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- Idem, Ibidem (o mesmo [autor], no mesmo [livro]). Por exemplo, nesta nota de rodapé:
(9)
“Idem, Ibidem: p. 22”, indica que relativamente à nota anterior (8), trata-se do mesmo autor, o
mesmo livro, mas agora a citação é relativa à página 22.
OBS: recomenda-se evitar o Idem, Ibidem; está fora de moda.
- et al. (ou “et alii”): “e outros [autores]”. P. ex., SILVA, Carlos & PEREIRA, Carlos et
al. (e outros autores para além dos dois anteriores).
-
(junto de; na obra de): citação indireta. P. ex., “…afirma SILVA (1990: 45), apud
ANDRADE (2005): 54. Neste cado, a “afirmação” é de SILVA, mas, como não tive acesso ao
livro, fiz a citação a partir do livro de ANDRADE, que também cita o conteúdo.
- incipit / explicit (“começa em / “termina em”): são as palavras iniciais de um manuscrito
/ e as suas palavras finais, como forma de identificação de um texto ou de obra num catálogo
antigo.
- Imprimatur. Nihil obstat (Imprima-se. Nada obsta): é uma declaração de publicação de
um livro, geralmente religioso, dada por um superior. Está geralmente contida na folha de
rosto (ou frontispício / portada) verso.
- folium (folha): página de um manuscrito; há ‘folium frente’ e ‘folium verso’; cada
folium pode ser escrito em uma coluna ou em duas.
- letra capital ou capitular: muito usada no manuscrito medieval e no incunábulo, mas não
só. É uma letra de maior dimensão que o restante corpo do texto no início da obra ou de um
capítulo. Em manuscritos ou livros antigos, é profusamente decorada e colorida.
- papiro, pergaminho e palimpsesto: (ver texto autónomo).
- rolo ou volumen; codex / códice: (ver texto autónomo).
- incunábulo (in cuna: no berço, referindo-se assim ao berço da tipografia): livro
impresso nos primeiros tempos da imprensa com tipos móveis (1455-1500) e que imita o
manuscrito medieval. Pouco a pouco, o livro vai abandonando as características do livro
manuscrito. Em Portugal, há incunábulos entre 1487-1500, impressos em Faro, Chaves,
Lisboa, Leiria, Braga e Porto.
- manuscrito: livro escrito à mão, antes ou depois da invenção da imprensa.
- impresso: livro impresso na tipografia de tipos depois da invenção da tipografia por
Gutenberg.
- glosa (marginal, interlinear): breve comentário ou anotação a um manuscrito. Pode ser
feita à margem da página (marginal) ou entre as linhas (interlinear).
Tipos de edições:
- edição crítica: como no manuscrito medieval (e até no livro antigo) o texto não era
uniforme em todos os manuscritos, mas existiam entre eles pequenas variantes
transmitidas pelo erros de cópia, era necessário, mediante o cotejo de todos os
manuscritos, restituir o texto de acordo com o original (autógrafo). A edição
crítica coteja todos os manuscritos, escolhe a melhor variante e coloca em rodapé
as variantes rejeitadas. Hoje em dia, tal problema quase deixou de se colocar.
- edição princeps: é a primeira edição de um livro, porém a expressão ficou
consagrada na definição das primeiras edições dos textos clássicos. Por exemplo,
considera-se edição prínceps a edição de Os Lusíadas de 1572.
- edição fac-similar ou edição fac-similada (do latim fac simile = faz igual): é uma
edição nova (frequentemente de um livro antigo) que apresenta uma reprodução
exata da edição original, incluindo fontes de letras, escalas, ilustrações,
diagramação e paginação.
- edição diplomática: em que é feita a transcrição ipsis litteris do original, conservando
os elementos presentes no texto, tais como abreviações, pontuações, separação
vocabular, paragrafação e translineação.
- edição “ne varietur” (locução latina que significa "para não variar"): (re)edição de
uma obra em vida do seu autor, na qual é estabelecido o texto definitivo. P. ex.,
“Boa Tarde às Coisas Aqui Em Baixo (2003) é o primeiro livro de António Lobo
Antunes em edição ne varietur”.
- autógrafo: manuscrito que é do punho e letra do próprio autor. Opõe-se a cópia ou
apógrafo.
