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GERENCIAMENTO

DE RISCOS BANCÁRIOS
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GERENCIAMENTO
DE RISCOS BANCÁRIOS
Do original: Managing Bank Risk
Tradução autorizada do idioma inglês da edição publicada por Academic Press – Elsevier
Copyright © 2003 by ACADEMIC PRESS
© 2007, Elsevier Editora Ltda.

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04569-011 Brooklin São Paulo SP
Tel.: (11) 5105-8555

ISBN 13: 978-85-352-2126-8


ISBN 10: 85-352-2126-3
Edição original: ISBN 0-12285-785-2

Nota: Muito zelo e técnica foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros
de digitação, impressão ou dúvida conceitual. Em qualquer das hipóteses, solicitamos a comunicação
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CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte.
Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ

G454g Glantz, Morton


Gerenciamento de riscos bancários: introdução a uma
ampla engenharia de crédito/Morton Glantz; prefácio de
Jeffrey R. Bohn; tradução de Alessandra Mussi Araújo;
revisão técnica Cristiane Jaeger. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

Tradução de: Managing bank risk


Apêndice
ISBN 978-85-352-2126-8

1. Administração bancária. 2. Administração de crédito.


3. Crédito. 4. Administração de risco. I. Título.

07-0384. CDD: 332.1


CDU: 336.71:336.717.061
PARA MARK WINICK
O brilho de sua luz continua a nos iluminar.
PREÂMBULO

A nova economia não chegou ao fim do século passado como previam alguns especialis-
tas. No lugar de um crescimento econômico perpétuo e da morte dos ciclos de negócios,
vivemos em meio a mercados que evoluem rapidamente e estruturas corporativas em cons-
tante mudança. É o ritmo no qual as empresas aparecem e desaparecem que marca a nova
economia. Entretanto, muitos dos antigos problemas econômicos permanecem: a correla-
ção dos fracassos corporativos surge durante os piores momentos da economia; instituições
financeiras enfrentam crises de tempos em tempos e tomadores de todos os tamanhos não
conseguem honrar suas obrigações.
Mais de uma década atrás, o Comitê da Basiléia formulou diretrizes para a determinação
do capital bancário regulatório. O objetivo desse acordo era nivelar a área de atuação global
para as instituições financeiras e proteger a todos contra o risco sistêmico no sistema financei-
ro. Com a evolução dos mercados, o acordo tornou-se irrelevante. Um exército de profissio-
nais de bancos de investimentos cria, regularmente, estruturas de garantias formuladas para
burlar as exigências de capital regulatório. Um banco pode acabar exposto demais a uma de-
terminada classe de ativos que não proporciona o tipo de retorno necessário para justificar o
capital regulatório a ela alocada. Uma CLO (Collateralized Loan Obligation – obrigações ga-
rantidas por empréstimos*) é a resposta. Os ativos são colocados na CLO e, de repente, a exi-
gência de capital regulatório desaparece. Isso é bem estranho, pois a maioria desses acordos é
feita de maneira que o banco continua a manter a parcela patrimonial da CLO, retendo efeti-
vamente o risco de crédito sobre os ativos. O fato é que o banco removeu esses ativos do ba-
lanço patrimonial e continua com o risco de crédito. Na verdade, o acordo atual, quando não
burlado, destorce o comportamento do financiamento – por exemplo, um empréstimo a um
ressegurador AAA (risco baixíssimo) requer mais capital normativo do que o financiamento a
um banco com classificação de subinvestimento da OECD (Organization for Economic Coo-
peration and Development – Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

