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Tem ainda como objetivo, passar uma visão real do que representa uma ferramenta
de moldes de injeção para peças plásticas e sua importância dentro do processo de
produção. Um estudo que permita uma identificação dos componentes e sua função.
A cada dia mais o trabalho exige seriedade e a veracidade das informações obtidas.
Os resultados obtidos de ensaios, estudos e processos de tudo que se aprimora ou
desenvolve no dia-a-dia são informações importantes e devemos tê-las preparadas
para a imediata utilização, sem desconfiança alguma do processo ou método utilizado
para não gerar dúvidas no momento do uso ou aplicação.
Hoje não se pode e nem se deve pensar em um produto simplesmente, mas sim, na
cadeia produtiva como um todo, desde a composição da matéria-prima, vida útil do
produto e sua reciclagem ou mesmo decomposição.
É importante que essa referência esteja sempre junto a nós, para que em nosso dia a
dia não incentivemos aqueles que excedem, para chegar ao seu objetivo individual.
Que possamos acompanhar o progresso com a concorrência sem perder o foco de
que nós somos importantes juntos.
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Em nossa vida pessoal temos que reconhecer o progresso com sustentabilidade e
ajudar a construir sem prejuízo qualquer à natureza ou ao meio ambiente. Hoje temos
que estar cientes em termos de empresa, o que somos, o que produzimos e quais são
as nossas reais responsabilidades.
01 - O Molde 05
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c – Classificação pelo Tipo de Alimentação 19
d – outros tipos 27
03 - Componentes do molde 30
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c - Circuitos utilizado na fabricação do sistema de refrigeração 117
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17 - Vida útil de um molde, como medir? 158
1 - O Molde
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das pressões de fechamento do equipamento e de injeção.
Nos casos de moldes de construção mais simples, muitas peças situam-se nos
dois grupos.
O molde de injeção tem uma constituição básica, sendo dividido em duas partes: lado
Fixo e lado Móvel. (devido a relação com a máquina de injeção vertical ainda se
considera lado fixo como superior e lado móvel como inferior).
Esta divisão está relacionada à linha de abertura do molde, que é a linha onde ocorre
a separação do produto. O conjunto superior é a parte que contém o sistema de
injeção de matéria prima, seja através de bucha fria ou câmara quente. O conjunto
inferior é a parte que contém o sistema de extração da peça e montado junto a placa
móvel da máquina sendo geralmente dois conjuntos idênticos.
Para a injetora vertical devemos considerar lado superior do molde aquele que
recebe a entrada da matéria prima e pode receber movimento vertical. Lado inferior
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para aquele que recebe o sistema de extração e que se movimenta na máquina
lateralmente conforme o ciclo de trabalho.
Para a injetora horizontal devemos considerar como lado fixo do molde aquele que
recebe a matéria prima e não tem movimentos. O fato de não se movimentar está
relacionado com o sistema de injeção da resina termoplástica.
Lado móvel para aquele que recebe o sistema de extração e que acompanha o
movimento de abertura da máquina, conforme o ciclo de trabalho.
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Veja pelo link uso de inserto em moldes:
https://www.facebook.com/420286531345932/videos/844042028970378/
Injetora horizontal
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Injetora vertical:
Considerando parte superior e parte inferior no molde, em injetora vertical quando
houver movimentação rotativa ou linear da base inferior da máquina, são utilizados
molde com 2 partes inferiores.
Embora não seja uma máquina moderna no vídeo, acompanhe no link a injeção na
fabricação de cabos.
https://www.facebook.com/noox.injetoras/videos/pcb.512530992492479/512530522492526/
?type=3&theater
A injetora vertical é ideal para moldagem com insertos metálicos, pois possibilita uma
ótima visão e posição de trabalho para o operador. Neste caso a mesa se movimenta
para dois lados sendo que enquanto se injeta de um lado, no outro o operador
acompanha a extração da peça injetada e depois, alimenta o molde com insertos.
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Exemplo de peça com inserto metálico.
De maneira geral, para definições simples devemos saber que independente do tipo
de máquina, a função do lado superior ou fixo do molde é de receber ou suportar a
carga de matéria-prima injetada para compor o produto. O lado superior ou fixo,
normalmente recebe a cavidade que faz o lado externo do produto e normalmente
trabalha com a temperatura maior do que o lado móvel, favorecendo a liberação do
produto.
A Força de fechamento é definida como a força que a injetora faz para manter o molde
fechado durante a injeção. É determinada de acordo com a área projetada,
comprimento do fluxo, espessura de parede e a viscosidade do material. Para peças
pequenas pode-se calcular de acordo com o fator de cálculo dado em tabelas que
fazem a aproximação da força necessária.
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A seguir uma injetora do tipo vertical com mesa giratória, onde ocorre mesmo
procedimento, enquanto uma parte do molde recebe injeção, na outra ocorre extração
do produto e colocação de insertos se for o caso.
Molde próprio para máquina vertical com duas partes inferior para manter ciclo.
Para uma orientação o molde de injeção é classificado de acordo com a norma DIN
1670, denominada Moldes de Injeção e Compressão de Componentes em: moldes de
duas placas, moldes de três placas ou placa flutuante, moldes com partes móveis,
moldes com canal quente, placa flutuante e moldes com núcleo rotativo.
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a – Classificação por Placas Funcionais
Molde de duas placas: é o tipo mais simples, composto da parte móvel e da fixa. É
também o mais utilizado pela facilidade de desenvolvimento e custo mais baixo
comparado com os outros tipos de moldes. Tem a desvantagem pela dificuldade de se
obter produtos injetados de forma geométrica complexa.
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Molde com três placas: É um tipo de molde que além da placa no lado fixo da
máquina e da placa no lado móvel, possui ainda uma terceira placa, chamada de placa
flutuante ou placa central, que tem como função separar o canal de distribuição do
componente injetado. O produto final é separado dos galhos de injeção no momento
da abertura do molde, pois a placa flutuante força as partes a ficarem em planos
diferentes.
É utilizado para moldes com múltiplas cavidades com injeção central, o que não ocorre
para o sistema de duas placas; ou ainda para produtos com grande área onde é
necessário colocar várias entradas para o melhor preenchimento do produto.
Este modo de construção de molde permite a entrada de material pelo centro da peça
ou pela aresta do produto em várias peças injetadas ao mesmo tempo. Com o
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desenvolvimento dos moldes com canais quentes, os moldes convencionais estão
sendo cada vez menos utilizados para grandes produções, especialmente de peças
pequenas, e também na injeção unitária de peças grandes. A complexidade na
fabricação do sistema de extração, o alto índice de refugo, devido ao galho poder
representar 60% do material injetado no molde, levando a um aumento de ciclo na
produção, já que o galho tem massa considerável, leva o empresariado a rever a
forma de trabalhar com polímeros.
Vantagem: utilizado para componentes com múltiplos pontos de injeção, não necessita
de etapa posterior de retirada do canal de alimentação do componente injetado.
Stack Mold (uso de câmara quente): São moldes projetados para aumentar a
produtividade da máquina sem exigir força de fechamento maior desde que sejam
mantidas as áreas projetadas do molde e são muito utilizados para a fabricação de
tampinhas de refrigerante. Este tipo de molde possui a sua abertura em duas regiões,
possibilitando assim a obtenção de um número maior de componentes injetados.
Como vantagem possibilita o dobro da quantidade de produção dos moldes de 2 e 3
placas porém o custo de manutenção é elevada.
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Molde com partes móveis (gavetas) –
São moldes nos quais algum componente da cavidade, ou parte delas, se movem
numa segunda direção.
Este movimento radial pode ser obtido através de pinos ou colunas montadas em
ângulos que se encaixam nas gavetas, e as arrastam no sentido transversal ao
movimento do molde, ou ainda por rampas – colunas com retorno por mola.
Outra solução utilizada para realizar estes movimentos transversais é a utilização de
cilindros hidráulicos ou pneumáticos, cujas hastes estão ligadas diretamente às
gavetas que se movimentam em pontos específicos no fechamento e abertura do
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molde. A sequência de movimentos destes cilindros é determinada em função da peça
e da construção do molde e seu controle pode ser feito por tempo ou ainda por micros
que indicam a posição das gavetas.
Esta ultima opção é mais segura que o controle por tempo, uma vez que indica a
posição efetiva da gaveta e não o tempo no qual supostamente a gaveta teria
realizado o movimento, que está sujeito às falhas mecânicas que podem provocar
danos à ferramenta.
Deve ser dada uma atenção especial no caso do posicionamento das gavetas,
principalmente nas de posição vertical do molde, pois o sistema de travamento
utilizado na abertura deve garantir que a gaveta, pela ação da gravidade, fique fora de
posição que permita ocorrências de danos com retirada de produto ou colisão com
pinos de extração. Pode ser evitado dano na cavidade através da colocação de molas
e outros dispositivos.
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b – Classificação por Tipo de Extração
Extração por placa impulsora: no sistema de extração por placa impulsora, a barra
de extração da injetora avança e atua sobre o conjunto extrator do molde. O recuo do
sistema de extração pode ocorrer por mola, pela ação dos pinos de retorno ou pela
própria ação da barra. A operação de extração só poderá ser realizada com o molde
aberto.
Extração com pinos extratores: a extração por pinos extratores é sem dúvidas a
mais utilizada, por ser de fácil fabricação. Os pinos extratores podem ser usinados na
própria empresa ou adquiridos de fornecedores especializados o que gera economia.
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Em algumas ferramentas são utilizados pinças para formar detalhes que normalmente
tem ângulos negativos. Neste caso, as pinças avançam para extração saindo em
ângulo e favorecendo a saída do detalhe de produto.
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Veja vídeo https://www.youtube.com/watch?v=QofcQD_fmUE
Entrada Capilar
O fato de ser pequena impede sua aplicação em moldes que vão utilizar resinas com
índice de fluidez baixo, pois a peça pode sair incompleta. Ao mesmo tempo uma
resina com fluidez muito alta e de cristalização rápida (que endurece rapidamente)
pode esguichar e formar uma espécie de “espaguetti” ao passar na entrada,
principalmente se não existir um obstáculo na cavidade para quebrar o fluxo ( castelo,
inserto, etc ), o que gera marcas e outros problemas na peça. Em uma situação dessa
o uso de entrada do tipo aba pode ser a solução.
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Entrada submarina: Para peças pequenas em molde de múltiplas cavidades e para
materiais flexíveis. Este ponto de injeção é muito utilizado, pois permite a separação
do canal e do produto de forma automática durante o processo de moldagem.
Desvantagens: Apenas para produtos simples por causa da alta perda de pressão.
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Gate tipo unha de gato (ou submarina curva)
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Entrada lateral
É um tipo mais comumente usado na moldagem por injeção. A espessura deste tipo
de entrada deve ser 50% da espessura da parede da peça para materiais não
reforçados, e 70% para materiais reforçados. A largura do ponto de entrada deverá ser
particular para cada material. O comprimento do ponto de entrada deverá ser inferior a
1 mm
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A entrada em leque é um tipo especial da entrada lateral usada para peças de parede
finas e área ampla, ou seja, peças achatadas como discos ou placas. O leque estende
o fluxo do material através da cavidade, uniformizando seu preenchimento. Para obter-
se melhores resultados, a área do ponto de entrada nunca deverá exceder a área da
seção transversal do canal
Entrada em leque:
Esse tipo minimiza o retorno de plástico fundido, promove uma melhoria no aspecto
visual da peça e reduz as tensões assim como as imperfeições. A entrada em leque
deixa uma entrada na peça e geralmente requer o corte manual do galho.
