Você está na página 1de 4

ATPS – Direito Processual Civil I

Etapa 01

Aula-tema: Jurisdição, Competência

Caso:

“A” contratou a empresa de ônibus “Vá Com a Gente” para viagem de Ribeirão
Preto/SP à cidade de Jundiaí/SP. Durante a viagem, na cidade de Pirassununga/SP,
o ônibus envolveu-se em um acidente e “A” teve vários ferimentos, estando
internado em hospital há mais de 3 meses.

Determinação da Competência – Quanto à Estrutura Judiciária:

1. Competência de Jurisdição:
Justiça Comum.

2. Competência Originaria:
Órgão Inferior de Primeiro Grau.

3. Competência de foro:
Domicilio do autor ou do fato ocorrido conforme o art. 100, parágrafo único do
CPC.

4. Competência do juízo:
Vara Civil ou Juizado dependendo do valor da Causa.

5. Competência Interna:
Por sorteio.

6. Competência Recursal:
Tribunal de Justiça ou Turma Recursal dependendo de como foi ajuizada na
Primeira Instância.
Determinação da Competência Territorial:

Conforme o art. 100, parágrafo único do CPC, é competente, nas


ações de reparação do dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, o
domicilio do autor ou local do fato ocorrido.
Portanto temos dois locais possíveis para ingressar com a ação:

1. Jundiaí, por ser o domicílio de “A”;


2. Pirassununga/SP por ser o local onde ocorreu o acidente.

No caso em questão, escolheríamos a cidade de Jundiaí e com fulcro


no art. 186 do CC e art. 275, inciso II, alinea d do Código de Processo Civil,
ingressaríamos com uma Ação de Indenização e Lucros Cessantes Causados em
Acidente - Rito Sumário, por ser a opção mais vantajosa e benéfica para nosso
cliente.
Etapa 02:

Aula-tema: Jurisdição e Competência

Caso:

Acórdão TJ/SP 02674606 – Conflito de Competência

Questões:

a) O juiz, no caso descrito, agiu corretamente em reconhecer a


incompetência relativa?

Não, pois se tratando de competência relativa em relação ao território,


não é dado ao magistrado declinar "ex officio" de sua competência, consoante
Súmula n° 33 do Superior Tribunal de Justiça.
Nesses casos, compete somente à demandada opor exceção
declinatória de foro, sem o que operar-se-á a prorrogação de competência prevista
no artigo 114 do Código de Processo Civil.

b) Seja qual for a sua resposta, o juiz atribuiu à incompetência?

Sim, a ação foi inicialmente distribuída na Comarca de Jundiaí/SP,


contudo, o ilustre Magistrado em razão do endereço da empresa executada e
entendendo não ter fundamento em lei a eleição do Foro de Jundiaí determinou a
remessa dos autos a uma das Varas da Comarca de Bauru/SP.

c) Se respondeu de forma negativa à primeira pergunta, qual deveria ter


sido a conduta do juiz nesse caso?

Deveria conhecer e julgar a causa. A incompetência relativa é argüida


por meio de exceção. Caso o réu não o faça, no momento oportuno (art. 297, CPC),
dar-se-á a prorrogação da competência e o juiz que era incompetente passa a ser
competente, embora pudesse ter sido afastado (art. 114, CPC). 
d) Qual a consequência processual para o reconhecimento de
incompetência?

Via de regra, a incompetência absoluta é argüida como preliminar da


contestação (art. 301, II, CPC), ou pode ser alegada em qualquer tempo e grau de
jurisdição, independentemente de exceção. Sendo declarada, os atos decisórios
serão nulos, remetendo-se os autos ao juízo competente (art. 113, § 2º, CPC). 

Por violar interesses imediatos dos particulares, a incompetência


relativa é, ao contrário da absoluta, prorrogável, desde que as partes omitam-se em
alegá-la através de exceção de incompetência no primeiro momento em que lhes
couber falar nos autos, sob pena de preclusão. As decisões também são tratadas
de forma diversa quando prolatadas por juízo relativamente incompetente: são
consideradas apenas anuláveis, podendo ser ratificadas pelo juízo competente.

Você também pode gostar