*Nota da tradutora: Título com classificação de crédito lastreado em uma carteira de empréstimos. Combina um con-
junto de empréstimos de diversos riscos e rentabilidades que são segregados em diferentes níveis de risco e rentabili-
dade em um processo semelhante ao do CBO (Collateralized Bond Obligations, obrigações garantidas por outros títu-
los e valores).
Com o passar do tempo, os reguladores descobriram que o acordo da Basiléia precisava
ser substancialmente revisado. Nos últimos anos, calorosos debates sobre a melhor forma de
regulamentar as instituições financeiras obstruíram a liberação de um novo acordo. Os mer-
cados, no entanto, não esperam por Basiléia. As instituições financeiras continuam a desen-
volver portfolios e fracassam de tempos em tempos. No caso do Japão, todo um sistema fi-
nanceiro encontra-se à beira de um colapso. A tecnologia e a falta de regulamentação permi-
tiram que outras instituições financeiras, além dos bancos, entrassem nos mercados de cré-
dito de formas inéditas. O resultado é um sem-número de instrumentos de crédito que
variam desde notas ligadas ao crédito até credit default swaps.
Nestes tempos difíceis, o livro do Professor Glantz atende a um interesse cada vez maior
em torno da compreensão da implementação prática de uma nova e mais eficaz engenharia
de portfolio de crédito. A história mostra que os bancos detiveram praticamente um mono-
pólio da provisão de crédito. A natureza opaca dos mercados controlados por corretoras nos
títulos privados tolheu o desenvolvimento dos mercados de dívidas negociadas com liqui-
dez. O mundo está mudando. A Internet deu origem a uma série de bolsas de crédito. Teo-
rias antes restritas à academia facilitaram a modelagem rigorosa de instrumentos de crédito.
Do mesmo modo, o gerenciamento ativo dos portfolios de crédito tornou-se o mantra dos
banqueiros e reguladores. Os novos participantes do mercado variam de gestores de ativos
de grande porte aos CFOs (Chief Financial Officer) que administram carteiras de contas a re-
ceber prevêem um mercado global de crédito onde o risco poderá ser administrado de ma-
neira mais sensível. Os dados do mercado e os modelos de crédito tornam-se muito mais im-
portantes neste novo cenário. Este livro apresenta o contexto para que o leitor entenda essas
questões.
Houve uma época em que o executivo de financiamento de um banco tinha apenas de
rastrear as fortunas de algumas notórias empresas de grande porte. As habilidades necessá-
rias para esse tipo de análise consistiam basicamente no entendimento dos aspectos qualita-
tivos de uma empresa. Embora a análise fundamentalista continue exercendo um papel na
compreensão da qualidade de crédito de um tomador, a natureza do segmento de crédito
mudou. A análise de foco estreito, independente e simplista deixou de ser suficiente. Para
manter-se competitiva, uma instituição financeira deve buscar outras fontes de informa-
ções e adaptar ferramentas sofisticadas como: modelagem computadorizada de fluxo de cai-
xa, série/regressão temporal, análise de simulações, otimização estocástica e sistemas intera-
tivos de classificação de risco de crédito, para citar algumas. E as fontes de informações de-
vem abranger um amplo espectro de tomadores, não apenas empresas bem conceituadas e
de grande porte. Na verdade, os portfolios com empresas pequenas e arriscadas podem ser
mais seguros do que carteiras de montantes semelhantes formadas por poucas empresas
grandes e seguras. Essa conclusão nem sempre é intuitiva ou facilmente discernida. As análi-
ses de portfolio são necessárias para comparar esses dois tipos tão distintos de carteiras. Este
livro apresentará tais análises ao leitor.
Dados observáveis do mercado exercem um papel cada vez mais importante na modela-
gem de crédito. Avaliações com base em patrimônio quanto à probabilidade de inadimplên-
cias, como a avaliação de crédito EDFTM desenvolvida pela KMV, podem fornecer uma estru-
tura conceitual para auxiliar os analistas de crédito que já realizam análises fundamentalis-
tas. Os dados de patrimônio consistem em um meio para se desenvolver uma previsão do
risco de crédito de uma empresa. Embora credores e analistas de crédito tenham acesso às
informações particulares de uma empresa, esses dados confidenciais às vezes são enganosos
e nem sempre está óbvio como é possível comparar os dados entre várias empresas. Modelos
rigorosos de crédito podem ser usados para colocar todas as informações em uma estrutura
conceitual comum, com o intuito de facilitar comparações mais expressivas entre um am-
plo universo de tomadores.
Os mercados de dívidas também oferecem dados objetivos e orientados ao futuro. Infe-