Entrada em Flash:
Uma desvantagem deste tipo de entrada é a extensa rebarba que fica na peça além
da possível dificuldade de destacamento do galho, por isso também é mais indicada
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para materiais amorfos como o acrílico, assim a dureza do material permite a quebra
dessa parte, ao invés do rasgo. Outra coisa a se pensar na hora de projetar um molde
com esse tipo de entrada é o tamanho do canal de distribuição, pois forma uma boa
quantidade de galho para ser moída.
Entrada em aba
A entrada em aba é na verdade uma extensão da peça, que recebe o fluxo de material
de uma entrada capilar, quebra a turbulência e entrega um fluxo suave de material
para o interior da cavidade. É usada para peças plana e finas produzidas em materiais
como o policarbonato, acrílico, SAN e ABS que costumam apresentar alto níveis de
cisalhamento durante a moldagem.
A espessura da aba deverá ser de 1/2 a 2/3 da espessura da peça. A largura deverá
estar entre 6 mm e 10 mm para o poliestireno e o comprimento deverá ser o dobro da
largura. A entrada devera ser feita na metade da aba.
Há, ainda, outro tipo derivado da entrada em leque, é a entrada em diafragma, a qual
deve ser usada para minimizar o empenamento em peças grandes e achatadas.
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Entrada restrita
A maior vantagem deste tipo de entrada é que ela não funciona como uma válvula,
impedindo o retorno do material fundido para os canais do molde após o
preenchimento da cavidade. Esse tipo de entrada não é recomendado para materiais
viscosos pois pode impedir o preenchimento total da peça, mas se ainda assim for o
tipo escolhido, o uso da forma circular facilitará a injeção.
Canal Isolado: os moldes com canais isolados são anteriores aos moldes de canais
quentes, sendo uma solução técnica especialmente apropriada para ser empregado
em moldes multicavidades de baixo custo. Os moldes com canais isolados sem
sistema de aquecimento apresentam à semelhança dos moldes de 3 placas, um plano
de partição adicional para extração do canal frio antes do início da produção, ou
alternativamente (e mais usual) a abertura do molde segundo o plano de partição
adicional, para a remoção do canal solidificado.
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Esses moldes possuem canais de grande diâmetro para que, mesmo com o
congelamento do material polimérico nas paredes dos canais, o plástico continue
fluindo pelo núcleo das vias de distribuição alimentando as cavidades. Assim, o
plástico não se solidifica nos canais, podendo fluir no ciclo seguinte. Com isso, um
molde com três partes movimenta apenas uma delas. Este tipo de molde apresenta
problemas no ponto de injeção, que pode resfriar de forma indesejável.
Molde com canal quente: Os sistemas de canal quente, também conhecidos por
câmara quente são sistemas de alimentação baseados no emprego de canais
controlados termicamente para o processamento de materiais termoplásticos. O
sistema de alimentação utilizando o canal quente mantém aquecido o material
polimérico na mesma temperatura de injeção da máquina injetora até a cavidade que
será preenchida.
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https://www.facebook.com/125092240953877/videos/1621486377981115/
d – Outros tipos: Há moldes que mistura as classificações entre si, como as várias
formas de alimentação, com os vários tipos de extração e quantidade de placas na
fabricação, de acordo com necessidade do produto ou exigência do cliente. Muitos
ainda apresentam essa mistura com Inovação.
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Veja sequência deste molde no vídeo:
https://www.facebook.com/portal.moldes/videos/1056333937797367/
Veja mais um exemplo de molde complexo para injeção de dois tipos de materiais:
https://www.facebook.com/100021724517910/videos/315509419183206/
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Fonte: folder de divulgação para vendas (serra mármore)
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Foto de um molde tipo família que reúne em uma só injeção três tipos de peças
plásticas que formam um conjunto
Foto de um molde tipo família que reúne em uma só injeção três tipos de peças
plásticas que formam um conjunto
3 - Componentes do molde
O molde de injeção é constituído por vários componentes, sendo que cada um tem
sua função definida no conjunto a fim de garantir uma movimentação de trabalho
eficiente e um processo de transformação adequado para o material polimérico. Essa
definição envolve desde a especificação de função pelo projeto, passando pelo
detalhamento do componente, seleção de materiais apropriados para sua fabricação e
processos de fabricação que envolvem usinagem, tratamentos térmicos e de
superfícies necessários, tipo de acabamentos exigidos e indicação de campo de folgas
para ajuste do conjunto possibilitando, montagem apropriada e testes.
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providenciar o desenho técnico de cada componente. Devem ser fornecidos o máximo
de informações possíveis, visto que quanto menos tempo o ferramenteiro perder na
compreensão do projeto, tanto maior será a agilidade na execução do molde.
Para um bom projeto, deve-se dimensionar e calcular estes elementos de forma tal
que com o mínimo de material se possa obter a resistência mecânica desejada.
Basicamente a estrutura é composta por placas que servem de suporte aos elementos
moldantes, aos sistemas funcionais do molde, ao sistema de injeção e que lhe permite
ser montada na máquina de injeção. Tem ainda os calços que permitem criar o espaço
necessário à movimentação do sistema de extração. Todo este conjunto de placas e
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calços são fixados, guiados e transportados pelos respectivos acessórios,
normalizados ou não.
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Placa de Fixação inferior ( lado extração)
Localizada no molde no lado do conjunto móvel, ou seja, do lado da extração, esta
placa tem como principal função a de fixar o conjunto móvel à placa da máquina
injetora. No seu interior são feitos os alojamentos das cabeças dos parafusos para os
topes e um furo central para passagem do varão extrator da máquina injetora. É
confeccionada em aço de baixo teor de carbono. São construídas geralmente em aço
SAE 1020 ou 1045 sem tratamento térmico.
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Calços Espaçadores
Calços espaçadores
Suporte Pilar
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Estes elementos irão sustentar a placa suporte no momento da injeção pelo fato de
estar incidindo sobre a área projetada altas pressões, de 500 a 700 kgf/cm2 podendo
provocar uma flexão na placa suporte. Os mesmos deverão ser mais altos que os
espaçadores, cerca de 0,05 mm à 0,07mm.
São geralmente cilíndricos com diâmetro que poderá variar conforme o tamanho do
molde e o espaço disponível nas placas de extração. Por razões práticas os pilares de
apoio (levantadores) são localizados relativamente afastados uns dos outros, de forma
a cobrir a maior área de extração eficaz.
Área projetada é a área do produto visto de planta rebatida sobre a placa porta macho.
Nesta região incidirá de 1/2 à 1/3 da pressão de injeção real da máquina, no trajeto o
fluxo perderá temperatura e pressão por isso usamos em média 700 kgf/cm2 para o
cálculo da espessura da placa suporte e da força de fechamento. Para haver uma
garantia da placa suporte e segurança do molde, aplicam se em pontos próximos da
área solicitada suportes pilares a fim de evitar deformações das placas que podem
resultar em travamento do molde ou dos mecanismos, gerar rebarbas ou dificuldade
de extração. Confeccionados em ABNT 1020 com faces de apoio retificadas para
resultar em um bom assentamento e sua fixação é feita através de parafusos.
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Buchas de guia
Nos moldes, as buchas de guia cumprem uma função muito importante que é a de
assegurar a centralização entre o conjunto fixo e o conjunto móvel, mantendo assim
um bom alinhamento entre ambos. É aconselhável que todos os tipos de moldes
tenham as buchas e colunas de guia com dimensões proporcionais ao tamanho do
molde.
Para os moldes redondos devem ser utilizados no mínimo três colunas. As suas
disposições devem ser previstas, próximas a borda da placa, de forma tal que
distanciem-se o máximo possível uma da outra. As buchas de guia são
confeccionadas com material de mesmas características e tratamento térmico que os
utilizados para as colunas de guia.
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Bucha guia das placas extratoras
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Colunas de guia
A sua forma é cilíndrica, e em uma de suas extremidades deverá conter uma cabeça
para fixação, enquanto a outra extremidade é cônica com um raio para facilitar a sua
introdução na bucha de guia. A função principal é promover um perfeito alinhamento
entre o conjunto superior e inferior. O alinhamento ocorre, quando a coluna penetra na
bucha guia durante o fechamento. É aconselhável que as colunas de guia trabalhem
com um ajuste deslizante a fim de proteger os machos mais compridos.
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de superfície sendo o mais recomendado o aço cromo-níquel para cementação. Pode
ser feito em AÇO SAE 8640 cementado, temperado e retificado com
dureza entre 44 a 46 Rc.
Coluna guia
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Os extratores de um modo geral, servem para extrair as peças e, quando necessário,
o sistema de alimentação. Estes componentes permitem exercer uma força localizada,
sendo muito úteis para a desmoldagem de pequenas saliências, nervuras ou encaixes
da peça.
Pinos extratores
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Pino extrator do canal e de retenção:
O pino extrator do canal normalmente possui a forma cilíndrica. Sua principal função é
extrair o canal da bucha de injeção. São feitos normalmente de Aço Prata, temperado
e revenido.
Pinos de retorno
Componente de forma cilíndrica que têm a função de retornar o conjunto extrator à sua
posição de origem para que os pinos extratores fiquem paralelos à superfície da
moldagem. São feitos normalmente de Aço Prata, temperado e revenido.
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As lâminas são componentes que também fazem parte na extração do produto e que
normalmente tem um perfil complementar de forma, como parte da cavidade. São
fabricadas em aço cromo níquel, cementada, temperada e retificada. Devem ser
rigorosamente planas para um perfeito funcionamento. São utilizadas para extração de
nervuras finas e profundas. A espessura da lâmina deve ser igual a espessura da
nervura e o curso deve ser o suficiente para destacar o produto do molde. Observar
para que esse extrator tenha contato apenas com a nervura do componente injetado,
evitando o contato com outras partes do molde, pois, por causa de sua pequena
espessura, poderá danificar-se.
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O uso de lâminas extratoras é indicado quando há necessidade para detalhes
estreitos, profundos ou até travas. Deve ser observada a largura mínima possível e
também o curso mínimo necessário para a extração. No caso da largura, evita-se que
no momento do avanço a mesma entre em contato com a lateral da cavidade e
provoque riscos e quebras.
De acordo com o produto, na face da lâmina ainda pode ser trabalhado algum perfil,
desde que não a enfraqueça. Sua fabricação tem sido de aço cromo, níquel,
cementada, temperada e retificada sendo ideal que seja perfeitamente plana. Deve ser
observado a possibilidade da padronização
pois, é um item que é trabalhoso a execução.
Pinças:
As pinças são utilizadas em casos de partes com negativos da peça a ser moldada
pois, ela aceita ou permite uma movimentação antes ou durante a extração da peça,
independente do lado que estiver no molde.
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Bucha extratora:
A figura que segue apresenta bucha extratora, que tem a função de extrair uma peça
inteira moldada ou aplicar força de extração a uma parte da peça moldada e assim
auxiliar a extração da peça, em combinação com outros elementos extratores
previstos no molde.
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Placa porta – extratores ou contra placa extratora
Sua principal função é de alojar as cabeças dos pinos extratores e de retorno, contém
roscas para a sua fixação na placa extratora. Confeccionada em aço de baixo teor de
carbono. São construídos geralmente em aço SAE 1020 ou 1045 sem tratamento
térmico. Peça em vermelho.
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Componentes para outros sistemas de extração com placas:
Os anéis são utilizados na extração normalmente quando a peça plástica tem pouca
áera disponível para ser empurrada para fora do molde.
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O comprimento da haste é definido de acordo com o curso necessário e as outras
medidas de acordo com as outras peças.
Placa suporte
Nesta são feitos furos para passagem dos pinos extratores e de retorno e a furação
dos parafusos para a fixação do conjunto móvel. Como as outras placas já
mencionadas esta, também é confeccionada com aço de baixo teor de carbono.
Material: são construídos geralmente em aço SAE 1045 ou P20.
