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campus- Araraquara
Araraquara, 2021
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SUMÁRIO
*Introdução …………………………………………………………………...3
*Bibliografia …………………………………………………………………..10
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INTRODUÇÃO.
As oportunidades dadas a crianças de representar coisas ao seu redor possibilita que essa
criança possa observar tudo de um jeito mais criativo, fazendo com que ela consiga se
expressar seja como for e da forma que for, esse processo é extremamente importante para
o seu desenvolvimento intelectual e cognitivo.
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UM OLHAR SOBRE OS DESENHOS E SUAS ANÁLISES.
A criança, relaciona o seu mundo real e imaginário.“Passa a olhar o que faz, começa a
controlar o tamanho, a forma e a localização dos desenhos no papel” (OLIVEIRA, 1994, p.
44).
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Alice se encontra no estágio Objetivo- simbólico de acordo com o desenvolvimento de
Piaget(1976), seu interesse passa do subjetivo para o objetivo, ou seja, interessa-se pelo
que está ao seu redor, de algo que lhe simboliza, que é representativo.
Desenho 2 - Observando
atentamente o desenho, ele
consiste em movimentos amplos,
desordenados, sendo coberto
com novos rabiscos, Helena está
vivenciando o seu “primeiro
contato” (tendo a intervenção da
mãe em entregá-lo o papel e o
lápis) com o material e o seu foco
inicial está no prazer pelos
movimentos, usando sua mão como um material de apoio, sem uma preocupação com
representações definidas em traços. A criança desenha linhas, uma vez que ainda não tem
consciência de que o conjunto delas não atribui significado aos seus grafismos, mas o faz
pelo prazer em repetir os gestos em função da atividade motora adquirida.
Por meio deste podemos analisar as fases dos desenvolvimentos, Lowenfeld (1977)
denomina a primeira fase como Estágio de Garatujas, ocorre por volta de dois anos aos
quatros anos. Nesta etapa a organização e o controle do traçado são percebidos aos
poucos pela criança, realizando-se uma evolução gradativa que vai dos rabiscos às formas
controladas. Piaget (1976) tendo uma semelhança com a teoria de Luquet (1969), dois
autores relatam que a criança em seu primeiro período da vida, desenha por extremo prazer
e não tendo uma concepção de figura humana, ou seja, é inexistente e não tem valor.
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passando traços em cima de traços. As garatujas desordenadas correspondem a simples
traçados feitos pela criança, linhas que seguem em todas as direções.
A criança rabisca sem planejamento prévio ou controle de suas ações. Nem sempre olha
para a folha para desenhar, ultrapassa o limite do papel e utiliza vários métodos para
segurar o lápis. “Seu maior prazer está em explorar o material e riscar o chão, as portas, o
próprio corpo e os brinquedos” (OLIVEIRA, 1994, p. 44).
Sophia, 6 anos.
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roteiros com começo, meio e fim, as figuras humanas aparecem vestidas e a criança dá
grande atenção a detalhes como as cores. Existe uma relação de descobertas com as cores
de objetos reais passados para o desenho, como por exemplo a grama, flores, sol e
coração, houve uma assimilação do imaginário com a vida real.
Lorena, 6 anos.
Já segundo Lowenfeld (1977, apud Pillotto ; Silva ; Mognol ), podemos dizer que a menina
se encontra no estágio de seu desenvolvimento, denominado por ele de pré-esquemático.
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Neste período a criança tenta desenhar o real, desenhar o que ela vê, nesse momento
podemos ver que a criança é capaz de usar formas diferentes, tamanhos, mas ainda não é
possível que ela consiga organizar todas essas formas e tamanhos de acordo com as
proporcionalidades.
Otávio, 9 anos
CONSIDERAÇÕES FINAIS.
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Quão lindo é observar o processo de construção de uma crianças, neste trabalho conforme
foi visto, analisamos crianças de fases diferentes, que por sua vez se comunicam através
da arte de forma tão simples, mas com muitos significados.
Compreendemos a necessidade da criança de se comunicar com o mundo e com o seu
próprio interior, e vimos com clareza a falta do olhar do adulto em relação a essa
comunicação.
Segundo o texto ( Pillotto; Silva; Mognol; 2004 ), elas deixam nítido a importância da
compreensão de que a criança é um ser pensante, um ser sensível e sem dúvidas um ser
que constrói dentro e fora da sua realidade, pois a sua imaginação tão aguçada e rica lhes
dão asas para um mundo já esquecido por nós,adultos.
Diante aos estudos ressaltamos que o rabisco é como uma representação simbólica inicial a
criança ganha ainda mais o seu espaço de observação, pois ao carregar o lápis sobre o
papel não acontece apenas com a sensação de satisfação e sim o desenvolvimento motor,
coordenação motora fina. A partir dessas considerações podemos ressaltar que as crianças
precisam ter a liberdade de expressão, criatividade, imaginação e aperfeiçoando seus
gostos.
Todas as crianças são únicas nas suas formas de percepção e expressão, ao desenhar,
desenvolvem seus processos criativos, aumentando seus traços de expressão. Sua
imaginação desenha objetos significativos, sejam eles reais ou frutos da sua fantasia,
expressando suas criações e significados. Quando organizam e controlam os seus rabiscos,
são percebidos aos poucos, havendo uma evolução contínua que vai dos riscos às formas
controladas, trazendo simbolismo objetivo, a fim de reproduzir uma imagem ou objeto
presente na realidade da criança.
A criança deve ser protagonista do seu conhecimento, tendo o educador e os pais como
auxiliares dessa formação de conhecimento, o fato de desenhar e ser livre para isso apenas
irá auxiliar a criança no seu desenvolvimento, até o momento da escrita. Tudo é processo, e
dentro desses processos é impossível determinar o fim de um e o começo de outro, a
criança irá assimilar e colocar em prática aos poucos, podendo ser rápido ou não, tudo
dependerá do seu meio e estímulos. “ Não há melhor palco para o pensamento que dança
do que o lado de dentro das cabeças das crianças. “ (EMICIDA, 2018)
BIBLIOGRAFIA.
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- PIAGET, J; INHELDER, B. A Psicologia da Criança. 2ª. Ed. Trad.
Octavio Mendes Cajado. RIO DE JANEIRO : Difel, 2006.
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