lizmente, as avaliações com base em débito ainda sofrem com problemas de qualidade dos
dados. Os mercados de financiamentos e títulos privados são bem menos transparentes que
os de ações. Todavia, já existem esforços no sentido de melhorar a publicação de dados nos
mercados de dívidas negociadas. Com a melhoria dos dados dos mercados de dívidas, tere-
mos outra fonte de informações para fazer estimativas tanto das probabilidades de inadim-
plência quanto da recuperação esperada em caso de insolvência. Do ponto de vista da mo-
delagem, instrumentos de títulos de dívida e financiamentos normalmente embutem uma
opção de inadimplência e uma opção de pagamento antecipado (ou compra). Aliada ao prê-
mio pelo risco de liquidez, a descoberta do encaixe de cada peça do quebra-cabeça de crédito
em um financiamento ou título de dívida pode ser difícil sem uma análise de outro instru-
mento como o patrimônio. A melhor estratégia é desenvolver uma visão abrangente do to-
mador, analisando todos os dados, fundamentalistas e de mercado, e integrá-los em uma es-
trutura conceitual de portfolio que trate todos os instrumentos de modo semelhante. Este li-
vro apresenta os detalhes desse processo analítico.
Diante dessas várias tendências, as instituições que podem implementar simultanea-
mente procedimentos e estratégias consistentes de gerenciamento de riscos para descobri-
rem investimentos de risco de crédito com o retorno mais alto por unidade de risco serão re-
compensadas com avaliações de mercado mais elevadas. Essa orientação requer a caracteri-
zação da correlação entre as exposições em um portfolio. Uma vez identificadas, as estraté-
gias que utilizam instrumentos como derivativos de crédito podem ser usadas para aprimo-
rar o retorno por unidade de risco de um portfolio e minimizar a probabilidade de insolvên-
cia. Esse método de gestão de carteira de crédito requer um entendimento das análises sub-
jacentes à avaliação, correlação e risco inerente nos instrumentos de crédito arriscados. Nos
últimos anos, esses tipos de análises destacaram vários exemplos de precificação equivocada
nos mercados de dívidas. Muitos devedores ainda não têm uma compreensão clara e objeti-
va de seu próprio nível de risco. Como muitos participantes (de bancos que concedem fi-
nanciamentos a operadores de títulos privados) nos mercados de dívidas sofrem de seme-
lhante falta de entendimento, os mercados de crédito apresentam desempenho ineficiente
de tempos em tempos. Avaliações de risco baseadas no mercado esclarecem o cenário, facili-
tando a obtenção de uma precificação de dívidas mais eficaz. Instituições que cedem ou ne-
gociam créditos e entendem essas análises de carteira de crédito baseadas no mercado des-
frutarão de considerável vantagem perante a evolução dos mercados de crédito.
O século XX foi pontuado por crises financeiras em diferentes momentos, em diferen-
tes países. Os Estados Unidos enfrentaram graves problemas no setor bancário entre as déca-
das de 1970 e 1980. Quando o cenário acalmou, o sistema financeiro emergente refletiu
uma forte orientação de mercado com o governo menos inclinado a prestar socorro finan-
ceiro a instituições mal administradas. Hoje, enfrentamos semelhante crise financeira no
Japão. Amanhã, este cenário se repetirá em outro país. A corrente comum nessas crises é a
tendência que as instituições financeiras têm de criar portfolios altamente concentrados
sem a disciplina de marcá-los regularmente ao mercado. O desenvolvimento dessa discipli-
na implica grande parte da retórica entre os reguladores; o futuro dirá se o novo acordo da
Basiléia incentivará essa disciplina. A despeito disso tudo, as ferramentas e análises descritas
neste livro podem ser implementadas para atender às demandas, sejam quais forem as deci-
sões finais do comitê da Basiléia. Entretanto, a satisfação dos reguladores não deve ser o foco
de um gerente de portfolio. As normas devem ser vistas como uma restrição na qual esses
gestores devem operar para maximizar o valor do patrimônio mantido pelos acionistas do
portfolio. As instituições mais competitivas implementarão a tecnologia e as análises neces-
sárias para facilitar a gestão de portfolio orientada ao mercado. E o mercado é um oceano de
ondas poderosas que podem ser tanto vilãs quanto benfeitoras. As instituições sem esse foco
no mercado cairão ou serão socorridas como ocorreu de modo especialmente aparente nos
fracassos e nas consolidações de bancos durante a década passada. Continuaremos a ver a
torrente constante de mudanças no setor financeiro. As idéias e estratégias descritas neste li-
vro podem ser uma bússola para navegar nessas correntes desafiadoras.