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Cavidades fêmea e macho
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Machos
Existem componentes que praticamente, são de uso exclusivo nas cavidades (macho
ou fêmea), com algumas exceções, sendo eles os sensores que fornecem valores da
injeção e os datadores que permitem inserir dados de fabricação no produto. Quando
forem necessários sua utilização , a montagem destes itens exige as informações do
fabricante e manter as tolerâncias exigidas para o alojamento é de fundamental
importância.
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Postiço de entrada material
Muito utilizados quando a matéria prima injetada é bastante abrasiva provocando o
desgate do canal de entrada – gate.
Sensor de pressão/temperatura:
A padronização deste item também é importante embora tenha um custo elevado.
Quando necessário é possível se emprestar de outro molde, quando não houver
reposição em estoque porém, não aprovamos esta prática devido a sensibilidade do
componente. Para ferramentas com câmara quente, o sensor de temperatura deve ser
selecionado levando em consideração a temperatura da ferramenta (max. 200ºC).
Para ferramentas que trabalham com mesas rotativas, (ex: injetora vertical ) o sensor
de pressão deve estar alocado na seção superior do molde.
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Datadores:
Sua função nas cavidades é gravar em relevo no produto dados referentes a
fabricação como por exemplo a data em que foi produzido, tipo de matéria prima entre
outros. Na montagem é necessário uso de calço e furo para sacar e a variedade é
grande devido tamanhos variados de cavidades.
Bucha de injeção
A bucha faz a ligação entre o bico injetor do canhão da injetora com a parte interna do
molde, entregando a massa fundida aos canais de alimentação que por sua vez
conduzirão o fluxo ao preenchimento das cavidades. Do ponto de vista prático este
elemento deve ser o mais curto possível para reduzir o máximo a distância do fluxo a
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percorrer, resultando assim em melhores características mecânicas para o produto
final.
BICO DE INJEÇÃO
Têm como função injetar o material plástico à temperatura necessária para que a peça
apresente propriedades ópticas e mecânicas aceitáveis. Essa temperatura é
conseguida através das resistências elétricas existentes no bico de injeção.
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Anel de centragem:
Seu diâmetro externo deverá ser compatível com o da máquina, porém para menor
tempo de set-up é interessante que num parque de máquinas o diâmetro destes anéis
sejam padronizados. A altura poderá variar de acordo com a necessidade de aplicação
podendo ficar de 5 à 10 mm encaixado na placa da máquina e cerca de 5 mm alojado
na placa base superior.
O aço para a fabricação pode ser construído em aço de baixo teor de carbono ( ABNT
1020 ou ABNT 1045), não exige tratamento térmico por não ser um elemento que
sofra solicitações de força ou atrito, o acabamento pode ser de torno não necessita ser
retificado.
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material do bico injetor. Sua forma normalmente é um disco liso, porém podemos fazê-
lo em formatos especiais em casos onde seja necessário o encurtamento da bucha
injetora.
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Placa de fixação superior ou placa base superior
Nesta placa tem-se a fixação das colunas de guia, parte da bucha de injeção,
alojamento de postiços ou cavidades fêmea, normalmente parte dos canais de
alimentação, sua refrigeração e as roscas para a fixação na placa de fixação superior.
A face desta placa determina o ponto de abertura do molde. É confeccionada com aço
de baixo teor de carbono, no caso do uso de cavidades postiças, na mesma. No caso
de usinagem das cavidades diretamente nesta placa, então deve-se confeccioná-la
com aço especial, necessitando ainda ter um tratamento térmico de beneficiamento.
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Placa Isolante
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Placa porta cavidade lado móvel (extração)
Sua principal função é alojar os postiços machos. Outras funções que a caracterizam
são: alojar as buchas-guia, os furos para o sistema de refrigeração, distribuir o sistema
de alimentação para a passagem dos pinos do conjunto extrator. Material: quando
recebe usinagens de cavidades são feitas com P20 ou similares são temperadas e
revenidas com dureza 48-50Rc.
Tope ou apoio
Normalmente tem a forma cilíndrica para facilitar a fabricação e feito de aços com
baixo teor de carbono. Sua principal função é assegurar um perfeito assentamento do
conjunto de extração e evitar uma possível deformação no conjunto, ocasionado por
deposição de impurezas entre a placa impulsora e a placa de fixação do conjunto
móvel do molde. A sua localização deve ser feita de maneira simétrica e a sua
espessura útil tem que ser calibrada.
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placa extratora aos pares (04-06-08...). Os tipos mais utilizados são com parafuso,
fenda e prensado conforme esboço.
Exemplo de montagem
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Divisória de refrigeração.
Os itens numerados de 9 a14 apresentados são feitos de chapa de latão mas podem
também serem fabricados de cobre, alumínio ou PA . Podem variar em sua espessura
e formato de acordo com projeto do ferramental, tendo como função direcionar o fluxo
do fluido refrigerante da cavidade. A lâmina é colocada num furo de refrigeração, de
modo a criar um obstáculo à passagem do líquido refrigerador do molde. Esse líquido
é assim obrigado a ascender e descender (efeito de cascata) no furo.
Núcleo em espiral
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Conexões para Refrigeração
Normalmente é comprado e o padrão conforme empresa. Permite a montagem e
desmontagem rápida das mangueiras, sem o uso de ferramentas.
Conexões especiais
-- rosca gás (BSP - “British Standard” para rosca não-cónica / BSPT - “British
Standard” para rosca cónica)
-- rosca métrica passo fino
-- rosca NPT - “American National Pipe Taper” para rosca cónica
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Como parte do sistema de refrigeração os Manifolds ou Distribuidores são utilizados
como opção para reduzir o tempo de setup do molde. Tem como característica,
conectar várias mangueiras a uma única entrada e mesmo número de mangueiras
para uma única saída. Permite o acoplamento rápido e simultâneo de vários circuitos
de refrigeração. Esse acoplamento pode ser manual e admitem circuitos de
refrigeração com água fria, água quente ou óleo aquecido.
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Conexão do tipo extensor
Têm como função transpassar pela base ou estrutura fazendo a ligação entre a
conexão da mangueira e os elementos tipo cavidade, macho e outros, sem que haja
derrame do fluido. O comprimento do tubo extensor é definido de acordo com as
necessidades, em função do projeto.
Tampão
A maioria dos tampões, tem como função tampar o início das furações necessárias à
construção do circuito de refrigeração, limitando o percurso e eliminando possível
vazamento do fluido refrigerante. O tipo de rosca dos tampões (métrica ou gás) é
escolhido em função de padrão e normas pretendidas pelo cliente. O tampão de cobre
tem como função criar obstáculos de modo a obrigar que a circulação da refrigeração
ocorra do modo pretendido. A dimensão do tampão depende das dimensões dos
circuitos de refrigeração. Para facilitar a sua montagem deve ser aquecido até o ponto
de vermelho e resfriado em óleo, para perde totalmente a dureza e facilitar sua
moldagem no local pretendido por meio de pressão ( “ tipo martelada ”).
63
Pinos de guia posicionador:
64
Pino de produto:
São pinos fabricados que mantém dimensões necessárias ao produto e que possuem
detalhes para a formação do mesmo. Geralmente são feitos com aço de boa qualidade
acompanhando a qualidade do conjunto. São utilizados em área com dificuldade de
usinagem direto na cavidade.
Pode ser utilizado também pino feito de ampcoloy se for um local de difícil acesso para
refrigeração, conforme exemplos da figura.
Condução térmica
O ajuste adequado da temperatura do molde tem grande importância, pois influi
decisivamente no tempo de resfriamento e de ciclo. No caso de termoplásticos
parcialmente cristalinos, tem muita influência na deformação, na estabilidade
dimensional e, consequentemente, na qualidade da peça injetada.
Para melhorar a transmissão de temperatura de algumas partes do molde, são
utilizados com vantagens, alguns materiais não-ferrosos puros ou em ligas , como:
Cobre;
Cobre - berílio;
Cobre - cobalto - berílio;
Cobre - cromo - zircônio, etc.
Ampcoloy
A condutibilidade destes materiais é, no geral, muito superior à dos aços, porém, sem
chegar a ter a mesma dureza, resistência ao desgaste e resistência à fadiga.
Frequentemente é necessário um bom recobrimento da superfície como condição
necessária para a aplicação destes materiais com sucesso.
65
Anel de vedação
Anéis O'Ring são anéis de vedação redondos, contínuos, com uma seção transversal
em forma de círculo. Eles são empregados na sua maioria, para vedação de peças
sem movimento, no caso estático, contra produtos em forma líquida ou gasosa. Sobre
determinadas pré-condições também é possível uma aplicação como elemento de
vedação dinâmico em movimentos axiais, rotativos e oscilantes. Os anéis o'rings são
encontrados nos mais variados tipos de materiais e durezas, dependendo somente de
sua aplicação.
Principais Materiais:
70 NBR 100 - Borracha Nitrílica (NBR) 70 Shore A
70 FPM 200 - Fluorelastômero (FPM) 70 Shore A
70 VMQ 400 - Silicone (VMQ) 70 Shore A
70 EPD 300 - Etileno-Propileno-Dieno (EPDM) 70 Shore A
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70 ACM 700 - Poliacrílico (ACM) 70 Shore A
Trava do molde
A trava da figura é o modelo mais simples e também o mais utilizado. Ela é fixada por
meio de parafusos e une o lado fixo e móvel. É um item auxiliar que possibilita o
transporte, manuseio tipo tombamento, colocação e retirada da máquina injetora sem
o risco de abertura do molde.
trava simples
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Blocos de travamento
Existem no mercado vários tipos de blocos de travamento normalizados com
diferentes formas, ângulos de travamento e tamanhos. A inclinação mais comum é
15°C. A seguir mostra-se algumas disposições dos blocos de travamento que devem
ser usados dependendo das condições e necessidades do molde. Eles são
fundamentais para auxiliar na centralização do molde fechado.
68
Exemplo de centralizadores ou bloco montados.
69
Componentes móveis – Os componentes móveis em moldes de injeção tem como
finalidade sacar detalhes que não poderiam ser extraídos apenas com o sistema de
extração convencional do molde.
70
71
Componentes do sistema de câmara quente:
Os distribuidores são constituídos em seu interior por canais, onde passa o material plástico no
estado pastoso, e por resistências elétricas que ajudam a manter a temperatura ideal para que
a zona moldante seja preenchida na sua totalidade. Apresentam propriedades óticas e
mecânicas de acordo com as expectativas do cliente. Essa temperatura é controlada através
de sondas, que também estão agregadas ao distribuidor. Recebem o material plástico vindo da
máquina de injeção e conduzem-no até ao bico de injeção que, por sua vez, o injeta no
conjunto cavidade / macho, formando assim, a peça de plástico.
72
RESISTÊNCIA TUBULAR
73
4 - Fatores que determinam a composição do molde
Estes fatores também estão relacionados entre si, mas o tamanho e peso do objeto
que será moldado limitam o número de cavidades no molde e também determinam a
capacidade requerida da máquina. No caso de uma peça grande, tais como, a grelha
de um automóvel ou uma cadeira de uma só peça, requerem dimensões apropriadas
entre as colunas da máquina injetora para poder colocar o molde. Da mesma maneira
também limita o número de cavidades que podem ser instaladas em um molde de
cavidades múltiplas.
Um molde deverá produzir peças de boa qualidade, num tempo de ciclo o mais curto
possível, ter o mínimo de manutenção durante o tempo de serviço e desempenhar
corretamente as seguintes funções:
74
considerados, como a geometria da peça, o nível de qualidade e o custo da peça, a
demanda estimada e o tamanho do lote e ainda os aspectos construtivos do molde,
como por exemplo o sistema utilizado para extração e os dados da máquina injetora
que receberá o molde, pois este afeta diretamente o número de cavidades.
