceira: O capital social será de R$.82.000,00 (oitenta e dois mil reais), dividido
em.8.200(oito mil e duzentas) quotas de R$ 10,00(dez reais) cada uma, neste ato realizado em
moeda corrente do País, subscritas pelos sócios, como segue:

Carlos Fernandes Gomes: 1.640 (mil seiscentos e quarenta) quotas = R$ 16.400,00

Ilton Junior Resende Soares: 1.640 (mil seiscentos e quarenta) quotas = R$ 16.400,00

Leonardo Dias Moreira: 1.640 (mil seiscentos e quarenta) quotas = R$ 16.400,00

Marcus José de Paula Lacorte: 1.640 (mil seiscentos e quarenta) quotas = R$ 16.400,00

Waldivino Costa Mesquita: 1.640 (mil seiscentos e quarenta) quotas = R$ 16.400,00

Quarta: As quotas da sociedade são indivisíveis e não poderão ser cedidas ou transferida sem
o expresso consentimento dos sócios, cabendo, em igualdade de condições, o direito de
preferência aos sócios que queiram adquiri-las.

Quinta: A responsabilidade dos sócios é limitada à importância do capital social, nos termos
do artigo 1.052 do Novo Código Civil.

Sexta: A administração da sociedade ficará a cargo dos sócios Carlos e Ilton, aos quais cabe,
independentemente um do outro, a responsabilidade ou representação ativa e passiva da
33

sociedade, em juízo ou fora dele, podendo praticar todos os atos compreendidos no objeto
social, sempre no interesse da sociedade, ficando vedado o uso da denominação social em
negócios estranhos aos fins sociais.

Parágrafo único – É facultado aos administradores, atuando em conjunto, nomear


procuradores, para o período determinado que nunca poderá exceder a uma ano, devendo o
instrumento de procuração especificar os atos a serem praticados pelos procuradores assim
nomeados.

Sétima: O inicio das operações terá lugar na data da assinatura deste contrato e o prazo de
duração da sociedade será de tempo indeterminado.

Oitava: Os sócios terão direitos a uma retirada a título de pró-labore, a ser fixada anualmente
pelo consenso unânime na assembléia de sócios.

Nona: O exercício social será coincidente como o ano-calendário, terminado em 31 de


dezembro de cada ano, quando será procedido o levantamento do balanço patrimonial e
efetuada a apuração de resultados, em conformidade com as disposições legais pertinentes.

Décima: A sociedade não se dissolverá com o falecimento de qualquer dos sócios, mas
prosseguirá com os remanescentes aos herdeiros do falecido, sua quota de capital e sua parte
nos lucros líquidos apurados até a data do falecimento, pela seguinte forma: 20% (vinte por
cento)no prazo de três meses, 30% (trinta por cento ) no prazo de seis meses e 50% (cinqüenta
por cento) no prazo de doze meses, tudo a contar da data do falecimento.

Décima Primeira: Os sócios não poderão ceder ou alienar por qualquer títulos sua respectiva
quota a terceiros sem o prévio consentimento dos demais sócios, ficando assegurada a estes a
preferência na aquisição, em igualdade de condições,e na proporção das quotas que
possuírem, observado o seguinte:

I - os sócios deverão ser comunicados por escrito para se manifestarem a respeito da


preferência no prazo de 30 (trinta) dias;
II - findo o prazo para o exercício da preferência, sem que os sócios se manifestem ou
havendo sobras, poderão, as quotas ser cedidas ou alienadas a terceiros.

Décima Segunda: o sócio que, por divergir de alteração contratual deliberada pela maioria,
desejar retirar-se da sociedade, deverá notificar os demais, por escrito, com antecedência do
prazo mínimo de 30 (trinta) dias, findo o qual o silencio será tido como desinteresse.

Parágrafo único - Caso do demais sócios decidam adquirir as quotas do sócio retirante, os
haveres deste serão pagos, após o levantamento do balanço geral da sociedade, em 30 (trinta)
prestações mensais, iguais e sucessivas, vencendo-se a primeira no prazo de 30(trinta) dias,
contados da data da retirada do sócio.

Décima Terceira: As deliberações relativas à aprovação das contas dos administradores,


aumento/redução do capital, designação, pedido de concordata, distribuição de lucros,
alteração contratual e fusão, cisão e incorporação, e outros assuntos relevantes para a
sociedade, serão definidas na reunião de sócios.
34

Parágrafo primeiro – A reunião dos sócios será realizada em qualquer época, mediante
convocação dos administradores ou sócio.

Parágrafo segundo – As deliberações aprovadas por ¾ do capital social, salvo nos casos em
que a legislação exigir maior quorum.

Décima Quarta: os sócios serão obrigados à reposição dos lucros e das quantias retiradas, a
qualquer títulos ainda que autorizados pelo contrato, quando tais lucros ou quantia se
distribuírem com prejuízo do capital.

Décima Quinta: Os casos omissos neste contrato serão resolvidos com observância dos
preceitos do Novo Código Civil, e de outros dispositivos legais que lhes sejam aplicáveis.