Dr. Jeffrey R. Bohn


Diretor Geral da Moody’s-KMV
PREFÁCIO

E ste livro, como sugere o título, preocupa-se com as características e análises de diferen-
tes exposições de crédito, bem como com a teoria e a prática de combinar essas exposi-
ções aos portfolios, fixando preços com a percepção de crédito adequada, e otimizando a
alocação de capital. Escrevi Gerenciamento de riscos bancários para bancários, banqueiros e es-
tudantes de disciplinas bancárias. Meu livro também foi criado para leitores envolvidos
com atividades bancárias que desejam desenvolver novas oportunidades analíticas e de ne-
gócios ou simplesmente ansiosos por entender melhor o pulsar do segmento de créditos.
Esse grupo inclui educadores, empreendedores, contadores, investidores, consultores, espe-
cialistas em recuperação, engenheiros e executivos financeiros, gestores de bancos de inves-
timentos, profissionais de pesquisa e classificações e gerentes de portfolio.
Gerenciamento de riscos bancários enfoca uma miríade de preocupações regulatórias apre-
sentadas no documento consultivo de setembro de 2000 emitido pelo Comitê da Basiléia
sobre Supervisão de Operações Bancárias, Principles for the Assessment of Banks’ Management
of Credit Risk. Esse importante documento estabeleceu amplas diretrizes para que os bancos
pudessem definir um ambiente sadio em termos de risco de crédito, bem como operar com
processos seguros de concessão de créditos, manter uma administração correta e monitorar
políticas de crédito com vistas a garantir que controles adequados sobre o risco de crédito se-
jam prata da casa quando o assunto for gerenciamento de crédito.
Aplicando a essência desses princípios, as duas partes do livro, Novas abordagens à aná-
lise fundamentalista e Administração de crédito descrevem os recentes desenvolvimentos no
gerenciamento de riscos bancários. Concentramo-nos em como a ligação entre engenha-
ria de crédito e métodos mais tradicionais funciona em coesa parceria. Afinal, a arte bancá-
ria trata-se de conhecer o equilíbrio da balança. Isso envolve assimilar as disciplinas do
programa de empréstimos que incluem estatísticas e previsões feitas por meio de simula-
ções, precificação ajustada ao risco, derivativos de crédito, índices, modelagem computa-
dorizada de fluxo de caixa, previsão de insolvência e reestruturação de dívidas, alocação
de capital, sistemas de exposição de crédito, precificação eletrônica de empréstimos, cres-
cimento sustentável, modelos interativos de classificação de risco e triagem de probabili-
dade de inadimplência.
Este último conceito é tratado no Capítulo 14, escrito pela Moody’s-KVM líder mun-
dial de produtos de avaliação quantitativa de risco de crédito com base no mercado. A
Moody’s-KVM mantém uma das bases de dados maiores e mais precisas de inadimplência
corporativa em âmbito mundial.
O que significa Ampla Engenharia de Crédito? O conceito envolve o uso das ferramentas
adequadas de avaliação de risco que garantem a cessão de créditos de acordo com a política
do banco e as exigências regulatórias, além de oferecer aos banqueiros uma plataforma sóli-
da para julgar a qualidade e o valor dos ativos. A análise eficaz em duas frentes: micro e ma-
cro além de ajudar a detectar créditos concedidos de maneira inadequada, ajuda a prevenir
que créditos irregulares sejam cedidos, pois o pessoal do setor tende a ser mais diligente
quando sabe que sua análise está sujeita ao crivo dos examinadores e da diretoria do banco.
Com esse fim, os bancos precisam de coragem e sabedoria para assumir riscos razoáveis:
registrar os financiamentos que estão dentro dos parâmetros definidos e alcançar as metas de
retorno ajustadas aos riscos definidas segundo uma política saudável de financiamentos.
Contudo, mesmo com as melhores técnicas, as questões de crédito precisam de definição e es-
tabelecimento de prioridades, as soluções devem ser estruturadas de acordo com os contratos
específicos e um equilíbrio adequado entre a engenharia de crédito e a boa e velha sensatez.
A inobservância de políticas e procedimentos prudentes de financiamentos tem levado
a problemas de qualidade de ativos, desempenho aquém do esperado, falência de inúmeros
bancos e intensificação dos exames normativos. Quando as áreas de financiamento não do-
minam seu ofício, dois aspectos crescem: o risco do portfolio e a probabilidade de atingir lu-
cros maciços. Por essas razões, os bancos precisam de novas diretrizes analíticas que apon-
tem a diferença entre a disciplina bancária e infra-estruturas de financiamento caóticas e
negligentes.
Os credores devem estar preparados para lidar com problemas complexos, entender as
metas administrativas estratégicas definidas pelos clientes corporativos do banco e tomar
decisões cruciais que envolvem milhões de dólares do patrimônio da empresa. Por fim, mes-
mo com as melhores técnicas, é importante definir e priorizar as questões de crédito, adap-
tar a análise às circunstâncias específicas, estabelecer o equilíbrio adequado entre análise
quantitativa e cuidados qualitativos em relação ao crédito e avaliar individualmente cada
crédito e portfolio de financiamento com perspicácia e criatividade.