• O comprimento dos canais deve ser minimizado a fim de evitar refugo de material.
• A soma de todas as forças reativas deve estar no centro de gravidade das placas.
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Leiaute circular: o comprimento do fluxo é igual para todas as cavidades, porém tem
maior limitação de espaço em função do número de cavidades.
76
Leiaute Simétrico – possui o comprimento do fluxo igual para todas as cavidades.
Leva a desvantagem de o sistema de alimentação normalmente ser mais volumoso.
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78
5 - Principais sistemas funcionais de um molde
Um molde pode ser considerado como uma estrutura (placas de aço usinadas, pinos,
buchas, e vários outros itens), onde são montados de acordo com o projeto elaborado
os sistemas funcionais, que permitem que o molde cumpra as suas funções
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Sistema de Formas (cavidade e macho) - dá forma, dimensões e acabamento ao
produto desejado.
Normalmente é composta por duas partes: a unidade fêmea, que reproduz o formato
externo da peça injetada com o dimensional desejado podendo ser exigido texturas ou
acabamentos especiais (por exemplo: polimento, gravações e outros); e a unidade
macho ou núcleo que reproduz o formato interno da peça injetada e também pode
receber acabamentos especiais conforme necessidade do molde para facilitar a
extração ou do produto para ser funcional ou estético.
Podem ser usinadas na própria placa ou obtidas através de postiços que são
elementos que contém as cavidades e são constituídos de material de qualidade
superior em relação aos que os envolvem.
Além das cavidades, fêmea e macho para dar a forma exata ao produto, quando
ocorrer detalhes no produto que provoque dificuldade para a extração, devem se
avaliar o uso de gavetas ou pinças.
Gavetas são utilizadas quando algum detalhe do produto forma qualquer tipo de
retenção que impeça sua extração. As gavetas são elementos móveis que se movem
em uma segunda direção durante a abertura do molde e quase sempre este
80
movimento é perpendicular à linha de abertura do molde. Pode ser acionado por
colunas de arraste ou cilindros.
81
7 - Função do sistema de Alinhamento: centragem e guiamento
Por este sistema a estrutura ou base do molde mantém a(s) cavidade(s) em posição
correta com referência à entrada de matéria - prima. O sistema de alinhamento é o
sistema que permite, por um lado montar o molde na máquina, e por outro ajustar as
duas (ou mais) partes do molde, assegurando a reprodutibilidade dimensional das
peças.
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Veja detalhes no link: http://moldesinjecaoplasticos.com.br/consideracoes-para-
eliminar-problemas-com-enrustido-em-moldes-de-injecao/
Existem vários tipos de colunas guias, mas independente das suas configurações a
sua função é guiar as duas metades do molde e as placas de extração. Contudo para
conseguir um alinhamento eficiente onde sejam constantes as tolerâncias apertadas
entre as colunas guias e os furos é necessária a utilização de buchas guias, pois
evitam o trabalho direto entre as guias e as placas, situação que levaria ao desgaste
da mesma.
Blocos de travamento
Existem no mercado vários tipos de blocos de travamento normalizados com
diferentes formas, ângulos de travamento e tamanhos. A inclinação mais comum é
15°C. A seguir algumas dos blocos de travamento que devem ser usados dependendo
das condições e necessidades do molde. Eles auxiliam na centralização do molde
fechado.
83
8 - Função do Sistema de Alimentação
Uma cavidade: a figura mostra a utilização da Entrada Direta onde o canal alimenta a
cavidade diretamente com grandes dimensões. O tempo de congelamento limitante do
recalque passa ser a menor espessura do produto e não mais a entrada. Grandes
diferenças de contração entre a bucha (canal espesso) e a peça próxima à entrada
criam tensionamentos na região.
O canal de fluxo da bucha de injeção deve possuir uma conicidade que pode variar de
1,5º a 4,0º graus com superfície polida sem pontos de estagnação e retenção com o
propósito de facilitar a extração e reduzir o atrito do fluxo do material. A sua fabricação
pode ser feita em aço cromo níquel temperado e cementado, com dureza de 48-
50HRc por ser um elemento que sofre atrito e pressão no momento do encosto da
unidade injetora. A sua fixação é feita através do anel de centragem. A região da
cabeça deve possuir a forma de acentamento compatível com o bico injetor da
máquina. É um elemento que pode variar nos equipamentos, caso não seja observada
esta exigência, poderá ocorrer vazamentos de material e prender o resíduo do bico no
lado fixo do molde.
84
No caso de buchas raiadas, o raio das mesmas deve ser maior cerca de 0,8 mm para
promover um acentamento perfeito evitando assim vazamentos de material no
momento da injeção. O diâmetro do furo do bico injetor em relação ao da bucha deve
ser impreterivelmente menor para evitar pontos de estagnação de material.
85
é normal que o canal de entrada do material esteja dividido entre as duas faces da
ferramenta, para chegar até o produto.
Os canais nos moldes de várias cavidades devem ser o suficientemente grandes como
para conduzir rapidamente o material fundido até as entradas sem sofrer um
excessivo esfriamento pelo contato com o molde frio. Os canais de seções pequenas
requerem uma pressão de injeção mais alta e maior tempo para encher as cavidades.
2. O peso dos canais tira a capacidade da máquina, não somente no que diz respeito
das quantidades a serem injetadas, mas também na capacidade de plastificação do
cilindro.
4. Nos moldes das placas que tem mais de 8 cavidades a área de projeção dos canais
aumenta significativamente a área de projeção das cavidades reduzindo a força efetiva
do fecho.
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b - Tipos de seções para canais e características.
Canal circular -1
É o tipo mais eficiente. A resistência ao fluxo deste tipo de canal é relativamente
menor comparada com os outros. A queda de temperatura do fundido durante o
enchimento também é menor. A única desvantagem é a necessidade de serem
trabalhados em ambas as metades do molde.
Canal semicircular - 3
De fácil usinagem. Devem ser evitados sempre que possível.Possui baixa
transferência de pressão ao longo do canal.
Canal retangular - 4
Assim como os canais de secção semicirculares também devem ser evitados sempre
que possível e possui baixa transferência de pressão ao longo do canal. Sua extração
é difícil devido ao ângulo ser zero.
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que às vezes não se o posiciona no lugar ideal para um preenchimento ótimo ou que
seja muito pequena para tentar eliminar as marcas.
O ponto ideal considera-se sempre o centro da peça para que o preenchimento seja
uniforme, porém às vezes, é necessário uma entrada maior para minimizar o problema
ou várias entradas para um preenchimento mais uniforme.
As regiões com alta concentração de massa que estiverem longe da entrada podem
ter uma compactação deficiente durante o recalque, devendo ser observado os
estreitamentos e passagens da matéria prima até estes pontos. Nem sempre a
localização da entrada de material pode atender a todas exigências do projeto.
De forma geral se poderia definir a entrada como uma restrição do canal na qual o
material, a pressão constante, aumenta a sua velocidade e, consequentemente, a sua
temperatura ao passar pela mesma, nivelando desta forma as quedas de pressão e
temperatura do canal.
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mais finas, evitando, assim, que a frente fluxo congele precocemente, impedindo o
completo preenchimento da cavidade. Pelo mesmo motivo deve-se evitar que este
seja posicionado de maneira que o fluxo imediatamente restringido por detalhes de
produto como furos vazados ou detalhes de parede delgada.
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d- Tipos de Poço de retenção (ou poço frio) e sua função:
90
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e- Alimentação por Sistemas de canal quente: considerações
Mesmo sendo bastante utilizado, a muito se constatou que este tipo de molde é de
fabricação mais complexa, aumentando o custo e constituindo um grande desperdício
gerado pelo gito (galho que gera reciclagem ) obrigando ainda a grandes aberturas no
molde para a sua extração.
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O sistema de canais isolados permite eliminar o desperdício de material e uma
automatização do ciclo mais fácil, pois o sistema de canais não é desmoldado, o que
contribui para um tempo de duração de ciclo bastante curto.
94
Os moldes de canais quentes permitem a obtenção de peças sem extração do sistema
de alimentação, contudo o custo do molde é geralmente mais elevado, devido à sua
maior complexidade e maior custo dos componentes.
Os sistemas de canal quente, também conhecidos por câmara quente são sistemas
de alimentação baseados no emprego de canais controlados termicamente para o
processamento de materiais termoplásticos. O sistema de alimentação utilizando o
canal quente mantém aquecido o material polimérico na mesma temperatura de
injeção da máquina injetora até a cavidade que será preenchida.
95
De uma maneira geral, o uso de moldes de canais quentes permite o emprego de
injetoras mais reduzidas devido ao menor volume de dosagem e menor queda de
pressão, requeridos. Adicionalmente, os moldes de três placas originam canais de
injeção e canais frios que requerem moagem posterior. No caso de sistemas de
grandes dimensões, a dimensão dos canais frios pode dificultar a sua rápida moagem,
obrigando ao emprego de mão-de-obra para operações de corte antes de granulação.
No entanto, os custos de projeto e de fabricação de um molde com canais quentes é
geralmente superior devido à sua maior complexidade e maior custo de componentes.
96
7 ; 8 e 9 são tipos de bico valvulado - observações e material
Ao contrário dos outros bicos, os bicos de válvula não originam vestígios na peça,
originando apenas uma pequena marca circular. Este fato torna esta solução
especialmente indicada para peças que requerem um bom acabamento superficial.
O acionamento por válvula permite obter aberturas do bico bastante elevadas durante
a injeção e compactação da peça o que garante quedas da pressão e taxas de
cisalhamento mais baixas face aos sistemas concorrentes.
97
Os bicos de válvula são também adequados para materiais especialmente exigentes
em termos de janela de processamento, permitindo volumes de injeção elevados e
tempos de injeção reduzidos.
Apesar dos bicos com aquecimento por válvula apresentarem bastantes vantagens
face aos demais bicos, o seu uso é limitado pelo seu elevado preço. O campo de
aplicação por excelência deste tipo de bicos é a injeção de peças de grande dimensão
e elevada exigência superficial, onde a injeção tenha que ser feita com vários pontos
de injeção e a existência de linhas de solda não seja permissível.
Os bicos com válvula de fechamento podem ter duas configurações: bicos com válvula
de extremidade de ajuste cônica e bicos com válvula de extremidade de ajuste
cilíndrica. Os primeiros são os mais divulgados na indústria de moldes de injeção,
mas a experiência diz-nos que, em muitos casos, os segundos são mais vantajosos
devido ao tipo de ajuste utilizado e à garantia de fechamento, que proporcionam na
maioria das situações.
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f- Vantagens e Desvantagens Econômicas com câmara quente:
Vantagens:
Desvantagens:
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g - Vantagens e Desvantagens Tecnológicas com câmara quente:
Vantagens:
Ausência do canal frio facilita automação do processo de injeção e produção.
Possibilitam tempos de compactação longos.
Balanceamento do molde pode ser realizado térmica e mecanicamente.
Vestígios de injeção podem ser controlados e em alguns casos tornam-se
praticamente imperceptíveis.
Permitem caminhos de fluxo médios, assegurando a flexibilidade dos pontos de
Injeção.
Desvantagens:
Incapacidade de avaliar a solidificação do material na proximidade da entrada
Propensão ao desbalanceamento por assimetrias térmicas dos canais
Propensão à degradação de material sensível termicamente
Necessidade de previsão de dilatação térmica dos componentes do molde.
A estrutura dos moldes de canais quentes é semelhante à dos moldes de três placas.
No entanto, por razões de rendimento energético, a zona em que se encontra
implantado o sistema de alimentação foi individualizado na forma de um componente
que é característico deste tipo de molde. Designa-se por distribuidor e, é o elemento
que contém o sistema de alimentação permanente fundido durante a operação do
molde.