E, por estarem assim justos e contratados, lavram este instrumento, em três vias de igual teor,
que serão assinadas por todos os sócios, juntamente com duas testemunhas, sendo a primeira
via arquivada na Junta Comercial do Estado, e as outras vias devolvidas aos contratantes, e
depois de anotadas.

Outrossim, os sócios, declaram, sob as penas de lei, que não estão impedidos de exercer o
Belo Horizonte, MG, de de 2007.

______________________________ ______________________________
Carlos Fernandes Gomes Ilton Junior Resende Soares

______________________________ _______________________________
Leonardo Dias Moreira Marcus José de Paula Lacorte

______________________________
Waldivino Costa Mesquita

Testemunhas:

______________________________ _____________________________
Antônio Castelar José Sombreiro
CI – M-123.456 CI – M-246.802
CPF: 246.802.468-00 CPF:369.258.146-00

Advogado:

_____________________________
Salomão César
OAB/MG nº. 10.000
35

ANEXO 3

Modelo de Abertura e Lançamento da Contabilidade da Panificadora em LIVRO DIÁRIO

FOLHA Nº 001

TERMO DE ABERTURA

Contém este Livro nº 01, ___ (.......................) folhas numeradas automaticamente por Sistema
de Processamento de Dados, do Nº 001 a ____ , que servirá para lançamento das operações
próprias do estabelecimento do contribuinte abaixo identificado :

NOME: Tudo de Bom Comércio e Indústria de Panificação LTDA

ENDEREÇO: Rua Joaquim Pimenta, nº 836

BAIRRO: Camargos

MUNICIPIO/UF: Belo Horizonte / MG CEP: 30.770-070

REGISTRO NA JUCEMG SOB Nº: ARQUIVADO EM:

INSCRIÇÃO ESTADUAL:

ISCRIÇÃO CNPJ/MF:

Belo Horizonte, de maio de 2007.


____________________________
Contador
____________________________ ____________________________
Sócio-Gerente Sócio Gerente
36

FOLHA 002
Empresa: Tudo de Bom Comércio e Indústria de Panificação LTDA
Lançamento Diário - Período: 01/05/2007 a ___/___/2007
01/05/2007
Nome da Conta Histórico Débito Crédito

Bancos 82.000,00
Capital 82.000,00
subscriç. e integraliz. do capital da empresa
Mercadorias 15.000,00
Bancos 15.000,00
Compra mercador. mediante pag. em cheque
Matéria-prima 10.000,00
Bancos 10.000,00
Compra mat.-prima mediante pag. em cheque
Moveis e utensílios 36.800,00
Bancos 36.800,00
Compra móv. e utens. mediante pag. em cheque
Veículos 15.000,00
Bancos 15.000,00
Compra veiculo mediante pag. em cheque
Despesas Diversas 1.500,00
Bancos 1.500,00
Pagamento layout e reforma imóvel
Despesa de Aluguel 1.000,00
Aluguel a Pagar 1.000,00
Provisão aluguel de MAIO em 30/05/07

Total do dia: 170.300,00 170.300,00


37

FOLHA 001
Empresa: Tudo de Bom Comércio e Indústria de Panificação LTDA
RAZÃO - Período: 01/05/2007 a ___/___/2007
Data Histórico Déb. Créd. Saldo D/C
Conta: Bancos c/ movim.
01/05/07 Subscriç. e integraliz do capital 82.000,00 82.000,00 D
01/05/07 Pago mercadorias c/ cheque 000001 15.000,00 67.000,00 D
01/05/07 Pago matér.-prima c/ cheque 000002 10.000,00 57.000,00 D
01/05/07 Pago móveis e utens. c/ cheque 000003 36.800,00 67.000,00 D
01/05/07 Pago veiculo c/ cheque 000004 15.000,00 42.000,00 D
01/05/07 Pago desp.diversas c/ desconto do cheque 000005 1.500,00 3.700,00 D
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Conta: Mercadorias
01/05/07 mercadorias compr. c/ ch. 000001 15.000,00 15.000,00 D
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Conta: Matéria-prima
01/05/07 mat. prima compr. c/ ch. 000002 10.000,00 10.000,00 D
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Conta: Móveis e Utensílios
01/05/07 mov. e utens. compr. c/ cheque 000003 36.800,00 36.800,00 D
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Conta: Veículos
01/05/07 veiculo compr. c/ cheque 000004 15.000,00 15.000,00 D
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Conta: Despesas Diversas
01/05/07 pago desp. após descontar ch/ 000005 1.500,00 1.500,00 D
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Conta: Despesa de Aluguel
01/05/07 prov. p/ pagam. aluguel Maio/07 1.000,00 1.000,00 D
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Conta: Capital
01/05/07 subscriç. e integraliz. do cap. da empresa 82.000,00 82.000,00 C
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Conta: Aluguel a Pagar
01/05/07 aluguel de maio a ser pago em 05/06/07 1.000,00 1.000,00 C

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