PEDAGOGIA
Gerenciamento de riscos bancários foi escrito num nível de intermediário a avançado, ofere-
cendo ao leitor vários tipos de abordagem. Cada capítulo inclui uma rápida introdução e de-
pois é dividido em várias seções, com demonstrativos e tabelas numeradas e intituladas, a
fim de facilitar uma leitura sistemática. Os capítulos são reforçados com perguntas finais e,
quando adequado, contam com anexos e estudos de casos. As equações dignas de nota são
destacadas. As derivações para as equações são fornecidas de maneira diferenciada ou apare-
cem nos anexos. O leitor que não domina a matemática pode ignorar as passagens quantita-
tivas sem perder a noção qualitativa. A maioria dos capítulos também inclui a seção Referên-
cias e sugestões de leitura. Uma seção especial em Referências e sugestões de leitura enumera im-
portantes links na Internet pelos quais o leitor pode acessar outras fontes e/ou baixar pro-
gramas relacionados aos temas dos capítulos.
AGRADECIMENTOS
Sou especialmente grato a Jeffrey R. Bohn, diretor sênior da Moody’s-KMV; ao Dr. Bohn e a
Peter J. Crosbie, autores dos Capítulos 13 e 14.
Um especialista, Robert Kissell, foi particularmente solícito, ajudando-nos a elaborar o
novo tutorial de classificação de risco. Seu amplo conhecimento em finanças e modelagem
também foi uma importante fonte de conselhos sábios em várias questões levantadas neste
livro.
Quero prestar um agradecimento especial a Johnathan Mun, PhD e Vice-presidente da
Analytical Services Decisioneering, Inc., que contribuiu com a versão de avaliação do soft-
ware Options Analysis Toolkit e o Bankers Primer on Real Options. Agradeço também a
Larry Goldman, especialista em produtos da Decisioneering, que desempenhou um papel
importante no capítulo sobre previsão e simulação. Sou grato ao Dr. Abraham Median e a
Irina Sered, executivos da Wizsoft, pela contribuição no capítulo sobre sistemas de exposi-
ção global e, em especial, pela versão de avaliação dos softwares WizRule e WizWhy. Quero
agradecer a Edward Feltmann, Karen Marx, Mike Bloomquist e Craig Leiderman, meus alu-
nos na GBA, que deram comentários importantes e forneceram refinada pesquisa. Obrigado
a Joseph Blake, especialista financeiro que ofereceu excelentes insights.
Sou especialmente grato a várias pessoas pelo interesse e incentivo na preparação deste
manuscrito. Em particular a J. Scott Bentley, PhD e Editor Executivo da Academic Press, o
primeiro a sugerir que eu escrevesse este livro, a Brad Bielawski, Gerente de Produção e a Ka-
ren Carriere, editora, pela paciência e habilidade. Isso não significa, porém, que os nomes
aqui citados ou outros sejam responsáveis por erros ou omissões; o autor se responsabiliza
por isso. Reconheci cada fonte que consegui identificar em notas de rodapé e bibliografias,
mas alguns escritores e fontes podem ter escapado inadvertidamente.
Por fim, agradeço a minha bela, paciente e inspiradora esposa, Maryann, por sacrificar
várias horas para que eu pudesse me dedicar a este livro, ela merece todos os louros.
SUMÁRIO