100
Detalhe de molde de canais quentes:
Neste caso o ataque na peça é feito lateralmente de forma a evitar marcas na peça ou
efeitos de orientação do material – ataque indireto a peça. Um distribuidor assegura o
transporte do fundidio do bico da unidade até o canal frio.
101
É utilizado sempre que a distribuição do material seja necessária para atque direta à
peça em cada uma das cavidades ou para ataque indireto à peça através de canal frio.
102
i - Distribuidores de câmara quente e suas configurações:
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O aquecimento do distribuidor é assegurado por resistências de cartucho ou tubulares.
As resistências de cartucho são adequadas para moldes de canais quentes em que os
bicos são aquecidos indiretamente pelo distribuidor. Esta solução permite o
aquecimento individual de zonas específicas do molde. A distância da resistência ao
canal quente é normalmente igual ao diâmetro da resistência.
- Bicos para entrada indireta – as ponteiras terminam num pequeno canal frio;
- Bicos para entrada direta – as ponteiras terminam na zona moldante;
- Bicos com acionamento por válvula
- Bicos para ataque indireto.
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Bico quente para ataque indireto
Estes bicos podem ser utilizados para ataque direto na peça sempre que a presença
do canal de injeção seja admissível e são os adequados para injeção em canal frio,
pois permitem taxas de compactação elevadas.
Os bicos de canal aberto são especialmente indicados para materiais com janelas de
processamento pequenas, chamados de materiais termicamente sensíveis ou
carregados com retardadores de chama.
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Bicos quente para ataque direto
Os bicos para entrada direta terminam na própria zona moldante, ao contrário dos
bicos indiretos que terminam num pequeno canal frio. Como consequência, deixam
uma marca na peça injetada, cuja dimensão depende da geometria da ponteira e das
propriedades do material.
A figura apresenta alguns exemplos de ponteiras típicas para este tipo de bicos. A
utilização de um torpedo assegura a condução de calor e a inércia térmica na zona de
ataque, prevenindo a solidificação na zona da ponteira. De modo a garantir a
temperatura elevada nesta zona, são empregados materiais de elevada
condutibilidade, como cobre ou cobre-berílio.
De forma a garantir uma boa separação do bico da peça injetada, existe uma grande
variedade de ponteiras adequadas à especificidade de cada material. Os ataques de
geometria anelar garantem, de forma geral, taxas de cisalhamento e velocidades de
escoamento de fundido mais baixas que os bicos com ponteira. A este propósito, o
projetista sempre deve consultar as indicações específicas do fabricante selecionado.
106
- bicos aquecidos externamente
Este tipo de bico apresenta a desvantagem de, se houver variações térmicas, requerer
um aumento elevado de temperatura do distribuidor.
Este tipo de bico permite com um único controle térmico a injeção de várias peças,
possibilitando a construção de moldes mais compactos. São comuns bicos de 3 a 4
ponteiras com distâncias entre 7 a 30 mm. A figura apresenta o esquema de um bico
com várias ponteiras.
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9 - Função do Sistema de Ventilação:
Na maioria dos casos o ar pode escapar pelo plano de partição do molde ( ou face de
fechamento ), como mostra a figura a seguir porém, devido à elevada precisão de
ajuste entre as duas partes do molde, o escape de gases por este plano não é
eficiente.
Sendo assim, a solução para este problema é prover pequenas aberturas para facilitar
a sua saída. A colocação de extratores, não só promove o escape de gases, devido à
folga existente, como, também, facilita a sua extração. Podem ser uma espécie de
“falsos extratores” ou terem formas especiais como, por exemplo, serem constituídos
por lâminas com fendas para o escape de gases.
Materiais especiais, tais como o aço poroso (Porceráx), também pode ser utilizado
para a saída de gases.
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Ventilação pela linha de abertura
Em alguns tipos de moldes, gases podem ficar presos em áreas onde uma
saída não pode ser construída. Nestes casos, a saída de gás poderá ser feita
no pino extrator.
Saída de gases
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Escape ou saída de gases e regras para fabricação
As saídas de ar devem ser incorporadas à linha divisória sobre uma das fases do
molde, fazendo uma ranhura de 0.05 mm de profundidade por 6.4mm a 12.7 mm de
largura que se prolonga desde a cavidade até o exterior do molde da forma como
se mostra na figura 2. A profundidade da ventilação deve ser aumentada levemente na
medida em que se distancia da cavidade, de forma tal que não se obstrua pelo uso.
Um escape de gás deve ser colocado em todo ponto da linha divisória, onde se produz
uma linha de união do plástico fundido, consequentemente devem ser feitos depois da
prova de moldagem inicial, uma vez detectada a sua localização.
A localização das saídas de gases pode, em peças mais complexas, ser de difícil
determinação então recomenda – se o uso de software de previsão de enchimento,
que normalmente permitem a obtenção de bons resultados. A profundidade do canal
deve permitir a saída do ar mas e ainda ser suficientemente pequena para que o
fundido não possa sair criando rebarba.
Procure no link a tabela atualizada com profundidade para saídas de acordo com
material injetado.
111
Nestes casos é particularmente recomendada em peças com nervuras. Como estas
devem ter uma espessura menor que a peça, para evitar rechupes, são, normalmente,
as últimas zonas a encher.
Finalizadas as etapas de try out, os canais para a saída de gases devem constar todos
com indicação e dimensionamento nos desenhos da ferramenta.
112
O projeto do sistema de refrigeração requer uma atenção especial e depende
principalmente do formato da peça e das suas dimensões, pois deve acompanhar o
melhor possível as faces interna e externa e também se deve considerar os espaços
físicos ocupados pelos sistemas de alimentação e extração.
A refrigeração do molde é utilizada para que o ciclo de injeção seja o menor possível.
Ela acelera a contração do produto e permite que ele esteja em poucos segundos,
pronto para ser extraído.
Muitos autores dizem que quanto mais frio estiver o molde, melhor para o processo de
injeção, o que não é bem a verdade. Muitos materiais não podem sofrer choque
térmico quando injetado pois, acabam tornando-se quebradiços, outros, perdem a
característica estética.
Existem casos, onde o termoplástico permite que a refrigeração em um lado seja por
água e no outro lado por óleo. Essa técnica normalmente é aplicada para manter
características estéticas e propriedades físicas sem aumentar o ciclo de produção.
113
Circuito de Refrigeração
Todas estas alterações tem seus limites criados em função da temperatura exigida
para a matéria-prima a ser trabalhada e estudos efetuados sobre o aço das cavidades
devido à fadiga criada com a troca de calor em regiões muito próximas.
114
b - Influência da refrigeração com o tempo do ciclo.
Uma das grandes vantagens da utilização dos materiais plásticos é o seu ciclo de
produção, que é extremamente rápido, em comparação com os materiais metálicos ou
cerâmicos. Analisando-se um ciclo de injeção nota-se que o tempo de resfriamento
pode ser responsável pela maior parte do ciclo. Ciclo de refrigeração alto significa ciclo
de processo alto.
Devido à alta competitividade do mercado, que solicita cada vez mais redução de
custo de produtos, algumas empresas utilizam-se do tempo de resfriamento elevado,
que significa máquina sem produzir, para que os operadores realizem serviços
diversos como montagem de componentes, tampografia ou serigrafia de peças.
O sistema de refrigeração deve ser projetado de forma que a peça sofra resfriamento por
igual. Existe uma estreita relação entre a temperatura do molde e a deformação da peça.
De fato as diferenças de temperatura, sejam entre as duas metades do molde ou entre
dois pontos situadas no mesmo plano de junção conduzem a diferentes valores de
contração e portanto a diferentes valores de resistência e deformação. A figura mostra
como as temperaturas do molde, influem na peça acabada.
Peças plásticas estão sujeitas a absorver contração até 48 horas após a moldagem. O
tempo de resfriamento na fase de moldagem deve ser calculado para minimizar a
contração pois, caso o ciclo de resfriamento seja muito rápido, além da possibilidade
115
de se extrair um produto muito quente e consequentemente deformado, a peça sofrerá
grande contração após a moldagem afetando detalhes e tolerâncias dimensionais.
Embora tenha custo, algumas empresas ainda trazem o procedimento de fixar placas
em cada lado do molde, que identificam as entradas e saídas com o circuito de
refrigeração traçado para amenizar problemas com tempo na montagem em máquina
ou identificação de problemas no uso. Neste exemplo um circuito simples.
116
c - Circuitos utilizado na fabricação do sistema de refrigeração :
117
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120
Conformal cooling: é um sistema de fabricação de insertos com refrigeração
contornal (próximo da superfície) para moldes de injeção de plástico e alumínio, feito
em pó de aço, fundido por laser através de modelo 3D. Tem como beneficio a redução
de ciclo de até 70%, mantém a capabilidade no processo e evita deformação e refugo.
121
d - Retrato da transferência de calor no processo de Injeção:
É o sistema pelo qual a peça será expulsa da cavidade após seu resfriamento. Este
deve ser definido prioritariamente, baseando-se no desenho de produto, pois é este
quem, através dos ângulos de saída e sentido de extração, determina a superfície
onde os elementos extratores devem estar posicionados, a necessidade de
movimentos para extração de detalhes negativos ou a aplicação de elementos
auxiliares a extração. Um sistema mal projetado comprometerá a produtividade
e a vida útil da ferramenta.
122
Tipicamente, os moldes têm seu sistema de extração construídos na parte
móvel do molde e, mais comumente, acionados pelo pistão de extração da máquina
injetora que é conectado a placa extratora do molde por um varão. Através deste
sistema, é possível controlar tanto curso, quanto velocidade e pressão com que o
movimento deverá expulsar a peça já resfriada da cavidade.
Existem vários elementos que podem extrair uma peça moldada da cavidade e
sua escolha deve se basear nas marcas, similares a marca da linha de fechamento
e abertura do molde, que os elementos de extração deixam no produto, e os
requisitos estéticos e funcionais impostos pela aplicação a que o produto se destina
(requisitos do cliente).
Alguns sistemas de extração somente afastam o produto do molde, para que o mesmo
seja retirado por robôs ou sistemas eletromecânicos.
Normalmente o lado fixo do molde, que forma o externo do produto trabalha com a
temperatura maior do que o lado móvel, favorecendo a liberação do produto. A
temperatura mais baixa força a uma contração do produto na forma devendo se
executar a extração das peças.
123
O curso de avanço deve ser suficiente para liberar o produto, conforme a topografia da
forma. Normalmente a temperatura do lado móvel é mais baixa que a do lado fixo para
forçar uma contração do produto na forma e poder executar a extração da peça.
Extração por pinos: São mais empregados por serem de fácil colocação no molde.A
peça moldada é extraída pela aplicação de uma força provocada por uma ou várias
barras cilíndricas chamadas pinos extratores, que são fixados na placa extratora.
Contudo as peças apresentam marcas circulares na superfície devido ao ajuste entre
o extrator e o furoe/ou devido à pressão de contato durante a extração.
124
Extração por pinos
Extração por lâmina: Apresentam uma seção retangular na extremidade que fica em
contato com a peça. São frequentemente utilizadas na extração de peças com
nervuras finas e profundas. As lâminas extratoras, em geral, são empregadas quando
parte da moldagem é presa entre faces opostas da cavidade, principalmente nas
nervuras delgadas e profundas, que podem facilmente resistir à tração. Estas lâminas
são colocadas nas posições mais efetivas, frequentemente próximas às nervuras, e
devem ser em número suficiente para extrair a moldagem.
As lâminas extratoras podem ser usinadas de uma barra cilíndrica sólida, ou também
serem fabricadas pela soldagem ou rebitagem da lâmina é mantida num comprimento
mínimo para evitar que ela se flambe (entorte), e então toma o diâmetro completo.