- “no prelo”: expressão que significa, na gíria da edição, «em (vias de) publicação» ou
«em processo de edição/publicação/impressão».
- monografia: livro que aborda um só (mono-) assunto.
- colectânea: livro feito por vários autores, tendo cada um deles contribuído com um
artigo. A organização e publicação da colectânea fica a cargo de um Organizador ou
Coordenador.
- tese ou dissertação (de mestrado, de doutoramento): trabalho académico conferente do
grau de mestre ou de doutor.
- tese/relatório de estágio: trabalho académico conferente do grau de mestre nos
Mestrados em Ensino.
- recensão crítica: é uma apreciação crítica acerca de uma obra recentemente saída. É
feita em revistas e jornais científicos, na sua parte final, com o objectivo de a divulgar.
- ensaio: é uma obra de reflexão sobre determinado tema, contendo ideias, críticas e
reflexões de um ponto de vista pessoal ou mesmo subjectivo. Ao contrário do estudo ou do
tratado, o ensaio não é investigativo, podendo ser impressionista ou opinativo.
- ebook: livro eletrónica, que goza do mesmo estatuto que o livro em papel.
- “print on demand”: pedido de impressão de um livro electrónico sob solicitação. OBS:
talvez o futuro do livro se situe aqui. Pessoalmente, acho que o “print on demand” terá muito
sucesso no futuro próximo e distante.
- citação intratexto (com menos de três linhas): se a citação possuir menos de três linhas,
é “feita intratexto entre vírgulas altas, seguida da referência bibliográfica” (SILVA 2012: 45).
- citação destacada (com mais de três linhas): se a citação possuir três ou mais linhas, é
destacada do corpo do texto, como no exemplo a seguir:
se a citação possuir três ou mais linhas, é destacada do corpo do texto, a tabulação possui um centímetro
dentro (lado esquerdo), o tamanho da letra é Times 10 (e já não Times 12) e o espaçamento é de 1cm (e já
não 1,25cm ou 1,5cm) […] Não está entre vírgulas altas porque a citação, tal como se apresenta, já se
encontra destacada. Deverá estar seguida da referência bibliográfica, p. ex., (SILVA 2012: 45).
- ficheiro bibliográfico: necessário para todo o tipo de trabalho académico, contém todas
as referências bibliográficas o mais completamente possível. (ver texto autónomo)
- ficheiro de autores: para alguns trabalhos, pode justificar-se um ficheiro de autores.
- ficheiro de assuntos: para alguns trabalhos, pode justificar-se um ficheiro de assuntos.
- relatório de leitura (ver texto autónomo).
- pesquisa simples: forma mais simples de fazer uma pesquisa numa biblioteca; posso
registar uma palavra ou mais; no caso de serem duas ou mais, posso trabalhar com “Palavras
adjacentes – Sim”; ou então posso trabalhar com vírgulas altas (“”), como neste exemplo:
“Sophia de Mello Breyner” “artes poéticas”, para delimitar a pesquisa.
- pesquisa avançada: tipo de pesquisa em que se trabalha com “e” (adição); “ou”
(alternativa, p. ex. “mulher” ou “femme”); e “não” (exclusão; “mulher” ou “femme” não
“portuguesa”)
- pesquisa por índice: pode também ser uma boa pesquisa. Experimentar. Colocada uma
palavra (p. ex., “realismo”) e seleccionar “título”, o catálogo fornece títulos de muitos livros
em que aquela palavra se encontra.
- índice geral provisório: para que o estudante possa controlar o trabalho de investigação,
sobretudo quando é extenso, deve haver desde o início este tipo de índice, que irá sendo
aperfeiçoado. Tem a finalidade de controlo do trabalho e impedir que o estudante se perca
(ver texto autónomo).
- bibliografia geral / obras consultadas: o trabalho académico deve contar com rico acervo
bibliográfico; deve partir sempre do Ficheiro Bibliográfico (ver texto autónomo).
- […]: indica uma interrupção na citação; como havia uma parte de uma longa citação
que não importava, foi suprimida, mas no lugar da supressão foi registado […] (ver “citação
destacada (com mais de três linhas)”)
- s/d: sem data (há publicações que se apresentam sem data).
- s/l: sem local (há publicações que se apresentam sem local de edição).