PARTE I NOVAS ABORDAGENS À ANÁLISE FUNDAMENTALISTA

1 INTRODUÇÃO AO GERENCIAMENTO DE RISCOS BANCÁRIOS 3


Práticas inadequadas para concessão de empréstimos 4
Análise do modelo PRISM aplicado ao caso: Rose Jelly 13
O relatório consultivo do Comitê da Basiléia e o modelo PRISM 29
ANEXO I.I ESTRUTURA DE EMPRÉSTIMOS COMO ESTRUTURAR
CONTRATOS DE EMPRÉSTIMOS 35
ANEXO I.2 RESUMO DOS PRINCÍPIOS DO COMITÊ DA BASILÉIA PARA
GERENCIAMENTO DE RISCO DE CRÉDITO 43

2 PADRÕES CONTÁBEIS, ALERTAS E DISTORÇÕES 52


Padrões contábeis: Manual do credor 52
notas de rodapé: Um credor astuto pode também ser um auditor astuto 65
Elementos básicos de alertas, artifícios e problemas: Algumas palavras
podem valer tanto quanto centenas de fotos 73
Contabidade suspeita: Enron Corporation 2001 77
Resumo: O vínculo entre bancos e auditores 80
ANEXO 2.1 UMA ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS
ELEMENTARES 84

3 ANÁLISE DE ÍNDICES MULTIVARIADOS: MANUAL DO BANCO 92


Introdução e visão geral 92
Índices de liquidez 100
Índices de atividade ou giro 101
Índices de rentabilidade 104
Índices de alavancagem 107
Índices de crescimento 110
Índices de avaliação 110
Análise estatística dos índices 111
Decisão de crédito do first central bank 113
Fontes de índices comparativos 114

4 ANÁLISE DE CRÉDITO DE NEGÓCIOS SAZONAIS


UMA ABORDAGEM INTEGRADA 118
Exemplos de negócios sazonais 118
O ciclo sazonal bem-sucedido 119
Técnicas de concessão de empréstimos sazonais 122
Preparação de um orçamento de caixa 122
Exemplo: embarques que proporcionam o ponto de equilíbrio 126
Medidas defensivas 128