125
Extração por lâmina
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Condições de fabricação de pino/bucha
Na figura 2, a bucha tem seu diâmetro interno com uma dimensão única por todo seu
comprimento, sendo que neste caso foi feito um alívio no diâmetro externo do pino
para diminuir o curso de atrito. O movimento de avanço para extração deve ser feito
pela bucha devido ao curso de extração, para não se perder a guia.
Na figura 3, bucha e pino estão montados sem alívio em seu diâmetro de contato,
somente com a folga necessária definida para o trabalho de acordo com a dilatação.
Nesse caso a bucha ou o pino podem atuar sem problemas com o curso de extração.
Extração por Placa: A extração com placa extratora é utilizada quando não existe
área suficiente para a colocação de extratores ou quando se deseja uma extração com
a força uniformemente distribuída. É bastante utilizada para a extração de peças com
paredes delgadas e com fechamento na base das mesmas. Pode ser utilizada para a
extração do produto em moldes com múltiplas cavidades. Fornece uma extração
eficiente.
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O ar comprimido deve ser introduzido no ponto mais afastado da linha de contato, de
tal maneira que separe a moldagem da face do molde antes que possa esperar. Um
exemplo comum do uso de ar comprimido é uma bacia, que é normalmente extraída
da cavidade macho por meio de ar.
128
Extração de ação retardada : uma folga no pino de retenção do canal possibilita
primeiro a extração do produto e depois do canal de enchimento.
Em alguns casos o anel de regulagem da folga é usinado no próprio pino.
129
Extração forçada.
A máquina injetora será mais eficiente quanto mais tarefas ela conseguir executar ao
mesmo tempo. Ela em essência já representa uma solução única em múltiplas
funções, já que não apenas recebe os moldes e a matéria-prima, mas controla todas
as variáveis necessárias para o sucesso de cada produção. Essas ferramentas
potentes, apesar de versáteis são produzidas para trabalhar com moldes de injeção
específicos, personalizados para cada produto que deverá sair do estágio final de
produção. É essa especificidade que garante a execução precisa da atividade
programada para a produção, com o material e produto que a máquina foi destinada.
Essa destinação singular confere desempenho e confiabilidade em toda a sua vida útil.
Fica evidente que durante todo o processo, desde o recebimento da matéria líquida
que se transformará através da máquina, até a expulsão do produto final, a máquina
injetora é responsável por controlar as variáveis e automaticamente corrigir os erros de
produção, inclusive os erros de forma final, que devem ser observados e ajustados.
Por isso a escolha dessa máquina não deve apenas levar em consideração as
130
dimensões necessárias para a produção, e sim a procedência do fornecedor a
qualidade final do produto.
Unidade de Fechamento
A unidade de fechamento é composta por uma prensa, que tem a função de manter o
molde fechado durante a transferência da resina para a cavidade do molde, e fazer os
movimentos de abertura e fechamento possibilitando a extração da peça. O tamanho
da unidade de fechamento será definido de acordo com o tamanho do molde, e a de
força de fechamento exigida pela peça. As máquinas mais utilizadas no mercado
podem variar de 50 até 3000 toneladas de força de fechamento.
131
Unidade de fechamento
Unidade de Injeção
A unidade de injeção é responsável pela fase de dosagem ou plastificação da resina,
tem como seu principal componente o conjunto de plastificação, composto pelo cilindro
de plastificação e o fuso de plastificação, que são envolvidos por uma série de
resistências que aquecem o conjunto para possibilitar o amolecimento da resina.
132
Unidade de injeção
O processo de injeção de uma peça ocorre de forma cíclica, onde tempos e fases
dependem da complexidade dos equipamentos utilizados e do formato do produto. As
fases de ciclo básico de moldagem estão ilustradas na figura.
a) fase de plastificação
133
O material plastificado é então acumulado na parte frontal do fuso, sendo que as
cintas de aquecimento são responsáveis por mantê-lo na temperatura ideal até o
momento da injeção. Em seguida, a unidade injetora avança até a bucha de injeção, o
molde é fechado e a cavidade está pronta para ser preenchida.
Fechamento do Molde
b) fase de injeção
134
do volume da peça e do sistema de alimentação, mas geralmente em peças de
tamanho pequeno a média é de um a três segundos. Na medida em que o
termoplástico preenche a cavidade o ar presente neste local é forçado a sair através
da folga existente entre a cavidade e os pinos extratores e pela linha de fechamento
do molde por detalhes denominados saída de gases, especialmente projetados para
essa função.
Dosagem
Esta fase se caracteriza pela plastificação (aquecimento, amolecimento e
Homogeneização ) da resina, que ocorre durante o transporte da matéria-prima, do
funil
até a ponta do cilindro, onde já deverá estar na forma viscosa, pronta para ser
transferida para a cavidade. Na fase de plastificação também é definido o volume de
material a ser transferido para o molde, sendo que este volume é estipulado pela
própria condição da peça. Para que ocorra o amolecimento do material, o cilindro é
aquecido por meio de resistências elétricas a uma temperatura que pode ser ajustada
conforme a necessidade de processo adequado para cada tipo de resina (por
exemplo, a temperatura para o Polietileno é igual a 220º C, enquanto que para a
Poliamida 6 é igual a 280º C).
c) fase de refrigeração
135
Resfriamento
d) fase de extração
Uma vez que a peça atingiu a sua temperatura de extração (temperatura abaixo da
qual ela não sofre mais variação dimensional tanto por contração, diferença de
temperatura ou deformação pela ação dos pinos extratores), o molde pode ser aberto.
A imagem mostra o momento em que a abertura do molde aciona os pinos extratores
que são os responsáveis pela retirada da peça do interior da cavidade.
Abertura do Molde
A abertura do molde acontece para que a peça possa ser extraída, sendo o
movimento controlado por ajustes de velocidade e pressão, os quais permitem manter
uma baixa velocidade no início da abertura, passando-se para uma velocidade maior
na posição intermediária e, novamente, reduzindo-se a velocidade para a parada
completa da placa e a retirada da peça.
Extração
Esta fase se caracteriza pela expulsão ou retirada da peça do molde. O modo de
extração irá mudar conforme o tipo de peça e a tecnologia do molde ou da máquina. A
extração da peça pode ser feita em modo manual, onde o operador abre a porta e
retira a peça do interior do molde, sendo que este modo de operar a máquina é
conhecido como semi-automático. No modo automático, a peça é retirada do molde
136
sem a interrupção do ciclo, fazendo-se uso de dispositivos mecânicos, pneumáticos,
hidráulicos ou mesmo de robôs. Geralmente o ciclo automático é o mais
recomendado, devido a menor variância induzida no processo.
Condições de Moldagem
-- Tempo do ciclo: Deve ser o mínimo do ponto de vista econômico, porém deve estar
Também nos limites estabelecidos para a boa qualidade do objeto moldado. A
Velocidade de injeção é governada fundamentalmente pela viscosidade do material
(logo, pela temperatura interna), pela pressão do prato e pelo mínimo de restrições
oferecidas ao fluxo de material ao longo de seu caminho.
137
Exemplo de molde e produto:
138
Os tratamentos térmicos aplicados a estes aços podem contribuir demais durante e na
finalização da fabricação, considerando se o uso apropriado dos materiais para cada
tipo de componentes do molde, de acordo com sua função. Consideramos portanto,
que a função do componente no conjunto, ajuda a definir também a escolha do aço.
139
A utilização da liga berílio-cobre (ampcoloy) e o aço inoxidável estão se popularizando,
o primeiro por ser de esfriamento rápido e este último pela qualidade de resistência as
manchas e à oxidação.
De acordo principalmente com tipo de material a ser injetado, estes aços necessitam
de propriedades especiais como boa usinabilidade, polibilidade, soldabilidade,
estabilidade dimensional, dureza, condutividade térmica, resistência à corrosão, à
fadiga térmica e ao desgaste, reprodutibilidade e condições de texturização.
Cada uma dessas propriedades dos aços para moldes implica na adição, retirada, ou
substituição de elementos químicos na sua composição que, juntamente com
tratamentos térmicos adequados, conferem essas qualidades especiais.
140
A usinabilidade garante um acabamento excelente nas gravuras, ajudada hoje pelos
processos de alta velocidade (HSM), reduzindo os lead time de fabricação. Na
fabricação das cavidades e machos o aço precisa apresentar boa usinabilidade.
Para usinagens de grande arranque de cavacos deve-se realizar o trabalho em duas
etapas, desbaste com sobre metal até 5 mm da medida final, alivio de tensões e
usinagem de acabamento, a fim de evitar empenamentos que deformarão a peça
construída.
Quando há necessidade de se fazer grandes reparos, o ideal é que o molde seja pré-
aquecido para evitar choques térmicos entre a superfície fria do molde e a solda. No
esfriamento, deve-se proteger o molde, cobrindo-o com amianto ou manta térmica
para que esfrie lentamente, evitando o endurecimento dos pontos soldados. Outra
maneira de se diminuir a dureza na região soldada é fazer um revenimento, ou seja,
um reaquecimento lento até aproximadamente 500ºC, por um mínimo de duas horas,
e resfriamento lento dentro do forno. Com isso a camada endurecida amolece e, no
polimento, não forma região com manchas.
141
Os aços para moldes devem ter sempre uma boa condutividade térmica, o que ajuda
na extração do calor, permitindo o rápido esfriamento e desmolde das peças injetadas,
aumentado assim sua qualidade e produtividade. Alguns plásticos são corrosivos
pela sua própria composição. Para se evitar tal corrosão, há necessidade de se usar
um aço inoxidável martensítico, temperado e revenido, com dureza na faixa de 46 a
50 HRC. Esses aços inoxidáveis são fornecidos ao mercado já no estado beneficiado,
com dureza de 30 a 34 HRC.
Tais aços podem ser aplicados, por exemplo, na fabricação de moldes de sopro, assim
chamados pois, sua injeção e conformação dão se pela injeção de um gás inerte
(nitrogênio) num molde onde é injetado o plástico aquecido que preenche o molde
dando formato ao produto. Estes moldes são usados, por exemplo, na produção de
garrafas de refrigerantes, frascos para remédios líquidos, cosméticos, colas, etc.
Algumas orientações também devem ser observadas para que o tratamento realizado
no molde não cause problemas, como por exemplo:
142
b) durante o tratamento: procurar seguir as regras adotadas para a estrutura do
material a ser tratado, isto é, obedecer as temperaturas de aquecimento, tempo de
aquecimento e os meio de resfriamento;
O material ao sofrer estes tratamentos não pode apresentar trincas que resultarão em
marcas no produto, fragilidade no elemento e principalmente vazamento no circuito de
refrigeração.
143
1 - Forma ou geometria das peças
2 - Mudanças estruturais ou metalográficas do material tratado.
A região da peça que esteja mais quente estará mais dilatado e onde esteja menos
quente estará menos dilatado, provocando desta forma empenamentos ao longo do
eixo das peças.
Este fenômeno será mais acentuado quanto mais assimétrica seja a forma da peça
com referência ao seu eixo. Assim quando a superfície externa de um lado for maior
que do outro, os aquecimentos e resfriamentos aconteceram com velocidades
diferentes provocando desta forma estas deformações tão indesejadas.
A todos estes fatores se somam outros conhecidos por causa de tensões internas
acumuladas durante os diferentes processos de fabricação das mesmas como
usinagens, fusão e forjaria que ficam acumuladas e ao serem as peças aquecidas
para a realização do tratamento as mesmas são liberadas provocando deformações.
A usinagem por regra geral deixa nas peças tensões residuais por deformações
superficiais que ao serem liberadas durante o aquecimento provocarão deformações
permanentes.
144
temperaturas nas quais as ditas transformações são obtidas, as variações de volume
que as peças irão experimentando provocarão deformações diferentes em função da
forma das peças e de sua simetria com referencia ao seu eixo.
