Você está na página 1de 15

ORGANIZAÇAO DO ESPAÇO DE VENDA

 Importância e definição do linear

O linear é toda a superfície que promove a exposição do produto. Ao linear corresponde


normalmente uma superfície, formada pela parte da frente das gôndolas ou móveis de
exposição.

Quando o linear se mede ao chão designa-se por linear ao solo e é o comprimento do móvel
expresso em metros, quando se mede em comprimento designa-se por linear desenvolvido
que é igual ao número de prateleiras vezes o comprimento do linear e medindo-se em
metros.
 Gôndola

Estante de duas faces com prateleiras, facilita a circulação e aproximação dos


clientes.
A gôndola serve para exposição e armazenamento dos produtos, tem dimensões
médias entre 1,8 e 2 metros de altura e entre 50 e 70 centímetros de
profundidade.
O seu comprimento é variável, de acordo com a dimensão da secção e da loja.
 Ilhas

Ao nível dos expositores, encontramos ainda as ilhas, que podem ser


frigoríficas, normalmente de grande dimensão e capacidade de exposição. A
disposição do produto é feita na horizontal. Este equipamento é normalmente
utilizado nos produtos de grande rotação, principalmente congelados. Existem
ainda ilhas de frio, verticais, com prateleiras que têm o mesmo nível de exposição
e impacte que as gôndolas, mas apresentam a desvantagem de o cliente ter de
abrir a porta para retirar o produto, enquanto na ilha horizontal o produto está ao
alcance da mão. Para além das ilhas frigoríficas existem, também as ilhas em
palete.
 Tipos de zonas nas lojas:

Zona fria

Zona quente

Fria: Local de circulação com necessidade de dinamização ao qual o cliente terá tendência a
não se deslocar .

Quente: Zona de maior circulação, de interesse e acesso


imediatos. O cliente, por habituação e necessidade,
e sendo influenciado pela lista de compras que traz
consigo, define um trajecto específico que é também
controlado pela implantação das secções.
 A ORGANIZAÇÃO DO LINEAR

 Implantação das secções

As secções de um estabelecimento têm como objectivo a exposição dos


produtos.

A implantação de secções deve ter como referência o sentido natural de


circulação dos clientes, enquadrando-os nos hábitos de consumo.
 A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO DE VENDA
Rentabilização de cada m2 de área de venda, fazendo passar por elas o maior número
possível de clientes;

Considerar a localização de equipamentos especiais, como por exemplo a área de


frio, por forma a evitar um distanciamento das máquinas;

Ter a possibilidade de expansão no futuro, caso o potencial de clientela justifique;


Eliminar custos desnecessários de pessoal, com uma
implantação articulada com os percursos habituais do
cliente;

Controlar visualmente os clientes, diminuindo a


possibilidade de roubo;

Optimizar a largura dos corredores, por forma a


garantir uma circulação natural.
Todo o espaço deve ser concebido de modo a facilitar a circulação e a movimentação
em várias zonas da loja.

No entanto, há que ter em conta que, se os corredores forem demasiado largos, estes
originam a que os consumidores apenas olhem para um dos lados.

No caso das grandes superfícies, para além da preocupação com a largura dos
corredores, também há que ter em atenção as secções.
 As secções devem ser definidas de forma a permitirem uma apresentação activa
e apelativa dos produtos. A execução das secções de uma loja, seja de uma
grande superfície ou de uma loja de serviços com atendimento ao
público, depende de vários factores, tais como:
 os objectivos da empresa (se pretende privilegiar o volume de vendas ou a imagem),

 as limitações técnicas (espaço),

 o comportamento dos consumidores e

 a circulação dos clientes no ponto de venda.


 Para além da largura e da profundidade, as dimensões das secções devem ser
definidas segundo os indicadores de produtividade (vendas por m2, margem
bruta por m2 e rotação de produtos).
 Ao "desenhar" a distribuição das secções, o merchandiser deve também ter
em conta outros critérios como:
 A frequência das compras;
 A complementaridade dos produtos;
 A notoriedade das marcas;
 volume dos produtos;
 Os produtos de estímulo (novidades, perfumaria, acessórios);
 Os produtos de reflexão (móveis, electrodomésticos);
 A necessidade, ou não, de conservação dos produtos;
 Os produtos de primeira necessidade;
 comportamento do consumidor:
 A rentabilidade dos pontos de venda depende do equilíbrio da política de compra aos fornecedores
e da venda aos consumidores, bem como de apresentação racional de marcas, produtos e
variedades.
 As lojas de livre serviço apresentam os produtos em gôndolas, que são compostas por
várias prateleiras. A expressão "linear de solo" designa o comprimento total das gôndolas
de um estabelecimento ou para uma família de produtos.

 A exposição dos produtos no linear situa-se a três níveis: dos olhos, das mãos e ao
nível do solo. As melhores prateleiras são aquelas que estão ao nível dos olhos e das
mãos, destinando-se a receber os produtos de margem mais elevada.

 Os produtos que fazem parte dos hábitos de compras e os de maior notoriedade são
colocados nas prateleiras mais baixas ou nas mais altas.
 Os produtos podem ser apresentados:

 Verticalmente - Os produtos da mesma família (organizados em grandes categorias ou


grupos) são arrumados uns sobre os outros em todas as prateleiras, transmitindo uma
imagem clara e de rápida percepção por parte do consumidor. É uma forma de
apresentação que exige frequentes aprovisionamentos.

 Horizontalmente - São colocados em cada nível linear uma família diferente de


produtos. Neste tipo de apresentação existe maior probabilidade da perda de vendas por
pouca visibilidade de algumas sub-famílias de produtos. Mais adequado a pequenas
superfícies em parte pela circulação mais lenta dos consumidores.
 Em paletes - Permite uma grande exposição do produto e transmite ao consumidor a
noção de grande quantidade. Como é uma fórmula que envolve custos menos elevados, é
bastante utilizada pelas lojas alimentares discount.

 Em topos e ilhas - utilizadas sobretudo para produtos de compra por impulso.

 Uma das principais preocupações do distribuidor é rentabilizar o seu espaço de venda.


Para isso tem em consideração quatro factores na definição do linear de cada produto:

 Volume de vendas;

 Margem bruta obtida pelos produtos vendidos;

 Custos de armazenagem;

 Satisfação do cliente.
 NUMERO DE FRENTES POR PRODUTO
 Se trata da mesma quantidade de produtos, apenas privilegiando a face principal do
produto.
 O design de embalagens é sempre elaborado pensando em como o produto irá se
comunicar com o consumidor no ponto de venda. Para isso, existe sempre uma face
principal, ou uma maneira de expor o produto da maneira correta.

 Em alguns casos é possível até mesmo criarmos situações interessantes de design, por
exemplo: O Whisky White Horse, vemos que a embalagem tem um cavalo desenhado
cobrindo as quatro faces da embalagem. Colocando quatro embalagens juntas e
rotacionadas de forma que o desenho se encaixe, temos um chamativo painel de 4
faces, com um cavalo símbolo e o nome White Horse aparecendo mais forte na gôndola do
que as embalagens dos produtos concorrentes.

Você também pode gostar