5 EMPRÉSTIMO GARANTIDO POR ATIVOS 136


Segmentos de mercado 137
Axiomas básicos do empréstimo garantido por ativos 137
Garantia hipotecária 139
Diretrizes de auditoria do Federal Reserve: Garantias 140
Empréstimos garantidos por contas a receber 142
Auditoria: Escopo e detalhes 144
Empréstimos garantidos por estoques 151
Empréstimos garantidos por valores mobiliários negociáveis 154
Definições e pontos para manter em mente 155
Análise do Home Federal Savings & Loan 161
questões de revisão 163
leituras e referências selecionadas 164
ANEXO 5.1 PROCEDIMENTOS PARA AVALIAÇÃO DE FINANCIAMENTOS
DE CONTAS A RECEBER MANUAL DE AVALIAÇÃO DOS
BANCOS COMERCIAIS, MARÇO DE 1994 165

6 ANÁLISE DE FLUXO DE CAIXA UM GUIA PARA OS BANCOS 172


Caixa versus receita baseada no regime de competência 172
Introdução à análise: SFAS 95 e IAS 7 173
Atividades de financiamento 177
Workshop de fluxo de caixa 183
Pontos conclusivos sobre a análise de fluxo de caixa 196
Reconstrução de fluxo de caixa 198

7 PROJEÇÕES E AVALIAÇÃO DE RISCOS 207


Fatores de previsão 208
Previsão estatística 208
Previsão financeira de sensibilidade 214
Um método de simulações para a previsão financeira 219
Otimização estocástica 227
¢ xvii

Uso de ferramentas forward-looking na aprovação de processos 228


APÊNDICE 7.1 GLOSSÁRIO DE TERMOS DE PREVISÃO 232
APÊNDICE 7.2 GLOSSÁRIO E TERMOS SOBRE DISTRIBUIÇÃO 236
APÊNDICE 7.3 UM MANUAL DO BANCO SOBRE OPÇÕES REAIS
JONATHAN MUN, PH.D. 245

8 GERENCIAMENTO DE RISCOS E CRESCIMENTO


SUSTENTÁVEL 248
O ciclo de vida do setor 249
O modelo de crescimento sustentável 250
Caso de exemplo II 257
Solucionando problemas de crescimento sustentável 257
Uma nova estratégia: A solução 260
Adequação da curva 261

9 DIFICULDADES FINANCEIRAS IDENTIFICAÇÃO E


DIAGNÓSTICO DE EMPRÉSTIMOS PROBLEMÁTICOS 263
Da identificação e diagnóstico aos criticized loans e o status da classificação 272
Do status da classificação à reestruturação 275
Da reestruturação aos tribunais 282
Desenvolvendo a análise DIP: O processo due diligence de uma importante
instituição financeira comercial 285

PARTE II ADMINISTRAÇÃO DE CRÉDITO

10 CRIANDO UMA ÁREA DE GERENCIAMENTO DE RISCO 297


Política de empréstimos 298
Procedimentos e políticas de crédito: formal e por escrito 302
Política e prática 303
A função de concessão de crédito dividida em departamentos 303
Limitação do total de empréstimos pendentes 304
Concentração dos empréstimos 304
Autoridade para conceder empréstimo 305
Adequação do capital 305
conteúdos representativos de uma política bancária sobre empréstimos 306
Negociação da política com a gerência e sistemas de informações
sobre empréstimos 306
Análise de empréstimos do fed: avaliação interna do empréstimo 307
Sistemas de classificação de risco 307
Precificação do empréstimo e retorno sobre o capital ajustado ao
risco (RAROC) 309
Identificando, classificando e comunicando as principais causas de
problemas com empréstimos 310
O papel e as responsabilidades dos executivos de empréstimo 313
Análises de crédito e a qualidade da análise financeira 314
Diretrizes para análise básica de crédito 316
Um boletim para a gerência do banco: sistemas de classificação uniforme de
instituições financeiras (CAMELS) 317
ANEXO 10.1 SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO UNIFORME DE INSTITUIÇÕES
FINANCEIRAS, CONHECIDO COMO SISTEMA DE
CLASSIFICAÇÃO “CAMELS” 320
ANEXO 10.2 POLÍTICA FORMAL DE CRÉDITO 324