Ou seja, se uma peça tem uma forma que apresenta uma superfície muito maior de
um lado que do outro no aquecimento a temperatura de austenitização será alcançada
antes que do lado oposto ao igual que no resfriamento o qual será realizado muito
mais rapidamente provocando contrações com as quais as peças permanecerão após
o tratamento.
01) Procurar sempre projetar peças com eixos de simetria facilitando assim a
homogeneidade dos aquecimentos e resfriamentos.
02) Escolher aços cuja temperabilidade facilite o tratamento possibilitando assim uma
menor deformação.
03) Fazer ao menos um tratamento de alivio de tensões no material para assim chegar
ao tratamento com peças não tencionadas internamente.
05) No caso de peças onde o tratamento anterior não resultar suficiente, o tratamento
indicado a seguir é a ultima chance de minimizar ditas deformações.
a) Recozimento
b) Usinagem grosseira
c) Beneficiamento a uma dureza que permita realizar a usinagem fina.
d) Usinagem final.
145
e - Principais tratamentos de superfície aplicados em aços para moldes
Plasma CVD: Realizado com temperaturas mais baixas (de 300ºC a 700ºC).
PVD (Physycal Vapour Deposition; deposição física na fase vapor): Processo que
permite a deposição de um produto sólido por meio físico em um estado de vapor em
temperatura de 200 ºC a 600 ºC. Pode ser realizada pelas técnicas de Sputtering
(utilizada em moldes), evaporação por feixe de elétrons e por arco catódico.
- Evaporação por feixe de elétrons: uma fonte faz com que os elétrons
incidam sobre o metal fundido produzindo assim um plasma onde se
ioniza o metal.
- Evaporação por arco catódico: esta técnica deposita filmes entre outros
de TiN, TiAlN32, CrN e TiCN, para proteção contra desgaste em
instrumentos cirúrgicos.
146
14 - Polimento em molde atende a vários requisitos
• Acabamento Superficial.
• Requisitos estéticos: brilho e transparência.
• Mecânicos: evitar entalhes e quebras por fadiga ou sobrecarga.
• Funcionais: ex. dispositivos óticos (lentes).
147
Faixas de rugosidade obtidas em vários processos abrasivos
148
O gráfico mostra o efeito do polimento excessivo “over polishing”, para dois aços com
dureza diferentes. (Fonte: Villares Metals)
Para um bom polimento a superfície do molde deve estar livre de arranhões, poros, do
efeito “casca de laranja”, pites e pontos pretos, também são conhecidos como
“porosidades”. Apesar de visualmente parecer correto, o termo porosidade é
erroneamente aplicado neste caso, pois deveria ser usado apenas para vazios pre-
existentes no material.
149
Peça com polimento em todo corpo para facilitar extração devido pouco ângulo de
saída.
A utilização de protetivos contra corrosão quando o molde fica sem uso por tempos
maiores e não é feito de aço inoxidável, colabora na conservação porém o ideal é
sempre o uso de aço de qualidade.
151
Para satisfazer esta necessidade uma excelente opção tem sido encontrada em novos
aços cuja metalurgia é baseada no endurecimento por precipitação após o tratamento
térmico de envelhecimento. Estas ligas combinam um potencial de endurecimento
acima por encontrados nos aços comuns tipo AISI P20 (~ 30 HRC) e AISI H13 (~ 45
HRC), aliando uma deformação mínima no tratamento de envelhecimento. São aços
fornecidos no estado solubilizado e após envelhecimento têm capacidade de
endurecimento entre 42 – 55 HRC.
152
Usada para facilitar a fixação do molde na placa da injetora, com menor tempo e mais
qualidade.
O ajuste manual normalmente é norteado pela ficha técnica da máquina versus molde,
que consiste em um documento que é criado quando o molde entra na fábrica durante
o processo de teste ou try-out, no qual técnicos determinam uma primeira regulagem
da máquina versus molde.
153
a - Falhas na regulagem geram rejeitos ou refugos
‘Chupagem’- Quando a peça possui uma deformação devida à falta de matéria prima
em uma determinada região.
154
Furos tampados- Quando pequenos furos (para parafuso) são obstruídos com
matéria-prima devido à pressão de injeção ou a fluidez do material não estarem de
acordo com o especificado.
Os defeitos que aparecem em peças injetadas podem ser originados por condições de
máquina não adequada, de um molde não satisfatório ou de um material plástico
impróprio.
Estes três fatores: máquina, molde e material tem que ser considerados quando se
trata de eliminar defeitos e se obter ótimas condições de moldagem. Normalmente
tende-se a responsabilizar os problemas ao material ou às condições de moldagem,
quando, na realidade, a origem do inconveniente é a própria máquina não adequada
ou o desenho do molde.
155
que podem ocasioná-los, podendo ser a máquina, molde ou material, sendo que
qualquer um destes fatores pode contribuir para originar um determinado problema.
O emprego da técnica “passo a passo” para definir a causa de um problema pode ser
tarefa fácil, no entanto, a sua correção pode levar muito tempo, em especial se
devemos ajustar a temperatura do cilindro. Isto deve ser feito diminuindo ou
aumentando de 5ºC a 1OºC de cada vez fazendo uns 10 ou 12 ciclos entre cada
modificação para ir permitindo que a temperatura da massa se equilibre com a do
cilindro.
156
Uma análise sistemática das possíveis causas e a aplicação das correções
necessárias proverá as referências ou bases para produzir peças de alta qualidade.
Ciclos mais longos: quanto maior a temperatura do material e do molde, maior será o
tempo requerido para resfriamento da peça.
157
Linhas de solda fracas: ocorre quando dois ou mais fluxos de material derretido se
encontram dentro do molde e não se fundem corretamente devido a baixa temperatura
do material ou do molde.
1) O projeto da ferramenta.
158
2) A seleção do seu material.
3) A qualidade do material selecionado.
4) O procedimento na execução das operações necessárias à sua fabricação.
5) O seu tratamento térmico.
6) O perfeito ajuste e montagem ou retífica final.
7) O tratamento dispensado à ferramenta durante o seu uso.
Nem sempre é fácil determinar qual ou quais, dentre os sete fatores, são os
responsáveis pelo fracasso prematuro de uma ferramenta em serviço ou durante o
seu tratamento térmico. Entretanto, investigando com profundidade ferramentas
que falharam, sempre é possível encontrar indícios que nos levam às causas
dessas falhas prematuras.
Essa é uma questão que oferece muitos argumentos e que termina praticamente na
mesma conclusão ou resposta na grande maioria das vezes.
A vida útil do molde depende da forma como foi elaborado o projeto, da maneira como
foi conduzido o processo de usinagem, do aço utilizado em sua fabricação e da
maneira como é feita sua utilização.
159
A utilização de ferramentas de simulação aplicadas na engenharia de produto
objetivam a verificação da injetabilidade da peça que está sendo desenvolvida, sendo
que nesta fase é possível responder algumas questões importantes do projeto, como:
Estas respostas podem ser obtidas com análises simples, rápidas e de fácil
interpretação, feitas diretamente na fase de desenvolvimento no modelo sólido gerado
nos softwares. Assim, modificações do projeto para garantir a injetabilidade e
qualidade da peça são feitas no desenvolvimento do produto, evitando-se retrabalhos
no molde, vários try - outs, atrasos na entrega do produto, acabamentos no produto
para "esconder" imperfeições.
Buscar a melhor escolha do tipo de injeção se capilar, submarina, câmara quente. Tipo
de refrigeração adequada ao processo, ao material e produto. Observar a qualidade
160
estética e dimensional do produto, áreas críticas e visual do produto. Manter a
qualidade do sistema e dos componentes da extração.
Etapa de try-out : detalhes que devem ser claros para a equipe que o desempenha.
1º Passo: A primeira colocação do molde em máquina deve servir para testar somente
o seu funcionamento. Nesse momento podem se verificar as condições reais
principalmente do sistema de refrigeração inclusive com a medição das diferenças de
temperatura entre entrada –saída e outros sistemas como alimentação, gavetas,
extração entre outros. Se esta etapa estiver de acordo e tivermos plena confiança no
conjunto, aí sim, vamos em busca de um processo estável.
161
2º Passo: Para o projetista eu diria que o try-out deve obedecer a um roteiro pré-
estabelecido e como primeira regra devemos estabelecer que “no try-out devemos
obter um processo estável e repetitivo” sem a finalidade da obtenção de peças com
qualidade dimensional e estética dentro dos padrões exigidos pelo produto.
Pode parecer estranho porém, se a busca inicial for pela obtenção de peças dentro
das especificações do projeto, corremos o risco de não estabelecer um processo
confiável e que refletirá em variações nos parâmetros e ajustes durante a produção,
provocando por consequência variações nas especificações do produto. Obtendo sim
a primeira finalidade, a da repetibilidade, vamos trabalhar o dimensional.
Especificações da máquina:
Há casos em moldes com três placas, stack mold ou moldes com extração por placa
impulsora onde se projeta a trava com o molde fechado e se esquece da ação de
molas, o que acaba ocorrendo com a abertura dos mesmos. Nestes casos a trava
deve ter dois pontos de atuação, ou rasgo que assimile o curso das molas.
162
Uso do aço correto
A corrosão e ferrugem são itens que se tornam visíveis com o uso habitual do molde.
O processo de fadiga ocasionado por fibras ou abrasivos da matéria-prima injetada
com o processo contínuo de trabalho agridem as superfícies como faces e cantos das
cavidades, e por isso, é importante a pré-avaliação para uso do aço correto no
momento da fabricação. O uso do aço correto possibilita que receba a dureza
apropriada e ainda há de se considerar que o uso de tratamento superficial em vários
casos é apropriado para aumentar a vida útil dos componentes, principalmente
aqueles que se movimentam e são carentes de lubrificação.
163
térmico do molde que a dureza do aço está conforme , é preciso que as principais
propriedades mecânicas desejadas do aço no molde seja mantida para que
determinadas aplicações sejam alcançadas, tais como: resistência ao desgaste,
resistência a fadiga, corrosão.
Montagem
164
Já é possível fazer um molde pelo processo de manufatura aditiva, em plástico, rígido
o suficiente (suporta pressão de até 300 bar) para produzir um lote de peças a partir
dele. A peça não vai ter aplicação final, mas vai reduzir o processo de lançamento de
produtos e vai economizar a produção de alguns moldes e ou protótipos no processo.
Em alguns casos é possível chegar-se à produção de uma peça no seu material final,
como nos casos de componentes em nylon, policarbonato etc. E a cada dia surgem
novos exemplos nos setores aeronáutico, automotivo.
A manufatura aditiva embora cause impacto no modo de produção atual não substitui
os processos convencionais, é sim um complemento. O que não quer dizer que a
indústria como um todo não terá que se adaptar ao novo modelo produtivo e,
certamente todas as fábricas deverão ter uma máquina de impressão 3D ou parceiro
da tecnologia entre seus prestadores de serviço.
As ferramentarias não perderão sua importância no processo produtivo, irão sim deixar
de usinar tantos protótipos para um mesmo produto. Com a agilização do processo de
lançamentos de produtos, os fabricantes poderão ampliar o leque de produtos e de
modelos, para atender a atual tendência global de customização e unicidade, diferente
do modelo anterior baseado na massificação.
Para ser vantajoso a produção por manufatura aditiva exige que a peça tenha maior
complexidade pois, para a produção de peças simples, o processo de usinagem tem
menor custo.
165
Existem hoje no mundo mais de uma dezena de tecnologias de manufatura aditiva,
das quais quatro tem-se sobressaído. São elas: FDM (Fused deposition modeling) que
utiliza termoplásticos; a Polyjet que utiliza resinas; a SLA, ou estereolitografia, que
utiliza resinas líquidas; e a SLS (Selective Laser Sintering), que trabalha com materiais
granulados de plásticos, cerâmicas e metais com possibilidades de imprimir peças em
titânio, porém, o custo de uma máquinas é superior a 1 milhão de euros (04/ 2014).
A intenção inicial era poder moldar peças de paredes grossas sem imperfeições na
superfície, melhorando assim a qualidade. Porém uma série de outras vantagens foi
constatada, principalmente de ordem econômica, onde os tempos de ciclo e o
consumo de matéria-prima reduziram-se drasticamente devido ao interior oco da peça.
O processo de injeção auxiliada por gás foi registrado pela primeira vez na década de
70 e era utilizado para a fabricação de saltos de sapatos femininos. Nesse processo, é
introduzido gás no interior da massa fundida, com o objetivo de compensar o rechupe.
Essa tecnologia torna-se limitada quando não é possível levar o gás ao ponto
desejado ou distribuí-lo da maneira adequada. Um dos motivos que podem levar a
uma distribuição ineficiente é a diferença na viscosidade dos materiais. O material
externo deve ter uma viscosidade menor do que o do material interno para possibilitar
uma boa distribuição do material no núcleo. No caso da injeção a gás, o nitrogênio tem
viscosidade menor que a resina. A distribuição irregular pode gerar o efeito chamado
de finger, que se assemelha a formação de dedos.
A tecnologia para a injeção auxiliada por água é similar à injeção a gás, sendo
introduzida através do canal de injeção ou de agulhas posicionadas no centro da
resina quente, mas é relativamente mais nova e apresenta particularidades que ainda
166
precisam ser superadas para se firmar comercialmente no mercado. O processo foi
desenvolvido principalmente para a fabricação de dutos.
Uma das vantagens de se utilizar água no lugar do gás é a sua elevada viscosidade,
que permite que a água empurre o polímero com mais facilidade. No entanto, o
nitrogênio volta para a atmosfera naturalmente após a injeção, enquanto na injeção
auxiliada por água é necessário desenvolver métodos para drenagem antes ou depois
da desmoldagem. Por outro lado, a condutibilidade de calor da água chega a ser 40
vezes mais eficiente que a do gás, podendo reduzir ainda mais o tempo de
resfriamento.
Contudo, as duas técnicas não devem ser encaradas como concorrentes, mas uma é
complemento da outra. Peças com grande quantidade de massa eram obstáculos para
injeção a gás, mas hoje são possíveis com a injeção auxiliada por água. Não há um
processo que possa ser considerado melhor que o outro ou solucionador de todos os
possíveis problemas de moldagem. Cada método de injeção deve ser escolhido de
acordo com as especificidades das peças e a matéria-prima.
Na moldagem por injeção auxiliada por gás, o nitrogênio é injetado sob alta pressão no
polímero fundido, antes do preenchimento completo do molde. O gás desloca a resina
fundida desde o núcleo da peça moldada e a comprime contra as paredes da
cavidade, o que cria um vazio na peça, fazendo com que a quantidade de material
usado e o peso da peça moldada diminuam consideravelmente. Após a solidificação
da peça moldada, o gás é liberado.
Outros campos para utilização, são a manufatura de peças em formato plano com
grande área e ainda planas com pontos espessos, reduzindo significativamente, ou até
mesmo suprimindo totalmente distorções e rechupes, melhorando portanto, a
qualidade do componente moldado.
A injeção auxiliada por gás começa com a injeção de uma quantidade de resina,
variável entre 40% a 90% do volume da cavidade, conforme a geometria da peça. Em
seguida é introduzido o gás nitrogénio através do canal de injeção ou de agulhas
posicionadas no centro da resina quente.
167
Agulha de gás
Etapas:
Fechamento do molde
Injeção do plástico
Injeção de gás no fundido de plástico
Manutenção da pressão de gás durante a solidificação
Redução da pressão de gás
Abertura do molde
168
2- Injeção de gás
Com a ajuda de um gás, a massa de fundido é pressionada contra as paredes do
molde
Um dos requisitos básicos para se obter peças de qualidade através deste método é a
seleção correta da quantidade de fundido pois, no caso de um pré-enchimento
insuficiente o gás pode romper o fundido.
Pouca matéria-prima
169
No caso de um preenchimento excessivo de matéria prima, poderá verificar-se uma
acumulação de material, que além de influenciar no ciclo de fabricação, pode
ocasionar o refugo da peça.
Excesso de matéria-prima
A retirada de alguns gramas em cada peça pode significar uma redução considerável
no custo de grandes volumes de produção. O tempo necessário para o resfriamento
diminui de maneira proporcional à massa, ocorrendo redução no tempo de ciclos.
Segundo especialistas, os investimentos feitos na compra de equipamentos de injeção
a gás retornam de forma rápida. São listadas uma série de vantagens capazes de
reduzir de maneira significativa o custos dos ciclos de transformações.
Para alguns tipos de produtos como peças de grande porte, a tecnologia dispensa o
uso de sistemas valvulados, indicados para a fabricação de peças nas quais existam
mais de um ponto de injeção (exemplo de para-choques).
170
São vários processos que se alteram com pequenas diferenças:
171
Processo PEP: Processo de Expulsão de Plástico:
Trata-se de um aperfeiçoamento do processo short shot. É feito o preenchimento
parcial da cavidade, seguido da injeção de nitrogênio e a diferença se encontra na
presença de um espaço extra no molde. A resina forma a peça e preenche êsse
espaço extra, formando um bolsão de plástico, tendo como vantagem, a eliminação da
diferença de brilho causado pelo método similar em determinadas cores e materiais.
Esse bolsão de plástico depois é moído e reaproveitado como matéria-prima em futura
injeção.
172
nervuras. A sequência na injeção, é idêntica aos outros processos, alterando-se que o
gás é injetado em zonas específicas, de modo que exerça pressão em determinados
locais, eliminando problemas como chupagem e contrações.
A empresa Linde (Suécia) desenvolveu uma técnica que pode ser empregada para
qualquer produto que apresente um vazio tubular, ou seja, todos os tipos de manoplas
ou similares. Utilizar o próprio gás nitrogênio em duas etapas na mesma injeção,
primeiro para auxiliar na injeção, e depois para auxiliar no resfriamento, sendo injetado
de maneira super controlada em sentido oposto pelo canal da peça que esta sendo
moldada.
173
Esquema com resfriamento interno a gás.
Moldagem por injeção auxiliada por gás com resfriamento interno a água:
.
A empresa Cinpres ( Alemanha) desenvolveu um equipamento que combina injeção
auxiliada por gás com injeção auxiliada por água para moldar peças ocas com paredes
finas. Desenvolvida a partir de equipamentos e técnicas de injeção auxiliada por gás já
existentes, a máquina recebeu um bico modificado capaz de trabalhar tanto com gás
quanto com água.
Uma nova injeção de gás ocorre para secar o interior da peça oca e conduzir a água
para o tanque de resfriamento. O resfriamento direto ocorrido com a inserção de água
no interior da peça é o maior diferencial da combinação de gás e água, já que o líquido
tem uma condutividade térmica 40 vezes superior à do gás e pode reduzir
sensivelmente o tempo de ciclo. Por enquanto, o processo é mais usado por
fabricantes de autopeças e de componentes para eletrodomésticos de linha branca .O
gotejamento de água desperta a desconfiança de alguns consumidores, mas segundo
a Cinpres o bico não apresenta gotejamento e é vendido com garantia.
174
Assim como todo processo, na injeção por gás existe a necessidade de equipamentos
para dar suporte e garantir a qualidade do mesmo. As unidades de geração de
nitrogênio, equipamentos de compressão e controladores de injeção a gás são
essenciais e assim como está havendo evolução nos equipamentos de suporte,
diversas injetoras também já nascem prontas para injeção a gás e possuem sistemas
de ar comprimido industrial com pressão elevada. O nitrogênio pode ser fornecido em
cilindros por empresas especializadas ou obtido através do gerador de nitrogênio,
sendo vantajoso pela independência, custo e logística.
175
176
20 - Observações básicas para compra de um molde (simplificado).
A variedade de matéria prima é enorme e vai desde o plástico reciclado até o plástico
virgem para aplicações médicas ou ainda plásticos de engenharia para setor
automotivo, entre outros. É importante saber a matéria prima, pois utilizamos o fator de
contração da mesma para dimensionar as cavidades do molde, para que haja uma
177
compensação, após o resfriamento do produto. Ela também nos ajuda a definir o aço a
ser utilizado na fabricação, pois pode ser um termoplástico com alto índice de
abrasividade, o que provoca a corrosão.
- Análise de orçamentos - Orçamentos com valores muito diferentes, tanto para mais
como para menos devem ser desconsiderados. Provavelmente houve falha de
interpretação, e esta falha, por si só, além de exclusória, fornece um perfil da empresa
proponente.
Para se fazer mais de um molde com várias cavidades a quantidade de produção tem
que ser elevada pois, no geral o ciclo de produção é bastante rápido.
Peças simples de plásticos para setor moveleiro exigem vários moldes pequenos.
Setor de utensílios domésticos exige variações de modelos. Quantos potes plásticos
diferentes se fabricam? Setor de pet ( animais) e outros como de brinquedos.
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Esperamos que este estudo tenha ajudado a conhecer o tipo de ferramenta
moldes para injeção de termoplásticos. A sua importância para o setor e para a
comunidade aparece no momento do uso de seus recursos e no uso do produto
plástico diariamente.
http://www.petrobras.com.ar/Imagenes/eInnova/Manual_de_Injecao.pdf
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Nitretação sob Plasma de Aços Ferramenta Endurecíveis por Precipitação
Autores: Sandro Diniz de Oliveira; André Paulo Tschiptschin
Carlos Eduardo Pinedo
Video de injeção:
https://www.facebook.com/photo.php?v=1459935744146267&set=vb.100003895677039&t
ype=2&theater
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( ) Preenchimento simultâneo
( ) Geometria da peça, qualidade, o custo da peça e outros
12 – O Estudo de “Moldflow”:
( ) Auxilia a definição de sistemas
( ) Limita o fluxo da refrigeração
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19 - A extração por placa extratora é utilizada quando:
( ) Existir ar comprimido entre a face do molde e o produto
( ) Não existe área suficiente para a colocação de extratores
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( ) A necessidade de um produto apresentar uma rugosidade
( ) uma reação fotoquímica na superfície do aço
32 - A finalidade do Recozimento é:
( ) Remover tensões devido aos tratamentos mecânicos a frio ou a quente
( ) Não submeter o molde a solicitações térmica
33 – O objetivo da Têmpera é:
( ) Aliviar as tensões internas
( ) Aumentar as propriedades mecânicas do aço
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( ) Ao ser retirada ainda quente do molde
( ) Ou na peça existem marcas do extrator do molde
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( ) Tipo de performance que possa desempenhar o material
12 – O Estudo de Moldflow:
(x ) Auxilia a definição de sistemas
( ) Limita o fluxo da refrigeração
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( ) Cascata com canal helicoidal
(x )Conformal cooling
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29 – A polibilidade é garantida pela combinação de:
(x ) Elementos colocados nos aços, como o cromo e o níquel
( ) Equilíbrio fundamental para a iluminação e brilho
32 - A finalidade do Recozimento é:
(x ) Remover tensões devido aos tratamentos mecânicos a frio ou a quente
( ) Não submeter o molde a solicitações térmica
33 – O objetivo da Têmpera é:
( ) Aliviar as tensões internas
(x ) Aumentar as propriedades mecânicas do aço
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42 – O empenamento surge quando a peça deforma:
(x ) Ao ser retirada ainda quente do molde
( ) Ou na peça existem marcas do extrator do molde
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