11 ADEQUAÇÃO DO CAPITAL 330


Uma perspectiva histórica: categorias de ativo tradicional 333
Valores definidos por fatores contábeis, econômicos e regulatórios 336
Característica do capital regulatório 338
Divisão dos componentes dos níveis de capital 339
O segundo pilar: análise regulatória da adequação do capital 345
O terceiro pilar: disciplina de mercado 348
Índices de capital 349
Um exemplo da estrutura de capital do banco 355
Considerações finais 358

12 MANUTENÇÃO DO PORTFOLIO UMA VISÃO GERAL 361


O caso de gerenciamento do portfolio de empréstimos 362
Monitorar o risco sistemático do portfolio: exposições a risco
macroeconômico e do setor 366
Hedging down a exposição de risco 376
Derivativos de crédito 384
ANEXO 12.1 UMA INTRODUÇÃO À ESTATÍSTICA DO
GERENCIAMENTO DO PORTFOLIO 389

13 GERENCIAMENTO DO PORTFOLIO COM RISCO DE


INADIMPLÊNCIA 394
O modelo de risco de inadimplência 396
Volatilidade e valor de mercado do ativo 397
Medida de diversificação do portfolio 399
Modelos de correlação de inadimplência 401
Modelo de correlação do valor 403
A probabilidade de grandes perdas 407
Avaliação 409
Gerenciamento de fundos e do capital econômico 411
Contribuição do risco e a diversificação ótima 414
Contribuição do risco e capital econômico 417
Compromissos, covenants e exposição 418
Subportfolio e portfolio 419
Relacionamento e lucratividade do cliente 420
14 MEDIDA DO CRÉDITO EDF 422
medindo a probabilidade de inadimplência: o problema 423
Medindo a probabilidade de inadimplência: Uma abordagem prática 427
Observe melhor como calcular as medidas de crédito EDF 433
Como calcular as medidas de crédito EDF de longo prazo 437
Algumas perguntas freqüentes sobre as medidas de crédito EDF da KMV 438
Testando o desempenho da medida de inadimplência 446

15 DERIVATIVOS DE CRÉDITO NOVOS INSTRUMENTOS PARA


NEGOCIAÇÃO DE RISCO DE CRÉDITO 452
Eventos de crédito 454
Exigência de materialidade 454
Crescimento do mercado 455
Documentação da ISDA 456
Precificação dos derivativos de crédito e o crédito referenciado 457
Derivativos de crédito: estruturas básicas 458
Exemplos breves de utilização de derivativos de crédito 467

16 VISÃO GERAL DO RETORNO SOBRE CAPITAL AJUSTADO


AO RISCO (RAROC) E DO CREDITMETRICS 471
Retorno sobre o capital ajustado ao risco (RAROC) 471
Creditmetrics 477

17 SISTEMAS DE RASTREAMENTO DE RISCO GLOBAL


APLICAÇÃO E CONCEPÇÃO 483
Unidades de responsabilidade (coordenação) do cliente 484
Unidade (coordenação) de responsabilidade familiar 485
Concentrações de empréstimos e GES 488
Sistemas de informação da exposição 494
Arquitetura de dados 494
Considerações finais 500

18 MODELOS DE PRECIFICAÇÃO APLICAÇÃO E CONCEPÇÃO 502


Erros de precificação 503
Taxas de inadimplência e precificação de empréstimos 505
Modelos de precificação de empréstimos 507
Modelo estocástico de precificação de fundos emprestados líquidos 508
Resultados e cálculo do rendimento 514
Modelos de precificação do empréstimo e de precificação da opção 520

ÍNDICE 528

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